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FACULDADE SANTO AGOSTINHO – FSA
COORDENAÇÃO DO CURSO DE DIREITO
BRUNO NOGUEIRA CARNEIRO BRITO
OS DIREITOS DAS CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA: A EDUCAÇÃO E AO TRATRAMENTO PERMANENTE NA CIDADE DE TERESINA PIAUÍ
TERESINA-PI 
2016
BRUNO NOGUEIRA CARNEIRO BRITO
OS DIREITOS DAS CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA: A EDUCAÇÃO E AO TRATRAMENTO PERMANENTE NA CIDADE DE TERESINA PIAUÍ
Projeto de Pesquisa apresentado como exigência da disciplina Metodologia da Pesquisa Jurídica do Curso de Direito da Faculdade Santo Agostinho, ministrado pelo professor Me. Nelson Jorge Carvalho Batista, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Direito.
TERESINA-PI 
2016
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 
Tema
Problema da Pesquisa
Hipóteses
Objetivos
Objetivo Geral
Objetivos Específicos
Justificativa
REFERENCIAL TEÓRICO
METODOLOGIA
CRONOGRAMA
ORÇAMENTO
RESULTADOS ESPERADOS
Desfecho Primário
Desfecho Secundário
REFERÊNCIAS
APÊNDICES
ANEXOS
 INTRODUÇÃO 
A presente pesquisa resulta de uma elaboração originada de estudos realizados sobre os direitos das crianças com Transtorno do Espectro Autista e a forma de como o Direito ampara tais sujeitos em um contexto social.
Objetivando tentar identificar como a criança autista e seus familiares que vivem na cidade de Teresina-PI e a forma como estes definem a criança autista como pessoa. Ou seja, quais os elementos que formam a idéia que essas crianças e familiares, têm e “que não sabem totalmente que têm” do que vem a ser um “eu autista” e como é a visão de profissionais que atuam diretamente com os portadores do Espectro Autista. 
O Transtorno de Espectro Autista (TEA) é a formação de um grupo de desordem desenvolvidas pelo cérebro durante o período gestacional ou logo após o nascimento da criança, que vem a se desenvolver logo nos primeiros anos de vida. Ele pode ser percebido de forma e intensidade diferentes, mas precisamente pode ser classificado em sete tipos de fases, sendo que tais diferenças podem ser percebidas logo quando a criança nasce ou ao longo de sua vida. Cunha (2014, p.19)
Tal transtorno demanda um estudo conjugado por parte de profissionais de diferentes campos e especialidades e é necessário pesquisar sobre os direitos das crianças com o TEA e deve-se fazer um levantamento no contexto histórico social do transtorno e seu entendimento até se chegar à abordagem jurídica que é o foco principal desta pesquisa.
As crianças portadoras do TEA e seus familiares em sua maioria não têm o pleno conhecimento sobre os seus direitos ou conhecimento nenhum ou a quem recorrer para se chegar ao tratamento. Isso se dá pela falta de informação. O trabalho pretende abordar a lei municipal 12.764/2012 que visa assegurar os direitos das pessoas com Transtorno Autista na cidade de Teresina-PI.
Pretende-se apresentar soluções baseadas nos fundamentos jurídicos para que os portadores do Transtorno, familiares ou responsáveis possam usufruir melhor dos seus direitos, como a saúde e a educação.
Com base no artigo 5º da Constituição Federal de 1988, os direitos e garantias individuais de todas as pessoas sejam elas brasileiras ou estrangeiras, desde que estejam em território nacional, partindo do princípio da igualdade. Conforme Constituição Federal de 1988:
Artigo 5º “todos são iguais perante a lei sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e a propriedade, nos termos seguintes: (...) (Emenda Constitucional nº 45/2004).
Segundo a Constituição Federal de 1988, em seu artigo 196, que a saúde é um dever do Estado, ou seja, o Estado dever assegurar para toda a população a garantia universal e igualitária aos seus serviços.
Porém, em Teresina, atualmente, são ainda poucos para a maioria das famílias, os locais onde acolhem a criança autista. Há uma carência de assistência pública especializada que possua uma organização pedagógica no sentido de reunir essas crianças com capacidades cognitivas semelhantes para que a esses possam ser transmitidos e ensinados valores, normas sócio-culturais e uma educação especial.
Toda essa carência propicia uma desordem familiar crônica, no que diz respeito à família dos autistas, visto que muitas destas famílias arcam sozinhas com todo o tipo de dificuldades sociais, financeiras e emocionais.
Nota-se a necessidade de promover a autonomia, a inclusão social e a melhoria da qualidade de vida das pessoas com deficiência e seus familiares, considerando especialmente a vivência de violação de direitos que comprometam sua autonomia, por exemplo, isolamento, atitudes discriminatórias e preconceituosas na família, falta de cuidados adequados por parte do responsável e desvalorização da potencialidade/capacidade da pessoa
A constituição federal de 1988 vinha sendo aplicada aos autistas, até por conta do principio da igualdade previsto nela. Sendo assim, analisaremos no presente trabalho a lei n° 12.764/2012, que veio para aprimorar os direitos dos portadores do Transtorno do Espectro Austista, visando assim ficarem juridicamente mais amparados, além da questão social que por sua vez vai ser mais divulgada. 
Tema
Os Direitos das crianças com transtorno do espectro autista: a educação e ao tratamento permanente na cidade de Teresina – Piauí
Problema da Pesquisa
O atendimento das necessidades das crianças com Transtorno Espectro Autista na cidade de Teresina está de acordo com a lei 12.764/2012? 
Hipóteses
A falta de informação e divulgação da lei gera constrangimentos quanto às necessidades das crianças portadoras do Transtorno Espectro Autista, seus familiares ou responsáveis. Visto que, existe uma lei que garante os direitos delas à educação e ao tratamento permanente.
Nota-se que existem casos nos quais determinadas limitações impossibilita os indivíduos de tais direitos. Por isso, existe a necessidade de leis para que se possa assegurar o direito a todos, como por exemplo, aos portadores do Transtorno Espectro Autismo que tem como a educação um pressuposto de transformação.
Objetivos
Objetivo Geral
Analisar como a lei 12.764/2012 assegura os direitos das crianças com Transtorno Espectro Autista na cidade de Teresina - Piauí.
1.4.2 Objetivos Específicos
Analisar a forma do atendimento nas associações específicas para as crianças com Transtorno Espectro Autista em Teresina – Piauí.
Comparar a colocação do projeto de lei existente nº122/2011, do Estado do Piauí, com leis vigentes em outros Estados como Rio Grande do Sul (Lei Estadual nº 13.720 de 28/04/2011), Rio de Janeiro (Lei Estadual nº 3807/2002), e São Paulo, Ação Civil Pública (processo nº 0027139-65.2000.8.26.0053, de São Paulo/SP).
Identificar soluções baseadas nos fundamentos jurídicos para que as crianças portadoras do Transtorno do Espectro Autismo, familiares ou responsáveis possam usufruir melhor dos seus direitos.
Justificativa
O presente projeto tem como justificativa tratar da deficiência encontrada em relação ao tratamento que corresponda com as necessidades, tanto pelas crianças portadoras do Transtorno do Espectro Autista quanto aos seus familiares que os acompanham durante todo o processo do tratamento.
A importância da pesquisa é conscientizar familiares ou responsáveis das crianças portadoras do Transtorno do Espectro Autista dos seus direitos, visto que, muitos ainda desconhecem tais direitos. Logo, nasceu a necessidade de perceber o direito como instrumento de transformação por meio do Direito a educação.
REFERENCIAL TEÓRICO
Conceito
O termo autismo origina-se do Grego autós, que significa “de si mesmo”. Foi empregado pela primeira vez pelo psiquiatra suíço EugenBleuler, em1911, que buscava descrever a fuga da realidade e o retraimento interior dos pacientes acometidos de esquizofrenia. O autista compreende a observação de um conjunto de comportamento agrupado em uma tríade principal: comprometimento na comunicação, dificuldades na interação social e atividades restrito-repetitivas.
O Transtorno de Espectro Autista é a formação de um grupo de desordem desenvolvidas pelo cérebro durante o período gestacional ou logo após o nascimento da criança, que vem a se desenvolver logo nos primeiros anos de vida. Essas desordens mentais se caracterizam pela falta de socialização, isolamento, irritabilidade e até mesmo pela agressividade ou comportamentos similares. Todas as pessoas com autismo compartilham dificuldades semelhantes. 
O Transtorno de Espectro Autista pode ser percebido de forma e intensidade diferentes, mas precisamente pode ser classificado em sete tipos de fases, sendo que tais diferenças podem ser percebidas logo quando a criança nasce ou ao longo de sua vida. Isso quer dizer que autismo não tem cura, somente tratamento. De acordo com Cunha (2014, p.19):
O Transtorno de Espectro Autista manifesta-se nos primeiros anos de vida, proveniente de causas ainda desconhecidas, mas com grande contribuição de fatores genéticos. Trata-se de uma síndrome tão complexa que pode haver diagnósticos médicos abarcando quadros comportamentais diferentes. Tem em seus sintomas incertezas que dificultam, muitas vezes, um diagnostico precoce. Tem demandado estudos e indagações, permanecendo ainda desconhecido ainda de grande parte das pessoas. Não há padrão fixo para sua manifestação, e os sintomas variam grandemente.
2.2 FASES DO AUTISMO
É necessário entender cada fase apresentada como observar-se a seguir:
2.2.1 Autismo Atípico
É o que se pode chamar de autismo brando, ou seja, uma pessoa com autismo atípico pode viver toda sua vida sem saber que é autista. Suas características são: dificuldades com habilidades sociais, um retardo na linguagem e uma deficiência na criação criativa, mas todas essas dificuldades são de uma forma muito leve quase que imperceptível.
2.2 .2 Autismo Síndrome de Asperger
É classificado como um grau do autismo brando ou leve. A criança com Síndrome de Asperger apresenta algumas dificuldades na socialização, podendo ter ou não alguma dificuldade na linguagem que não condiz com sua idade. Também podem desenvolver interesses por objetos e cores em específico.
22.3 Autismo Verbal e Autismo não Verbal
Pessoas que convivem com autistas classificados como autista verbal deve manter a preocupação de conseguir uma comunicação que desperte interesse por um determinado tempo, e que esta comunicação consiga manter uma função para que o autista veja a importância em se comunicar novamente.
Já as crianças portadoras do espectro autista não verbal é difícil a comunicação. A comunicação deve ser tentada de várias formas como gestos, mostragem de objetos, movimentos corporais e principalmente com o estímulo da fala, ou seja, através de inúmeras tentativas de conversa, uma vez que o portador do autismo não verbal não gosta muito de se comunicar através de palavras.
Autismo Clássico
É a classificação mais grave do autismo. A criança portadora do espectro autista clássico, logo nos primeiros meses de vida já se percebe que há algo de diferente. Ela não responde aos comandos que lhe são estimulados: como acompanhar com o olhar, dar os braços, responder com risadas quando é feito alguma brincadeira, ficam incomodados com barulho, demostram agressividade quando contrariados; tampam os ouvidos, mostrando, em sua expressão, um desconforto muito grande; não gostam de multidão, e também tem problemas com interação social e com comportamento repetitivo.
AUTISMO NO BRASIL
No Brasil existem alguns centros de tratamento específicos para os autistas. A ABRA – Associação Brasileira de Autismo, é um exemplo, pois é uma entidade sem fins lucrativos, tendo sua sede em Brasília-DF. Um detalhe muito importante é que a ABRA tem um atendimento itinerante, pois ela se subdivide em vários Estados Brasileiros com um vice-presidente em cada região do país. Conforme o psiquiatra Estevão Vadasz (2014), coordenador do programa do Transtorno do Espectro Autista do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clinicas de São Paulo, é estimado que cerca de 90% dos brasileiros portadores da Síndrome do Espectro Autista não tenham recebido um diagnostico. Isso porque, no Brasil, nunca foi feito uma campanha para conscientização da população e divulgação dos sintomas da síndrome.
Fazendo uma comparação do Brasil com outros países, percebe-se que o diagnostico no Brasil é tardio, sendo somente fechado quando a criança tem de cinco a sete anos. Enquanto nos Estados Unidos os pediatras são treinados para identificar o Transtorno do Espectro Autista no máximo até três anos de idade. Dados divulgados recentemente pelo “Centro de Controle e Prevenção de Doenças” dos Estados Unidos diz que um em cada 50 crianças é portadora do Transtorno do Espectro Autista. 
No Brasil não há uma estatística oficial entre os brasileiros portadores, mas especialistas acreditam que a proporção seja igualmente a encontrada em outros países.
2.4 INCLUSÃO DA PESSOA AUTISTA NA EDUCAÇÃO
A educação é uma condição básica para o desenvolvimento do ser humano. O processo educacional vem percorrendo por vários momentos históricos, mostrando muitas vezes as dificuldades no que diz respeito a uma educação de qualidade. 
No que se refere à educação para crianças com deficiências variadas, e não somente para crianças que são portadoras da Síndrome de Transtorno do Espectro Autista. O fator educacional vem se desenvolvendo, passando por muitas mudanças no decorrer dos tempos, conforme ilustra Orrú (2012, p. 45).
O Brasil, em função de suas relações internacionais, foi influenciado por países da Europa e pelos Estados Unidos, por volta do século XIX, formando grupos para o atendimento a cegos, surdos, deficientes mentais e físicos, por iniciativa de órgãos oficiais e, em alguns casos privados, por meio de alguns educadores que, preocupados com a questão, empenharam-se na concretização de atividades inovadoras em função delas.
Atualmente, no Brasil, existem muitas conquistas em relação à educação especial, ou seja, o Brasil hoje é um marco na conquista relacionado ao direitos humanos e dos direitos dos portadores de alguma deficiência, seja ela física ou mental. 
 PREVISÃO LEGAL ACERCA DO AUTISMO
No artigo 5º da Constituição Federal de 1988, constam os direitos e garantias individuais de todas as pessoas sejam elas brasileiras ou estrangeiras, desde que estejam em território nacional, partindo do princípio da igualdade. Conforme Constituição Federal de 1988:
Artigo 5º “todos são iguais perante a lei sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e a propriedade, nos termos seguintes: (...) (Emenda Constitucional nº 45/2004).
Segundo a Constituição Federal de 1988, em seu artigo 196, que a saúde é um dever do Estado, ou seja, o Estado dever assegurar para toda a população a garantia universal e igualitária aos seus serviços.
O sistema Federativo Brasileiro, formado pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, tem competência para legislar conforme cita o artigo 23, inciso II da Constituição Federal: (Emenda Constitucional nº 53/2006) “cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência”. O que significa que tanto a União, como os Estados, Distrito Federal e Municípios podem legislar sobre a matéria em questão. Mas somente a União pode legislar sobre as normas gerais.
A lei de nº 12.764/2012 é conhecida como Lei Berenice Piana, em homenagem e reconhecimento pela luta que travou para ter os direitos do seu filho reconhecidos. A nova lei, que protege alguns direitos dos portadores do Transtornodo Espectro Autista, foi sancionada pela Presidenta Dilma Russeff, no dia 27 de dezembro de 2012, a mesma entrou em vigor na data que foi publicada. 
Não resta dúvida que a nova lei trouxe muitos benefícios, conforme o artigo 1º, parágrafo 2º da lei 12.764/2012, “A pessoa com Transtorno do Espectro Autista”, é considerada pessoa com deficiência para todos os fins. 
Veja que, não obstante a conceituação legal do autista como “pessoa com deficiência” dada pela Lei nº 12.764/12, o fato é que toda legislação direcionada às pessoas com deficiência em geral já vinha sendo aplicada aos autistas, até por conta do princípio da igualdade previsto na Constituição Federal de 1988. Sendo assim, a lei nº 12.764/2012, veio para aprimorar os direitos dos portadores do Transtorno do Espectro Autista.
Com a nova lei, além de todos os portadores do Transtorno do Espectro Autista ficarem juridicamente mais amparados, tem também a questão social que por sua vez a síndrome em questão vai ser mais divulgada. Conforme a lei 12.764/2012, (Presidência da República e Casa Civil):
Art. 1o  Esta Lei institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista e estabelece diretrizes para sua consecução. 
§ 1o Para os efeitos desta Lei, é considerada pessoa com transtorno do espectro autista aquela portadora de síndrome clínica caracterizada na forma dos seguintes incisos I ou II: 
[..]
Art. 7o O gestor escolar, ou autoridade competente, que recusar a matrícula de aluno com transtorno do espectro autista, ou qualquer outro tipo de deficiência, será punido com multa de 3 (três) a 20 (vinte) salários-mínimos. 
§ 1o Em caso de reincidência, apurada por processo administrativo, assegurado o contraditório e a ampla defesa, haverá a perda do cargo. 
§ 2o (VETADO). 	
Art. 8o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação
No que se refere à Lei 12.764/2012, há uma necessidade muito grande por parte dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, no Estado do Piauí. O estado do Piauí e o Município de Teresina precisam investir mais em campanhas e divulgação da citada Lei, para que a população possa usufruir mais dos seus direitos, em benefícios daqueles que necessitam fazer um acompanhamento mais rigoroso, ou seja, precisam de uma atenção maior por parte do Estado.
Conforme se desenvolve o conhecimento do ser humano, vem também a necessidade de se fazer aperfeiçoamentos, para que sejam resguardados os direitos acerca das pessoas portadoras de deficiência.
OS DIREITOS NECESSÁRIOS PARA QUE OS DEFICIENTES TENHAM UM ACOMPANHAMENTO NO TRATAMENTO E NA EDUCAÇÃO DE FORMA ÍNTEGRA NA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA
A constituição Federal de 1988 traz, em seu contexto, a proteção dos direitos que garante às pessoas portadoras de deficiência uma vida digna, com direito ao tratamento e acompanhamento necessário para sua reabilitação física e psicológica, mediante um desenvolvimento programado por profissionais da área.
Mesmo as pessoas com deficiência sendo protegidas no contexto constitucional, existem leis específicas direcionadas ao atendimento dessas pessoas. Um exemplo é o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). 
Para este estudo, criança compreende de 0 a 12 anos incompletos e adolescentes dos 12 anos completos até 18 anos incompletos. O citado estatuto traz em seu artigo 3º que a criança e o adolescente são sujeitos de direitos fundamentais. Conforme salienta D’ Andrea (2005, p.26):
O direito à vida e à saúde não se restringe ao aspecto biológico, mas a uma série de fatores que garantam o bom desenvolvimento desde a concepção até o amplo apoio em todo o processo de crescimento da criança e do adolescente, além de assistência à família. Caberá à Administração adotar políticas capazes de suprir toda a necessidade do menor e família, em todos os níveis (físico, mental, educacional etc) (grifos do autor).
 Observou-se que, conforme o Estatuto da Criança e Adolescente de 1990 (ECA), todas as crianças e adolescentes têm seus direitos e garantias fundamentais resguardados constitucionalmente, ao ponto que em seu o doutrinador faz ênfase a alguns destes direitos, como: proteção para o desenvolvimento físico, mental, social e cuidados especiais para crianças mentalmente ou fisicamente deficientes.
A Constituição Federal de 1988 dá especial tratamento à educação, classificando-a como “A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. 
O dispositivo é repetido pelo ECA, sendo garantidos às crianças e adolescente igualdade de condições para acesso e permanecia na escola, independentemente de idade, raça, sexo, deficiência física ou mental (D’ ANDREA, 2005). Então, as pessoas portadoras de deficiência têm os seus direitos garantidos, podendo usufruir em pé de igualdade de todos os benefícios garantidos a qualquer cidadão brasileiro.
E também, como já foi objeto de descrição, o Estatuto da Criança e do Adolescente, representado pela lei 8.069/1990, traz em seu artigo 54: “É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente: I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria; II - progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio; (...). Como também vale ressaltar, a pronunciada lei garante, de forma geral, os direitos para crianças e adolescente, garantindo, também, aos autistas proteção jurídica.
Não podendo deixar de explanar a (LDB nº 9394/96) Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira. Esta lei é responsável pela a regulamentação do sistema educacional no Brasil, seja ele privado ou público. Traz em seu “Art. 4º O dever do Estado com educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de - III - atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com necessidades especiais, preferencialmente na rede regular de ensino”. Percebe-se que, com a aplicação desta lei, os direitos que já são resguardados pela Constituição Federal de 1988, para a educação pública ou privada, são reafirmados.
METODOLOGIA
O presente tema será exposto com base em dados bibliográficos dos autores, com base nos trâmites legais do direito e pesquisa e a aplicabilidades das leis com as necessidades das pessoas portadoras do Transtorno do Espectro Autista.
Foi realizada uma pesquisa caracterizada como bibliográfica, assim como uma pesquisa jurisprudencial nos tribunais superiores (TJs, STJ, STF), em artigos e textos publicados em revistas especializadas,e a obtenção de análise da legislação nacional com abordagem qualitativa. Foi realizado um levantamento bibliográfico de março de 2016 a maio de 2016, e defesa em dezembro de 2016. Valendo-se de informações impressas provenientes de livros, revistas, documentos impressos e eletrônicos, através da plataforma jurídica : Google acadêmico.
 Em bibliográfica quando se desenvolve baseada em material já elaborado. Marconi e Lakatos definem como pesquisa bibliográfica o “levantamento de toda a bibliografia já publicada, em forma de livros, revistas, publicações avulsas imprensa escrita, para o levantamento, análise e estudo de informações referentes ao objeto pesquisado” (MARCONI e LAKATOS, 2001).
		
CRONOGRAMA
Este projeto esta previsto para ser desenvolvido em 11 meses, de acordo com o cronograma abaixo.
	 
 MESES
 ATIVIDADES
	2016
	
	FEVEREIRO
	MARÇO
	ABRIL
	MAIO
	JUNHO
	JULHO
	AGOSTO
	SETEMBRO
	OUTUBRO
	NOVEMVRO
	DEZEMBRO
	Revisão Bibliográfica
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Elaboração do Projeto de Pesquisa
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Entrega do Projeto de Pesquisa
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Apresentação do Projeto
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Levantamento de artigosCategorização dos artigos
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Tabulação dos dados
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Montagem dos Resultados e Discussão
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Digitação do TCC
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Apresentação do TCC
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
 
ORÇAMENTO
	DESCRIÇÃO
	QUANTIDADE
	VALOR UNITÁRIO (R$)
	TOTAL (R$)
	Papel A4
	2
	15,00
	30,00
	Cartucho de tinta
	4 
	20,00
	80,00
	Encadernação 
	4
	2,50
	10,00
	Impressora
	1
	450,00
	450,00
	xerox
	 10
	10,00
	100,00
	Livros 
	10
	50,00
	500,00
	Gasolina
	10 tanques
	3,60
	3.600
	Internet 
	11 meses
	60,00
	660,00
	 TOTAL
	5.430,00 
*Todos os gastos serão financiados por Bruno Nogueira Carneiro Brito responsável pelo projeto.
RESULTADOS ESPERADOS
Desfecho Primário 
Estima-se com o presente estudo que seja analisado os Direitos das crianças com transtorno do espectro autista em relação à educação e ao tratamento permanente na cidade de Teresina-Piauí. Ressalta-se que a vivência das pessoas com autismo, com o avanço do tratamento vem demonstrando que a inclusão é possível. 
Portanto, há necessidade de um maior preparo e dedicação dos profissionais tanto na área da saúde quanto na educação, com destaque para a rede de ensino público. Percebemos que mesmo com a existência de centros e instituições para o acompanhamento na cidade de Teresina - PI faz-se necessário que seja feita uma maior divulgação das leis e dos tratamentos já existentes, os quais são destinados as pessoas com autismo. O poder público tem o dever de ofertar um atendimento ilimitado e suficiente.
Desfecho Secundário 
Busca-se com o presente projeto, à sua publicação em diferentes revistas especializadas na área jurídica.
REFERÊNCIAS
Autismo e tratamento médico. Disponível em:<https://sites.google.com/ site/autismoemfoco/autismoerem%C3%A9dios>. Acesso em:07/04/2016.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT NBR 6023: informação e documentação/ referências/ elaboração. Rio de Janeiro, 2002.
_______________ NBR 10 520: Citação. Rio de Janeiro, 2002.
_______________ NBR 6024: Numeração progressiva das seções de um documento. Rio de Janeiro, 2003.
_______________ NBR 6027: Sumário. Rio de Janeiro, 2003.
_______________ NBR 147 24: Apresentação de trabalho. Rio de Janeiro, 2005.
ATEAC - Instituto para Atividades, Terapias e Educação Assistida por Animais de Campinas. Tipos de Autismo. Disponível em:<http://ateac.org.br/tipos-de-autismo/ateac.org.br/tipos-de-autismo/>. Acesso em: 24/04/2016.
BAPTISTA, Cláudio Roberto; BOSA, Cleonice. Autismo e Educação: reflexões e propostas de intervenção.Porto Alegre: Artmed, 2002.
BRASIL. Constituição ( 1988). Constituição da República do Brasil: Promulgada em 5 de outubro de 1988.24. Ed. São Paulo: Saraiva, 2002.
BRASIL. Código Civil Brasileiro (Lei nº. 10.406, de 10 de janeiro de 2002). 53.ed. São Paulo: Saraiva, 2002.
CUNHA, Eugênio. Autismo e Inclusão: psicopedagogia e práticas educativas na escola e na família. Rio de Janeiro: Wak, 2014.
ORRÚ, Sílvia Ester. Autismo, Linguagem e Educação: interação social no cotidiano escolar.Rio de Janeiro: Wak, 2012.
REVISTA AUTISMO. Disponível em: http://www.revistaautismo.com.br/edicao-2; acessado em 30/04/2016, às 22h59min. 
SALA, Karina. A comunicação do autista verbal ou não verbal. Portal Fato Real, 2013. Disponível em:< http://fatoreal.com.br/site/a-comunicacao-do-autista-verbal-ou-nao-verbal>. Acesso em 10/05/ 2016.
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