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Administrativo II NP1

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Direito administrativo
Licitação
Conceito: é um procedimento administrativo formal, isonômico, de observância obrigatória pelos órgãos/entidades governamentais, realizado anteriormente a contratação, que obedecendo à igualdade entre os participantes interessados, visa escolher a proposta mais vantajosa à Administração, com base em parâmetros e critérios antecipadamente definidos em ato próprio (instrumento convocatório). Ao fim do procedimento, a Administração em regra celebrará um contrato administrativo com o particular vencedor da disputa, para a realização de obras, serviços, concessões, permissões, compras, alienações ou locações.
A licitação e um procedimento prévio ao contrato que possibilita oferecimento de propostas permitindo que seja escolhida a mais vantajosa para a Administração, sem a licitação essa escolha ficaria a critério exclusivo do administrador e essa liberdade daria margem para escolha improprias e fraudulentas, prejudicando assim o interesse máximo da Administração Pública que é o interesse coletivo.
Obrigatoriedade da licitação:
Está fundada no art.37, XXI da CF estabelece que fora os casos expressos em lei, “as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes”. Baseado nesse principio a Administração não pode abdicar da licitação antes da celebração de seus contratos, salvo em situações definidas em lei.
A lei nº 8.666, no art.2º, exige licitação para obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações, concessões, permissões e locações.
Fundamentos:
Moralidade administrativa: de acordo com o art.37,caput, a moralidade administrativa deve guiar toda a conduta dos administradores. A licitação veio prevenir eventuais condutas de improbidade por parte do administrador, algumas vezes curvados a acenos ilegítimos por parte de particulares, outras levados por sua própria deslealdade para com a Administração e a coletividade que representa. Daí a vedação que se lhe impõe, de optar por determinado particular. Seu dever é o de realizar o procedimento para que o contrato seja firmado com aquele que apresentar a melhor proposta. 
Igualdade de oportunidades: O outro fundamento da licitação foi a necessidade de proporcionar igualdade de oportunidades a todos quantos se interessam em contratar com a Administração, fornecendo seus serviços e bens, ou àqueles que desejam apresentar projetos de natureza técnica, científica ou artística. Se fosse permitido a livre escolha do administrador, os demais particulares seriam excluídos podendo estes serem uma escolha mais apropriada e vantajosa para a Administração Pública. Com a licitação cumpre se permitir a competitividade entre os interessados estando assim de acordo com os princípios da igualdade e da impessoalidade elencados no art.3 da lei 8.666.
Objeto:
 O objeto imediato é a seleção de determinada proposta que melhor atenda aos interesses da Administração. Mas pode ver-se o objeto sob outra faceta, qual seja, a que traduz o objeto mediato, que consiste na obtenção de certa obra, serviço, compra, alienação, locação ou prestação de serviço público, a serem produzidos por particular por intermédio de contratação formal. 
O procedimento da licitação tem caráter instrumental, porquanto espelha um meio para que a Administração alcance fim por ela desejado. Em virtude desse fato é que o objeto da licitação deve ser bem definido no instrumento convocatório (art. 40, I, do Estatuto), o que serve também para que as propostas sejam objetivamente julgadas.
Princípios:
Lei nº8.666, art.3º.
Princípio da legalidade: significa que o administrador não pode fazer prevalecer sua vontade pessoal; sua atuação tem que estar de acordo ao que a lei impõe. No campo das licitações, o princípio da legalidade impõe, principalmente, que o administrador observe as regras que a lei traçou para o procedimento. É a aplicação do devido processo legal, segundo o qual se exige que a Administração escolha a modalidade certa; que seja bem clara quanto aos critérios seletivos; que só deixe de realizar a licitação nos casos permitidos na lei; que verifique os requisitos de habilitação dos candidatos, e, enfim, que se disponha a alcançar os objetivos desejados, seguindo os passos dos mandamentos legais.
Princípios da Moralidade e da Impessoalidade: O princípio da moralidade exige que o administrador se paute por conceitos éticos. O da impessoalidade indica que a Administração deve dar o mesmo tratamento a todos os administrados que estejam na mesma situação jurídica.
Princípio da Igualdade: Ao tratar da obrigatoriedade da licitação, a Constituição, de forma expressa, assegurou no art. 37, XXI, que o procedimento deve assegurar “igualdade de condições a todos os concorrentes”. A igualdade na licitação significa que todos os interessados em contratar com a Administração devem competir em igualdade de condições, sem que a nenhum se ofereça vantagem não extensiva a outro. O princípio, sem dúvida alguma, está intimamente ligado ao da impessoalidade: de fato, oferecendo igual oportunidade a todos os interessados, a Administração lhes estará oferecendo também tratamento impessoal. 
Princípio da Publicidade: Esse princípio informa que a licitação deve ser amplamente divulgada, de modo a possibilitar o conhecimento de suas regras a um maior número possível de pessoas. E a razão é simples: quanto maior for a quantidade de pessoas que tiverem conhecimento da licitação, mais eficiente poderá ser a forma de seleção, e, por conseguinte, mais vantajosa poderá ser a proposta vencedora. 
Princípio da Probidade Administrativa: Exige o princípio que o administrador atue com honestidade para com os licitantes, e sobretudo para com a própria Administração, e, evidentemente, concorra para que sua atividade esteja de fato voltada para o interesse administrativo, que é o de promover a seleção mais acertada possível. Se, ao contrário, a improbidade frustra o objetivo da licitação, o responsável pela distorção deve sofrer a aplicação das sanções civis, penais e administrativas cabíveis.
Princípio da vinculação ao instrumento convocatório: Art. 41, caput: A Administração não pode descumprir as normas e condições do edital, ao qual se acha estritamente vinculada.
Princípio do Julgamento Objetivo: Art. 44, caput. No julgamento das propostas, a Comissão levará em consideração os critérios objetivos definidos no edital ou convite, os quais não devem contrariar as normas e princípios estabelecidos por esta Lei. Art. 45, caput. O julgamento das propostas será objetivo, devendo a Comissão de licitação ou o responsável pelo convite realizá-lo em conformidade com os tipos de licitação, os critérios previamente estabelecidos no ato convocatório e de acordo com os fatores exclusivamente nele referidos, de maneira a possibilitar sua aferição pelos licitantes e pelos órgãos de controle.
Princípio do Sigilo das Propostas: Art. 3º, § 3º: A licitação não será sigilosa, sendo públicos e acessíveis ao público os atos de seu procedimento, salvo quanto ao conteúdo das propostas, até a respectiva abertura.
Princípio da Adjudicação Compulsória: Art. 50, caput. A Administração não poderá celebrar o contrato com preterição da ordem de classificação das propostas ou com terceiros estranhos ao procedimento licitatório, sob pena de nulidade.
Modalidades:
Concorrência: exige requisitos de habilitação (exigidos no edital), na fase inicial, comprovados documentalmente. Adequada para contratações de grande vulto, o estatuto limita valores para que possa ocorrer essa modalidade (art. 23, I, “c”, e II, “c”). Exatamente porque os recursos financeiros a serem empregados pela Administração são mais elevados, essa modalidade é a que apresenta, em seu procedimento, maior rigor formal e exige mais ampla divulgação. Por isso, dela podem participar quaisquer interessados que demonstrem possuir os requisitos mínimos de qualificação fixados no edital (art. 22, I e § 1º, do Estatuto).Ainda há situações que se leva em consideração a natureza do contrato a ser celebrado. É o caso em que a Administração pretende adquirir ou alienar bens imóveis; quando o certame tem cunho internacional; e quando pretende celebrar contrato de concessão de direito real de uso e parcerias públicas e privadas.
Tomada de Preços: Tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados previamente cadastrados nos registros dos órgãos públicos e pessoas administrativas, ou que atendam a todas as exigências para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas (art. 22, § 2º, Estatuto). Comparativamente, essa modalidade é menos formal que a concorrência, e isso em virtude de se destinar a contratações de vulto médio, cujas faixas de valor são estabelecidas em lei (art. 23, I, “b”, e II, “b”). Habilitação prévia. Ainda que o vulto do futuro contrato comporte a tomada de preços, pode o administrador optar por realizar concorrência. Mas a recíproca não é verdadeira, ou seja, não pode a concorrência ser substituída pela tomada de preços. Isso significa que pode ser escolhida modalidade mais formal do que o seria a pertinente, mas nunca modalidade mais informal.
Convite: A modalidade de convite é a que comporta menor formalismo, e isso porque se destina a contratações de menor vulto (as faixas de valor estão no art. 23, I, “a”, e II, “a”). Nessa modalidade, não há edital. O instrumento convocatório denomina-se carta-convite, e é nesta que são colocadas, sucintamente, as regras da licitação. As cartas-convite são remetidas, no mínimo, a três interessados no ramo a que pertence o objeto do contrato, os quais são livremente escolhidos pelo administrador, entre empresas cadastradas ou não. 
Na lei anterior, apenas os convidados tinham direito de participar do convite. A lei vigente ampliou o grupo de destinatários, admitindo a participação de interessados não convidados diretamente, mas cadastrados junto aos órgãos administrativos. Para possibilitar sua participação, o Estatuto impôs a obrigação de afixar-se, em local adequado, cópia do instrumento convocatório (art. 22, § 3º). A divulgação deve ser feita mediante afixação de cópia do convite em quadro de avisos do órgão ou entidade, localizado em lugar de ampla divulgação. 
Concurso: O concurso, previsto no art. 22, § 4º, do Estatuto, é a modalidade de licitação que visa à escolha de trabalho técnico, artístico ou científico. Trata-se, pois, de aferição de caráter eminentemente intelectual. Quando faz um concurso, a Administração não pretende contratar com ninguém, ao menos em princípio. Quer apenas selecionar um projeto de cunho intelectual e a seu autor conceder um prêmio ou determinada remuneração. Com o cumprimento desse ônus pela Administração, a licitação fica encerrada.
O prêmio ou a remuneração, no entanto, só poderão ser pagos se o autor do projeto ceder à Administração os direitos patrimoniais a ele relativos e a ela permitir a utilização, de acordo com sua conveniência, na forma do que estabelecer o regulamento ou o ajuste para a elaboração deste.141 Se o projeto se referir à obra imaterial de cunho tecnológico, não passível de privilégio, a cessão dos direitos abrangerá o fornecimento de todos os dados, documentos e elementos informativos referentes à tecnologia de concepção, desenvolvimento, aplicação da obra e fixação em suporte físico de qualquer natureza. Como se trata de seleção de projeto intelectual, cumpre que a comissão que dirige a licitação seja bastante criteriosa e apta intelectualmente, uma vez que não é difícil perceber que, em face do inevitável subjetivismo seletivo, pode ser facilitado eventual desvio de finalidade.
Leilão: Na modalidade de leilão, a Administração pode ter três objetivos:
1. vender bens móveis inservíveis; 2. vender produtos legalmente apreendidos ou penhorados; e 3. alienar bens imóveis adquiridos em procedimento judicial ou através de dação em pagamento, como o permite o art. 19 do Estatuto.
Tem direito à compra o candidato que oferecer o maior lance, devendo este ser igual ou superior à avaliação (art. 22, § 5º). Essa é a regra geral. Há dois requisitos importantes no leilão. Primeiramente, deve ser dada ao certame a mais ampla divulgação, com o que rigoroso aqui é o princípio da publicidade (art. 53, § 4º). Depois, é necessário que, antes do processo, sejam os bens devidamente avaliados, e isso por óbvia razão: o princípio da preservação patrimonial dos bens públicos; é o que emana do art. 53, § 1º, do Estatuto. 
Pregão: nova modalidade regulada pela lei 10.520, instituída para aquisição de bens e serviços comuns, quaisquer que sejam os valores estimados para a sua contratação, na qual a disputa é feita em uma sessão pública por meio de propostas de preços escritas e lances verbais. O pregão não é modalidade de uso obrigatório pelos órgãos públicos. Trata-se, pois, de atuação discricionária, na qual a Administração terá a faculdade de adotar o pregão (nas hipóteses cabíveis) ou alguma das modalidades previstas no Estatuto geral.
A União, sensível à necessidade de acelerar o processo seletivo para contratações, tornou obrigatória a adoção da modalidade de pregão para a aquisição de bens e serviços comuns, estabelecendo, ainda, que a preferência deverá recair sobre a modalidade na forma eletrônica. A particularidade especial da modalidade de pregão reside na adoção parcial do princípio da oralidade. Enquanto nas formas comuns de licitação a manifestação de vontade dos proponentes se formaliza sempre através de documentos escritos (propostas), no pregão poderão os participantes oferecer outras propostas verbalmente na sessão pública destinada à escolha.
O objeto do pregão destina-se apenas à aquisição de bens e à contratação de serviços comuns, como dispõe o art. 1º da Lei nº 10.520/2002. 
Procedimento licitatório:
A doutrina faz uma separação no que tange às fases da licitação. Dizem que estas fases se dividem em fase interna e fase externa.
Fase interna: A Administração Pública que dará abertura ao procedimento onde a autoridade competente determinará sua realização. Haverá, nesse momento, uma definição precisa do objeto. Ocorrerá a indicação dos recursos hábeis para a despesa e por fim uma submissão ao instrumento convocatório á provocação pela Assessoria Jurídica, dentre outros atos. Ao publicar o Edital finda a fase interna e começa a fase externa.
Fase externa: haverá convocação dos interessados (Edital ou carta-convite);inscrição de pessoas jurídicas ( não pode pessoas físicas) apresentação das propostas, habilitação, classificação, homologação, adjudicação , etc.
Edital: é o ato pelo qual a Administração divulga as regras a serem aplicadas em determinado procedimento de licitação. o edital é ato vinculado e não pode ser desrespeitado por seus agentes. Nesse sentido, é expresso o art. 41 do Estatuto: “A Administração não pode descumprir as normas e as condições do edital, ao qual se acha estritamente vinculada". Se houver modificação superveniente do edital, a Administração tem duas obrigações: 1. divulgar a modificação pela mesma forma em que se deu o texto original; e 2. reabrir o prazo estabelecido no início, salvo quando a alteração não afetar a formulação da proposta. Além disso, deve ser proativa, no sentido de planejar suas ações, evitando retificações posteriores desnecessárias. Não se pode deixar de considerar que se cuida de ato que tem destinação geral a todos quantos queiram contratar com a Administração Pública, devendo, portanto, permanecer inalteradas as suas regras, salvo se houver razão insuperável para modificações, devidamente justificada pelo administrador. Somente assim estará sendo respeitado o princípio da vinculação ao instrumento convocatório, previsto no art. 3º do Estatuto.
Habilitação: é a fase do procedimento em que a Administração verifica a aptidão do candidato para a futura contratação. A inabilitação acarreta a exclusão do licitante da fase do julgamento das propostas, e, embora seja uma preliminar deste,vale como um elemento de aferição para o próprio contrato futuro, que é, de regra, aliás, o alvo final da licitação. A Administração não pode fazer exigências indevidas e impertinentes para a habilitação do licitante. São cinco os aspectos que medem a habilitação do candidato:
 1. habilitação jurídica (verifica se a empresa está regularmente constituída);
 2. qualificação técnica (condições tecnicas de realizar o empreendimento);
 3. qualificação econômico-financeira ( conjunto de dados que fazem presumir que o licitante tem “capacidade para satisfazer os encargos econômicos decorrentes do contrato”).; 
4. fiscal e trabalhista (é a prova de que o participante está quite com suas obrigações fiscais federais, estaduais e municipais.); No que se refere aos encargos devidos à Previdência Social, resultantes da execução do contrato, a Administração é solidariamente responsável com o contratado por eventuais débitos deste. Sendo assim, será necessário que, durante todo o curso do contrato, a Administração verifique se o contratado está recolhendo regularmente as contribuições previdenciárias. Outro requisito a ser cumprido pelo licitante reside na comprovação de inexistência de débitos não solvidos perante a Justiça do Trabalho. Para tanto, deve apresentar a Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas (CNDT), expedida pelo mesmo ramo do Judiciário.
5. cumprimento do disposto no inciso XXXIII do art. 7º da CF (art. 27 do Estatuto, sendo que este último requisito foi acrescentado pela Lei nº 9.854, de 27.10.1999).
 *O estado pode ser responsabilizado pelas dividas da empresa contratada? 
O art.71 da lei 8666 diz que o contratado é responsável pelos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais resultantes da execução do contrato. E a sua inadimplência com referencia aos encargos trabalhistas, fiscais e comercias não transfere à Administração Pública a responsabilidade por seu pagamento, mas o Enunciado 331 do TST afirma que "Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações da Lei n.º 8.666, de 21.06.1993, especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como empregadora. A aludida responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente contratada".
*As 3 primeiras modalidades (concorrência, tomada de preços e convite) são hierarquizadas com base na complexidade dos seus procedimentos ou no preço dos contratos.
Procedimento seletivo: Em virtude do princípio da publicidade, a abertura dos envelopes para habilitação e das propostas deve ocorrer em ato público, com data previamente fixada. Ao final, deve ser lavrada ata com a descrição de todos os fatos ocorridos na sessão. Todos os documentos devem ser rubricados pelos licitantes presentes e pela Comissão de Licitação. Pode a Comissão, em qualquer fase da licitação, promover diligências para completar ou esclarecer a instrução do processo. Mas, para evitar o favorecimento a algum participante e a violação ao princípio da igualdade dos licitantes, é vedado aceitar a inclusão de qualquer documento ou informação que já deveria ter constado ao momento do oferecimento da proposta. 
Comissão: 3 servidores públicos estáveis. (responsáveis por julgar as propostas)
Julgamento da habilitação: Antes de examinar as propostas oferecidas, cabe à Comissão analisar os documentos necessários à habilitação dos candidatos. Os candidatos devem fornecer dois envelopes, um contendo os documentos necessários à habilitação, e outro, com as propostas. Por isso, a primeira providência na sessão é a abertura dos envelopes contendo os documentos para a habilitação; nesse momento, ainda não se abrem os envelopes das propostas. Examinando-se o primeiro envelope, separam-se os candidatos que atenderam aos requisitos de habilitação. Estes são os habilitados. Formam outro grupo os que não conseguiram apresentar a documentação necessária à habilitação: são os inabilitados. A estes a Comissão devolve, fechados, os envelopes das propostas, e isso porque ficam excluidos da competição (art. 43, I e II, do Estatuto). Outro aspecto importante é o relativo aos recursos: para que a sessão prossiga com vistas a julgar as propostas, é preciso que os inabilitados desistam expressamente de interpor recurso; não havendo essa desistência, a sessão só deverá continuar após o julgamento dos recursos, ou após transcorrido in albis o prazo recursal (art. 43, III, do Estatuto). O ato que considera habilitados os candidatos tem dois efeitos importantes. O primeiro reside em que não mais caberá desistência da proposta, salvo, excepcionalmente, por motivo justo derivado de fato superveniente, aceito pela Comissão. O segundo é que, ao ser ultrapassada a fase da habilitação, e sendo abertos os envelopes das propostas, não mais pode haver desclassificação calcada em motivo relativo à habilitação, a não ser que os fatos tenham ocorrido supervenientemente ou só tenham sido conhecidos após o julgamento (art. 43, §§ 5º e 6º).
Julgamentos das propostas: é a fase em que a Administração procede efetivamente à seleção daquela proposta que se afigura mais vantajosa para o futuro contrato. Abertura de envelopes. Sessão pública (princípio do sigilo das propostas); Não tem no leilão e pregão 
Critérios de julgamento: (edital pode estabelecer nota de corte na melhor tecnica)
 Menor preço ou maior lance
Melhor técnica
Técnica e preço (media ponderada)
*Lei 8987 ( melhor tarifa)
Homologação: é um ato administrativo que tem a finalidade de declarar a legalidade do procedimento.
Adjudicação: é o ato que declara o resultado final da licitação.
*O vencedor da licitação têm direito subjetivo a contratação?
Não, o vencedor tem apenas expectativa de direito, só pode exigir se o contrato for assinado, como não houve , existe apenas expectativa de direito.
Regime diferenciado de contratações públicas (RDC):
Lei 12.462
Foi direcionado primeiramente aos megaeventos esportivos a serem realizados no país, especialmente a Copa e os jogos olímpicos. Posteriormente, foi ampliada a abrangência do novo regime, que passou a regular também as ações integrantes do PAC, as obras do SUS e as obras e serviços de engenharia para construção, ampliação e reforma de estabelecimentos penais e unidades de atendimento socioeducativo.
Objetivos: (a) ampliar a eficiência nas contratações públicas e a competitividade entre os licitantes; 
(b) promover a troca de experiências e tecnologias em busca da melhor relação entre custos e benefícios para o setor público;
(c) incentivar a inovação tecnológica; 
(d) assegurar tratamento isonômico entre os licitantes e a seleção da proposta mais vantajosa para a administração pública;
São fases desse procedimento específico: (I) preparatória; (II) publicação do instrumento convocatório; (III) apresentação de propostas ou lances; (IV) julgamento; (V) habilitação; VI) recursal; e (VII) encerramento (art. 12).
Os critérios de julgamento foram assim relacionados: (I) menor preço ou maior desconto; (II) técnica e preço; (III) melhor técnica ou conteúdo artístico; (IV) maior oferta de preço; e (V) maior retorno econômico (art. 18).
Este último critério é adotado exclusivamente para a celebração de contratos de eficiência em que o participante selecionado propicia maior economia para a Administração, inclusive mediante redução de despesas correntes, sendo, por isso, remunerado com base em percentual da economia gerada.
Contratos administrativos:
É um contrato realizado pelo estado, na qualidade de poder público, em que existem prerrogativas que colocam a Adm. Pública em situação de superioridade em relação ao contratado.
Para a doutrina majoritária o estado pode realizar contratos de direito privado, sem a supremacia do interesse público (excepcionalmente). Nesse caso a Adm. Pública situa-se no mesmo plano que a outra parte,não lhe sendo atribuída, em regra, qualquer vantagem especial. São contratos de direito privado da Administração, por exemplo, a compra e venda, a doação, a permuta e outros do gênero.
Com os contratos administrativos propriamente ditos, estes sofrem a incidência de normas especiais do direito público, só aplicando subsidiariamente as de direito privado
Partes: 
Na relação jurídica dos contratos administrativos, está de um lado a Administração, parte contratante (art. 6º, XIV, do Estatuto), e de outro a pessoa física ou jurídica que firma o ajuste, o contratado (art. 6º, XV)
Características: 
Posição preponderante da Administração: como a administração tem como objetivo alcançar o que é melhor para a coletividade, ela tem privilégios de interesse comparado ao particular contratado. Coletivo > Particular.
Art.54 - essa posição de supremacia é consequência do regime jurídico de direito público que regula os contratos administrativos
Clausulas exorbitantes ou de privilegio: são as prerrogativas especiais conferidas à Administração na relação do contrato administrativo em virtude de sua posição de supremacia em relação à parte contratada. Art.58
Prerrogativas:
Alteração unilateral do contrato: art.58, I 
Essa prerrogativa não pode ser utilizada por arbítrio ou por interesses escusos, o objetivo da norma é o de admitir que o advento de novos fatos administrativos possa permitir alguma flexibilização a qual, todavia, sempre há de sujeitar-se a alguns limites, bem como há de atender ao interesse público indicado pela Administração para proceder à alteração unilateral. 
Essa modificação pode se dar:
1. quando há modificação do projeto ou das especificações, com vistas à melhor adequação técnica aos fins do contrato (alteração qualitativa);
2. quando é preciso modificar o valor em virtude do aumento ou diminuição quantitativa do objeto contratual (alteração quantitativa).
*as alterações monetárias e econômico- financeiras, sem as alterações primarias, não podem ser alteradas sem a prévia concordância do contratado (art.58, §1º). Processada a alteração, contudo, caberá a revisão dessas cláusulas para que se preserve o equilíbrio do contrato (art. 58, § 2º).
Não se submetendo às alterações, o contratado é considerado como descumpridor do contrato, dando margem a que a Administração rescinda o ajuste, atribuindo-lhe culpa pela rescisão.
Rescisão unilateral: art.78
A Administração pode unilateralmente extinguir o contrato.
Motivos: o não cumprimento das cláusulas contratuais, mas nele também se inserem o cumprimento irregular (art. 78, II), a morosidade indevida (inc. III), o atraso imotivado da obra (inc. IV) e outros assemelhados. 
Efeitos: No caso de inadimplemento pelo contratado, a Administração nada tem a pagar-lhe, sendo, ao contrário, credora de indenização, provados que fiquem os prejuízos causados pelo descumprimento. Afinal, indeniza quem, por culpa, deu causa à rescisão. O fato enseja, ainda, para a Administração, o direito de reter créditos, executar garantia contratual para ressarcimento dos prejuízos, assumir imediatamente o objeto do contrato e ocupar os locais necessários à execução (art. 80, I a IV, Estatuto). Diferentemente se passa com a hipótese de rescisão por razões de interesse público. Como no caso não há culpa do contratado, tem este direito à reparação dos prejuízos que a rescisão ocasionou. (indenização não cabe, cabe ressarcimento, reposição patrimonial).
A Exceção do contrato não cumprido: significa que uma parte contratante não pode exigir da outra o cumprimento de sua obrigação sem que ela mesma tenha cumprido a sua. Dispõe que é causa de rescisão contratual culposa “o atraso superior a 90 (noventa) dias dos pagamentos devidos pela Administração decorrentes de obras, serviços ou fornecimento, ou parcelas destes, já recebidos ou executados, salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra”, estabelecendo que nesse caso o particular tem direito a optar pela suspensão do cumprimento da obrigação ou pela indenização por prejuízos causados pela rescisão.
Solene: é aquele contrato seguindo a forma prescrita em lei. (escrito e publicado). Exceção: contrato administrativo verbal: art.60 p.u. ( pequenas compras de pronto pagamento.
Intuitu personae: não admite subcontratação, em regra geral: contrato pessoal. Exceção: pode haver subcontratação de parte especializada do objeto do contrato sendo necessária a concordância da Adm. Contratante.
Equilíbrio econômico e financeiro: pode haver um certo desequilíbrio decorrente das clausulas exorbitantes, mas ambos tem que respeitar o limites econômicos e financeiros. Tem o objetivo de propiciar as partes a oportunidade de restabelecer o equilíbrio toda vez que ele for rompido. Art.37, xxi.
Teoria da imprevisão: ocorre a teoria da imprevisão quando, no curso do contrato, sobrevêm eventos excepcionais e imprevisíveis que subvertem a equação econômico-financeira do pacto. O efeito da teoria da imprevisão calca-se em duas vertentes. Se a parte prejudicada não puder cumprir, de nenhum modo, as obrigações contratuais, dar-se-á a rescisão sem atribuição de culpa. Se o cumprimento for possível, mas acarretar ônus para a parte, terá esta direito à revisão do preço para restaurar o equilíbrio rompido. 
O fato do príncipe: O equilíbrio do contrato administrativo pode ser quebrado por força de ato ou medida instituída pelo próprio Estado. Foi por isso construída a teoria do fato do príncipe, aplicável quando o Estado contratante, mediante ato lícito, modifica as condições do contrato, provocando prejuízo ao contratado. O efeito da aplicação da teoria do fato do príncipe, à semelhança do que ocorre com a teoria da imprevisão, comporta duas hipóteses. A primeira é aquela em que o ato estatal dificulta e onera o particular para o cumprimento de suas obrigações; nesse caso, terá o particular o direito à revisão do preço para ensejar a restauração do equilíbrio contratual. Outra hipótese é aquela em que o fato impede definitivamente o particular de adimplir as obrigações. Impossibilitado de fazê-lo por motivo a que não deu causa, não pode ser por isso prejudicado, de modo que fará jus à indenização integral.
Contratos em espécie: 
-Concessão: contrato administrativo pelo qual a Administração confere ao particular a execução remunerada de serviço público ou obra pública ou lhe cede o uso de bem público para que o explore nas condições previstas contratualmente. 
As concessões de serviços públicos, como informa a própria denominação, têm por objeto a delegação da execução de serviço público a pessoa privada. Trata-se, pois, conforme visto anteriormente, de processo de descentralização, formalizado por instrumento contratual. O concessionário, a seu turno, terá sempre a seu cargo o exercício de atividade pública. 
As modalidades de concessões de serviços públicos:
As concessões comuns, reguladas na Lei nº 8.987, de 13.2.1995 (lei das concessões), têm por objeto a prestação de serviço público delegado e comportam duas modalidades: (1ª) concessão de serviços públicos simples, aquela em que o Poder Público só delega o serviço público em si; (2ª) concessão de serviços públicos precedida da execução de obra pública, aquela em que o contrato prevê duplo objeto: a execução de obra e a prestação do serviço. Caracterizam-se pela circunstância de que o concessionário não recebe qualquer contrapartida pecuniária por parte do concedente; seus recursos têm origem no pagamento das respectivas tarifas pelos usuários do serviço. 
nas concessões especiais o concessionário recebe contrapartida pecuniária por parte do poder concedente. Subdividem-se em duas categorias: (1ª) concessões patrocinadas, aquelas em que a contraprestação pecuniária do concedente representa um adicional à tarifa cobrada dos usuários; (2ª) concessões administrativas, aquelas em que a Administração Pública é a usuária direta ou indireta da prestação do serviço, da obra ou do fornecimento. 
concessão de obra pública é o contratoadministrativo pelo qual o Poder Público transfere a um particular a execução de uma obra pública, para que este a execute por sua conta e risco, sendo remunerado pelos futuros usuários, por meio de tarifas fixadas no contrato, estando prevista na Lei 8.987/1995. Já a concessão de uso é o contrato administrativo pelo qual a Administração faculta ao particular a utilização privativa de bem público, conforme estipulação contratual, com ou sem exploração do bem, disciplinada por legislação esparsa
Art.6 - serviço adequado: Dentre os direitos dos usuários está o de receber um serviço público adequado. O legislador resolveu expressamente estabelecer um conjunto de condições que devem ser observadas na prestação do serviço para que ele cumpra o requisito da adequação. Tais condições estão previstas no § 1.º do art. 6.º da Lei 8.987/1995: 
Regularidade: O princípio da regularidade exige que os serviços públicos sejam prestados sem variação significativa dos padrões técnicos exigidos. Nesse sentido, a regularidade está ligada à estabilidade, à manutenção de seus requisitos essenciais.
Continuidade: O princípio da continuidade, também chamado de princípio da permanência, impõe que o serviço público, uma vez instituído, seja prestado de forma permanente, sem interrupção. No entanto, a própria Lei 8.987/1995, no seu art. 6.º, § 3.º, permite a interrupção de serviços sem violação ao princípio da continuidade em algumas hipóteses: situações de emergência, razões de ordem técnica ou de segurança das instalações e em virtude do inadimplemento do usuário.
Eficiência: A eficiência diz respeito à obtenção de bons resultados com a prestação do serviço. Além disso, o princípio exige que o serviço seja realizado dentro de uma adequada relação de custo/benefício, evitando-se desperdícios.
Segurança: Os serviços públicos devem respeitar padrões e normas de segurança, de modo a preservar a integridade da população em geral e dos equipamentos utilizados.
Atualidade: A atualidade do serviço diz respeito à modernidade das técnicas, do equipamento e das instalações e a sua conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço. O princípio visa a impedir que o prestador se alheie às inovações tecnológicas, deixando de investir na disponibilização aos usuários das melhorias de qualidade e amplitude do serviço.
Generalidade: O princípio da generalidade é atinente aos aspectos da universalidade e da isonomia. A característica de ser universal garante que o serviço seja ofertado da forma mais abrangente possível. 
Modicidade das tarifas: O valor pago pela prestação dos serviços deve ser estabelecido segundo padrões de razoabilidade, evitando-se que os prestadores de serviços obtenham lucros extraordinários em prejuízo dos usuários.
Politica Tarifaria: art. 9 , A tarifa paga pelo usuário, e que serve para remunerar a concessionária pela prestação do serviço público, deve ser fixada inicialmente de acordo com o preço estabelecido na proposta vencedora da licitação. No entanto, o Estado deverá rever os valores estabelecidos, para mais ou para menos, sempre que houver alteração das condições que provoque o desequilíbrio econômico-financeiro do contrato.
Art. 14 - licitação: A celebração de qualquer contrato de concessão ou permissão de serviço público deve ser precedida da realização de licitação, conforme previsto no art. 175 da Constituição Federal. 
No que concerne às concessões, a Lei 8.987/1995 estabeleceu que a delegação dependerá da realização de prévio procedimento licitatório para escolha do concessionário, na modalidade obrigatória da concorrência. 
*as concorrências para concessão de serviços públicos são regidas primeiramente pelas regras previstas na Lei Geral das Concessões e, naquilo em que não houver disposição específica, aplicam-se subsidiariamente as normas do Estatuto das Licitações e Contratos.
Critérios de julgamento das propostas dos licitantes: art. 15.
Possibilidade de inversão da ordem das fases de habilitação e julgamento: apenas facultativa e deve estar prevista no edital. Procedimento: art.18-A
Art.32- intervenção: O poder concedente sempre mantém a prerrogativa (encargo) de regulamentar, controlar e fiscalizar a atuação do delegatário, podendo, por consequência, intervir na concessão com o objetivo de assegurar a adequação da prestação do serviço ou para garantir o fiel cumprimento das normas (contratuais, regulamentares e legais) pertinentes (art. 32 da Lei 8.987/1995). A intervenção na concessão submete-se a um procedimento formal. Primeiro, o poder concedente, após tomar conhecimento da inadequação da prestação do serviço ou do descumprimento pela concessionária das normas pertinentes, edita o decreto de intervenção (ato do Chefe do Poder Executivo). Este deverá conter a designação do interventor, o prazo da intervenção e os objetivos e limites da medida (art. 32, parágrafo único). 
A intervenção deverá culminar numa das seguintes situações: 1.º) se comprovada a inadequação da prestação do serviço pelo concessionário, o poder concedente extinguirá a concessão, caso entenda ser esta a medida necessária; 2.º) caso contrário, a administração do serviço será devolvida à concessionária, precedida de prestação de contas pelo interventor (que responderá pelos atos praticados durante a sua gestão, conforme o art. 34). 
Art.35- extinção: O contrato de concessão pode ser extinto por diversas causas, pondo fim à prestação dos serviços pelo concessionário. A Lei 8.987/1995, no seu art. 35, prevê expressamente algumas das causas de extinção da concessão. São elas: a) advento do termo contratual; b) encampação; c) caducidade; d) rescisão; e) anulação; e f) falência ou extinção da empresa concessionária e falecimento ou incapacidade do titular, no caso de empresa individual.
Com a extinção da concessão, retornam ao poder concedente todos os bens reversíveis, direitos e privilégios transferidos ao concessionário conforme previsto no edital e estabelecido no contrato (art. 35, § 1.º). Os bens reversíveis são aqueles que, diante da extinção do contrato de concessão, devem ser transferidos do patrimônio do concessionário para o patrimônio do concedente. 
Outro efeito da extinção da concessão é a assunção imediata do serviço pelo poder concedente, ficando este autorizado a ocupar as instalações e a utilizar todos os bens reversíveis, haja vista a necessidade de dar continuidade à prestação do serviço público (art. 35, §§ 2.º e 3.º).
Advento do termo contratual: Com o fim do prazo previsto no contrato, ocorre a extinção natural da concessão. Em outras palavras, o advento do termo contratual opera de pleno direito a extinção da concessão, não havendo necessidade de qualquer aviso ou notificação.
Encampação: consiste na extinção da concessão em face da retomada do serviço pelo poder concedente durante o prazo da concessão, por motivos de interesse público. Trata-se de uma prerrogativa do Poder Público de extinguir unilateralmente o contrato administrativo. A encampação pressupõe a existência de três requisitos: 1.º) interesse público; 2.º) lei que autorize especificamente a encampação; e 3.º) pagamento de indenização prévia ao concessionário referente aos bens reversíveis empregados na execução do serviço, ainda não amortizados ou depreciados. * não tem indenização por lucros cessantes.
Caducidade: A declaração de caducidade consiste na extinção do contrato de concessão de serviço público em razão da inexecução total ou parcial do contrato, por razões imputáveis exclusivamente à concessionária.
Rescisão: forma de extinção da concessão, por iniciativa da concessionária, motivada pelo descumprimento de normas contratuais por parte do poder concedente (art. 39). Nesse caso, como autoexecutoriedade é privilégio aplicável apenas à Administração, para que o concessionário possa rescindir o contrato de concessão deverá propor ação judicial com esse objetivo. 
Anulação: é hipótese de extinção do contrato de concessão por motivo de vício de legalidade, que pode ser declarado na via administrativa (autotutela)ou na judicial. Aplica –se o art.59 da lei 8666.
Art.36 - Reversão: Qualquer que seja a causa da extinção da concessão, os bens reversíveis ainda não amortizados ou depreciados deverão ser indenizados ao concessionário, sob pena de, se não o fizer, haver enriquecimento sem causa do poder concedente. Essa regra também tem o objetivo de garantir que a concessionária permaneça realizando os investimentos necessários para assegurar a continuidade e a atualidade do serviço concedido (art. 36), mesmo quando o prazo da concessão esteja perto de vencer.
Parceria Público-Privada: 
Lei 11.079 
objetivo de atrair investimentos do setor privado para projetos de infraestrutura que demandam capitais de grande vulto, constituindo-se em uma nova forma de participação do setor privado na implantação, melhoria e gestão da infraestrutura pública; uma alternativa à falta de recursos estatais para investimentos, como em portos e rodovias.
Modalidades:
Concessão patrocinada: é a concessão de serviço público ou de serviço público precedida da realização de obras públicas de que trata a Lei 8.987/1995 (concessões comuns), quando envolver, além da tarifa cobrada dos usuários, contraprestação do parceiro público ao parceiro privado.
Concessão administrativa: é definida pela Lei como o contrato de prestação de serviços de que a Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva a execução de obra ou fornecimento e instalação de bens. Ex: construção de presídios por particulares que ficariam responsáveis não apenas pela obra, mas também pela operação da unidade prisional.
Contraprestação da Administração Pública: a contraprestação da Administração Pública nos contratos de parceria público-privada poderá ser feita pelos seguintes meios: a) ordem bancária; b) cessão de créditos não tributários; c) outorga de direitos em face da Administração Pública; d) outorga de direitos sobre bens públicos dominicais; e) outros meios admitidos em lei (art. 6.º). Somente será efetuada quando o serviço objeto da parceria público-privada já estiver disponibilizado. Por outro lado, tratando-se de serviços que possam ser divididos em etapas, é facultado à Administração Pública, nos termos do contrato, efetuar o pagamento da contraprestação relativa à parcela do serviço que já se revelar fruível (art. 7.º, § 1.º). O contrato de parceria público-privada poderá também prever o pagamento ao parceiro privado de remuneração variável vinculada ao seu desempenho, conforme metas e padrões de qualidade e disponibilidade definidos no contrato (art. 6.º, § 1.º). É o que a doutrina denomina “princípio da variabilidade remuneratória”
Sociedade de proposito especifico (SPE): art.9
Antes da celebração do contrato de parceria público-privada, deverá ser constituída sociedade de propósito específico (SPE), entidade de personalidade jurídica própria, distinta daquela dos detentores de seu capital social. A denominação “propósito específico” demonstra clara restrição ao seu âmbito de atuação, de forma que, nos casos de SPE instituídas no âmbito das PPP, a sociedade tem por incumbência exclusivamente as atividades de implantação e gestão do objeto da parceria. (finalidade é administrar a PPP). Fazem parte da diretoria o parceiro público e o privado.
Fundo garantidor de PPP: art.16
É um fundo de capitalização formado pelo parceiro público e pelo parceiro privado como uma reserva de capital de emergência para custear o empreendimento da parceria.
A participação da população.
Permissão: 
A permissão de serviço público é conceituada como “a delegação, a título precário, mediante licitação, da prestação de serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco” (art. 2.º, IV). 
Licitação é obrigatória ( concorrência ou tomada de preço).
A maioria da doutrina entende que não existe contrato precário, então o contrato de permissão é basicamente igual ao contrato de concessão de serviço público. Não existe diferença conceitual.
Responsabilidade Civil: art.37, p.6
A responsabilidade civil da Administração Pública consiste na obrigação estatal de indenizar os danos patrimoniais, morais ou estéticos que seus agentes, atuando nessa qualidade, causarem a terceiros, podendo ser dividida em dois grandes grupos: a contratual, decorrente do descumprimento de cláusulas constantes em contratos administrativos, e a extracontratual (ou aquiliana), que abrange as demais situações.

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