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Aulas Direito Penal parte 2

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Elementos Objetivos do Tipo Penal
De acordo com uma concepção complexa, podemos dividir os elementos que compõem os tipos penais em duas grandes categorias: elementos objetivos e elementos subjetivos. 	Comment by Bruno Mozer Azevedo: O Tribunal do Júri julga apenas crimes dolosos pela vida. 
Os elementos objetivos do tipo, conforme Jescheck, têm a finalidade de descrever “a ação, o objeto da ação e, em sendo o caso, o resultado, as circunstâncias externas do fato e a pessoa do autor. ” Há tipos penais que descrevem, ainda, o sujeito passivo, como no caso do estupro de vulnerável, previsto no art. 217-A do Código Penal.
A finalidade básica dos elementos objetivos do tipo é fazer com que o agente tome conhecimento de todos os dados necessários à caracterização da infração penal, os quais, necessariamente, farão parte de seu dolo.
Na categoria dos elementos objetivos, ainda podemos subdividi-los em elementos descritivos e elementos normativos.
– Elementos descritivos são aqueles que têm a finalidade de traduzir o tipo penal, isto é, de evidenciar aquilo que pode, com simplicidade, ser percebido pelo intérprete.
– Elementos normativos são aqueles criados e traduzidos por uma norma ou que, para sua efetiva compreensão, necessitam de uma valoração por parte do intérprete, ou, na definição de Zaffaroni, “são aqueles elementos para cuja compreensão se faz necessário socorrer a uma valoração ética ou jurídica.”. Conceitos como dignidade e decoro (art. 140 do CP), sem justa causa (arts. 153, 154, 244, 246 e 248 do CP) podem variar de acordo com a interpretação de cada pessoa ou em virtude do sentido que lhe dá a norma. São considerados, portanto, elementos normativos, porque sobre eles, necessariamente, deve ser realizado um juízo de valor. Conforme as lições de Esiquio Manuel Sánchez Herrera, “tinha razão Erik Wolf quando assinalou que no fundo todos os elementos do tipo têm caráter normativo, pois todos são conceitos jurídicos que requerem para sua aplicação uma valoração por parte do operador do direito”.
Rogerio Grecco
	Elementos Subjetivos do Tipo Penal
Vontade finalística revelada pode ser:
- Dolo direto
- Dolo indireto ou eventual
- Culpa consciente
- Culpa inconsciente
Dolo é o elemento previsto no art. 18. Ocorre quando o agente quer o resultado ou assume o risco de produzi-lo. No dolo direto o agente quer, deseja o resultado. No dolo indireto ou eventual o agente sabe que sua conduta pode causar um resultado lesivo e não se importa. É necessária uma análise de um conjunto de circunstâncias para comprovar a intenção do agente. No dolo eventual não se persegue o resultado, há uma tolerância, uma aceitação, assunção de risco.
A pena é a mesma tanto para dolo direto ou dolo eventual é a mesma.
Elementos do dolo direto: consciência + vontade (vontade de praticar os elementos objetivos do tipo penal incriminador.)
Elementos do dolo eventual: consciência + tolerância (aceitação, assunção do risco)
Modalidades da culpa: Art 18, II.
Conduta humana que causa um resultado por causa de uma: 
- Imprudência: Conduta positiva. O indivíduo realiza uma conduta imprudente.
- Negligencia: Conduta negativa. O indivíduo deixa de realizar uma conduta.
- Imperícia: Aptidão técnica. O indivíduo faz o que não deveria fazer por não ter habilidade.
	
Tipos da culpa: 
- Consciente: há consciência, há previsão do resultado, o agente sabe que pode gerar uma lesão. Consciência do resultado possível da conduta.	Comment by Bruno Mozer Azevedo: Não é a consciência que define se é dolo ou culpa.
- Inconsciente: Não quis o resultado, não assumiu o risco, mas o resultado era previsível, não é necessário haver previsão do agente, apenas uma previsibilidade por parte de um ser humano de inteligência média.	Comment by Bruno Mozer Azevedo: Se o resultado é imprevisível não pode haver responsabilidade penal. Não há vontade finalística.
Elementos configuradores da conduta culposa
- Previsão legal. Tem que estar expressamente previsto no ordenamento jurídico. 
- Previsibilidade objetiva do resultado. O agente tem que, pelo menos, poder prever o resultado. Qualquer pessoa poderia prever.
- Inobservância do dever objetivo de cuidado. Comportamento do indivíduo diante do fato. Se ele quis evitar o resultado, achou que poderia controlar, etc.	Comment by Bruno Mozer Azevedo: O indivíduo realiza a conduta não porque ele não se importa, mas porque ele acha que pode controlar o resultado.Se o agente assume o risco, sabendo e não se importando com o resultado, é dolo eventual.
Crime de Perigo x Crime de dano
Os crimes de danos são aqueles em que se exige a violação do bem jurídico. A violação está descrita na conduta descrito no conceito primário da norma. Ex: Homicídio, lesão corporal, etc.
Nos crimes de perigo não há violação ao bem jurídico e sim um atentado. Existe pra tutelar a incolumidade pública.
- Crime de perigo abstrato: Não está descrita na norma que a conduta em si está punível. Não há descrição do dano na norma. Art. 306 CTB.
- Crime de perigo concreto: Está descrito na norma que existe o perigo.
Art. 308 CTB é dano ou perigo? Concreto ou abstrato?
Caso concreto 7
a) Construir um texto resumindo as condutas.
b) O resultado da traqueostomia era previsível. 
Tipo penal simples: O bem jurídico é tutelado na forma simples, sem agravantes.
Os tipos derivados só podem derivar dos simples, que geram novos tipos penais: privilegiados (condutas menos graves, tornam a punição mais branda) ou qualificados (Conduta mais grave, tornam a punição mais severa). As qualificadoras podem ser subjetivas (Motivação. Ex: motivo torpe) ou objetiva (o meio é algo objetivo. Ex: Asfixia). Os tipos qualificados são novos tipos penais, pois tem preceito primário e secundário com parâmetro próprio de pena mínimo e máximo. A qualificação de um tipo penal pode acontecer por vários motivos (motivo, meio).
Agravantes genéricas: Art 61. Para todo o ordenamento.
Agravantes específicos: CTB, lei de drogas.
Causas de aumento de pena: Circunstancias que aumentam a pena em alguns artigos.
Crimes preterdolosos: Crime qualificado pelo resultado preterdoloso. Existe dolo no antecedente e culpa no consequente. Os elementos do tipo culposo convivem com o dolo. É necessário que haja uma previsibilidade para a culpa, não se pode responder por algo que não é intencional e não é previsível.
Aula 8
Nexo de causalidade entre a conduta humana e o resultado. 
Relação de causa e efeito.
CP art. 13 
O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. (Há crimes que necessitam de resultado material para serem considerados crime, há outros onde o resultado é irrelevante).
Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido.	Comment by Bruno Mozer Azevedo: Conduta
Resultado jurídico: Qualquer violação a um bem jurídico descrita em uma norma penal incriminadora. Sempre há um resultado jurídico.
Resultado material: modificação do mundo exterior, lesão a um bem jurídico. Nem todo delito terá resultado material.
Crimes materiais são os crimes que exigem um resultado material. Ex. homicídio, estelionato, etc.
Crimes formais são aqueles em que não é exigível que haja um resultado material. A consumação é antecipada. Mesmo que o dano não ocorra a conduta é suficiente para configuração do conflito.
Crimes de mera conduta: A mera conduta já possui gravidade suficiente para a existência do delito. Não existe resultado material. Ex: Art.14 e 16 do estatuto do desarmamento. Há apenas o resultado jurídico. Não há relação de nexo de causalidade. 
Causa é tudo aquilo que contribui para o resultado material. Teoria da equivalência das condições (conditio sine qua non). Logo todo aquele que contribuiu para o resultado material possa ser responsabilidade.
O referencial punível, indivíduo sobre o qual recai a suspeita de ter provocado um resultado causal inicia um processo causal.
Etapas para determinar o nexo de causalidade: métodohipotético de eliminação.
- Caso a conduta não tivesse sido realizada o resultado ainda permaneceria? Se a resposta é sim não é causa, se a resposta é não, não é causa.
Problemas do método hipotético de eliminação: falta de clareza, progresso ao infinito.
Solução para o regresso ao infinito: Teoria finalista, vontade finalista. Avaliar na cadeia causal onde está a vontade finalista.
Teoria de causalidade adequada: art. 13 § 1º. As vezes um processo causal iniciado pode sofrer modificações e até ser interrompido. Elementos:
- Superveniência: aconteceu depois.
- Relativamente independente: não é um desdobramento natural da conduta. Interrupção do processo causal.
- Por si só: o laudo pericial vai atestar que a primeira lesão não contribuiu com o dano. A segunda causa por si só foi responsável pelo resultado final.
- Exclui imputabilidade: Ocorre quando configurado os três requisitos anteriores.
Caso concreto 6
Não porque o segundo acidente foi superveniente, não é um desdobramento natural da conduta do primeiro condutor.
Concausas
Conjunto de causas que são considerados juntos para definição da conduta, atuam em conjunto com a causa e tem relação de dependência relativa: reforça o processo causal.
Concausas pré-existente: quando a causa já existe antes da conduta. Ex. hemofílico.
Concausas concomitantes: ocorre ao mesmo tempo que a conduta.
Concausas supervenientes: ocorre depois da conduta.
Aula 9
Iter criminis
Significa, segundo a doutrina, o “caminho do crime”. Conjunto de etapas percorridas pelo agente para obtenção do resultado. “Crimes dolosos”
Fase interna: 
Cogitação: Decisão de tomar o crime. (Decidir)
Fases externas: 
Preparação: Após a cogitação, começa-se a preparar-se para praticar o crime. Há exceções onde há lesividade na preparação, tem que estar determinado por lei. Também não é punível, pois não é fato típico. (Organização)
Execução: não é definida pelo código, é critério preenchido pelo operador dos direitos. Pelo critério material, iniciam-se os atos executórios quando colocar-se o bem jurídico em risco real. 	Comment by Bruno Mozer Azevedo: Art. 14
Consumação: quando todos os elementos de sua definição legal estão realizados.
Crime tentado: quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstancias alheias à vontade do agente. 
Consequências do fato tentado:
A tentativa é punida pela mesma pena do crime consumado pela redução prevista no Art. 14 Parágrafo único. Um critério que se utiliza para mesurar a redução da pena é o que leva em conta o momento da violação no iter criminis.
Iter criminis
I_____________________I_____________________I
			Início (2/3)			 ½			Consumação (1/3)
Pós fato:
Fatos que ocorrem após a consumação.
- Exaurimento: Esgotamento ou consequências do crime consumado.
- Novo fato típico: Quando após o crime consumado comete-se outro em concurso com o mesmo.
Caso concreto 9
a) Fase de execução, pois o bem jurídico patrimônio está em risco quando ele quebra o vidro e adentra a loja com ferramentas para arrebentar cadeados. Considerar o art. 14 e teorias de interpretação.
b) Tentativa, pois o agente não consumou o fato por circunstancias alheias à sua vontade, de acordo com o art. 14, II o crime é tentado. Responder segunda questão.
Art 15. 
Desistência voluntária: Pode ocorrer nos casos de tentativa imperfeita, nem todos os atos executórios necessários para a produção do resultado foram concretizados. Deve ser voluntária, pela própria vontade do agente. Afasta a tentativa. Desiste-se daquilo que estamos fazendo.
Arrependimento eficaz: Pode ocorrer nos casos de tentativa perfeita, todos os atos executórios necessários para a produção do resultado foram concretizados. Também afasta a tentativa. Também deve ser voluntário. O agente se arrepende e consegue evitar a consumação por seu próprio mérito. Arrepende-se daquilo que já se fez.
Art 16 – Arrependimento Posterior
Causa de afastamento da tentativa. Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços.
Art 17 – Crime impossível
Também é causa de afastamento da tentativa, pois nunca seria possível a consumação. O meio tem que ser absolutamente impróprio. Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime.
Aula 10
Ilicitude
O que é ilícito, é contra a lei. Mas não apenas a lei penal, observa-se o sistema jurídico como um todo. Uma conduta pode ser proibida por um ramo do direito e permitida por outros.
Raciocínio a contrario sensu
Toda conduta típica é, a princípio, ilícita, salvo se, excepcionalmente for permitida. As normas penais não-incriminadoras permissivas excluem a ilicitude.
As normas justificantes também são chamadas de causas excludentes de ilicitude.
- Causas gerais: quando são cabíveis, afastam a ilicitude de qualquer fato típico, qualquer crime.
- Causas especiais: exclui a ilicitude em casos específicos.
- Causas legais: o legislador expressamente vai apontar na norma.
- Causas Supra-legais: Doutrina e jurisprudência reconhecem que há situações que não estão expressas mas podem ser deduzidas da lei superior. Por exemplo: consentimento do ofendido (tatuagem).
Limites para o consentimento do ofendido: O ofendido que deu consentimento precisa ter capacidade civil plena, o ofendido deve ser informado anteriormente de todos os riscos e, o bem jurídico tem que ser disponível.
Excludentes de Ilicitude – Art. 23 CP
Os aspectos subjetivos das excludentes são consciência e vontade.
- Estado de necessidade – Art. 24
Requisitos: salvar um bem jurídico (direito) próprio ou alheio; salvar de perigo (risco), não pode ter havido dano, não houve violação ao bem jurídico ainda; atual (deve estar ocorrendo), não se aplica a fatos passados ou deduções; perigo que não provocou por sua própria vontade, apenas se não foi o agente que provocou a situação de perigo, segundo a doutrina majoritária, se o agente provocar a situação de perigo culposamente pode-se aceitar a exclusão de ilicitude; nem podia evitar, ou seja, não havia outra possibilidade de proteger o bem jurídico, não há outra alternativa; cujo sacrifício não era razoável exigir-se, ninguém poderia exigir o sacrifício do bem jurídico que seria violado, deve-se considerar o valor dos bens jurídicos em conflito como considerado pela sociedade em geral, o bem protegido deve ter maior valor que o violado pelo estado de necessidade. O agente tem que saber que está em estado de necessidade.
- Legítima defesa – Art. 25
Requisitos: uso moderado da força; a direito seu ou de outrem; atual (está acontecendo) ou iminente (está a um momento de acontecer); injusta agressão, conduta de ação humana que possa violar direito próprio ou de terceiros; uso moderado dos meios necessários para repelir a injusta agressão, é o meio que está disponível e eficaz para repelir o agressor, usado nos limites para, exclusivamente, repelir a injusta agressão, não pode haver excesso, pois esse é punível. Cessada a injusta agressão, cessa também a excepcionalidade regrada pela lei.
- Estrito cumprimento do dever legal – Art. 23, III
Desde que tenha observado os limites desse dever. A lei estabelece o que é o dever legal e seus limites, caso os ultrapasse, pode-se responder pelo excesso. O direito penal não pode proibir uma conduta permitida por outro ramo do direito. Desde que o indivíduo tenha estritamente observado os limites da obrigação que lhe é imputada pela lei.
- Exercício regular do direito – Art. 23, III
Direitos estão previstos em normas e contratos escritos ou verbais. É necessário localizar o direito, suas regras e seus limites. Direitos também encontram limites. Exemplo: numa luta de UFC, a lesão corporal é fato típico, porém é um exercício legalde um direito: a prática esportiva. Deve-se observar, porém se o sujeito observou todas as regras, caso contrário, pode responder pelos excessos. Cirurgias de alteração corporal, silicone, mudança de nariz, também são um exercício de direito.
Caso concreto 11
R: Usar todos os elementos, item a item, do art. 24 para elaborar a tese, citando o art. 23. A agente deve estar consciente dos elementos objetivos do art. 24 e querer realiza-los.
Teoria do Erro
O erro pode repercutir sobre os três elementos configuradores do crime: a ilicitude, a culpabilidade e a tipicidade.
Erro do tipo
Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei.
Entende-se que nesse caso, o indivíduo em erro, não há consciência e vontade.
Deve-se sempre especificar sobre qual elemento do tipo o erro incide.
Descriminantes putativas
Não há crime, embora haja fato típico.
§ 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo. 
Erro de tipo sobre tipos penais permissivos (excludentes de ilicitude)
Ofendículo: defesa antecipada de bem jurídico. – Defesas de casa, por exemplo!!!
A doutrina diverge, maior parte entende que é considerado exercício regular de um direito, proteção a bem jurídico, desde que estejam visíveis.
Caso Concreto 14
a) 
b) Não cometeu crime, uma vez que o fato é atípico, pois está ausente o elemento subjetivo da conduta, o dolo. Uma vez que ele não tinha consciência de estar transportando drogas, pensando que estava carregando talco. Logo estamos diante de erro de tipo.
Culpabilidade
Quando falamos de culpabilidade já estamos diante de um fato típico e ilícito.
- Imputabilidade Penal – Art. 26 a 29
Não é sinônimo de irresponsabilidade penal. Putabilidade é a capacidade de responder penalmente em determinado sistema jurídico. No nosso sistema a idade, 18 anos, e a pessoa que tenha alguma doença mental diagnosticada que lhe retire a capacidade de autodeterminar-se (necessário o incidente insanidade mental, laudo pericial realizado por perito) são critérios de imputabilidade. A inimputabilidade exclui a culpabilidade, logo o réu não responderá pelo crime. Absolvição nesse caso é chamada absolvição imprópria, se detectada periculosidade na conduta serão determinadas medidas de segurança. Antes dos 18 anos também há responsabilização, mas sob a égide do sistema de proteção à infância e a juventude – ECA, como ato infracional obedecendo o princípio da proporcionalidade. Não é a consciência que define a imputabilidade penal apenas, o controle das emoções, da censura e a tomada de decisão são também consideradas, e isso se dá com o amadurecimento do córtex temporal, aos 18 anos.	Comment by Bruno Mozer Azevedo: Nos hospitais de tratamento e custódia
- Potencial consciência da ilicitude
Não é consciência do resultado da conduta, é a consciência da ilicitude da conduta. No art. 21 encontramos o erro sobre a ilicitude do fato (erro de proibição), o erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço. 
Caso concreto 15
Diferenciar erro de tipo de erro de proibição. Não é furto, é apropriação indébita, pois não subtraiu.
A defesa poderia alegar ausência de potencial consciência de ilicitude (erro de proibição), ele acreditava que como uma cláusula contratual, sua conduta fosse lícita.
- Exigibilidade de conduta diversa
Segundo a doutrina é o alicerce da culpabilidade. A excludente é a inexigibilidade de conduta diversa, ou seja, se a conduta diversa for inexigível significa que a culpabilidade está afastada. Coação moral irresistível e obediência hierárquica são exemplos. Afasta a culpabilidade porque não pode se exigir conduta diferente. Causa supra-legal de excludente de culpabilidade.

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