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Relatório capacidade de tamponamento da saliva

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CAPACIDADE DE TAMPONAMENTO DA SALIVA
AMANDA DILLY, GERSON SCHMITZHAUS, JANAÍNA FERREIRA, JULIANA RIBEIRO E TALINE ARAÚJO.
RESUMO
 Foi realizada uma aula prática no laboratório de química para reforçar o conteúdo teórico relacionado ao tamponamento da saliva. Foi medido o pH inicial da saliva e logo após foram ingeridos vários reagentes que alteraram esse pH. Serão demonstrados neste artigo os efeitos do poder de tamponamento salivar. 
INTRODUÇÃO 
 Quando se fala em pH refere-se diretamente ao potencial hidrogeniônico encontrado em uma determinada mistura que consiste em indicar a sua acidez, alcalinidade ou neutralidade. Segundo Rodwell, 2017 [... O tema pH foi introduzido em 1909, por Sörensen, que definiu o pH como logaritmo negativo da concentração do íon hidrogênio...]
 Vale ressaltar que a escala que mede o pH possui uma variação que vai de 0 a 14. Sendo que, quanto mais próximo de 0 maior será a acidez e quanto mais próximo a 14 mais alcalino torna-se. O centro dessa escala, representado pelo 7 indica a neutralidade. Para o controle do pH são utilizados os chamados sistemas tampão.
 Segundo FIORUCCI et al. (2001), historicamente o conceito de solução tampão surgiu de estudos em Bioquímica e da necessidade do controle do potencial hidrogeniônico (pH) em diversos aspectos da pesquisa científica, como por exemplo em estudos sobre a atividade enzimática nos sistemas biológicos, que têm sua ação catalítica sensível a variações de pH.
 Hoje as soluções tampão são definidas como soluções que resistem a mudanças de pH quando a elas são adicionados ácidos ou bases ou quando uma diluição ocorre. Essa resistência é resultado do equilíbrio entre as espécies participantes do tampão, sendo que este é formado a partir da mistura de um ácido fraco e sua base conjugada ou de uma base fraca e seu ácido conjugado (FIORUCCI et al., 2001; MARCONATO et al., 2004; GUYTON e HALL, 2002; ATKINS e JONES, 2006).
 As soluções de bases ou ácidos fracos e seus conjugados apresentam grande capacidade de tamponamento, que é a capacidade de resistir a uma alteração do pH após a adição de base ou ácido forte. Segundo RODWELL, Victor W. et al. [... o metabolismo privativo produz CO2, o anidrido do ácido carbônico, que se não fosse tamponamento, produziria acidose grave.] Então a manutenção ou um pH constante envolve o tamponamento por fosfato, bicarbonato e proteínas, que aceitam ou liberam prótons para evitar uma mudança no pH. Assim o tamponamento pode ser observado ao utilizar um medidor de pH durante a titulação de uma base ou ácido fraco.
 Conforme BRETAS et al. (2008), capacidade tamponante da saliva é um importante fator de resistência à cárie dental, e o reduzido fluxo salivar, que geralmente está associado a uma baixa capacidade tamponante, pode acarretar infecções da mucosa oral e periodontites.
MATERIAL E MÉTODOS
Este estudo foi realizado em uma aula prática da disciplina de Bioquímica Humana I, no laboratório de química. Os materiais utilizados foram: béquer e papel indicador de pH. E os reagentes: saliva, suco de limão, refrigerante, leite e iogurte. O objetivo foi realizar a medição do pH destes reagentes.
O método utilizado foi o seguinte:
Medição do pH de cada uma das substâncias utilizadas em aula e anotação dos resultados.
Coleta da saliva, em copo de béquer pequeno. Mergulho da ponta de uma tira de papel indicador de pH na saliva coletada, e com auxílio da tabela, anotação do valor do pH obtido.
Ingestão, lenta, de 3 goles de cada reagente (suco de limão, leite, refrigerante e iogurte).
Coleta imediata da saliva em outro copo de béquer, medição do pH e anotação do valor.
Comparação e interpretação dos valores encontrados.
RESULTADOS
 O grupo que realizou este experimento foi formado por 5 componentes. Cada um fez a ingestão de um dos reagentes, o refrigerante foi ingerido por 2 componentes. Após o período pré-definido, foram observados os valores do pH, de acordo com a tabela a seguir:	
	Participantes
	pH saliva
	Reagentes
	pH original dos reagentes
	pH logo após a ingestão 
	Após 20 minutos de ingestão 
	Após 40 minutos de ingestão 
	1
	6,5
	Suco de limão
	2,44
	3
	5,5
	6,5
	2
	7
	Leite
	6,67
	7
	7
	7
	3
	7
	Refrigerante
	2,73
	7
	6
	7
	4
	7
	Refrigerante
	2,73
	8
	7
	7
	5
	7
	Iogurte
	4,37
	6
	6
	7
DISCUSSÃO 
O participante 1 fez a ingestão do suco de limão, apresentando antes da ingestão do suco, um pH no valor de 6,5 que corresponde ao valor da faixa ideal de pH da saliva. Logo após a ingestão do suco de limão o valor alterou, baixando para 3, ficando ácido, 20 minutos após, aumentou para 5,5 continuando com o pH ácido. Passados 40 minutos o pH voltou ao seu valor inicial.
O participante 2, fez a ingestão do leite, apresentando antes da ingestão do líquido um pH no valor de 7, o qual se manteve até o final do experimento. Isso indica que o indivíduo costuma tomar esse líquido diariamente, por isso o pH não se alterou em nenhum momento, pois o tamponamento manteve o pH neutro.
 O participante 3, fez a ingestão do refrigerante. Antes da ingestão da substância seu pH era 7, após ingerir o refrigerante o pH baixou para 6, não saindo da faixa da normalidade.
O participante 4, também fez a ingestão do refrigerante. Seu pH era 7, e logo depois que ingeriu a bebida o pH aumentou para 8, ficando alcalino, mas logo em seguida já voltou ao seu valor inicial.
O participante 5, que fez a ingestão do iogurte, apresentou pH salivar inicial de 7, e logo após a ingestão, baixou para 6. Após 20 minutos continuou com o pH 6. Passados 40 minutos o pH voltou ao seu valor inicial.	
CONCLUSÃO 
 O presente relatório mostrou a importância da solução tampão, pois desta forma, ele resiste a alterações ácidas ou bases do pH, assim, protegendo o organismo. Pela observação dos aspectos analisados, a saliva possui alto poder de tamponamento, visto que após 40 minutos fez com que o pH, alterado pela ingestão dos reagentes, voltasse aos seus valores iniciais. A capacidade tamponante da saliva também é um fator importante para a resistência à cárie dental. A solução tampão, neutraliza o pH para manter ele nos padrões ideais, auxiliando na manutenção da homeostase, por isso, quando um indivíduo ingere algum líquido diariamente, o tamponamento do pH resiste.
BIBLIOGRAFIA 
ATKINS, P.; JONES, L. Princípios de Química: questionando a vida moderna e o ambiente – 3. ed. – Porto Alegre: Bookman, 2006. 968p.
FIORUCCI, A. R.; SOARES, M. H. F. B.; CAVALHEIRO, E. T. G. O conceito de solução tampão. Química Nova, n.13, 2001.
GUYTON, A. C.; HALL, J. Tratado de Fisiologia Médica. 10ª edição - Editora Guanabara Koogan S. A., 2002.
RODWELL, Victor W. et al. Bioquímica Ilustrada de Harper. 30. ed. São Paulo: Artmed, 2017.
ROSA, Rodrigo Veiga; CHAVES, Andréa Carla Leite. Sistema tampão: um estudo fundamentando no processo de modelagem computacional. Belo Horizonte. 2013. Disponível em:	
http://www.1.pucminas.br/imagesdb/documento/DOC_DSC_NOME_ARQUI20150428134717.PDF. Acesso em: 31 ago. 2017.
BRETAS, Liza, Esteves ROCHA, Marcelo, Sant' Ana VIEIRA, Mariana, Peres RODRIGUES, Ana Claudia, Fluxo Salivar e Capacidade Tamponante da Saliva como Indicadores de Susceptibilidade à Doença Cárie. Pesquisa Brasileira em Odontopediatria e Clínica Integrada [en linea] 2008, 8 (Septiembre-Diciembre) : [Fecha de consulta: 31 de agosto de 2017] Disponible en: <http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=63711711005> ISSN 1519-0501

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