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AO EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO PERTENCENTE À 1 ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE ANÁPOLIS/GO PROCESSO Nº: 1234 AUTORA: EMPRESA XYZ RÉU: JOÃO PINHO JOÃO PINHO, brasileiro, viúvo, contador, cadastrada CPF nº: ..., residente e domiciliado na Rua Uruguai, Nº 180, na cidade de Goiânia, CEP: ..., representada judicialmente através de seu advogado devidamente qualificado em procuração mandamental específica juntada ao seguinte feito, com endereço profissional na rua..., nº..., bairro..., Município..., cep: ..., onde deverá ser intimado para dar andamento aos atos processuais, nos autos da AÇÃO PAULIANA, PELO RITO COMUM, movida por EMPRESA XYZ, vem com o devido respeito e acato de estilo perante Vossa Excelência apresentar sua CONTESTAÇÃO Para expor e requerer o que se segue: I. DAS PRELIMINARES I.I. DA INCOMPETENCIA RELATIVA No caso concreto, por trata-se de direito pessoal, no qual se aplica o foro do domicílio do RÉU, o qual seria no município de Goiânia. I.II – DA ILEGITIMIDADE PASSIVA Ausência de ilegitimidade passiva, uma vez que deverá integrar a lide as filhas, Mara Pinho e Marta Pinho, beneficiarias da doação. I.III – DEFEITO DE REPRESENTAÇÃO Para que o AUTOR regularize a representação com pena de extinção. II. DO MÉRITO O autor pretende a anulação do Negócio Jurídico constituídos pelas doações de dois apartamentos situados à Rua Arboredo, 324, apts. 307 e 505, Goiânia/GO, valendo cada um R$200.000,00, (duzentos mil reais), com a concordância de ambas, para suas filhas, Mara Pinho e Marta Pinho, celebrado em.06/01/2012. Alega para tanto a ocorrência Fraude contra Credores, acontece que não procede o pedido autoral porque não há Fraude contra Credores na ocorrência de fraude. Insolvência não existia na época da doação, as doações foram realizadas em 06/01/2012, não havia débitos, inadimplência, o réu comunicou sua retirada do contrato de fiador, em 120 dias antes do final do contrato, portanto a partir da data de vencimento do contrato de aluguel, ele não será mais fiador, neste caso o réu não mais fiador, portanto não tem mais o que se falar em insolvência do réu. II. I. DADECADÊNCIA Ocorreu a decadência na forma do artigo 178, inciso I, do código civil, pois já se passaram mais de quatro anos da data da realização do negócio jurídico. Art. 178. É de quatro anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do negócio jurídico, contado: I - no caso de coação, do dia em que ela cessar II.II. DOS FATOS A parte AUTORA alega fraude contra credores onde o Réu é fiador em contrato de locação firmado entre a autora como locadora e tendo como locatário Mario Vargas, brasileiro, divorciado, contador, residente na Rua Barão da Pena, 340, Anápolis/GO. Aduz o Réu que não ocorreu fraude contra credores, uma vez os imóveis mencionados pelo AUTOR, dois apartamentos situados na Rua Arboredo 324, apts. 307 e 505, Goiânia/GO, cada um valendo R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), foram doados as duas filhas do RÉU, Mara Pinho e Marta Pinho, no dia 06 de janeiro de 2012, tempos antes de o locatário ficar inadimplente em 06 de abril de 2014. Relata ainda que a antecipação da legítima consoante permitida no art. 544 do Código Civil, que de igual valor os imóveis por ser a última vontade declarada por sua esposa em seu leito de morte para que futuramente os irmãos não viessem a se desentender por conta de herança. Art. 544. A doação de ascendentes a descendentes, ou de um cônjuge a outro, importa adiantamento do que lhes cabe por herança. Cabe ressaltar que o contrato de locação era de 30 meses e que 120 dias antes do contrato de locação terminar notificou o locador e o locatário que não renovaria a fiança em caso de prorrogação do contrato. Que não há previsão expressa no contrato de locação do fiador se responsabilizar pelos alugueis até a entrega das chaves. III. DOS PEDIDOS Por todo o exposto, a RÉ, com o devido acatamento e respeito, desde logo requer: Que seja acolhida a preliminar de incompetência relativa remetendo-se os auto ao juízo da vara cível de Anápolis/GO. Que acolha a preliminar de ilegitimidade passiva incluindo-se no pólo passivo as filhas do RÉU Mara Pinho e Marta Pinho. Que acolha a preliminar de defeito de representação determinando-se prazo para regularização do processo sob pena de extinção. Que acolha a decadência argüida, extinguindo-se o processo com apreciação de mérito. Improcedente o pedido do AUTOR. Condenar a AUTOR o ônus de sucumbência. IV. DAS PROVAS Requer todas as provas em direito admitidas, inclusive documental e testemunhal, sobe pena de condenação caso não compareçam. Nestes termos, pede deferimento. Anápolis/GO, de _______________ de _______ ___________________________________ Advogado (a) ... OAB/UF
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