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CASOS CONCRETOS CIVIL V RESPONDIDOS

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SEMANA I
Caso Concreto um:
 À luz do Código Civil de 1916, afirmou Caio Mário da Silva Pereira: "a ordem jurídica oferece a cada um a possibilidade de contratar, e dá-lhe a liberdade de escolher os termos da avença. Segundo as suas preferências. Concluída a convenção, recebe da ordem jurídica o condão de sujeitar, em definitivo, os agentes. Uma vez celebrado o contrato, com observância dos requisitos de validade, tem plena eficácia, no sentido de que se impõe a cada um dos participantes, que não têm mais a liberdade de se forrarem às suas conseqüências, a não ser com a cooperação anuente do outro. Foram as partes que acolheram os temores de sua vinculação, e assumiram todos os riscos. A elas não cabe reclamar, e ao juiz não é dado preocupar-se com a severidade das cláusulas aceitas, que não podem ser atacadas sob a invocação de princípio de equidade" Princípio da Autonomia da Vontade. 
À luz das novas disposições do Código Civil/2002:
A assertiva acima ainda guarda alguma validade face à nova ordem jurídica civil e constitucional? Fundamente a sua resposta. 
Não. De acordo com a nova ordem civil e constitucional, pois o pacto sunt servanda não deve ser aplicado de maneira total, porém no limite da lei. Devendo ser analisado a luz da boa-fé objetiva e da função social do contrato.
Elabore um conceito de função social do contrato, indicando se a função social do contrato pode justificar inadimplemento contratual.
É princípio que determina a distribuição igual de riquezas, evitando enriquecimento sem causa. A função social tem natureza econômica e por tanto não pode ser ignorado, não é abalizador para uma assistência social e por tanto não justifica o inadimplemento contratual.
SEMANA II
Caso Concreto dois:
Jovenal, prestador de serviços em Curitiba, após troca de e-mails com informações sobre o serviço (via Internet) com Maria (residente em Colombo, região metropolitana de Curitiba) apresenta-lhe on-line (também via Internet/Messenger) proposta para realizar pintura de sua residência, indicando o preço que cobraria pela empreitada e o material necessário. 
Responda as questões abaixo:
Pode-se afirmar que houve negociação preliminar? Se afirmativa a resposta, de que forma? 
Sim. Caso tenha existido a aceitação da proposta por Maria, existiu negociação preliminar. A forma usada foi a virtual.
A proposta feita on-line por Jovenal vincula? Justifique sua resposta e destaque, em caso afirmativo, o que significaria a obrigatoriedade da oferta. 
Sim, vincula. A oferta vincula o proponente desde que contenha todos os elementos essenciais do negócio, de acordo com o art.427 do Código Civil.
“Art. 427. A proposta de contrato obriga o proponente, se o contrário não resultar dos termos dela, da natureza do negócio, ou das circunstâncias do caso.”
Qual o prazo de validade da oferta feita por Jovenal?
Prazo imediato, por ter sido a resposta imediata, não há que se falar em prazo (art. 428).
Em que momento poderia ser considerado aceita a proposta e formado finalmente o contrato? 
No momento em que a proposta feita é aceita, pois foi entre presentes.
Identifique o lugar da celebração do contrato. 
Como foi contrato eletrônico, pode se considerar o domicilio do tomador do serviço.
SEMANA III
Caso Concreto três:
Lúcia promete à sua Comissão de Formatura que trará para cantar em uma festa, destinada a arrecadar fundos para a Comissão, sua tia, Ivete Sangalo. Os membros da Comissão, conhecedores do relacionamento próximo que Lúcia possui com sua tia, com razões concretas e objetivas para acreditar na promessa, não contratam nenhuma banda e iniciam os preparativos de divulgação do evento que, então, terá como uma das principais atrações a mencionada cantora. Ocorre que um dia antes do início da festa, Lúcia telefona para o presidente da Comissão e o comunica que embora tenha realizado inúmeros esforços não conseguirá trazer a tia para cantar na festa. 
Diante dessa situação, responda:
Qual é o tipo de obrigação (utilize pelo menos duas classificações) assumida por Lúcia em face da Comissão de formatura e que espécie contratual pode ser identificada?
 Promessa de fato de 3º. Obrigação de fazer infungível, de resultado e execução diferida.
Lúcia poderá ser de alguma forma responsabilizada, mesmo tendo empreendido todos os seus esforços para que a tia cumprisse promessa por ela feita? 
Art. 439. Aquele que tiver prometido fato de terceiro responderá por perdas e danos, quando este o não executar. 
Suponha que por intermédio de Lúcia, a representante da cantora entrou em contato com o Presidente da Comissão e, anuindo com a indicação do promitente, combina que a cantora cantará na festa no dia e horários marcados. No entanto, no dia do evento a cantora é convidada a receber um prêmio e não comparece ao evento. Quem responderá pelos prejuízos causados por essa ausência? Fundamente sua resposta. 
Quem responderá será a cantora, pelos prejuízos causados, pois se comprometeu a realizar o evento. 
Art. 440. Nenhuma obrigação haverá para quem se comprometer por outrem, se este, depois de se ter obrigado, faltar à prestação.
SEMANA IV
Caso Concreto quatro:
Edson vendeu veículo de sua propriedade a Bruna, estipulando que o pagamento deveria ser feito a Tânia. Trinta dias depois da aquisição, o motor do referido veículo fundiu. Edson, embora conhecesse o vício, não o informou a Bruna e, ainda, vendeu o veículo pelo preço de mercado. Desejando resolver a situação, Bruna, que depende do automóvel para o desenvolvimento de suas atividades comerciais, procurou auxílio de profissional da advocacia, para informar-se a respeito de seus direitos. 
Em face dessa situação hipotética, indique, com a devida fundamentação legal, a(s) medida(s) judicial(is) cabível(is) e a(s) pretensão(ões) que pode(m) ser(em) deduzida(s), a parte legítima para figurar no polo passivo da demanda e o prazo para ajuizamento. 
Caso de vício redibitório, Bruna pode rejeitar o produto ou pedir abatimento do preço da coisa. Como Edson era sabedor do vício deverá restituir o valor pago e mais perdas e danos ou sujeitar-se à redução do preço. Como se trata de vício oculto, Bruna tem o prazo de 180 dias, a contar do descobrimento do vício, para o ajuizamento da ação de rescisão ou da ação quanti minoris com perdas e danos e lucros cessantes, que dever. Ser proposta contra o alienante, e não contra quem recebeu o valor. Fundamento nos artigos 441 (ação redibitória), 442 (ação quanti minoris ) e 445, §1º (prazo de 180 dias), todos do Código Civil.
SEMANA V
Caso Concreto cinco:
Considere que foi firmado um contrato particular de promessa de compra de um bem imóvel, financiado em 60 parcelas mensais, entre Pedro e João, figurando como intermediária a Imobiliária Morar Bem, no qual foi inserida cláusula resolutiva expressa, restando ajustado que enquanto o financiamento permanecer em nome do cedente, o cessionário compromete-se a efetuar o pagamento das prestações do imóvel, junto à instituição financeira, nos seus respectivos vencimentos, sob pena de perder o valor do ágio e ser obrigado a devolver o imóvel ao cedente, sem direito a qualquer indenização, ou restituição, independentemente de interpelação judicial. Ficou acordado, também, que o contrato não era sujeito à revisão. A posse do imóvel foi transferida ao comprador no ato da assinatura do mencionado contrato. 
Diante dessa situação hipotética, quais seriam os efeitos da resolução deste contrato? Explique sua resposta. 
No presente contrato existe uma cláusula resolutiva expressa, que conforme artigo 474 do C, opera de pleno direito, não necessitando de interpelação judicial. Neste caso o cessionário deverá devolver o bem, independentemente de ordem judicial diante de seu inadimplemento. É importante ressaltar que a parte prejudicada poderá requerer judicialmente a declaração de abusividade da cláusula e ser indenizado das parcelas que pagou.
SEMANA VI
Caso Concreto seis:
Tereza, em 10/1/2008, celebrou com Artur Contrato, registrado no cartório competente,contrato este em que ela prometia vender a ele seu veículo ano 2004, na 1º semana de Janeiro/2009, sem estipulação de direito de retratação. O interesse de Artur em adquirir o veículo deveu-se por conta da quantidade ínfima de quilômetros rodados, cerca de mil por ano, ficou acertado que Artur pagaria Tereza o preço constante na tabela FIP. Entretanto, na data avençada para o cumprimento da obrigação, Tereza comunicou a Artur que a promessa de vender o veículo devia-se a sua intenção de adquirir um carro novo, o que ela desistira de fazer e por isso o contrato estaria desfeito, inconformado com a decisão de Teresa, Artur procurou escritório de Advocacia para informação de seus direitos.
Considerando a situação hipotética, especifique com a devida fundamentação, o negócio jurídico celebrado entre Artur e Teresa, e indique as providências que podem ser adotadas para o cumprimento do contrato. 
Foi firmado entre Tereza e Artur um contrato de promessa de compra e venda. Como não foi previsto o direito de arrependimento, Artur poderá exigir a celebração do contrato definitivo, assinando prazo para que a outra parte o faça (art. 463, C). Esgotado o prazo, poderá Artur requerer a adjudicação compulsória do bem, podendo o juiz suprir a vontade da parte inadimplente (art. 464, C), bem como, poderá pedir perdas e danos.
SEMANA VII
Caso Concreto sete:
Germano vendeu a Juca uma chácara localizada a poucos quilômetros do centro de Curitiba. Neste contrato fixaram as partes que se Juca quiser vender o imóvel deverá oferecê-lo previamente a Germano em igualdade de condições da oferta feita a terceiros. 
Sobre este contrato, pergunta-se:
Pode-se identificar algum tipo de cláusula especial neste contrato de compra e venda? Em caso afirmativo, qual é a cláusula e qual seu conceito? 
Sim. É uma cláusula da preempção ou preferência, resulta de um acordo de vontades em que o comprador se obriga a oferecer ao vendedor a coisa que aquele vai vender, ou seja, direito de preferência (art. 513 C).
Não havendo prazo estipulado para o exercício do direito previsto na cláusula especial, qual será o limite temporal máximo? Quando tem início a contagem desse prazo? Esses prazos podem ser alterados pela vontade das partes? 
Inexistindo prazo estipulado, o prazo máximo da preempção é de dois anos, contados a partir do registro. O direito de preempção caducará, não se exercendo nos sessenta dias subseqüentes à data em que o comprador tiver notificado o vendedor (art. 516, C).
Caso a cláusula não seja observada por Juca, que medidas Germano poderá tomar? Explique sua resposta. 
Germano poderá exigir perdas e danos de Jucá, se for alienada a coisa não dando ciência a Germano do preço e das vantagens que lhe oferecerem pela coisa. Responderá solidariamente o adquirente, se tiver procedido de má-fé (art.518, C).

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