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TRABALHO DIREITOS REAIS
Mediante o emprego de violência, Mélvio esbulhou a posse da Fazenda Vila Feliz. A vítima do esbulho, Cassandra, ajuizou ação de reintegração de posse em face de Mélvio após um ano e meio, o que impediu a concessão de medida liminar em seu favor. Passados dois anos desde a invasão, Mélvio teve que trocar o telhado da casa situada na fazenda, pois estava danificado. Passados cinco anos desde a referida obra, a ação de reintegração de posse transitou em julgado e, na ocasião, o telhado colocado por Mélvio já se encontrava severamente danificado. Diante de sua derrota, Mélvio argumentou que faria jus ao direito de retenção pelas benfeitorias erigidas, exigindo que Cassandra o reembolsasse. Mévio faz jus a retenção ou indenização por algum benfeitoria realizada? Explique de forma detalhada.
Mélvio não fará jus ao direito de retenção por benfeitorias, pois sua posse é de má-fé e as benfeitorias, ainda que necessárias, não devem ser indenizadas, porque não mais existiam quando a ação de reintegração de posse transitou em julgado. Em princípio, admite o reembolso por benfeitorias necessárias ainda que realizadas pelo possuidor de má-fé (CC, art. 1.220). Porém, para que essas benfeitorias comportem indenização, torna-se necessário que elas, de fato, existam ao tempo da evicção, ou seja, que elas ainda estejam incorporadas ao imóvel ao tempo de sua restituição ao proprietário. Em outras palavras: caso essas benfeitorias não mais existam ao tempo da evicção, deve-se concluir que elas não serão indenizáveis. É o que estabelece o art. 1.221, parte final, do CC: as benfeitorias só obrigam ao ressarcimento se ao tempo da evicção ainda existirem.
Admitida a tese sufragada pelo Código Civil, e considerando que a questão informa, de modo inequívoco, que o telhado erigido pelo possuidor de má-fé se encontrava severamente danificado por ocasião do trânsito em julgado da ação (rectius: da sentença) possessória, resta excluído o dever de indenizá-lo pela referida obra.
2. João, José e Júlio são compossuidores de uma chácara indivisa localizada na Região Metropolitana de Curitiba. No entanto, em outubro de 2011 João, sem consultar os demais possuidores resolveu cercar uma fração ideal da propriedade, declarando a área como exclusivamente sua. José e Júlio insurgiram-se contra a turbação e solicitaram a retirada da cerca. a) Classifique a posse de João sobre a área cercada (direta ou indireta? Justa ou injusta? Boa-fé ou má-fé?) e explique as classificações escolhidas. b) José e Júlio podem ser considerados compossuidores para fins de defesa da área comum pro indiviso? Justifique sua resposta. 
3. Josué, que não tinha lugar para morar com a família, ocupou determinada área urbana de 500 metros quadrados. Como ignorava a titularidade do imóvel, o qual se encontrava sem demarcação e aparentemente abandonado, nele construiu uma casa de alvenaria, com três quartos, furou um poço, plantou grama, e, como não possuía outro imóvel, fixou residência com a mulher e os cinco filhos, por cerca de dois anos, sem ser molestado. Matusalém, proprietário do imóvel, ao tomar conhecimento da ocupação, ajuizou ação de reintegração de posse em face de Josué. Diante de tal situação, responda, fundamentadamente, às seguintes indagações a seguir. A) Na contestação, Josué poderia requerer a indenização pelas benfeitorias realizadas? B) Qual seria o prazo necessário para que pudesse arguir a usucapião em seu favor e qual a sua espécie? 
4. A usucapião especial urbana pode ser reconhecida e ser objeto de registro no cartório de registro de imóveis sem que, necessariamente, exista uma sentença judicial?
5. LETÍCIA e BRUNO se casaram e foram morar no andar de cima da casa da mãe dela, onde existia um apartamento com cerca de 60m². Lá residiram por um período de 11 anos, inclusive com seus dois filhos, que nasceram neste período. Ocorre que os dois se separaram e BRUNO manifestou o interesse em ingressar com ação de usucapião, alegando que sua posse era mansa, pacífica e que havia utilizado exclusivamente para a moradia própria e de sua família. Pergunta-se: a pretensão de BRUNO encontra amparo legal? Qual a espécie de usucapião adequada ao caso?
6. JEREMIAS ingressa com uma ação de manutenção de posse contra OLAVO. Em sua contestação, OLAVO alega que ele é que fora vítima de turbação por parte de JEREMIAS, que não tinha posse. Ainda, na contestação OLAVO pediu indenização por perdas e danos. Tal pedido encontra amparo legal?
7. Júlio é proprietário de um terreno cujos limites são demarcados por um pequeno córrego. Em setembro de 2011 obras da Prefeitura Municipal provocaram alteração permanente do curso natural das águas o que promoveu a seca definitiva do leito do córrego. Júlio, curioso por natureza, procura seu escritório, conta-lhe os fatos e lhe pergunta a quem pertencerá o leito do córrego seco: à Prefeitura ou pode incorporar ao seu terreno? Responda fundamentadamente a pergunta
8.  Manoel casou-se com Joaquina no ano de 2004 e teve com ela dois filhos, Pedro e Luana. O casal adquiriu um pequeno imóvel no bairro de Pitanguinha na cidade de Maceió, com 200 metros de área construída e nele passaram a residir. Além do imóvel, o casal adquiriu dois veículos durante o trâmite da relação conjugal e ambos não possuem outros bens imóveis. Joaquina passou a manter um relacionamento extraconjugal com um companheiro de trabalho e abandonou o marido Manoel no início do ano de 2012, mudando-se para o bairro do Farol, em Maceió. Manoel passou, então, a exercer sem oposição a posse direta com exclusividade sobre o imóvel de propriedade do casal no bairro de Pitanguinha, utilizando-o para sua moradia, bem como de seus filhos Pedro e Luana. Pergunta-se: poderá Manoel adquirir o direito integral desse imóvel? Em caso afirmativo, por quanto tempo teria que exercer a posse sobre o bem? Explique suas respostas.

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