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1 Acadêmicas do Curso de Psicologia da Faculdade Estácio de Macapá. Emails.: anaxame@gmail.com; luana.psi_@outlook.com. 2 Mestre em Ciências da Educação pela Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias de Portugal. Especialista em Psicologia da Saúde: Desenvolvimento e Hospitalização pela UFRN. Especialista em Psicologia Cognitivo Comportamental pela FIP (PB). Email: mgtmartins@gmail.com. PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA BARIÁTRICA: UMA VISÃO COGNITIVO COMPORTAMENTAL Ana Dos Santos 1 Luana Tolosa Dos Santos 1 Maria Das Graças Teles Martins 2 RESUMO Introdução: A obesidade é fator de risco para inúmeras doenças e discussões para prevenção e tratamento pela respectiva temática devem ser constantes. A cirurgia bariátrica apresenta-se como última opção pela avaliação da equipe médica. O paciente que opta por este procedimento deve passar por uma avaliação e acompanhamento clínico, nutricional e, especialmente, psicológico. Tendo em vista que através desta é possível identificar, no repertório emocional do paciente, os aspectos comportamentais atuais e os exigidos para o enfrentamento do processo pós-cirúrgico. Neste sentido, a terapia cognitivo comportamental pode auxiliar em um tratamento mais humanizado, estimulando a autoconfiança do paciente. Objetivo: Analisar os aspectos afetivos, cognitivos e comportamentais de pacientes submetidos à cirurgia bariátrica. Metodologia: Estudo quati-qualitativo e exploratório, no qual foram aplicados a Escala de Autoestima de Rosenberg (EAR) e um questionário semiestruturado à 30 mulheres, da cidade de Macapá/AP. Resultados: A amostra caracteriza- se por ter idade média de 34,67 anos; 63,3% fizeram a cirurgia entre 1 e 3 anos; 86,7% não se arrependem de ter feito o procedimento; 96,7% não segue atualmente as recomendações do psicólogo; 66,7% está satisfeito com o peso conquistado; 63,3% passou a realizar atividades físicas depois da intervenção cirúrgica; 53,3% segue atualmente as recomendações nutricionais; e, 73,3% apresentam autoestima média. Considerações finais: Foi possível ressaltar a importância do acompanhamento psicológico para a preparação e aceitação do paciente às mudanças comportamentais após o procedimento cirúrgico e mostrar que pacientes submetidos à cirurgia bariátrica apresentam diferenças nos aspectos afetivos, cognitivos e comportamentais após o procedimento cirúrgico. DESCRITORES: Pacientes. Cirurgia bariátrica. Terapia cognitivo comportamental. ABSTRACT Introduction: Obesity is a risk factor for numerous diseases and discussions for prevention and treatment should be constant. Bariatric surgery is the last option for the evaluation of the medical team. The patient who opts for this procedure must undergo a clinical, nutritional and, especially, psychological evaluation and follow-up. Considering that through this it is possible to identify, in the emotional repertoire of the patient, the current behavioral aspects and those required for the confrontation of the post-surgical process. In this sense, cognitive behavioral therapy can aid in a more humanized treatment, stimulating the self-confidence of the patient. Objective: To analyze the affective, cognitive and behavioral aspects of patients undergoing bariatric surgery. Methodology: A quati-qualitative and exploratory study, in which the Rosenberg Self-esteem Scale (EAR) and a semi-structured questionnaire were applied to 30 women, from the city of Macapá / AP. Results: The sample is characterized by 2 having a mean age of 34.67 years; 63.3% underwent surgery between 1 and 3 years; 86.7% do not regret having done the procedure; 96.7% do not currently follow the psychologist's recommendations; 66.7% are satisfied with the weight gained; 63.3% started to perform physical activities after the surgical intervention; 53.3% currently follow nutritional recommendations; And 73.3% had average self-esteem. Final considerations: It was possible to emphasize the importance of psychological counseling for the preparation and acceptance of the patient to the behavioral changes after the surgical procedure and to show that patients submitted to bariatric surgery present differences in the affective, cognitive and behavioral aspects after the surgical procedure. DESCRIPTORS: Patients. Bariatric surgery. Cognitive behavioral therapy. INTRODUÇÃO A obesidade é uma condição clínica crônica, de etiologia multifatorial, cujo tratamento envolve várias abordagens, tais como nutricional, medicamentosa e prática de exercícios físicos. Nota-se que, o número de pessoas obesas no Brasil e no mundo cresceu significativamente. Em 2014, 52,5% dos brasileiros estava acima do peso, sendo que em 2006 o índice era de 43%; e, 17,9% da população estava obesa (BRASIL, 2015). À esse respeito, numa sociedade cada dia mais exigente esteticamente, o fator psicológico acaba sendo fortemente influenciado negativamente. Geralmente, indivíduos obesos passam a ter menor autoestima e, consequentemente, sentimentos de tristeza e fracasso. De acordo com a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO), as cirurgias bariátricas (CB), independentemente da técnica a ser utilizada, são indicadas para pessoas com índice de massa corporal (IMC) superior ou igual a 40 kg/m 2 , independentemente da presença de comorbidades e IMC superior ou igual a 35 kg/m 2 na presença de uma ou mais comorbidades associadas (ABESO, 2009). A CB consiste em um termo que engloba todos os tipos de procedimentos cirúrgicos que visam à indução de redução de massa corpórea em pacientes obesos. Tal procedimento vem recebendo destaque principalmente pelo aumento exponencial dos casos de obesidade e por oferecer resultados satisfatórios aos pacientes (ZEVE; NOVAIS; OLIVEIRA JR, 2012; HINTZE et al, 2011). A CB promove perdas de peso significativas e auxilia no tratamento das morbidades associadas ao excesso de peso, como diabetes, hipertensão, dores articulares, apneia durante o sono, refluxo gastroesofágico, entre outras. Nota-se a importância da CB na atualidade, por ser a obesidade uma comorbidade associada a vários fatores de risco de doenças, além de 3 problemas psicológicos apontados pelos pacientes, tais como ansiedade e depressão. Santos et al (2010) e Strain et al (2009) concordam quanto aos benefícios que o procedimento cirúrgico pode trazer ao paciente, como o restabelecimento da autoestima, qualidade de vida e, consequentemente, da saúde do indivíduo. Para que o paciente seja candidato à cirurgia bariátrica deve atender a determinados pré-requisitos, que compreendem acompanhamento médico e pré-cirúrgico. Neste sentido, é necessário que o paciente passe por avaliação psicológica, nutricional e com outros especialistas, a exemplo endocrinologista, pneumologista e anestesista. A partir da avaliação psicológica e do acompanhamento multiprofissional, é possível investigar o comportamento alimentar do paciente, avaliar sintomas e níveis de ansiedade, depressão e compulsão alimentar que podem interferir na etiologia e na manutenção da obesidade, bem como a compreensão e as expectativas sobre o procedimento cirúrgico. A avaliação psicológica visa compreender como foram as tentativas anteriores de perda de peso, a postura da família, por que o paciente quer emagrecer, como a obesidade interfere em sua vida e a o que o paciente atribui a causa de sua obesidade (AKAMINEAE; ILIASB, 2013). Reconhecer o acompanhamento profissional do psicólogo é essencial como importante papel no tratamento da obesidade, em especial, quando o paciente é submetido a esta intervenção cirúrgica.É salutar destacar que, as terapias cognitivo-comportamentais (TCC) deram início às reflexões sobre a importância das interpretações e significados atribuídos às situações sobre o comportamento, sendo, desde então, refinada com experimentos empíricos. Derivada da revolução cognitiva, a ênfase na influência do pensamento e da avaliação cognitiva dos eventos sobre as emoções e o comportamento tornou-se o cerne do modelo cognitivo formulado por Aaron Beck, aplicado na psicologia através da terapia cognitiva (BECK; KNAPP, 2008). Segundo Souza e Cândido (2010), a TCC denomina-se assim por constituir uma integração de conceitos e técnicas cognitivas e comportamentais, que se diferenciam umas das outras de acordo com o enfoque predominante, cognitivo ou comportamental. Pesquisas na área da TCC vêm mostrando que, apesar das diferenças entre as abordagens, sua integração vem apresentando resultados satisfatórios e demonstrando sua viabilidade. Diante do exposto, questiona-se: Quais os aspectos afetivos, cognitivos e comportamentais de pacientes submetidos à cirurgia bariátrica? Qual a importância do acompanhamento psicológico para a preparação e aceitação do paciente às mudanças comportamentais após o procedimento cirúrgico? 4 Portanto, este estudo tem o objetivo de analisar os aspectos afetivos, cognitivos e comportamentais de pacientes submetidos à cirurgia bariátrica sob a perspectiva da terapia cognitivo comportamental. Logo, a relevância social, científica e acadêmica do tema, haja vista a crescente adesão por este tipo de tratamento, visto que ainda é um tema pouco explorado e a obesidade caracteriza-se por ser um problema de saúde pública na atualidade. METODOLOGIA Utilizou-se estudo de campo, quanti-qualitativo exploratório. Segundo Gil (2010), os estudos de campo aprofundam mais as questões propostas, estudando um único grupo ou comunidade, e seu planejamento apresenta maior flexibilidade. As pesquisas exploratórias, por sua vez, procuram o desenvolvimento, esclarecimento e modificação de conceitos e ideias, buscando realização quando o tema escolhido é pouco explorado. A amostra do estudo compreende 30 mulheres submetidas à cirurgia bariátrica que frequentam um grupo de apoio e orientação de exercícios físicos em uma academia da cidade de Macapá/AP. Foram aplicados a Escala de Autoestima de Rosenberg (EAR) e um questionário semiestruturado. Gil (2010) define o questionário como uma técnica de investigação que traduz os objetivos da pesquisa em questões específicas. Esta técnica pode atingir um grande número de pessoas, proporciona menos gastos com pessoal e garante o anonimato das respostas. O questionário é semiestruturado com questões fechadas, contendo dados sócio demográficos e perguntas investigativas voltadas aos aspectos afetivos, cognitivos e comportamentais de pacientes submetidos à cirurgia bariátrica. A pesquisa obedeceu às seguintes etapas: revisão bibliográfica dos temas da Cirurgia bariátrica e a Terapia cognitivo comportamental; submissão do projeto à Plataforma Brasil; contato com a instituição onde ocorreram os encontros para o esclarecimento dos objetivos do trabalho e obtenção das autorizações institucionais necessárias para aplicação da pesquisa; encontro com os participantes da pesquisa, onde foram apresentados o tema e os objetivos do estudo, o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e esclarecimento das dúvidas que surgiram; aplicação do questionário semiestruturado e da Escala de Autoestima de Rosenberg (EAR); análise das escalas por meio do pacote estatístico software SPSS (Statistical Package for the Social Sciences) 22.0 para obter os resultados dos dados colhidos e a compilação do questionário, ainda nesta etapa, foram construídas as discussões, conclusões e considerações finais sobre o estudo; por fim, a construção do artigo científico e a sua submissão para publicação em revista científica. 5 Como critérios de inclusão foi estabelecido: indivíduos do sexo feminino; com faixa etária entre 18 e 40 anos; ter se submetido à cirurgia bariátrica; aceitar a participação assinando o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido; e, ser residente de Macapá. Enquanto critério de exclusão, a população que não contempla os critérios anteriormente citados. Para a análise dos dados, utilizou-se o pacote estatístico software SPSS (Statistical Package for the Social Sciences), versão: 22.0, no qual foi possível avaliar a frequência das variáveis. Este programa é apropriado para a elaboração de análises estatísticas de matrizes de dados, permitindo a construção de relatórios tabulados, gráficos e dispersões de distribuições utilizados na realização de análises descritivas de correlação entre variáveis. Segundo o que versa a resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde (CNS), todas as pesquisas realizadas com seres humanos envolvem riscos. Portanto, foi utilizado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), para que os participantes manifestassem a sua anuência à participação na pesquisa, assim como a submissão à Plataforma Brasil, que representa o sistema oficial de lançamento de pesquisas para análise e monitoramento do sistema CEP/CONEP, autorizado conforme o parecer nº 2.078.861. RESULTADOS E DISCUSSÃO A idade média das participantes da pesquisa é de 34,67 anos, com intervalo interquartil de 25 a 40 anos. A maioria (56,7%) é casada, tem renda média de 3,93 salários mínimos mensais, podendo variar de um a dez salários mínimos. Tabela 01 – Características sociodemográficas e clínicas da amostra. Média Desvio padrão Mínimo Máximo Idade 34,67 5,49 25 40 Renda (salários mínimos)* 3,93 2,25 1 10 IMC (antes da cirurgia) 43,50 5,55 34,92 60,76 IMC (depois da cirurgia) 28,47 4,74 19,84 44,17 *Válido 15 A obesidade pode atingir mulheres de todas as classes sociais, não sendo esta uma variável dependente para a patologia. De acordo com Souza (2014), a obesidade apresenta-se mais prevalente para este gênero e em idade adulta, o que justifica a maior procura por cuidados de saúde e, consequentemente, pelo tratamento cirúrgico. 6 No que se refere à renda familiar mensal, Rodrigues e Silveira (2015) afirmam existir uma importante correlação com o consumo de alimentos saudáveis, tais como vegetais folhosos, em que indivíduos de menor renda possuem menor probabilidade de consumir esses alimentos, considerando que são importantes para uma dieta de redução calórica. O Índice de Massa Corporal (IMC) médio da amostra antes da cirurgia era de 43,50 kg/m 2 , com intervalo mínimo de 34,92 kg/m 2 e máximo de 60,76 kg/m 2 , sendo mais prevalente a obesidade III (80%). Após a cirurgia, o IMC médio da amostra é de 28,47 kg/m 2 , com intervalo mínimo de 19,84 kg/m 2 e máximo de 44,17 kg/m 2 , sendo mais prevalente o Sobrepeso (46,7%), conforme o Gráfico 01. Gráfico 01 – Classificação do Índice de Massa Corporal (IMC) da amostra. A Organização Mundial da Saúde (1995) define a Obesidade I para adultos com IMC maior ou igual a 30 Kg/m 2 e menor que 35 Kg/m 2 ; a Obesidade II, com IMC maior ou igual a 35 Kg/m 2 e menor que 40 Kg/m 2 ; e, a Obesidade III com IMC maior que 45 Kg/m 2 . Nota-se que, após o procedimento cirúrgico, os índices de obesidade avaliados a partir do IMC foram reduzidos de maneira significativa. De acordo com Oliveira et al (2009), o IMC determina se uma pessoa está acima do peso, sendo a indicação cirúrgica baseada em uma análise ampla dos múltiplos aspectos clínicos do paciente reforçados por fatores como: presença de morbidade que resulta, da0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 IMC pré-cirúrgico IMC pós-cirúrgico Obesidade III Obesidade II Obesidade I Sobrepeso Peso normal 7 obesidade ou é por ela agravada; persistência de vários anos de excesso de peso com IMC acima de 40 Kg/m 2 ; fracasso de métodos conservadores de emagrecimento bem conduzidos; ausências de causas endócrinas e avaliação favorável das possibilidades psíquicas de o paciente suportar as transformações radicais de comportamento impostas pela cirurgia. No Gráfico 02, dentre as ocupações profissionais das mesmas, nota-se um número significativo de professoras (33,3%), seguido por administradora (23,3%) e empresária (6,7%). Observa-se a presença da obesidade independente da área de conhecimento e das atividades profissionais, além de que apesar dos prejuízos físicos e psicossociais que esta patologia pode ocasionar, as mulheres entrevistadas mostram-se ativas em termos de funcionamento ocupacional. Gráfico 02 – Ocupação profissional da amostra. Na Tabela 02, é possível observar que, 63,3% das mulheres submeteram-se a cirurgia há um período de 1 a 3 anos; 86,7% não se arrepende, em nenhum momento, da realização da cirurgia; 86,7% afirma não sofrer preconceito por ter feito o procedimento; 96,7% não sente vergonha e, 90% faria o procedimento novamente. 0 5 10 15 20 25 30 35 Ocupação profissional Professora Administradora Empresária Estudante Fisioterapeuta Enfermeira Publicitária Psicóloga Farmacêutica Advogada Do lar Esteticista Agente de polícia Nutricionista 8 Tabela 02 – Concepções acerca da cirurgia. Frequência Porcentagem Há quanto tempo fez a cirurgia Entre 1 e 3 anos 19 63,3 Entre 3 e 5 anos 5 16,7 Mais de 5 anos 4 13,3 Menos de 1 ano 2 6,7 Arrependeu-se da cirurgia em algum momento Não 26 86,7 Sim 4 13,3 Sofre preconceito por ter feito a cirurgia Não 26 86,7 Sim 4 13,3 Sente vergonha por ter feito a cirurgia Não 29 96,7 Sim 1 3,3 Faria a cirurgia novamente Sim 27 90,0 Não 3 10,0 Para Souza, Marinheiro e Fontoura (2013) o arrependimento quanto à decisão pelo procedimento cirúrgico pode ocorrer, principalmente, quando há falta de informação sobre as etapas do tratamento médico e as mudanças no corpo durante e após a perda de peso maciça, que impactam negativamente na autoestima dos pacientes. No entanto, esta perspectiva se opõe aos dados expressos neste estudo. Quanto ao acompanhamento psicológico, observa-se na Tabela 03 que, 73,3% sentia- se preparada para a cirurgia; 60% seguiu todas as etapas do acompanhamento com o especialista; apesar de 73,3% ter seguido todas as recomendações do psicólogo antes da cirurgia, 96,7% não segue atualmente tais orientações; e, a maioria (66,7%) está satisfeita com o peso alcançado. Tabela 03 – Acompanhamento psicológico no período pré e pós cirúrgico. Frequência Porcentagem Se estava preparado psicologicamente para a cirurgia Sim 22 73,3 Não 8 26,7 O acompanhamento psicológico Seguiu todas as etapas 18 60,0 Receber laudo 12 40,0 Seguiu recomendações do(a) psicólogo(a) antes da cirurgia Sim 22 73,3 Não 8 26,7 Segue atualmente recomendações do(a) psicólogo(a) Não 29 96,7 Sim 1 3,3 9 Satisfeito com o peso conquistado Sim 20 66,7 Não 10 33,3 Observa-se um número significativo (40%) de mulheres que buscaram o atendimento psicológico apenas para receber o laudo e, consequentemente, a liberação para o procedimento cirúrgico. Para Akamineae e Iliasb (2013) as intervenções psicológicas propõem estratégias assertivas de controle e mudança; favorecem informações sobre a doença e o tratamento cirúrgico; propiciam espaço para expressão de sentimentos, dúvidas e medos; oferecerem apoio psicoterapêutico e psicossocial; promovem adesão ao tratamento; estimulam a reflexão sobre como o paciente se adaptará ao novo estilo de vida; e, verificam o apoio familiar. De acordo com Pereira e Rangé (2011), o tratamento psicoterápico irá envolver basicamente a reestruturação cognitiva; a avaliação, identificação de problemas; delimitação de um foco; conceitualização cognitiva elaborada de forma colaborativa com o paciente; intervenções para diminuir a frequência e a intensidade de pensamentos automáticos negativos e ruminações; identificação e questionamento de regras e suposições, visando buscar e testar alternativas para reduzir a vulnerabilidade do indivíduo como forma de prevenir que o sujeito vivencie o problema novamente. Segundo Melo e seus colaboradores (2014), a modificação dos pensamentos acompanha a modificação corporal e, consequentemente, a construção de um sistema de crenças e comportamentos adequados para que o paciente tenha uma significativa melhora em sua qualidade de vida. Neste sentido, a TCC auxilia uma mudança comportamental pela modificação dos pensamentos ao impor mudanças significativas no seu estilo de vida. Esta é uma prática que demanda tempo, onde a avaliação e o acompanhamento do profissional não podem limitar-se a poucas consultas ou, até mesmo, a uma. Segundo Flores (2014), não há clareza quanto à duração da avaliação psicológica, o que gera incerteza em relação ao número de sessões destinado a tal finalidade. Muitas vezes, a avaliação psicológica vem sendo realizada em apenas uma sessão, ou conforme o “bom senso” de cada profissional. O procedimento cirúrgico é um tratamento eficiente, mas não deve ser visto pelos pacientes como a solução, tendo em vista que se as causas para a obesidade não forem tratadas corretamente, o problema pode migrar para outras escolhas. Neste sentido, Melca e Fortes (2014) ressaltam que a obesidade vem sendo associada a transtornos mentais, como depressão e ansiedade. Logo, a necessidade de um acompanhamento minucioso. 10 Ao serem indagadas quanto às orientações dos profissionais serem atualmente seguidas pelas mesmas, nota-se que a mudança comportamental apresentada por quase todas as entrevistadas é no mínimo preocupante. De acordo com Oliveira e colaboradores (2012), 20% dos pacientes falham no tratamento e recuperam o peso, preferencialmente, nos primeiros dois anos de pós-operatórios em decorrência a pouca aderência às dietas pós- operatórias e/ou ás alterações psicológicas pré-operatórias. Para Motta e seus colaboradores (2011), a cirurgia bariátrica impõe mudanças significativas no estilo de vida do paciente, e é de suma importância que ele esteja comprometido com tais mudanças para que o tratamento seja eficiente. Através da TCC o paciente é auxiliado na construção de rotinas, pensamentos, crenças, bem como a reorganizá-las conforme sua nova perspectiva de vida. Este fato pode corroborar para que um número significativo de mulheres (10%) não esteja satisfeita com o peso conquistado. Almeida e seus colaboradores (2011) afirmam que, a insatisfação com o corpo é comum entre as pessoas, mas quando as pessoas têm personalidade mais estruturada e bons recursos de funcionamento mental, podem experimentar melhor compreensão sobre a sua atratividade física. A percepção da imagem corporal pode estar além das características físicas, mas também na organização interna do indivíduo. Logo, a forma como o indivíduo se compreende pode ser refletida e orientada durante as terapias com o profissional. As entrevistadas apontaram como sendo os principais prejuízos causados pela obesidade antes da cirurgia: a dificuldade em comprar roupas (40%); problemas de saúde (33,3%); preconceito (13,3%); dificuldade em estabelecer relações interpessoais (6,7%);baixa autoestima (3,3%); e, manter relações sexuais (3,3%). Entretanto, 80% da amostra não se sente prejudicada por estes fatores. Segundo Castro (2009), o preconceito e a discriminação são considerados um dos maiores problemas sociais encontrados em obesos. Á esse respeito, Silva e Lange (2010) afirmam que, o olhar de desaprovação ou distanciamento do outro interferem diretamente para a insatisfação da própria imagem. Contudo, esta realidade não foi encontrada neste estudo. Segundo Barros et al (2015), a CB melhora a qualidade de vida e a percepção sobre o estado de saúde, sendo essas mudanças observadas no primeiro ano de pós-operatório, podendo durar até 10 anos. Está associada com redução da depressão e agressividade, melhora do autoconceito, da autoestima, dos sentimentos, da satisfação e da capacidade de realizar atividades. Promove melhoras também no conforto, mobilidade, envolvimento social, funcionamento sexual e na produtividade. 11 Diante do exposto, no que se refere ao acompanhamento psicológico, supõe-se que, a satisfação com o peso conquistado por elas e, consequentemente, a melhor percepção de sua imagem corporal e autoestima influenciam na tomada de decisão das mesmas. Pois, na maioria das vezes, as pessoas buscam auxílio profissional apenas quando se sentem prejudicadas ou insatisfeitas, o que parece não ocorrer no momento. Na Tabela 04 são apresentados os dados referentes a pratica de atividades físicas antes e após o procedimento cirúrgico. Antes da cirurgia, 66,7% das mulheres não realizavam exercícios físicos. Dentre os principais motivos estão a dor (20%), o não gostar (16,7%), sentir vergonha por não estar no “padrão” estabelecido pela sociedade (10%), não ter tempo (6,7%), sentir preguiça (6,7%) e não obter resultados positivos (3,3%). Em contrapartida, após a cirurgia, 63,3% passou a realizar os exercícios, sendo que os principais motivos apontados por quem manteve-se sedentário foram a indisponibilidade de horários para a prática (16,7%), o não gostar (13,3%) e a preguiça (6,7%). Tabela 04 – A prática de Atividade física no período pré e pós cirúrgico. Frequência Porcentagem Realizava exercícios físicos antes da cirurgia Não 20 66,7 Sim 10 33,3 Realiza exercícios físicos após a cirurgia Sim 19 63,3 Não 11 36,7 A mudança de comportamento no que se refere à prática de atividades físicas apresenta-se positiva entre as entrevistadas. De acordo com Barros et al (2015), a prática de atividade física é, muitas vezes, difícil para os pacientes com obesidade devido à presença de comorbidades, tais como osteoartrite, fato este que corrobora com este estudo. Para Vincent et al (2012), as rápidas mudanças físicas após a cirurgia tendem a motivar o indivíduo a se comprometer com o seu novo estilo de vida a fim de manter o sucesso do tratamento cirúrgico a longo prazo. Logo nos três primeiros meses após a cirurgia, observa-se melhorias na marcha, na velocidade das caminhadas, no condicionamento físico e nas dores nas articulações e na região lombar, o que contribui para uma melhor auto percepção. Essas mudanças facilitam a participação em atividades físicas regulares, possibilitando uma maior perda de peso. 12 Com relação à Tabela 05, 73,3% das mulheres seguiram todas as etapas do acompanhamento nutricional, 80% afirma ter seguido as recomendações da especialista antes da cirurgia, no entanto, 53,3% não segue atualmente as orientações. Tabela 05 – Acompanhamento nutricional no período pré e pós cirúrgico. Frequência Porcentagem O acompanhamento com nutricionista Seguiu todas as etapas 22 73,3 Receber laudo 8 26,7 Seguiu recomendações nutricionais antes da cirurgia Sim 24 80,0 Não 6 20,0 Atualmente segue as recomendações nutricionais Não 16 53,3 Sim 14 46,7 Para prevenir as carências nutricionais decorrentes do procedimento cirúrgico, tais como a desnutrição proteica, as deficiências de ferro, zinco e de vitaminas, o acompanhamento pós-cirúrgico é necessário. Pois, conforme destaca Costa (2013), assim é possível investigar os sinais e sintomas relacionados com a técnica cirúrgica adotada e da conduta nutricional adequada. Diante desta perspectiva, o acompanhamento nutricional pós- cirúrgico é importante para auxiliar não apenas na condição clínica do paciente, mas também na manutenção do peso corporal, tendo em vista as orientações dietéticas do profissional. De acordo com a Tabela 06, o apoio familiar esteve presente para 83,3% das mulheres, assim como o apoio de seus respectivos parceiros com a prevalência de 76,7%. Nota-se que, para 73,3% das mulheres houve melhora no relacionamento amoroso. Tabela 06 – Apoio familiar. Frequência Porcentagem Teve apoio familiar para a cirurgia Sim 25 83,3 Não 5 16,7 Teve apoio do(a) parceiro(a) para a cirurgia Sim 23 76,7 Não 4 13,3 Relacionamento com parceiro (a) teve melhora* Sim 22 73,3 Não 6 20,0 *Válido 28 13 O apoio familiar tem importante relação para a tomada de decisão, recuperação e tratamento do paciente. Segundo Braga e Lopes (2009), os familiares exercem sobre os pacientes diferentes funções e reações, podendo colaborar ou dificultar o processo. Levando em consideração que, após a cirurgia a paciente passa a ter melhor qualidade de vida, consequentemente, sua autoconfiança e autoestima passam a facilitar suas relações interpessoais. Para Marchesini (2010), a sexualidade recebe pontuação positiva na maioria das investigações após o procedimento, pois há consenso quanto a maior facilidade para execução do ato sexual e maior capacidade de fornecer e receber prazer, fato este que colabora para as relações amorosas das pacientes submetidas à CB. Apesar de a maioria realizar acompanhamento médico após a cirurgia, um número ainda significativo de 30% não realiza tais cuidados, podendo estar mais vulnerável a algum tipo de complicação e/ou doença. Além do acompanhamento psicológico e nutricional após o procedimento cirúrgico, é necessário também que o paciente faça regularmente o acompanhamento com o médico cirurgião e/ou com outros especialistas, para que assim, mantenha os cuidados sobre sua saúde. Observa-se, ainda que, após o procedimento, a maioria passou a ter hábitos fora do que consideravam comum antes da cirurgia, como: mudanças alimentares (20%), que incluem tanto a compulsão alimentar como a obsessão por alimentos saudáveis; a ingestão de bebida alcóolica (16,7%); compulsão por compras (10%); a prática de exercício físico intenso (10%); uso de drogas (3,3%); distorção de imagem (3,3%); tensão frequente (3,3%); e, maior dedicação aos filhos (3,3%). Nota-se que, os hábitos adquiridos após a cirurgia são de diferentes características e exigem atenção. De acordo com Nunes (2013) e Rezende (2011), ainda neste período, a determinação e a construção eficiente das novas crenças do paciente são importantes. Quando a perda de peso começa a se estabilizar, o indivíduo deixa de receber elogios, devendo ser motivado a continuar perdendo peso, podendo ocorrer novo ganho de peso. Logo, os autores enfatizam que o paciente deve manter uma orientação profissional como forma de auxiliá-lo a não transferir sua compulsão alimentar para outra área, tais como ingestão de bebida alcóolica e drogas, compulsão por compras, sexo, atividade física e outros, bem como não desenvolver outro transtorno alimentar pelo receio de engordar, como anorexia nervosa ou bulimia nervosa. Tais complicações podem ser observadas nos relatos das entrevistadas. Há ainda que se refletir sobre casos de distorção de imagem, onde pacientesmesmo após terem conquistado o peso desejado, continuam enxergando-se obesas e permanecem “engessadas” num complexo quase sem fim. Á esse respeito França et al (2012) esclarece 14 que, durante o processo para a realização da cirurgia bariátrica, bem como em seu decorrer e no pós-operatório, o paciente é confrontado com suas crenças para a aceitação de sua nova compleição física e pela reconstrução de sua memória. Seu objetivo é que a imagem resultante da cirurgia não cause mais sentimentos e pensamentos negativos. No que diz respeito a autoestima, foi aplicada a Escala de Roserberg (EAR) que apresentou dados expressos na Tabela 07. A maioria (73,3%) da amostra apresenta autoestima média, seguido por 23,3% com autoestima baixa e apenas 3,3% com autoestima elevada e recomendada. A autoestima é um dos fatores mais importantes para o desenvolvimento de uma autopercepção corporal positiva, e quando elevada desempenha um papel protetor contra as distorções da percepção da imagem corporal (O’DEA, 2012). Tabela 07 – Escala de Autoestima de Rosenberg (EAR). Frequência Porcentagem Correção da escala De menos de 25 pontos (Autoestima baixa) 7 23,3 De 26 a 29 (Autoestima média) 22 73,3 De 30 a 40 pontos (Autoestima elevada) 1 3,3 Destaca-se que, ainda não se estabeleceu uma especialidade dentro da Psicologia direcionada à Cirurgia Bariátrica, ou seja, uma formação em Psicologia Bariátrica. Logo, não há teóricos exclusivos ou um método de avaliação universal para avaliar o candidato a este procedimento. Diferentes abordagens teóricas têm integrado os serviços de cirurgias e adaptado seus modelos à proposta bariátrica (MARCHESINI, 2012). CONSIDERAÇÕES FINAIS A partir dos resultados apresentados foi possível analisar sobre os aspectos afetivos, cognitivos e comportamentais, de pacientes submetidos à cirurgia bariátrica, que: no aspecto afetivo, nota-se uma mudança na percepção da autoimagem das mulheres entrevistadas, haja vista que, antes do procedimento cirúrgico, comprar roupas e o preconceito eram dificuldades apresentadas pelas mesmas e, após a cirurgia, não foram variáveis observadas influenciando para a melhoria da sua autoestima; no aspecto cognitivo, nota-se que há uma consciência das mesmas acerca da importância da mudança de hábitos comportamentais, assim como a aderência às recomendações psicológicas e nutricionais, no entanto, o momento em que elas ainda estão vivenciando faz com que deixem se seguir todos esses passos do tratamento; e, no 15 aspecto comportamental destacou-se a maior aderência à prática de atividade física, otimizando sua saúde e qualidade de vida. Ressaltou-se ainda a importância do acompanhamento psicológico para a preparação e aceitação do paciente às mudanças comportamentais após o procedimento cirúrgico, tendo em vista que, pacientes sem o acompanhamento psicológico adequado possuem maior probabilidade de manter padrões de comportamento opostos às orientações médicas. Pois, o estudo mostrou que a maioria não realizou o acompanhamento adequado no período pré- cirúrgico; não segue as recomendações após o procedimento; e, um número significativo passou a ter hábitos fora do que era comum após a cirurgia, tais como ingestão de bebida alcóolica, uso de drogas, compulsão por compras e distorção de imagem. Tais hábitos necessitam de atenção tendo em vista as consequências desastrosas que podem ocasionar. Tendo em vista que, os aspectos afetivos, cognitivos e comportamentais estão entrelaçados na perspectiva da terapia cognitivo-comportamental, são necessários estudos que, através deste recurso terapêutico, compreendam as variáveis que possam influenciar para pensamentos disfuncionais nos pacientes, assim como para seus sentimentos e, consequentemente, aos comportamentos apresentados. Portanto, este estudo tem relevância social, científica e acadêmica, tendo em vista a crescente adesão a este tipo de tratamento e a falta de evidências voltadas a populações da região norte, especialmente, do estado do Amapá. São necessários estudos posteriores, preferencialmente, longitudinais como forma de corrigir as limitações referidas neste trabalho, bem como investigar novas variáveis que possam ter um papel preponderante na perda de peso, influenciando assim no sucesso destas intervenções. REFERÊNCIAS ABESO. Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica. 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