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I Doenças Infecciosas e Parasitárias Ricardo Veronesi, Prof. Emér.; D.M.; L.D.; D.H. Professor Emérito de Doenças Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; Ex-Professor Titular da Cadeira de Doenças Infecciosas e Parasitárias da FMUSP; da Faculdade de Medicina de Santos; da Faculdade de Medicina de Jundiaí (SP). Professor Honorário da Universidade Nacional do Nordeste da Argentina. Ex-Fellow em Pós-Graduação da Rockefeller Foundation (Virologia); Ex-Presidente e Fundador da Sociedade Brasileira de Infectologia e da Sociedade Internacional de Tétano (Lyon, França). Consultor da Academia de Ciências dos E. U.A. Membro do Comitê Editorial Internacional do Journal of lnfectious Diseases e do Journal of Pub/ic Health, dos E. U .A. Membro do Conselho Editorial da Rev. Brasileira de Medicina e da Rev. Bras. C/ín. e Terap. Membro do Conselho Consultivo da Assoç. da Criança Defeituosa (SP). Autor-Colaborador dos Seguintes Tratados Internacionais de Doenças Infecciosas: lnfectious Diseases and Medical Parasitalagy (E.U.A.), de Brande, A.!.; Tropical Medicine and Parasitalagy (E.U.A.), de Goldsmith, R. e Heyneman, D.; Current Diagnasis, de Conn and Conn (E.U.A.); Temas de Infecta/agia (Argentina), de Cecchini e Ayala; Tratado de Pediatria (Chile), de Meneghello, J; Editor dos Livros: Tetanas, de Veronesi e Furste (Colômbia) e Tetanus, impartant new concepts, com colaboração internacional de 12 países (Amsterdam). Editor do Livro Enfermidades Infecciosas y Parasitarias (Argentina). Doutor em Humanidades pela Pau American Medical Association (E.U.A.). Oficial da Ordem do Mérito Médico do Brasil. Ex-Secretário de Higiene e Saúde de São Paulo. Co-editores Roberto Focaccia Professor Titular de Doenças Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina de Jundiaí, SP Reynaldo Dietze Mestre em Doenças Infecciosas, FMUSP Com a colaboração internacional e nacional de importantes cientistas, pesquisadores e docentes Oitava edição GUANABARA!!!;KOOGAN Colaboradores Abrahão Rotberg Ex-Professor Titular do Pepartamento de Dermatologia da Es- cola Paulista de Medicina. Livre-Docente da Faculdade de Me- dicina da U.S.P. Adriana Weinberg Ex-Médica-Assistente da Clínica de Doenças Infecciosas e Para- sitárias da F.M.U.S.P. Pesquisadora da Stanford University School of Medicine, California, U.S.A. Alexandre da Costa Linhares Diretor do Instituto E. Chagas, FIOCRUZ, Belém, Pará. Aloísio Falqueto Professor de Epidemiologia e Doenças Infecciosas do Departa- mento de Medicina Social - Centro Biomédico da Univer- sidade Federal do Espírito Santo. Mestre em Doenças Infec- ciosas e Parasitárias pela Universidade Federal do Rio de Ja- neiro. Aluízio Prata Professor Titular da Faculdade de Ciências Médicas da Univer- sidade de Brasília e Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Uberaba. Amélia H. P. de Andrade Farmacêutica, Responsável pela Sorologia de Arbovírus do Ins- tituto Evandro Chagas, FIOCRUZ, Ministério da Saúde. Amélia P. A. Travassos da Rosa Chefe da Seção de Vírus do Instituto Evandro Chagas, Belém, Ministério da Saúde. André Villela Lomar Médico-Chefe da Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Emilio Ribas. Professor-Assistente da Disciplina de Doenças Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina da Univer- sidade de Mogi das Cruzes .. • Angela M. Restrepo Chefe dos Laboratórios de"Investigações Biológicas do Hospital Pablo Tobon Uribe, Medellin, Colômbia. Anis Rassi Professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás. Annette Silva Foronda Antonio Peyrouton Louzadat Ex-Professor de Clínica de Doenças Infecciosas e Tropicais da Faculdade de Medicina da Universidade do Rio Grande do Sul. Antonio Spina França Netto Ex-Professor Titular do Departamento de Neurologia da Facul- dade de Medicina da Universidade de São Paulo. Arary da Cruz Tiriba Professor Titular da Disciplina de Doenças Infecciosas e Parasi- tárias do Departamento de Medicina da Escola Paulista de Medicina. Arou J. Diament Professor Associado do Departamento de Neurologia da Facul- dade de Medicina da Universidade de São Paulo. Arthur Timerman Médico-Assistente da Clínica de Doenças Infecciosas e Parasi- tárias do Hospital das Clínicas da F.M.U.S.P. e do Hospital Heliópolis (INPS). Ary Fontoura da Silvat Professor Docente-Livre de Doenças Infecciosas e Parasitárias do Curso de Graduação em Medicina e do Curso de Pós-Gra- duação em Medicina Interna da Universidade Federal do Para- nâ. Professor Titular de Doenças Infecciosas e Parasitárias da Faculdade Evangélica de Medicina do Paraná. Diretor-Geral do Hospital de Isolamento Osvaldo Cruz (Curitiba, Paraná). Bernardino Tranchesit Professor Associado de Clínica Médica da Faculdade de Medi- cina da Universidade de São Paulo. Calil Kairalla Farhat ~ Professor Titular do Departamento de Pediatria da Escola Pau- lista de Medicina. Professor Titular de Moléstias Infecciosas da Faculdade de Medicina de MarOia. Médico do Hospital Emi- lio Ribas. Camilo Martins Viana Ptofessor do Centro de Ciências Biomédicas, Universidade Fe- deral do Pará. Coordenador de Saúde para as Bases Físicas do Ministério da Agricultura no vale do Tapajós. Pr~fessora-Assistertte-Doutora do Departamento de Parasito- logta do Instituto de Ciências Biomédicas da U.S.P. tFalecido. Carlos Alberto Alvarado Ex-Diretor da Campanha contra a Mahiria da Organização Mundial da Saúde. Carlos Almeida Santa Rosa+ Professor do Departamento de Microbiologia do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo. Carlos de Oliveira Bastos Professor Adjunto da Disciplina de Doenças Infecciosas e Para- sitárias do Departamento de Medicina da Escola Paulista de Medicina. Ex-Diretor do Hospital Emilio Ribas. Celso A. de Carvalho Professor Associado do Departamento de Oftalmologia da Fa· culdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Celso Arcoverde de Freitas Ex-Coordenador da Campanha de Combate à Peste, SESP, Ministério da Saúde do Brasil. Celso Carmo Mazza Professor Responsável pela Disciplina de Doenças Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Ciências Médicas de Santos. Médico-Assistente da Clínica de Moléstias fnfecciosas e Parasi- tárias do Hospital das Clínicas da F.M.U.S.P. Médico do Hos- pital Emilio Ribas. Chaie Feldman Médico-Assistente da Clínica de Doenças Infecciosas e Parasi- tárias do Hospital das Clínicas da F.M.U.S.P. Médico do Hos- pital Emílio Ribas. Cid Vieira Franco de Godoy Professor Associado do Departamento de Patologia e Chefe da Disciplina de Patologia Clínica da Faculdade de Medicina da U.S.P. Docente Livre de Microbiologia e Imunologia pela Faculdade de Medicinada U.S.P. Co-Responsável pelo Labora- tório de Investigação Médica de Bacteriologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da U.S.P. Dahir Ramos de Andrade Médico-Assistente Doutor da Clínica de Doenças Infecciosas e Parasitárias do Hospital das Clínicas da F.M.U.S.P. David Morley Professor de Pediatria da Universidade de Londres. Diretor do Instituto de Saúde da Criança, Londres, Inglaterra. Décio Diament Médico da Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Emilio Ribas e Professor-Assistente da Disciplina de Moléstias Infec- ciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina de .Jundial. São Paulo. Dirceu Wagner Carvalho de Souza Professor Adjunto do Departamento de Clínica r..h·dictl da Fa- culdade de Mediçina da Universidade Federal de ~tma~ Cil!rais e Mestre em Medicina Tropical. Domingos da Costa J uni o r Professor da Faculdade Estadual de Medicina do Pará. Donald Kaye Professor e Chefe do Departamento de Medicina do Medical College of Pennsylvania, Philadelphia, U.S.A. tFalecido. Durval Rosa Borges Ex-Professor-Assistente de Microbiologia da Faculdade de Hi- giene e Saúde Pública da U.S.P. Diretor do Laboratório "Rosa Borges", São Paulo. Edna Rodrigues Enfermeira do Grupo de Controle de Infecções Hospitalares do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da U.S.P. Edoíla Maria Teixeira Mendes Enfermeira do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Eduardo Gomes Professor-Assistente do Departamento de Parasitologia da U.S.P. Edwin D. Kilbourne Professor e Chairman do Departamento de Microbiologia do Mount Sinai School of Medicine, The Mount Sinai Hospital, N. York, N. Y., U.S.A. Egomar Lund Edelweiss Professor de Clínica de Doenças Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, e Docente de Doenças Tropicais e Infectuosas da Faculdade de Medicina de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Elmar Gonzaga Gonçalves Professor de Radiologia e Ultra-Sonografia do Centro de Ciên- cias Biomédicas da Universidade Federal de Uberlândia. Emilio Cecchini Professor Titular da Cátedra de Enfermidades Infecciosas e Epidemiológicas da Faculdade de Ciências Médicas da Univer- sidade Nacional de La Plata. Chefe do Serviço de Enfermidades Infecciosas do Hospital de Niõos de La Pia ta, Argentina. Fernando Kop Médico-Assistente da Clínica de Neurologia do Hospital das Clínicas da F.M.U.S.P. Fernando Simões da Cruz Ferreirat Professor da Disciplina de Clínica das Doenças Tropicais, desde 1951, do Instituto de Higiene e Medicina Tropical de Lisboa. J nterno do Internato Geral e Complementar dos Serviços Gerais de Clínica dos Hospitais Civis de Lisboa (1938, 1941). Chefe dos Serviços de Clínica Médica do Hospital Militar Principal de Cabo Verde (1942-1944). Chefe da Missão de Estudo e Combate à Doença do Sono na Guiné (1945-1951). Conselheiro do Bureau para a África da Organização Mundial de Saúde (1953-1958). Professor do Curso Médico-Cirúrgico e Diretor do Hospital da Universidade de Luanda (1968-1972). Flávio Luiz de Souza Junior ~~ Professor-Assistente do Departamento de Parasitologia da U.S.P. Francisco de Paula Pinheiro Ex-Chefe da Seção de Vírus do Instituto Evandro Chagas, FIO- CRUZ, Ministério da Saúde. Professor Responsável pelas Dis- ciplinas de Virologia, Centro de Ciências Biológicas, Univer- sidade Federal do Pará, Diretor da PAHO (Washington). Francisco Salido Rengell Chefe do Laboratório de Raiva do Instituto Nacional de Virolo- gia, México. Professor de Virologia da Faculdáde de Medicina tFalecido. j I da U.N.A.M., México. Professor de Patologia da Escola Supe- rior de Medicina do Instituto Politécnico Nacional, México. Gastão Rosenfeldt Ex-Chefe da Seção de Fisiopatologia e Ex-Médico do Hospital Vital Brasil do Instituto Butantã. Gilberta Bensabath Médica-Chefe da Seção de Epidemiologia do Instituto Evandro Chagas, FIOCRUZ, Ministério da Saúde. Habib Fraiha Neto Médico da Fundação SESP. Ex-Chefe da Seção de Parasitologia do Instituto Evandro Chagas. Ex-Coordenador do Núcleo de Patologia Regional e Higiene da Universidade Federal do Pará e Ex-Presidente da Sociedade Brasileira de Parasitologia. Hélio Gelly Pereira Virologista. Consultor Científico do Instituto Oswaldo Cruz. Hélio Vasconcellos Lopes Professor de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina da Fundação do ABC, Santo André, SP. Médico do Hospital do Servidor Público Estadual e do Hospital Helió- polis (INPS), SP. Henrique Lecour Professor da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. Diretor do Serviço de Doenças Infecciosas do Hospital de S. João, Porto, Portugal. Hernán Miranda Professor de Microbiologia da Faculdade de Medicina da Uni- versidade de Trujillo, Peru. Humberto Abrão Membro do Departamento de Microbiologia e Culturas Celu- lares do Laboratório Humberto Abrão, Belo Horizonte, Minas Gerais. Iná Pires de Carvalho Ono Professora Adjunta do Instituto de Microbiologia da U.F.R.J. Mestra em Microbiologia (Virologia). Ivan de Oliveira Castro Professor da Faculdade de Medicina de Taubaté. Professorw Assistente da Faculdade de Medicina da Universidade de Mogi das Cruzes. Diretor dos Serviços Médicos do Hospital Emilio Ribas. Jacob K. Frenkel Professor de Patologia do Departamento de Patologia e Onco- logia da Escola de Medicina da Universidade de Kansas City, U.S.A. Jaime Saravia Gomez Professor de Patologia Infecciosa da Universidade Nacional da Colômbia, Bogotá. Jayme Murahovschi Professor Titular de Pediatria da Faculdade de Ciências Médicas de Santos. Doutor em Medicina pela U.S.P. Livre-Docente de Pediatria pela Escola Paulista de Medicina. Jayme Neves Professor Titular do Departamento de Clínica Médica da Uni- versidade de Minas Gerais. Doutor em Medicina e Livre-Do- cente em Medicina Tropical. . !Falecido. J. de MeU o V i eira MédicowChefe do Serviço de Doenças Infecto-Contagiosas dos Hospitais Civis de Lisboa. Docente de Doenças Infecto-Con- tagiosas da Faculdade de Ciências Médicas de Lisboa, Portugal. Jeffrey J. Shaw B. Se., Ph. D., DAP-E (Londres). Pesquisador Associado do Departamento de Protozoologia da Hygiene and Tropical Di- seases School of London. Parasitologista do Instituto Evandro Chagas, FIOCRUZ, Belém. João Batista Perfeito Livre-Docente de Tisiologia e Doenças Pulmonares da Facul- dade de Ciências Médicas da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. João Tranchesit Ex-Chefe do Serviço de Eletrocardiografia do Hospital das Clí- nicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Professor Adjunto de Clínica Médica da F.M.U.S.P. Professor Titular de Clínica Médica da Faculdade de Medicina de Jundiaí, São Paulo. Joaquim Caetano de Almeida Netto Professor Adjunto do Departamento de Medicina Tropical do Instituto de Patologia da Universidade Federal de Goiás. Joaquim Eduardo de Alencar Professor de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará. John L. Sever Chefe da Divisão de Pesquisas Perinatais, Seção de Doenças Infecciosas, Instituto Nacional de Saúde, Bethesda, Maryland, U.S.A. Jorge F. S. Travassos da Rosa Virologista do Instituto Evandro Chagas, FIOCRUZ, Minis- tério da Saúde, Belém, Pará. José Alberto Neves Candeias Professor Titular do Departamento de Microbiologia e Imuno- logia do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo. José Carlos Bina Professor-Assistente da Faculdade de Medicina da Universiw dade Federai da Bahia. José Carlos Longo Professor Adjunto da Disciplina de Doenças Infecciosas e Para- sitárias do Departamento de Medicina da Escola Paulista de Medicina. Médico do Hospital Emilio Ribas. José Fernandes Pontes Professor Titular de Gastroenterologia da Faculdade de Medi- cina de Sorocaba e Presidente do Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas de Gastroenterologia. José Lamartine de Assis Professor de Disciplina. Clínica Neurológica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. José Luis D' Angelo Assistente, Faculdade de Medicina Veterinária, U.S.P. tFalecido. José Luiz de Andrade Netto Professor Responsável pela Disciplina de Doenças lnfecciosas e Parasitárias do Centro de Ciências Biomédicas da Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Médico do Hospital Oswaldo Cruz e do Hospital de Clínicas de Curitiba. José Luiz Marquetti Professor Auxiliar de Ensino na Disciplina de Doenças Infec- ciosas e Parasitárias do Centro de Ciências Biornédicas da Ponti- fícia Universidade Católica do Paraná. José Roberto Camargo Bazone Médico-Assistente do Hospital das Clínicas da F.M.U.S.P. e do Hospital Emílio Ribas. Professor-Assistente da Faculdade de Ciências Médicas de Santos. José Rumbea Guzman Diretor do Centro Nacional de Medicina Tropical. Chefe da Cátedra de Medicina Tropical. Presidente da Sociedade Latino- Americana de Medicina Tropical. Juan J. Angulo Virologista do Instituto Adolfo Lutz, São Paulo. Leonidas Braga Dias Coordenador do Núcleo de Patologia Regional e Higiene da Universidade Federal do Pará. Luíza Batista Médica-Chefe da 5~ Unidade de Internação do Hospital_Emilio Ribas. Professora Colaboradora da Disciplina de Moléstias In- fecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina de Jundiaí. Luiz A. Cecílio Rocha Professor de Doenças Tropicais, Instituto de Medicina Tropical de Lisboa, Portugal. Luiza Helena Falleiros Rodrigues Carvalho Professora-Assistente de Moléstias Infecciosas da Faculdade de Medicina de Man1ia e do Setor de Infectologia Infantil da Escola Paulista de Medicina. Médica do Hospital Emilio Ribas. Luiz- F. Marcopito Professor-Assistente do Departamento de Medicina Preventiva da Escola Paulista de Medicina. Luiz Marino Bechelli Professor de Dermatologia da Faculdade de Medicina de Ribei- rão Preto, U.S.P. Ex-Diretor da Divisão de Lepra da Organi- zação Mundial de Saúde. Luiz Rachid Trabulsi Professor Titular de Microbiologia da Escola Paulista de Medi- cina e da Faculdade de Ciências Médicas e Biológicas de Botu- catu. Lygia Busch Iversson Docente do Departamento de Epidemiologia da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo. Marcel Cerqueira Cezar Machado Professor Associado do Departamento de Cirurgia da Facul- dade de Medicina da Universidade de São Paulo. Marcelo O. A. Corrêa Ex-Chefe da Seção de Parasitologia do Instituto Adolfo Lutz São Paulo. ' Marcelo Simão Ferreira Professor de Doenças Infecciosas e Parasitárias e Gastroen- terologia do Centro de Ciências Biomêdicas da Universidade Federal de Uberlândia. Marcia Maria Mammana Ex-Enfermeira-Chefe da Clínica de Doenças Infecciosas e Para- sitárias do Hospital das Clínicas da F.M.U.S.P., São Paulo. Marcos Vinicius da Silva Médico do Hospital Emilio Ribas e do Instituto Adolfo Lutz. Marguerite Scott Pereirat Diretora dos Laboratórios de Referência de Virologia. Labora- tórios Centrais de Saúde Pública da Inglaterra. Maria Aparecida Shikanay Yasuda Professora-Assistente-Doutora da Disciplina de Doenças Infec- ciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Maria Genoveva von Hubinger Professora Adjunta do Instituto de Microbiologia da U.F.R.J. Doutora em Ciências Biológicas (Virologia). Maria Isabel Madeira Liberto Professora Adjunta do Instituto de Microbiologia da U.F.R.J. Mestra em Microbiologia (Virologia). Maria Suzana de Lemos Souza Professora Adjunta do Departamento de Medicina Preventiva e Social. Mestra em Bioquímica. Doutora em Medicina. Profes- sora do Curso de Pós-Graduação em Medicina Tropical da Universidade Federal de Minas Gerais. Pesquisadora do Conse- lho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Mário Augusto Pinto de Moraes Professor Adjunto da Faculdade de Ciências da Saúde da Uni- versidade de Brasnia. Ex-Pesquisador do Instituto Evandro Chagas, FIOCRUZ, Belém. Mario Candido de Oliveira Gomes Professor Titular da Disciplina de Doenças Infecciosas e Parasi- tárias da Faculdade de Medicina da Universidade Católica de Sorocaba. Docente-Livre pela Escola Paulista de Medicina. Marisa D' Agostino Dias Médica-Assistente do Pronto-Socorro do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Mariusa Basso Enfermeira Universitária do Hospital das Clínicas de São Paulo. Mauricio Sérgio Brasil Leite Professor-Assistente do Departamento de Anatomia Patológica da Faculdade de Medicina da Universidàde Federal de Goiás. M.C.P. Soares Assistente do Instituto Evandro Chagas, Belém do Pará. Miguel C. de Azevedo Médico, M.P.H (Universidade de Columbia, E.U.A.). Ex-Di- retor do Instituto Evandro Chagas, FIOCRUZ, Ministério da Saúde. Miroslau Constante Baranskit Professor Titular de Doenças Infecciosas e Parasitárias do Curso tFalecido. de Graduação em Medicina e do Curso de Pós-Graduação em Medicina Interna da Universidade Federal do Paraná. Pró-Rei- tor de Pós-Graduação da Universidade Federal do Paraná. Membro da Academia Paranaense de Medicina. Mitika Kuribayashi Hagiwara Professor-Assistente-Doutor do Departamento de Patologia e Clínica Médica da Faculdade de Medicina Veterinária e Zoo téc- nica da Universidade de São Paulo. Mozart Tavares de Lima Filho Professor de Tisiologia da Escola Paulista de Medicina e Chefe do Serviço de Doenças do Aparelho Respiratório do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo. M. Ruiz Castaiiedat Diretor do Instituto de Investigações Médicas do Hospital Ge- ral, México. Nelson Szpeiter Professor Adjunto e Responsável pela Disciplina de Doenças Infecciosas e Parasitárias do Departamento de Saúde Comu- nitária do Setor de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Paraná. Professor Livre-Docente e lnfectologista (AMB- SBI). Ex-Diretor do Hospital Oswaldo Cruz de Curitiba. Olinda Margarida Enfermeira do Hospital das Clínicas da F.M. U.S.P., São Paulo. Orlando Jorge Gomes da Conceição Professor-Assistente da Faculdade de Medicina de Jundiaí. Mé- dico do Hospital Emilio Ribas. Paulo Augusto Ayroza Gaivão Professor Pleno de Medicina e Titular de Moléstias Infecciosas da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa. Professor Titular de Doenças Infecciosas e Parasitárias da Universidade de Mogi das Cruzes. Diretor do Hospital Emilio Ribas. Paulo Augusto Sessa Professor Adjunto da Disciplina de Parasitologia do Departa- mento de Patologia. Centro Biomédico da Universidade Fede- ral do Espírito Santo. Professor Titular da Disciplina de Parasi- tologia do Departamento de Patologia - Escola de Medicina da Santa Casa de Misericórdia de Vitória. Paulo Schmidt Goffi Professor Titular de Obstetrícia e Ginecologia da Faculdade de Medicina da Fundação ABC. Professor Associado do Depar- tamento de Obstetrícia da Faculdade de Medicina da U.S.P. Diretor Clínico da Maternidade São Paulo. Pedro Morera Professor de Parasitologia da Universidade da Costa Rica. Raimundo Nonato Queiroz de Leão Professor Titular do DepartameD.to de Medicina Comunitária. Disciplina de Doenças Tropicais e Infectuosas da Faculdade Estadual de Medicina do Pará. Ralph Lainson B. Se., Ph. D., D., Se. (Londres)- Diretor da Universidade de Parasitologia da Fundação Wellcome, Instituto Evandro Chagas, FIOCRUZ, Ministério da Saúde. Pesquisador Asso- ciado do Departamento de Protozoologia Médica. Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres. tFalecido. Reynaldo Dietze Professor Adjunto de Epidemiologia e Doenças Infecciosas da Universidade Federal do Espírito Santo. Doutor em Doenças Infecciosas e Parasitárias pela Universidade de São Paulo. Ricardo Negroni Professor de Micologia do Centro de Micologia da Faculdade de Medicina da Universidade Nacional de Buenos Aires, Argen- tina. Ricardo V eronesi Professor Emérito de Doenças Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina da U.S.P., São Paulo. Do Comitê de Doenças Bacterianas da O.M.S. Presidente Honorário da Socie- dade Brasileira de Infectologia. Membro do Comitê Editorial Internacional do "Journal of Infectious Diseases" e do "Journal of Public Health" (E. U.A.). Richard D. Ward B. Se., M. Se. (Londres). Ex-Entomologista da Universidade de Parasitologia da Fundação Wellcome, Instituto Evandro Chagas, FIOCRUZ, Ministério da Saúde. Roberto llrólio Professor Titular da Disciplina de Tisiologia da Faculdade de Saúde Pública - Universidade de São Paulo. Roberto Focaccia Professor Titular da Disciplina de Infectologia e Ex-Diretor da Faculdade de Medicina de Jundiaí. Professor Titular da Uni- versidade de São Francisco (Campus Bragança Paulista). Do- cente da Faculdade de Medicina de Marília. Assistente-Doutor e Ex-Diretoi Técnico da Clínica de Doenças Infecciosas e Para- sitárias do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Médico do Hospital Emilio Ribas. Mestre e Doutor em Doenças Infecciosas e Parasitárias pela Universidade de São Paulo. Roberto G. Baruzzi Professor Titular de Medicina Preventiva da Escola Paulista de Medicina. Roberto M. C. Florim Professor-Assistente da Disciplina de Infectologia da Faculdade de Medicina de Jundiaí e Taubaté. Médico do Hospital Emilio Ribas. Roberto R. Daher Docente da Disciplina de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás. Rodolfo Teixeira Professor Titular da Disciplina de Doenças Infecciosas e Parasi- tárias, Dept." de Medicina, Faculdad'e()e Medicina da Univer- sidade Federal da Bahia. Rubens Campos Professor Titular da Disciplina de Parasitologia do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo. Pro- fessor Titular de Parasitologia da Universidade São Francisco (Campus Bragança Paulista) e Universidade de Mogi das Cru- zes. Rudolf Uri Hutzler Professor Associado do Departamento de Doenças Infecciosas e Parasitárias da Universidade de São Paulo. Diretor do Serviço de Infectologia do Hospital Heliópolis (INPS). Rui B. Carrington da Costa Professor Titular da Cadeira de Doenças Infecciosas e Parasi- tárias. Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, Portugal. Ruth Frauco de Godoy Enfermeira Universitária do Hospital das Clínicas de São Paulo. Saul Krugman Professor de Pediatria da Faculdade de Medicina da Univer- sidade de N. York, E.U.A. Sérgio J. C. Carneiro Ex-Professor-Instrutor de Ensino da Baylor College of Medi- doe. Department of Dermatology, Houston, E. U .A. Professor da Faculdade de Medicina de Vassouras, Estado do Rio de Janeiro. Silvia E. González Ayala Professora Adjunta da Cátedra de Enfermidades Infecciosas da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nacional de La Plata. Chefe de Sala de Infectologia do Hospital de Niiios de La Plata. Tales de Brito Professor Titular de Anatomia Patológica da Faculdade de Me- dicina da Universidade de São Paulo. Tuba Milsteiu Kuschnaroff Professor Associado de Moléstias Infecciosas e Para~itárias do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Diretor Científico do Hospital Emilio Ribas. Varella Costenaro Enfermeira Universitária do Hospital das Clínicas de São Paulo. Vinicius de Arruda Zamith Docente-Doutor da Escola Paulista de Medicina e da Clínica Dermatológica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Walter Beldat Professor de Venerealogia da Faculdade de Saúde Pública da U.S.P. William Barbosa Professor Titular de Moléstias Tropicais da Faculdade de Medi- cina de Goiás, UFGO, Goiás. Yvone Benchimol Gabbay Pesquisadora do Instituto Evandro Chagas, FIOCRUZ, Belém. Zéa Constante Lins Médica D.T.M. & H. (Londres). Chefe da Seção de Bacterio- logia do Instituto Evandro Chagas, FIOCRUZ, Ministério da Saúde. tFalecído. A meus pais A meus filhos À minha esposa Pela inspiração, incentivo e motivação que me proporcionaram, mas, sobretudo, pela paciência e compreensão que tiveram para comigo nos vários estágios de minha vida. Prefácio da Oitava Edição Decorridos 30 anos de nossa despretensiosa primeira edição de Doenças Infecciosas e Parasitárias, lançada em 1960, estamos todos, editores, colaboradores e leitores, festejando a chegada da tão aguardada oitava edição do "VERONESI". como é cari- nhosamente conhecido nosso livro. Novos capítulos, novas doenças, novas terapêuticas, novas vacinas, novos colaboradores e dois jovens e entusiastas co-edi- tores (Focaccia e Dietze), fazem desta oitava edição justificado atrativo. Lamentavelmente, no decorrer desses 30 anos, alguns dos mais ilustres especialistas de Doenças Infecciosas e Parasitárias, no Brasil e no exterior, e que contribuíram enormemente para o sucesso de várias edições anteriores, não mais convivem canos~ co: Meira, Tranchesi, Eichbaum, Rosenfeld, Bitencourt, Perei~ ra Barreto, Nogueira Cardoso, Paulo de Goes, R. Carvalho, V. Pereira, V. Carneiro, M. Scott Pereira, Santa Rosa, Cata- õeda, Louzada, Cruz Ferreira, Fontoura, Belda, O. Bier e De- lascio. Pela presença marcante que tiveram nas edições anterio- res, dedicamos esta oitava edição a eles, lN MEMORIAN. Também queremos consignar o nosso profundo reconhe- cimento à EDITORA GUANABARA KOOGAN S.A., na pessoa de seus dedicados funcionários que, diligentemente, par- ticiparam da elaboração desta edição e das sete anteriores, trabalho decisivo para manter o "VERONESI" na vanguarda dos livros de infectologia no BrasiL Prof. Ricardo Veronesi Conteúdo Parte 1 Doenças Causadas por Vírus 1 Doenças Respiratórias Agudas, 1 H.G. Pereira 2 Resfriado Comum (Rhinovírus), 7 Marguerite Scott Pereira 3 Influenza, 10 Edwin D. Kilbourne 4 A-Rubéola, 13 John L. Sever, Ricardo Veronesi e J.A.N. Candeias E-Síndrome da Rubéola Congênita, 19 Saul Krugman C-Aspectos Médico-legais e Religiosos da Rubéola na Gravidez, 22 Ricardo Veronesi 5 A-Sarampo, 24 Ricardo Veronesi e D. Morley B-Panencefalite Subaguda Esclerosante, 33 John L. Sever 6 Exantema Súbito, 37 Ricardo Veronesi e Roberto Focaccia 7 Eritema Infeccioso, 39 Ricardo Veronesi e Roberto Focaccia 8 Herpes Simples, 41 Sérgio J.C. Carneiro e R. Veronesi 9 Varicela. Herpes-zoster, 49 Chaie Feldman 10 Varíola, 55 Juan J. Angulo 11 Diagnóstico Diferencial das Doenças Exantemáticas Agudas, 64 Miroslau Constante Baranski 12 Poliomielite, 71 Aron J. Díament e Fernando Kok 13 Enteroviroses: II - Coxsackioses, 78 Maria Isabel Madeira Liberto, Iná Pires de Carvalho Ono e Maria Genoveva von Hubinger 14 Enteroviroses: III- Echoviroses, 93 Ricardo Veronesi e J.A.N. Candeias 15 Gastrenterites por Rotavírus, 97 Alexandre da Costa Unhares, Francisco de Paula Pinheiro e Yvone Benchimol Gabbay 16 Neuroviroses, 103 Aron J. Diament 17 Raiva (Hidrofobia), 119 Francisco Salido Rengell 18 Hepatites Virais, 132 Roberto Focaccia e Dahir Ramos de Andrade 19 Arboviroses, 156 Francisco P. Pinheiro e Amélia P.A. Travasses Da Rosa 20 Encefalite por Arbovírus Rocio, 166 Lygia Busch [versson e Arary da Cruz Tiriba 21 Febre Amarela, 174 Joaquim Caetano de Almeida Netto e Maurício Sérgio Brasil Leite 22 Dengue, 183 Reynaldo Dietze 23 Febres Hemorrágicas de Etiologia Virótica, 189 Francisco P. Pinheiro e Jorge F.S. Travassos da Rosa 24 Caxumba, 201 Arary da Cruz Tiriba e Carlos de Oliveira Bastos 25 Citomegalia, 206 Orlando J.G. Conceição, Roberto Focaccia e Ricardo Veronesi 26 Mononucleose Infecciosa, 212 Henrique Lecour 27 Tracoma, 218 Celso A. de Carvalho e Ricardo Veronesi 28 Febre Aftosa, 222 C.A. Santa Rosa 29 Vírus e Tumores Malignos Humanos, 224 J.A.N. Candeias 30 AIDS/SIDA- Síndrome de Imunodeficiência Adquirida, 228 Ricardo Veronesi, Roberto Focaccia, Celso Carmo Mazza e Adriana Weinberg Parte 2 Doenças Causadas por Rickettsias 31 Rickettsioses, 248 Arary da Cruz Tiriba 32 Febre Q, 251 José Luiz D' Angelina Parte 3 Doenças Causadas por Mycop/asma 33 Infecções por Mycoplasma, 256 Cid Vieira Franco de.Godoy 34 .Pneumonia Atípica Primária, 259 Mozart Tavares de Lima Filho Parte 4 Doenças Causadas por Bactérias 35 Estreptococcias Humanas, 264 Reynaldo Dietze 36 Estafilococcias, 276 Marcelo Simão Ferreira e Elmar Gonzaga Gonçalves 37 Endocardite Infecciosa, 285 Donald Kaye e Reynaldo Dietze 38 Septicemias, 296 Décio Diament e Roberto Focaccia 39 Choque Infeccioso, 305 Marcel Cerqueira Cezar Machado e Marisa D'Agostino Dias 40 Pneumonias Bacterianas, 312 Marcelo Simão Ferreira e Elmar Gonzaga Gonçalves 41 Legionelose (Doença dos Legionários), 322 Ricardo Veronesi e Cid Vieira Franco de Godoy 42 Tuberculose Pulmonar, 325 Roberto Brólio e Mozart Tavares de Lima Filho 43 Micobactérias Não-tuberculosas e Doenças Associadas, 344 Arthur Timerman 44 Hanseníase, 349 L.M. Bechetli 45 Difteria, 367 José Carlos Longo 46 Coqueluche, 379 Luiza Helena F.R. Carvalho e Calil K. Farhat 47 Shigeloses, 389 L. R. Trabulsi e Jayme Murahovschi 48 Salmoneloses, 391 L. R. Trabulsi 49 Enterobacteriose Septicêmica Prolongada, 394 Rodolfo Teixeira 50 Febres Tifóide e Paratifóide, 401 Jaime Saravia-Gomez e Roberto Focaccia 51 Infecções Intestinais por Colibacilos Enteropatogênicos Clássicos (EPEC), 412 Luiz R. Trabulsi 52 Infecções Intestinais por Colibacilos Enterotoxigênicos (ETEC), 414 Luiz R. Trabulsi 53 Cólera, 417 J. de Mello Vieira 54 Infecção Puerperal, 427 Paulo Schmidt Goffi 55 Peste, 431 Celso Arcoverde de Freitas 56 Carbúnculo, 438 Cid Vieira Franco de Godoy 57 Tularemia, 440 Ricardo Veronesi 58 Gangrena Gasosa, 443 Rudolf Uri Hutzler 59 Tétano, 447 Ricardo Veronesi, Roberto Focaccia e Celso Carmo Mazza 60 Bartonelose, 467 Hernán Miranda 61 Linforreticulose de Inoculação, 474 Roberto Focaccia e M.K. Hagiwara 62 Listeriose, 477 Cid Vieira Franco de Godoy 63 Meningites, 480 Roberto Focaccia, Paulo Augusto Ayroza Gaivão e Celso Carmo Mazza 64 Doença Meningocócica, 498 Celso Carmo Mazza* Paulo Augusto Ayroza Gaivão e Roberto Focaccia 65 Febre Purpúrica Brasileira, 507 Tuba M. Kuschnaroff, Ivan O. de Castro e Roberto M.C: Florim 66 Meningoencefalite Tuberculosa, 510 João Batista Perfeito e José Lamartine de Assis 67 Brucelose, 520 ~~ M. Ruiz Castafietla, C.A. Santa Rosa e António P. Louzada 68 Botulismo, 526 Emflio Cecchini e Silvia E. Gonzáles Ayala 69 Infecções por Clamídias, 536 Humberto Abrão 70 Infecções por Pseudomonas, 542 E. Cechini e S.E. Gonzatez Ayala 71 Infecções por Germes Anaeróbios, 549 Rudolf Uri Hutzler e Mário Cândido de Oliveira Gomes 72 Infecções Hospitalares, 554 José Roberto Camargo Bazone, Edna Rodrigues e Rudolf Uri Hutzler l Parte 5 Doenças Causadas por Espiroquetídeos 73 Leptospiroses, 565 Marcelo O.A. Correa, André Villela Lomar, Ricardo Veronesi, Tales de Brito e Décio Diament 74 Doença de Lyme, 580 Nelson Szpeiter, José Luiz de Andrade Neto e José Luiz Marquetti 75 Pinta ou Cara tê (Mal Dei Pinto), 587 Luiz Marina Bechelli 76 Bouba, 591 Luiz Marina Bechelli 77 Febre por Mordida de Rato, 598 Ricardo Veronesi Parte 6 Doenças Causadas por Fungos 78 Micoses, 600 Abrahão Rotberg 79 I_munologia das Micoses, 615 Angela M. Restrepo e Maria Aparecida Shikanai Yasuda 80 Blastomicose Sul-americana (Paracoccidioidomicose), 634 William Barbosa e Roberto R. Daher 81 Doença de Jorge Lôbo, 647 Roberto G. Baruzzi e Luiz F. Marcopito 82 Histoplasmose, 651 R. Negroni 83 Criptococose, 661 Luiza Batista e Marcos Vinicius da Silva Parte 7 Doenças Causadas por Protozoários 84 Tripanossomíase Humana Africana, 664 Luis A. Cecilia Rocha e Francisco S. da Cruz Ferreira 85 Doença de Chagas, 674 Anis Rassi, João Tranchesi e Bernardino Tranchesi 86 Leishmaniose Visceral (Calazar), 706 Joaquim Eduardo de Alencar, Jaime Neves e Reynaldo Dietze 87 A-Amebíase, 718 Dahir Ramos de Andrade e José Fernandes Pontes E-Infecções por Amebas de Vida Livre, 729 A.S. Foronda e R. Campos 88 Toxoplasmose, 734 J.K. Frenkel 89 Leishmaniose Tegumentar Americana, 750 Aloísio Falqueto e Paulo Augusto Sessa 90 Malária, 763 Carlos Alberto Alvarado e Marcelo Simão Ferreira 91 Giardíase, 786 Rubens Campos e Flávio Luiz de Souza Junior 92 Isosporose Humana, 791 Marcelo O.A. Corrêa 93 Balantidíase, 796 Rubens Campos e Eduardo Gomes 94 Lagoquilascaríase, 798 Raimundo Nonato Queiroz de Leão, Habib Fraiha e Leónidas Braga Dias Parte 8 Doenças Causadas por Helmintos 95 Ancilostomíase, 802 Dirceu Wagner Carvalho de Souza, Maria Suzana de Lemos Souza e Jayme Neves 96 Ascaridíase, 813 José Carlos Bina 97 Teníase, 817 Rubens Campos 98 Cisticercose, 820 Ricardo Veronesi, Antônio Spina França Netto e Roberto Focaccia 99 Hidatidose, 827 Egomar Lund Edelweiss 100 Esquistossomose Mansoni, 838 Aluisio Prata 101 Estrongiloidíase, 856 Marcelo S. Ferreira 102 Enterobíase, 866 José Carlos Sina 103 Filaríases, 869 Fernando S. da Cruz Ferreira e Luiz A.C. Rocha 104 Traquinelose, 887 Ricardo Veronesi e Roberto Focaccia 105 Tricocefalíase, 889 José Carlos Sina 106 Difilobotríase, 892 Hernán Miranda C. 107 Paragonimíase, 895 José Rumbea Guzman 108 Fasciolíase, 901 Miroslau Constante Saranski e Ary Fontoura da Silva 109 Angiostrongilíase Abdominal, 906 Pedro Morera Parte 9 Doenças Venéreas 110 Sífilis, 910 Walter Selda 111 Gonorréia, 926 Walter Belda 112 Donovanose (Granuloma Inguinal), 938 Walter Belda 113 Cancro Mole, 944 Walter Belda Parte 10 Doenças de Etiologia Não-esclarecida 114 Aftas, 949 Vinicio de Arruda Zamith Parte 11 Temas Relacionados a Doenças Infecciosas e Parasitárias 115 Acidentes por Animais Peçonhentas, 951 Gastão Rosenfeld 116 Alterações Hematológicas nas Moléstias Infecciosas e Parasitárias, 963 Durval Rosa Borges 117 Enfermagem em Moléstias Transmissíveis 968 Edoilia Maria Teixeira Mendes, Marcia Maria Mam~ana, Mariusa Basso, Olinda Margarida, Varella Costenaro e Ruth Franco de Godoy 118 Cuidados Intensivos em Patologia Infecciosa 971 R.B. Carrington da Costa .. ' 119 Patologia Tropical na Amazônia, 977 Francisco de Paula Pinheiro 120 Antibióticos e Antibioticoterapia 995 Hélio Vasconcellos Lopes ' Índice Alfabético, 1029 Intervalos de referência em determinações de Interesse em moléstias Infecciosas e parasitárias Durval Rosa Borges Bloqufmica Determinação Bilirrubina total, adulto Bilirrubina total, recém-nascido Bilirrubina direta Bilirrubina indireta Cálcio total Cloro Creatinina Ferro Ferro, capacidade de fixação Glicose Mucoprotefnas Potássio Proteína C reativa Proteínas totais Eletroforese Sódio Transfenina Uréia albumina alfa-l-globulinas alfa-2-globulinas betaglobulinas gamaglobulinas Intervalos de referência Até 1,3 mgldl Até 12,0 mgldl Até 0,6 mgldl Até 0;7 mg!dl 2,2 a- 2,8 mmol/1 98 a 109 mmoln 0,8 a. 1,4 mgldl 70 a 160 JLg/di 250 a 400 JLg/dl 70 a 110 mgldl 2,4 a 4,4 mgldl 3,6 a 5,0 mmolll < 5 mg/1 6,0 a 8,0 gldl 3,5 a 5,6 gldl 0,1 a 0,4 gldi 0,4 a 0,8 gldl 0,6 a 1,2 gldl 0,7 a 1,4 gldl 135 a 145 mmoln 200 a 400 mgldl 15 a 50 mgldl Intervalo de referência de imunoglobullnas sérlcas em adultos e crianças normais brasileiras nos diferentes periodos etários Idade lgG (mg/dl) lgM (mg/dl) lgA (mg/dl) O a 30 dias 750 a 1.510 5 a 39 *N.D., 1a4 meses 282 a 940 15 a 191 2,8 a 58 . 4a7 meses 330 a 1.510 23 a 146 19 a 118 7 a 12 meses 282 a 1.115 40 a 156 12 a 104 1a2 anos ·. 410 a 1.630 28 a 173 • 24 a 184. 2a3 anos, 610 a 1.610 29 a 195 40 a 289 3 a 6· anos·: 630 a 2.000 24 a 276. • 33 a308 .. 9 a' 13 anos 660 a 2.120 30 a 180 68 a SOO I -adúltos, ,- ,, 830.a 2.040 ·. 57a212: 80a476. i •N.D:- não-eVidcnciávcl. .. Amilase,__ _ _ Deidrogenase lática, adulto Deidrogenase lática, 3 a 17 anos Fosfatase alcalina, adulto Fosfatase alcalinit, iecém-nascido Fosfatase alcalina, criança Gama glutamiltransferasc (gGT) Alanina aminotransferase {ALT, TGP) Aspartato aminotransferase {AST, TGO) . ; 150 a40Óun até 460 un 1 a 2 x valores dos adultos 40a140Un 1 a 4 x adulto 1 a 3 x adulto AtéSOUn Até40 un Até40Un .. ·. Idade 1 dia Eritrócitos 101211 5,0 a 6,3 Hemoglobina g/1 18,5 a 21,5 Hematócrito mUdl 53 a 65 v.c.m fi 95 a 115 h.c.m. pg 30a 42 c.h.c.m. gldl 32a34 Leucócitos 109/1 9,4 a 34,0 Neutrócitos % 42 aSO Bastonetes 10 a 18 Segmentados 32a 62 Eosinócitos 0,2 a 4,2 Basócitos 0,2 a 1,0 Linfócitos 26 a36 Monócitos 3,8 a 7,8 Reticulócitos 2,5 a 6,5 Eritroblastos O a 10 pC02 (mmHg) C02 total (mmol/1) HC03 (mmolil) (reserva alcalina) Equllfbrio ácido-básico Arterial 30 a 45 22 a 28 21 a 27 -2 + 2 Venoso 40 a 50 26 a 30 24 a 29 -2 + 2 Dif. de bases (be) (mmol/1) pH adulto 7,38 a 7,44 cordão umbilical p02 (mmHg) Saturação 0 2 % 1 mês 3a6meses 4,7 a 5,9 3,8 a 5,2 15,5 a 18,5 13,0 a 16,5 44a56 39 a 51 92 a 110 92 a 110 30 a 42 27 a36 31 a 33 29 a 34 5,0 a 19,5 6,0 a 17,5 21 a47 19 a 45 6,5 a 12,5 5,5 a 11,0 15 a 35 14 a 34 1,1 a 5,1 0,7 a 4,7 0,1 a 0,9 O ai 41 a 71 43a 73 4,5 a 8,5 3,0 a 7,0 0,5 a 1,5 0,5 a 1,5 o o 80 a 90 96 HEMOGRAMA 1 ano 2a4anos 3,5 a 4,9 3,7 a 5,0 10,0 a 14,0 11,2 a 14,3 37 a45 32 a46 87 a 98 80a96 24 a 32 24 a32 28a 30 27 a 31 6,0a 17,5 5,5 a 17,0 18 a 44 24 a 50 5,0 a 11,0 5,0a 11,0 13 a 33 19 a 39 0,6 a 4,6 0,7 a 4,7 O ai Oal 46a 76 31 a 61 2,8 a 6,8 3,0 a 7,0 0,5 a 1,5 0,5 a 1,5 o o 7,36 a 7,41 25 a 40 65 a 85 Banos 14 anos 4,0 a 5,1 3,9 a 5,3 12,0 a 14,8 12,0 a 15,0 37 a 46 36 a 46 80a94 SOa 95 23 a34 23a34 28a30 29 a 31 4,5 a 13,5 4,5 a 13,0 40 a66 41 a 71 5,0 a 11,0 5,0 a 11,0 35 a 55 36 a 60 0,4 a 4,4 0,5 a 4,5 O ai O ai 27 a 51 27 a47 2,2 a 6,2 2,7 a 6,7 0,5 a 1,5 0,5 a 1,5 o o adulto mas. !em. 4,3 a5,9 3,5 a 5,5 13,9 a 16,3 12,0 a 15,0 39 a 55 36 a48 80 a 100 79 a 98 25,4 a 34,6 25,4 a 34,6 31 a 37 30a36 4,5 a 11,0 4,5 a 11,0 41 a 77 41 a 71 5,0 a 11,0 5,0a 11,0 36a66 36 a 66 0,7 a 4,7 0,7 a 4,7 -- O a I O ai 24a44 24 a44 2,5 a 6,5 2,5 a 6,5 0,5 a 1,5 0,5 a 1,5 o o Doença Blastomicose Cancro mole Dermatofitose Esporotricose Esquistossomose Filariose Hanseníase Hanseníase Hidatidose Histoplasmose Leishmaniose Linfogranulomatose inguinal Tuberculose Imunologia lntradermorreações Diagnóstico e pesquisa de Imunidade Antlgeno/reação Leitura Paracoccidíoidina 48a72h Ito-Reenstierna 48a72h Tricofitina 48a72h Esporotriquina 48a72h Esquistossomina imediata King 48 a 72 h Fernandez 24a48h Mitsuda até 30 dias Casoni imediata 24h Histoplasmina 48a72h Montenegro 48a72h Frei 48a72h Mantoux (P.P.D. 2 uds) 48a72h Interpretação Negativa: ausência de nódulo ou eritema menor que 5 mm de diâmetro. Positiva: nódulo de 5 mm ou mais de diâmetro. Negativa: ausência de reação Positiva: pápula cercada por zona eritematosa. Negativa: ausência de nódulo ou eritema menor que 5 mm de diâmetro. Positiva: nódulo de 5 mm ou mais de diâmetro. Negativa: ausência de nódulo ou eritema menor que 5 mm de diâmetro. Positiva: nódulo de 5 mm ou mais de diâmetro. Negativa: pápula menor que 10 mm de diâmetro e borda regular. Positiva: pápula com 10 mm ou mais de diâmetro e borda irregular. Negativa: ausência de reação. Positiva ( + ): eritema maior que 30 mm de diâmetro. Positiva ( + + ): eritema e pápula sem pseudópodos. Positiva ( + + + ): eriterna menor que 50 mm de diâmetro e pápula com pseudópodos. Positiva ( + + + + ): eritema maior que 50 mm de diâmetro e pápula com pseudópodos. Negativa: ausência de reação. Positiva: nódulo de 10 mm ou mais de diâmetro e eritema. Negativa: ausência de reaçáo local entre a 1• e a 4" semanas. Positiva: nódulo com 3 mm ou mais de diâmetro. Negativa: ausência de reação. Positiva: pápula pseudópodo igual ou superior a 20 mm, com eritema. Negativa: pápula com borda regular menor que 10 mm de diâmetro. Positiva: pápula com borda irregular com 11 mm ou mais de diâmetro, pseudópodos curtos e eritema. Negativa: ausência de nódulo ou eriterna menor que 5 mm de diâmetro. Positiva: nódulo de 5 mm ou mais de diâmetro. Negativa: ausência de reaçáo. Positiva: pápula com eritema ou nódulo. Negativa: pápula menor que 5 mm de diâmetro. Positiva: pápula com 5 mm ou mais de diâmetro. Não-reatar: ausência de nódulo ou nódulo menor que 4 mm de diâmetro. - ..... Reatar fraco: nódulo de 4 a 10 mm de diâmetro. Reatar forte: nódulo maior que 10 mm de diâmetro. Doença Brucelose Cisticercose Liquor Citomegalia Complemento sérico total fração C3 !ração C4 Crioaglutininas Doença de Chagas Febres tifóides S. typhosa (H) S. typhosa (O) S. paratiphi (A) S. Schottmuelleri {B) Hepatites HBsAg HBcAg HBeAg HBsAc HBcAc (IgG-IgM) HBeAc HA V (IgG-lgM) Histoplasmose Leptospirose Listeriose Mononucleose Rubéola Anticorpos lgG O dias IgG 20/30 dias após IgM O dias lgM 20/30 dias após Sífilis Tifo exantemático Toxoplasmose SOROLOGIA Antlgeno/reação Weinberg Guerreiro Machado de Widal Paul Bunnell Davidsohn Hoff-Bauer Weil-Felix Método agt fc fc fc hemólise agt agt fc imf agt fc agt agi-fc H.A. após abs. c/eritrócitos de boi; após abs. e/rim de cobaia !.H. A fc/fl/imf agt imf h a fc interpretação 1: NormaVnão-slgnlflcatlvo < 1:160 (aumento de 4 x no 1~ mês de doença) < 1:8 negativ~ < 1:4 200/400 80 /140 20 I 40 < 1:32 negativa negativa < 1:25 o o < 1:50 50% mg/dl mgldl negativo (2% de portadores sãOs) negativo negativo negativo (positivo no vacinado) negativo negativo negativo < 1:8 até 1:200 negativas "'1:56 1 diluição abaixo mesmo título anterior negativa "'1:160 título igual: ausência de doença negativo negativo negativas < 1:100 lgG < 1:4.000 < 1:1.000 o "'8 16-256 256 "'1.024 "1.024 lgM < 1:16 < 1:16 ...._~-O :s S:negativo s S:exp. passada 16-24: duvidoso rep. s 16: inf. recente :s 64: inf. recente Sorologia virus Epsteln·Barr: anticorpos Antlgeno capsular Situação cltnica \gG lgM Sem infecção passada - - Infecção aguda + + Convalescença + ± Infecção passada + - Infecção crónica reativada + - Liquido cefalorraquiano Determinação Propriedades jfsicas Aspecto Cor Pressão (decúbito lateral) Exame citológico Eritrócitos Leucócitos, adulto Leucócitos, até 1 ano Exame bioq ufmico Cloretos Glicose HCOj Lacta to Osmolalidade Potássio pH Proteínas totais: ventricular suboccipital lombar até 1 mês Normal Límpido Incolor Até 20 cm de água Ausentes Até 4/mm3 Até 30/mm' 690 a 750 mg/dl 50 a 90 mgldl 10% menos que no sangue (16,8 a 29,5 mmotn) 9 a 30 mgldl 27 5 a 295 m Osm/kg 2,4 a 3,4 mmol/1 7,28a7,43 até 25 mgldl Até 30 mgldl Até 40 mgldl Até 80 mgldl Ant\geno precoce Antfgenos nucleares - + ± - + Determinação Caracteres flsicos Volume Depósito Aspecto Cor Odor Densidade pH Elementos qu(micos Proteínas Elementos figurados Amostra isolada Cilindros Eritrócitos Leucócitos - - + + + Normal/não~significativo s: 1:320. Urina Normal/não-significativo Adulto: 600-1600 ml/24 h Crianças: 1 a 2 anos: 500-700 10 dias a 1 ano: 250-500 1 dia a 10 dias: 30-300 Nulo ou quase nulo Lfmpido Amarelo-claro Sui generis Amostra isolada: 1.001-1.035 4,8-7,0 Até 0,05 gn 24 h até 0,1 g Hialinos: até 50/ml ou 3.000/12 h Granulosos: O Até 5.000/m\ ou 3.000.000112 h Até 10.000/m\ 1 Doenças Respiratórias Agudas H. G. Pereira ASPECTOS GERAIS As doenças respiratórias agudas incluem uma variedade de entidades clínicas com múltiplas etiologias, repreSentando em seu conjunto uma das mais importantes causas de morbidade e mortalidade em populações humanas. Embo~a associadas em' geral- a quadros clínicos benignos, a severidade das doenças respiratórias agudas é altamente variá- diagnosticadas como resfriados,_ um terço como infecções_ das vias respiratórias superiores, faringite ou amigdalite e 'o resto como influenza. Foi também estimado que um terço das ausências do trabalho ou de escolas são causadas por doenças respiratórias, o que resulta em enormes perdas econômicas. CLASSIFICAÇÃO vel tanto do ponto de vista clínico quanto em seus aspectos epide- A d · b.l.d d d d I' · 1 d miológicos. gran e vana 11 a e os qua ros c 1mcos resutantes . e infecções respiratórias e a multiplicidade de agentes responsáveis O impacto global das doenças respiratórias é dificilmente pela_ sua etiologia tornam impossíve\ a classificação des,se gfúpo avaliado devido à escassez de· dados epidemiológicos precisos, d d · · · exceto em países desenvolvidos. Dados recentemente obtidos e oenças em bases puramente clínica ou· etiológic_a;·- As pnncJ- pela Organização Mundial de Saúde7· s1 revelam que a morta- pais síndromes clínicas relaci?nadas aos difer~~t~_s agent~-s etioló-gicos das doenças respiratófias agudas SilO a'presefltada,s· rioS Qúa- Iidade causada por doenças respiratórias agudas em 28 países dros 1.1 e 1.2, em que tentamos atualizar os dados apresentados (nove na África, 29 nas Américas, 14 na Asia, 28 na Europa por Veronesi e Carvalho em edição anterior deste volume, ado- eSnaOceania),comumapopulaçãototaldequase 1.200milhões, !ando a mais recente nomenclatura aprovada pela Comissão ln- foi de 666.726 óbitos por ano 'durante o período de 1970 a 1973. temacional de .Taxonomia dos:Vfrus." A área investigada representan~o' pouéo ffiais' de· um' quarto· da'' o Quadr.o 1. f inclui .. 3IéÍn. 'de- v._ íru. -- s esse. ricialmeritC Í"espira .. - população mundial permite uma estimativa de aproximadamente 6 · á . · d ~ - - á · - · 2,2 milhões de mortes por ano causadas por doenç~s respiratórias t n'?s, v nos outros que·; apesar·, e:_ a etare_m v no~ outros Siste- agudas no mundo- inteiro; Desse total;_15,6%' dos óbitos foram- mas, ·causam como manifestél_çt?e,S' clí~ica,~_ in~ci~is, _e· p()r' veze·s . d --- d- -d . . . - -- - úni,c_as,'sintomB.tologiareSpil:af_($ri_8_;'Nf'Piesêiite~apítul9_iloSiimi- associa os' a oe1_1ças __ aS VIa~ __ r_esptratónàs-_ superiCJre'S;: ~~9%~'à tafemos às viroses ess.'encialmeô.te resJ> .. ir. atórias causadas;pór vífu's influenza.e 75,5% a prieuffionias virais e hac .. _teriarias. foi,t_a.m ... ,l?~W. · d f n· · p · 'd Ad · 'd c d · d t l'd d d · ó ·,, d as,_ am11as aramy:covzn __ qe;:: e_novzn_ ae e· oronaviri ae1 esllma o que a mar ai a e por oençasresp~rat na~ agu as se.n. d .. 9 os. de.m .... a.is.g.r .. u.P.o.s ... d.e.·· .. v ... r .. r .. u. s .... C"GU .... ··. tros agentes etiológ.i.cos corresponde a 61% do total causado por todás as doenças respira{• · ·· ·· ·· ,. · · }F~t~'dos em·outros capítuloS:' , - .,, , - tórias, incluindo bronquite _cróni~~-' asma, enfis~ma e _tuberculOse',~_,, e a 6% do número_to_tal de mor;tes por;toda~'as c,a~s~-~ n?ti~c~das durante o mesíno períodó. O mesmo estudo revelou que'a níoita0" PARAMYXOVIRIDAE. !idade causada por doenças respiratórias. aguda~. é, "!~i~. ~lta .. ~u.; .. J:-~RINGOTRAQUEÔJ.IJ!:!)!'jgUITE (CRUPE VIRAL) · rante os primeiros anos de-Vida, declinandO durante __ a:infâiicia,:-; ,;,,<-1y- :- .. - .:-. ~- /y;-,_-,-;,;:.->.---;-:c:-:·--- _ _, __ tardia e juventude, e subinc~o progressivam~ntc;,_4u_rant~,~-!lla~utl::"-, , -,, Qs pnnctpais YI~\!S,_<i_ç_sªaJ~mfha_ªssociados a doenças respira- dade e velhice. Para o primeiro ano de vida, as doenças respira- tól}as humanas são os parainflueDza tipos 1 a 4 (gênero Paramy- tórias agudas foram responsáveis por uma mortalidade,:_de.- mais xovirus) e o vírus respirat9rio, sincicial Pneumovirus. Na mesma de 1.000 por 100.000 crianças nascidas vivas em certos países: · família são incluídos vários <iutms vírus de importância médica As taxas de mortalidade variam grandeme-nte ém difere~tes pa(~- , _o_Ll_ v,e,terinária tais c9m9 os do, s~~aJl:lpO, da peste bovina, e da ses, havendo em geral uma relação inversa entre __ mortalid~_qe dnomose canina (gênéÍ'o M§r~illlvir_Íis), da caxumba e da doença e grau de desenvolvimento sócio-económico. ____ -_ -, :- ·,' <'\- ,, d~-~~wcastle_ de _aveS Ü~ê'neio_J>dfatnJxovirus) e da pneumonite Estimativas de morbidade são mais difíceis de ser' obtidaS:,- de camundongos (gênero P_neumoVirus). mesmo em países desenvolvidos. Um estudo conduzido por um Os-vírus parainfluenza e respiratório sincicial foram inicial- grupo de clínicos gerais no Reino Unido39• 47 reVelOu que um·- mente isolados a partir de· doentes-com infecções respiratórias quarto do total de consultas e metade de todos ós paéieiites agudas mediante o uso de culturas de tecidos onde são revelados atendidos se relacionam a doenças respiratórias, sendo um terço por efeito citopático e/ou hemadsorção. 2• 9• 11 • 12• 35 O papel Famflia Orthomyxoviridae Paramyxoviridae Adenoviridae Picornaviridae Coronaviridae Reoviridae Herpesviridae Arenaviridae Quadro 1.1 Doenças respiratórias agudas de etiologia virai Agente etiológico Subfamma ou gênero Influenza A, 8, C Paramyxovirus Morbillivirus Pneumovirus Mastadenovirus Rhinovirus Enterovirus Coronavirus Orthoreovirus Alphaherpesvirinae Betaherpesvirinae Gammaherpesvirinae Arenavirus Espécie ou tipo Numerosos subtipos e variantes antigênicos Parainfluenza 1, 2, 3, 4 Vírus da caxumba Vfrus do sarampo Vírus respiratório sincicial Adenovírus humanos Tipos 3, 4, 7, 14, 21 {I, 2, 5, 6, 8)" Tipos 3, 7 {I, 4, 14) Tipos 3, 4, 7, 14, 21 {I, 2, 5) Tipos 3, 7 {I, 2, 4, 14, 21) Mais de 100 tipos Coxsackie A21, A24 Coxsackie B 1-6 Echovírus 8, 11, 20. 22, 25 Poliovírus 1, 2, 3 Coronavírus humanos Tipo 1, 2, 3 Herpes simplex Varicela-zoster Citomegalovírus Vírus EB (Epstein-Barr) Vírus da coriomeningite linfocitária Principais síndromes clfnicas* Gripe, laringite aguda, laringotraqueobronquite, crupe, pneumon,ia. Coriza, rinite, rinofaringite, amigdalofaringite, crupe. Doença respiratória aguda indiferenciada (parotidite). Broncopneumonia, pneumonite intestinal, laringite, laringotraqueíte (exantema). Bronquite, bronquiolite, broncopneumonite intersticial, crupe. Doença respiratória aguda indiferenciada. Febre faringo-conjuntival. Faringite. Pneumonia. Resfriado comum, bronquite, laringotraqueíte, broncopneumonia, amigdalite, faringite, crupe. Gripe, amigdalite, faringite (meningite). Herpangina = amigdalofaringite com vesículas e úlceras. Doença respiratória aguda indiferenciada, coriza, pneumonia (infantil), faringite. Amigdalofaringite (poliomielite). Résfri<ld~; éi~enç~- 'reSPiratória aguda indiferenciada. Gripe, resfriado (diarréias, enterite esteatorréica)_. AríligélaíOfaringíte com '\íes'ículas e úlceras, pneumonite intersticial (infecções fetoplacentárias). Faringite e tonsilite infantil (mononucleose). Gripe, pneumonia intersticial (meningite). *Síndromes não-respiratórias com que os agentes em ques'tão principalmente associados são incluídos em parênteses . .. Tipos menos freqüentemente associados ãs síndromes em questão são incluídos em parênteses. Agente etiológico (grupo) Riquétsias Clamydia B Mycoplasma Bactérias Fungos Protozoários Quadro 1.2 Doenças respiratórias agudas de etiologia não-virai Agente etiológico (tipo) R. burnetti Psitacose, ornitose M. pneumoniae Estreptococos hemolíticos grupo A (40 tipos) Estafilococos Pneumococos Hemophilus injluenza B Hemophilus pertussis Bacilo diftérico Histoplasma capsulatum Coccidioidis immitis Paracoccidioidis brasiliensis Toxoplasma gondii Pneumocystis carinii Principais sfndromes clfnlcas Febre Q: pneumonite intersticial Pneumonite intersticial Rinofaringite, bronquite, bronquiolite (em lactentes), pneumonia atípica primária (em adultos). Amigdalite, faringite, laringite, crupe, pneumonia (escarlatina, erisipela). Pneumonia (septicemia, osteomielite, enterocolite, infecção cutânea). Pneumonia Pneumonia, laringite, bronquite, bronquiolite, laringotraqueobronquité', epiglotite aguda. Coqueluche, pneumonia, pneumonite, intersticial. Amigdalite, faringite com pseudomembranas, crupe. Pneumonite intersticial. Disseminações hematogênicas difusas. · Pneumonia. Geralmente o quadro pulmonar faz parte do quadro genéralizado da micose. , Pneumonia intersticial. Geralmente o quadro pulmonar é parte in!e~rante do comprometimento generalizado, linfático-visceral, m~ pgde surgu ISOladamente. Pneumonite intersticial plasmocelular dos prematuros. etiolótfico desses vírus tem sido exaustivamente investiga- do/· 1 • 15• 19• 20· 21· 31• 36• 46• 49 ficando estabelecida a sua freqüente implicação em variados quadros clínicos, desde infecções inapa- rentes até quadros respiratórios de alta gravidade. A associação de cada vírus com dados quadros clínicos é variável de acordo com grupos etários e tipos de população. Em um estudo condu- zido na Grã-Bretanha, 46 os vírus parainfluenza 1, 2 e 3 foram isolados de 2,2, 0,7 e 2,7%, respectivamente, de doentes hospita- lizados e de 2,5, 0,8 e 1,6% de pacientes atendidos em domicílio ou consultório. Uma única amostra tipo 4 foi isolada do grupo hospitalizado. O vírus respiratório sincicial foi isolado de 10,5% dos doentes hospitalizados e apenas de 0,9% do grupo em domi- cílio ou consultório. Aspectos clínicos A principal doença respiratória humana causada pelos vírus da família Paramyxoviridae é a laringotraqueobronquite ou crupe viral. Os principais sintomas clínicos dessa síndrome causada tanto pelos vírus parainfluenza quanto pelo vírus respiratório sincicial consistem em mal-estar com dificuldade respiratória, estridores, tosse seca, rouquidão, tiragem, estertores, sibilas, pa- lidez inicial seguida de cianose. A temperatura é de grau mode- rado, não ocorrendo o quadro toxêmico observado na difteria. Acometimento do aparelho auditivo sob a forma de otite média ocorre freqüentemente. No estudo referido,46 os vírus parainfluenza foram isolados de 12 a 22% de doentes com crupe e laringite, em cerca de 6% de doentes com resfriado e em 5 a 7% de doentes com traqueíte, bronquite, bronquiolite, pneumonia e influenza. O vírus respiratório sincicial foi isolado principalmente de crianças com bronquite, bronquiolite e pneumonia. O vírus parainfluenza tipo 1 foi originalmente isolado de crianças com laringotraqueobronquite aguda. 12 Esta associação foi repetidamente confirmada, podendo esse tipo ser isolado de 80% de crianças hospitalizadas com diagnóstico de laringotra- queobronquite aguda. O mesmo tipo pode, entretanto, causar um espectro clínico variando de doenças afebris limitadas ao tracto respiratório superior ao crupe e pneumonia, tanto em crianças quanto em adultos. 61 O tipo 2 é também associado principalmente com crupe ou laringotraqueobronquite aguda em crianças, 38 podendo, entre- tanto, causar infecções restritas ao tracto respiratório superior. Em adultos, os sintomas mais freqúentemente observados são mal-estar, dor de garganta, tosse· e rouquidão.48 O tipo 3 causa infecções respiratórias de localização e gravi· dade variáveis, sendo freqüentemente associado em crianças com doença febril de curta duração. 13•," Em populações isoladas, pode causar surtos explosivos assemelhando-Se à influenza. 61 Reinfecções, gerahnente benignas, sãO freqüentes. 13 O tipo 4 causa infecções respiratórias benignas tanto em crianças quanto em adultos. 8• 35 - ,' : O vírus respiratório sincicial ~o principal agente etiológico do crupe virai da infância. A sua-'incidência é mais _alta du_rante os primeiros seis meses de vida, mas pode causar 10 a· 40% dos casos de bronquio li te de toda a infância'. 3• 6 • 29• 56 Pode também causar síndromes indiferenciadas do tracto respinltório superior e infecções inaparentes em crianças. 14• 43 A doença em adultos é freqüentemente benigna podendo, entretanto, apresentar-se sob a forma de pneumonia, broncopneumonia e bronquiteY Diagnóstico Confirmação por métodos laboratoriais é essencial para se chegar a um diagnóstico etiológico. Para isolamento do vírus a partir de secreções respiratórias, o método mais eficiente é a inoculação em culturas de tecidos onde a multiplicação virai pode ser detectada por efeito citopático ou por hemadsorção. DOENÇAS RESPIRATÓRIAS AGUDAS 3 Embora vários tipos de culturas de tecidos e ovos embrionados sejam susceptíveis a alguns vírus parainfluenza, as culturas primá~ rias de rim de macaco são as mais sensíveis e geralmente aplicáveis para fins diagnósticos. Em passagens originais dos vírus parain- fluenza, multiplicação virai é mais freqüentemente evidenciável por hemadsorçáo do que por efeito citopático. O vírus respira- tório sincicial, por outro lado, é mais facilmente isolado em certas linhagens celulares (p. ex., Hep. 2) onde não produz hemadsorção e é detectado pela formação de sincícios que podem se expandir por toda a camada celular. Materiais patológicos a serem testados para presença de vírus devem ser inoculados em culturas de tecidos o mais cedo possível ou conservados a - 7QoC. Identifi- cação do vírus pode ser feita por inibição de hemadsorção ou neutralização do efeito citopático por soros específicos, por fixa- ção de complemento, imunofluorescência ou microscopia eletrõ- nica de células infectadas. De grande utilidade para se chegar a um diagnóstico rápido é a demonstração de antígenos virais diretamente em células de secreções respiratórias por imunofluo- rescência. 20• 44• 50 Diagnóstico sorológico pode ser feito pela demonstração de subida de anticorpos em soros pareados. Os métodos soroló- gicos mais comumente empregados são a inibição de aglutinação ou hemadsorção, a fixação de complemento e a neutralizaçã(J do efeito citopático. Epidemiologia Os vírus desse grupo são endêmicos em todos os países inves- tigados 58 mas estudos longitudinais em países de clima tempera- do22· 53• demonstram que os vírus parainfluenza tipo 1 e 2 ocorrem epidemicamente de dois em dois anos durante o outono e inverno, enquanto o tipo 3 ocorre anualmente. A relativa raridade do tipo 4 não permite conclusões em relação à sua epidemiologia. O vírus respiratório sincicial ocorre em epidemias entre outubro e março (Hemisfério Norte), podendo entretanto ser observado esporadicamente em outras épocas. Estudos sorológicos e epide- miológicos indicam que os vírus parainfluenza tipo 3 ocorrem em grupos etários mais jovens que os infectados pelo tipo 1, que, por sua vez, ocorre antes que o tipo 2Y· 46• 57 As infecções primárias pelo vírus respiratório sincicial ocorrem principalmente entre um e três meses de idade. Tratamento Não havendo quimioterápicos de ação comprovada contra vírus desse grupo, o tratamento é limitado a cuidados gerais variáveis de acordo com a gravidade da doença e ao controle de infecções secundárias. Hospitalização é essencial quando há comprometimento do tracto respiratório inferior. Nebulização em tenda úmida e administração de oxigênio, broncodilatadores, detergentes, antibióticos, hidratação e transfusões de sangue são freqüentemente indicadas. Pode também haver indicações de traqueotomia. ---., Prevenção Vários tipos de vacina têm sido empregados mas o seu uso é limitado ao nível experimental, não havendo produtos de efi- ciência comprovada na prática corrente. Vacinas inativadas con- tra os vírus parainfluenza e respiratório sincicial, embora dando origem a soroconversões, são de eficácia duvidosa e podem resul- tar em infecções de severidade acentuada em crianças vacina-das.\7, 111,36, w ADENOVIRIDAE. ADENOVIROSES A família Adenoviridae reúne um grande número de vírus com extensa distribuição geográfica, infectando o homem e várias 4 DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS espécies animais. Embora todos tenham caracteres químicos, morfológicos e funcionais comuns, a família é dividida em dois gêneros: Mastadenovirus e Aviadenovirus, cujos membros infec~ tam, respectivamente, mamíferos e aves. 45• Além de tere~ hospe~ deiros distintos, os dois gêneros se diferecmm por possmr ~nttge~ nos gênero:.específicos. As primeiras amostras de adenovnus fo- . ó . d 27 ram isoladas de pacientes com doença resptrat na agu a ou de adenóides hunlanas cultivadas in vitro. 32 Estudos posteriores revelaram, entretanto, que não se retringem ao sistema respira- tório sendo mais freqüentemente encontrados no tracto diges- tivo,' onde podem ser associados a diarréias e outros quadros clínicos. São também freqüentemente encontrados no aparelho ocular, causando queratoconjuntivite ou conjuntivites associadas a sintomas respiratórios (febre faringo-conjuntival). Relações etiológicas com certos casos de meningite, tireoidite, cistite he- morrágica e infecções neonatais também são descritas. Os adenovírus humanos são classificados em mais de 30 sorotipos, que podem ser agrupados de acordo com associações clínicas e comportamento epidemiológico. Os tipos 1, 2, 5 e 6 são os mais freqüentes, causando infecções primárias nos grupos etários mais baixos e permanecendo em estado latente nas adenói- des e amígdalas por períodos prolongados. 55 Os mesmos tipos ocorrem esporadicamente, causando doenças respiratórias agu- dasemcriançaseadultos. Ostipos3,4, 7, 14e21 são os principais responsáveis por surtos epidémicos de doenças respiratórias agu- das, especialmente em recrutas e colegiais. O tipo 8 é o principal agente causal Oe ceratoconjuntivites.34 Os tipos acima de 8, com a exceção de 14 a 21, são isolados quase exclusivamente de fezes. Um novo grupo de adenovírus não-propagáveis em culturas de tecidos foi recentemente identificado como causa de diarréias infantis.62 No presente capítulo consideraremos somente os ade- novírus comprometendo principalmente o aparelho respiratório. Aspectos clínicos A maioria das adenoviroses respiratórias se apresentam co- mo doenças agudas limitadas ao tracto respiratório superior, fre- qüentemente acompanhadas de conjuntivite (febre faringo-con- juntival) e de otite média. Comprometimento pulmonar pode, entretanto, ocorrer apresentando-se como pneumonia atípica sem formação de crioaglutininas ou como pneumonite infantil grave ocorrendo por vezes em surtos epidémicos com alta mortalidade. A adenovirose respiratória aguda observada em recrutas28 apresenta como principais sintomas febre, dor de garganta, indis- posição, calafrios, corrimento nasal, tosse, rouquidão e cefaléia. Sinais radiológicos de pneumonia atípica podem ser observados. A síndrome descrita como febre faringo~conjuntival4 apresenta, como o nome indica, febre, faringite e conjuntivite folicular uni- ou bilateral com exsudato não-purulento. Faringite febril desa- companhada de conjuntivite é, porém, a forma clínica mais fre- qüente das adenoviroses. Conjuntivite, com ou sem febre, pode ser observada na ausência de comprometimento respiratório. Em um estudo de viroses respiratórias conduzido na Grã-Bretanha,46• 53 os sintomas mais freqüentes apresentados por pacientes dos quais se isolaram adenovírus foram febre, faringite, amigdalite, tosse e coriza. Cefaléia foi observada mais freqüentemente em adultos do que em crianças. Em pacientes hospitalizados, vômitos e con- vulsões foram observados em 40% dos casos. Dispnéia e sinais de comprometimento pulmonar foram observados principalmen~ te em crianças. Diagnóstico J;>iferenciação das adenoviroses de outras doenças respira- tórias agudas só é possível mediante provas de laboratório. Estas incluem tentativas de isolamento de vírus,. ou demonstração de antígenos virais em secreções respiratórias, e provas sorológicas tlara anticorpos específicos em soros pareados. Para isolamento de vírus, secreções das mucosas afetadas são adicionadas de antibióticos e inoculadas em culturas de linha- gens celulares de origem humana tais como HeLa e Hep.2, onde multiplicação do vírus é evidenciada por efeito citopático caracte- rístico após um período de incubação variando entre três a 30 dias. A identificação do vírus é feita por fixação do complemento que é grupo-específico, por provas de neutralização do efeito citopático ou por inibição da atividade hemaglutinante de hemá- cias de ratos e macacos por soros tipo-específicos. Diagnóstico rápido por demonstração de antígenos vírus-es- pecíficos diretamente em células de secreções respiratórias pode ser executado por imunofluorescência. O diagnóstico sorológico das adenoviroses é feito pela de- monstração de subida de anticorpos fixadores de complemento, neutralizantes ou inibidores de hemaglutinação. A alta freqüência de anticorpos em indivíduos normais torna essencial o emprego de soros pareados para fins diagnósticos. Epidemiologia Os adenovírus são extensamente distribuídos em todos os países onde a sua presença foi investigada. Os tipos 1, 2, 5 e 6, geralmente referidos como endémicos, são freqüentemente encontrados sob a forma de infecções latentes evidenciáveis me- diante o cultivo in vitro de amígdalas e adenóides. 55 Esses tipos são altamente contagiosos, infectando a maioria das crianças du- rante os primeiros anos de vida. Os tipos 3, 4, 7, 14 e 21, por outro lado, são considerados como epidémicos, dando origem a surtos de doenças respiratórias agudas em jovens ou adultos, principalmente em comunidades militares ou escolares. As ade- noviroses são observadas durante todas as estações do ano, tendo sido observados surtos epidémicos tanto no verão quanto no inverno. Em populações fechadas há alta contagiosidade por con- tacto direto. Tratamento e profilaxia Como no caso de outras viroses respiratórias, o tratamento das adenoviroses consiste em cuidados gerais para manutenção das funções respiratórias e alívio de sintomas. Embora vários tipos de vacinas inativadas4• 28 ou vivas16 te~ nham sido usados com sucesso, o seu uso permanece restrito a grupos populacionais isolados tais como recrutas militares. CORONA VIRIDAE A família Coronaviridae inclui vírus âe origens humana e animal4:; associados a doenças respiratórias, mas mais freqüen~ temente a infecções do aparelho digestivo. Dos vírus respiratórios humanos, são os menos estudados devido a dificuldades dos méto- dos diagnósticos e a sua incidência relativamente baixa. Os coronavírus respiratórios humano.s.._são associados princi- palmente a síndromes agudas do tracto respiratório superior,37• 59 mas podem também causar infecções com envolvimento pulmo~ narem crianças. 41 Infecções são geralmente esporádicas, podendo entretanto ocorrer surtos epidémicos, principalmente durante o inverno. 24• 26• 37Inquéritos sorológicos revelam que infecções primá~ rias ocorrem em geral após os primeiros anos de vida, em idade pré-escolar ou mais tarde. 40 O diagnóstico etiológico é feito por isolamento de vírus em fragmentos de traquéia mantidos in vitro59 ou em linhagens de células humanas diplóides. 25 Propagação do vírus é difícil e a sua evidenciação pode requerer microscopia eletrônica ou passa~ gens sucessivas antes que apareçam efeitos citopáticos. Diagnóstico soro lógico é feito por provas de fixação de com- plemento ou de neutralização de efeito citopático em culturas de tecidos. Não há tratamento específico ou vacinas eficazes contra coro- na vírus humanos. BIBLIOGRAFIA 1. BANA TV ALA, J.E., ANDERSON, T.B. and RE!SS B.B. -1964 - Parainfluenza infections in the community. British Med. J., I, 537. 2. BEALE, A.J., et ai. - 1958- Isolation of cytopathogenic agents from the respiratory tract in acute laryngotracheobronchitis. Brit. Med. J., /, 302. 3. BEEM, M. et ai. -1964- Respiratory syncytial vírus neutralizing antibodies in persons residing in Chicago, Illinois. Pediatrics 34, 753. 4. BELL, J.A. et ai. - 1952- Efficacy of a trivalent adenovirus {APC) vaccine in naval recruits. J.A.M.A., 161, 1521. 5. BELL, J.A. et ai.- 1955- Pharyngoconjunctival fever: epidemio- logical studies of a recently recognized disease entity. J.A.M.A., /57,1083. 6. BERKOVICK, S. and TARANKO, Y. -1964-Acute respiratory illness in the premature nursery associated with respiratory syncytial virus infections. Pediatrics, 34, 753. 7. 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