Buscar

petição (PAULO) aula 5

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

EXCELENTÍSSIMO (a) SENHOR (a) DOUTOR (a) JUIZ (a) DE DIREITO DE UMA DAS VARAS CÍVEIS DA COMARCA DE BRUSQUE/SC
PAULO, 65 anos, brasileiro, viúvo, militar da reserva, portador do RG nº..., expedida pelo órgão..., inscrito no CPF nº..., endereço eletrônico, residente e domiciliada na Rua Bauru, nº 371, no bairro..., Brusque/SC, CEP..., através de seu advogado (a)..., OAB nº..., com endereço profissional Rua..., nº..., bairro..., cidade..., CEP..., endereço eletrônico..., para fins do artigo 106, inciso I do Código de Processo Civil, vem a este juízo propor:
	AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE NEGÓCIO JURÍDICO CUMULADO COM REINTEGRAÇÃO DE POSSE E PEDIDO DE LIMINAR, 
Pelo rito comum, em face de JUDITE, brasileira, solteira, advogada, portadora do RG nº..., expedida pelo órgão..., inscrita no CPF nº..., endereço eletrônico, residente e domiciliada na Rua dos Diamantes, n° 123, Brusque/SC;
JONATAS, espanhol, casado, comerciante, portador do RG nº..., expedida pelo órgão..., inscrito no CPF nº..., endereço eletrônico, e sua esposa JULIANA, brasileira, casada, portadora do RG nº..., expedida pelo órgão..., inscrita no CPF nº..., endereço eletrônico, ambos residentes e domiciliados na Rua Jirau, nº 366, Florianópolis, PELOS MOTIVOS QUE PASSA A EXPOR:
DAS PRELIMINARES
I - DA TRAMITAÇÃO PRIORITÁRIA
O Autor da presente demanda, é pessoa idosa na forma da lei, o mesmo já possui 65 (sessenta e cinco) anos de idade, com isso o arrimo da tramitação prioritária na prestação jurisdicional se faz necessário, devendo sua causa ter prioridade de análise e celeridade em toda a tramitação de atos, diligências e procedimentos do feito, Conforme o que aduz o artigo 71 da Lei nº 10.741/03 (Estatuto do idoso) e o artigo 1.048 do CPC. Nesse ínterim:
Art. 71. É assegurada prioridade na tramitação dos processos e procedimentos e na execução dos atos e diligências judiciais em que figure como parte ou interveniente pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, em qualquer instância. (Lei nº 10.741/03)
Art. 1.048.  Terão prioridade de tramitação, em qualquer juízo ou tribunal, os procedimentos judiciais:
I - em que figure como parte ou interessado pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos ou portadora de doença grave, assim compreendida qualquer das enumeradas no art. 6o, inciso XIV, da Lei no 7.713, de 22 de dezembro de 1988. (CPC)
II - DA NECESSIDADE DO LITISCONSÓRCIO PASSIVO NECESSÁRIO. 
Excelência, como se verá no decorrer do presente feito, tornar-se-á explicitamente necessário o estabelecimento do litisconsórcio passivo necessário simples, tendo em vista a conexão entre os pedidos e a causa de pedir que o feito reclame perante os Réus, e ainda, podendo-se acrescentar o contexto fático e jurídico do caso exposto. Nos termos do artigo 113 e 114 e seguintes do CPC:
Art. 113.  Duas ou mais pessoas podem litigar, no mesmo processo, em conjunto, ativa ou passivamente, quando:
I - entre elas houver comunhão de direitos ou de obrigações relativamente à lide;
II - entre as causas houver conexão pelo pedido ou pela causa de pedir;
III - ocorrer afinidade de questões por ponto comum de fato ou de direito. (CPC)
Art. 114.  O litisconsórcio será necessário por disposição de lei ou quando, pela natureza da relação jurídica controvertida, a eficácia da sentença depender da citação de todos que devam ser litisconsortes. (CPC)
	DOS FATOS
	Aduz o Autor era proprietário de um imóvel de veraneio situado na Rua Rubi, nº 350, na cidade de Balneário Camboriú/SC, junto com a 1ª Ré, e outorgou procuração com poderes especiais e expressos para alienação a 1ª Ré.
	Relata que em 15 de dezembro de 2016, utilizando-se da procuração outorgada por Autor desta demanda a 1ª Ré alienou o imóvel em questão para o 2º e 3º Réus no valor de R$ 150.000,00 (cento e cinqüenta mil reais).
	Entretanto, menciona que antes da concretização do referido negócio jurídico, a procuração especial havia sido revogada em 16 de novembro de 2016, pelo Autor, sendo que o titular do Cartório do 1º Ofício de Notas onde foi lavrada a procuração, bem como a 1ª Ré, foram devidamente notificados da revogação em 05 de dezembro de 2016, exatos dez dias antes da alienação.
	Cabe noticiar que o Autor só teve ciência da alienação no dia 1º de fevereiro do ano corrente ao chegar ao referido imóvel e ver que o mesmo estava ocupado pelos 2º e 3º Réus. 
DO DIREITO
	DA NULIDADE DO NEGÓCIO JURIDICO.
	É notório saber que a compra e venda está de acordo com o artigo 481 do código civil brasileiro, entretanto o negócio jurídico possui vícios, pois não preenche os requisitos do artigo 104 do mesmo código. 
	
	Diante ao exposto a ilegalidade esta expressa pelo ato do mandatário deposto, que exercera mandato sem acatamento aos preceitos obrigatórios que se pode extrair do artigo 662 do código civil, quais sejam, ter poderes suficientes para a execução do ato. 
	Registre-se que o negócio jurídico celebrado entre as partes é nulo como dispõe no artigo 166, inciso V, do mesmo código. Nesse teor:
Art. 662. Os atos praticados por quem não tenha mandato, ou o tenha sem poderes suficientes, são ineficazes em relação àquele em cujo nome foram praticados, salvo se este os ratificar. (CC)
Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando:
I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz;
II - for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto;
III - o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito;
IV - não revestir a forma prescrita em lei;
V - for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade; (CC)
	DA REINTEGRAÇÃO DE POSSE COM PEDIDO DE LIMINAR
	Seguindo os princípios da economia e celeridade processuais vigentes no nosso código de processo civil, o Autor, desde logo, requer que uma vez reconhecida à patente ilegalidade da alienação do imóvel pelo doutor Magistrado, em ato contínuo, reconheça o esbulho sofrido pelo legítimo proprietário do imóvel em questão. Levando em consideração que o Autor resta-se impedido de adentrar no referido imóvel que à luz de todo direito, lhe pertence. 
	
	Nessa toada, facear a concessão da liminar, inaudita alterar a parte, para reintegração de posse em face dos 2º e 3º Réus, visto que os mesmos constituíram residência no local e impedem o retorno do genuíno possuidor. Contudo, não custa rememorar acerca da possibilidade de uma possível ação de regressiva contra o vendedor impróprio, haja vista o crucial motivo determinante que os levaram ao pólo passivo desta demanda. Nesse teor: 
 
Art. 560. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação e reintegrado em caso de esbulho. (CPC) 
 
Art. 562. Estando a petição inicial devidamente instruída, o juiz deferirá, sem ouvir o réu, a expedição do mandado liminar de manutenção ou de reintegração, caso contrário, determinará que o autor justifique previamente o alegado, citando-se o réu para comparecer à audiência que for designada. (CPC) 
Os mestres, em seus ensinamentos assim preconizam à respeito da matéria, ainda que comentando o Código Civil antigo:
LEVENHAGEN - "... Verificada qualquer das nulidades a que se refere o artigo 145, o ato é nulo de pleno direito independente de decretação judicial... Todavia, para que a nulidade se exteriorize mais objetivamente, pode-se pedir a manifestação do judiciário, que apenas declarará a nulidade alegada... Em se tratando, portanto, de ato nulo de pleno direito, a nulidade não será decretada, uma vez que dele, por lei, não decorre qualquer efeito. Os interessados, toda via, podem alegar essa nulidade para obter a sua declaração judicial, e nesse caso o Ministério Público inclui-se entre os interessados..." ("in" Código Civil, Comentários Didáticos, vol. 1, ed. Atlas, p. 199).
J. M. CARVALHO SANTOS - "O que é nulidade. É o vício que retira todo ou parte de seu valor a um ato jurídico, ou o torna ineficaz apenas para certas pessoas... O ato nulo é em face de qualquer pessoa, não produzindo efeito em relaçãoa todas... O ato nulo não pode ser sanado... Não produzindo o ato nulo nenhum efeito jurídico visando pelas partes, nulos são todos os atos acessórios de um ato nulo..."
"Ato em que é preterida solenidade essencial para sua validade - Neste caso o ato se reveste de forma prescrita em lei. Falta apenas uma solenidade essencial à sua forma: daí a nulidade, porque o vício, na expressa de CLÓVIS, contamina todo ato.
"Quem pode alegar a nulidade - O ato nulo outorga denominado de pleno direito, na técnica do Regul. N. 737, não tem existência jurídica, sendo insanável o vício que lhe contamina a nulidade."
"Nem por isso, entretanto, qualquer pessoa pode alegar a nulidade. Ainda aqui domina o preceito do art. 76, somente aos interessados cabendo o direito de alegá-lo independentemente de qualquer prejuízo. Ao Ministério Público cabe também o direito de alegar a nulidade, quando lhe couber intervir, como representante da coletividade jurídica organizada."
"Conseqüência necessária da nulidade - A conseqüência da nulidade, sempre foi reconhecida em doutrina, é a completa ineficácia do ato nulo..."
Em conclusão, a situação se assemelha à outras já apreciadas pelo judiciário, onde pessoas idosas são lesadas por outras que agem de má-fé, e com objetivos ilícitos, tentam se locupletar financeiramente.
Evidente que os Princípios de Direito e acima de tudo a Justiça, não pode permitir que tais atos prevaleçam na sociedade atual.
A jurisprudência do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, da 1ª Câmara Cível, Processo AI 20070038196 RN; Partes Agravante: Pedro Alves Maia, Agravados: Antônio Alves Maia, Maria de Fátima Maia Fernandes e Sebastião Anastácio; Julgamento 21 de Fevereiro de 2008; Relator Desembargador Expedito Ferreira.
Ementa AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE NULIDADE DE NEGÓCIO JURÍDICO C/C REINTEGRAÇÃO DE POSSE. DECISÃO QUE INDEFERIU PEDIDO LIMINAR. PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE PASSIVA TRANSFERIDA PARA O MÉRITO. ALEGAÇÃO DE UM DOS AGRAVADOS DE NÃO SER PARTE NO CONTRATO DE COMPRA E VENDA. FATO QUE NÃO O EXIME, NECESSARIAMENTE, DE ESTAR A EXERCER POSSE INJUSTA SOBRE O BEM OBJETO DA LIDE. CONJUNTO PROBATÓRIO INSUFICIENTE PARA DIRIMIR A QUESTÃO. SOLUÇÃO A SER CONFERIDA EM PRIMEIRA INSTÂNCIA, APÓS A DEVIDA INSTRUÇÃO. APLICAÇÃO DO ART. 927 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ESBULHO NÃO CARACTERIZADO. IMPOSSIBILIDADE DA CONCESSÃO LIMINAR. PRECEDENTES JURISPRUDENCIAIS. CONSERVAÇÃO DO STATUS QUO ATÉ MELHOR INSTRUÇÃO. DECISÃO MANTIDA. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.
DO PEDIDO
	Diante do exposto, requer:
a.  A audiência de Mediação e Conciliação;
b. que seja citado as partes Ré;
c. que seja declarada a nulidade do negócio jurídico que ocorrera no caso aqui discutido, tendo em vista o claro ato ilegal que se sucedeu na venda sem procuração válida, à vista do que se expressa nos artigos 166, inciso V, e 662, todos do código civil;
d. O reconhecimento do esbulho sofrido pelo legítimo proprietário do imóvel em questão, ora Autor, levando em conta que o Autor resta-se impedido de adentrar na casa que à luz de todo direito, lhe pertence. Assim sendo, faz-se a concessão de liminar, inaudita altera pars, para reintegração de posse em face dos 2º E 3º Réus, visto que os mesmos constituíram residência no local e impedem o retorno do genuíno possuidor;
e. que seja oficiado o cartório de registro de imóveis sobre a nulidade de nogócio jurídico;
f. A tramitação prioritária da presente demanda, em razão d e ser pessoa idosa na forma da lei, devendo, pois ter a prioridade d e análise e celeridade em toda a tramitação d os atos, diligências e procedimentos do feito, Conforme o que aduz o artigo 71 da Lei nº 10.741/03 (Estatuto do idoso) e o artigo 1.048 do CPC;
g. a condenação dos Réus ao ônus de sucumbência.
DAS PROVAS
Requer todas as provas em direito admitidas, inclusive documental e testemunhal, sobe pena de condenação caso não compareçam.
VALOR DA CAUSA
Dar-se a causa o valor de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais)
Nestes termos,
pede deferimento.
Brusque/SC, __ de _______________ de _______
___________________________________
Advogado (a) ...
OAB/UF

Outros materiais