Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
MACRONUTRIENTES – PROTÉINA MATERIAL DIDÁTICO – AULA 3 PROF. - FERNANDA BOUDOU CONCEITOS Proteína vem do grego protos = primeiro - primeiro lugar, mais importante Contem Carbono, Hidrogênio, Oxigênio e 16% de Nitrogênio São macromoléculas resultantes da condensação de moléculas aminoácidos (aa) através da ligação peptídica Ligação peptídica - conecta a extremidade ácida de aa com a extremidade amino de outro formando uma ligação em uma cadeia protéica. CONCEITOS As proteínas são polipeptídios que resultam na condensação de milhares de moléculas de aminoácidos. As proteínas são formadas por 20 aminoácidos em diversas proporções CONCEITOS Todos os aminoácidos tem a mesma estrutura básica – um átomo de carbono ( C ) central com um hidrogênio (H ), um grupo amino (NH2) e um grupo ácido (COOH). Porém os átomos de carbono precisam formar quatro ligações. Nessa quarta ligação é que se distingue cada aminoácido. CLASSES DE AMINOÁCIDOS: Classificados como: Essenciais, Não-essenciais, Condicionalmente essenciais. a) ESSENCIAIS - como indica a palavra essencial, esses aa são necessários na dieta e não podem ser deixados de fora Não são sintetizados endogenamente OU por completo. Problemas genéticos que resultam na deficiência de síntese de alguns aminoácidos levam ao desenvolvimento de sérias doenças A falta ocasiona alterações nos processos bioquímicos e fisiológicos e na síntese proteica Nove aminoácidos são classificados como essenciais. . HISTIDINA, ISOLEUCINA, LEUCINA, LISINA, METIONINA, FENILALANINA, TRIPTÓFANO, VALINA, TREONINA CLASSES DE AMINOÁCIDOS: b) NÃO-ESSENCIAIS - O corpo é capaz de sintetizar os aa sozinhos São igualmente importantes na estrutura protéica, no entanto se houver deficiência na ingestão pode ser sintetizado em nível celular a partir de aminoácidos essenciais ou de precusores contendo carbono e nitrogênio, ou seja as proteínas presentes nos alimentos fornecem esses aa, mas não é essencial que forneçam. O corpo pode produzir aa não-essenciais recebendo nitrogênio para formar o grupo amino e fragmentos de carboidrato ou gordura. São: Alanina, Asparagina, ác. Aspártico, ác. Glutâmico e Serina. Alguns autores consideram os condicionalmente essenciais também não–essenciais resultando em 11 aa, e por motivos fisiológicos passam a ser chamados condicionalmente essenciais. CLASSES DE AMINOÁCIDOS: c) CONDICIONALMENTE ESSENCIAIS – às vezes um aa não-essencial se torna essencial sob circunstâncias especiais. Sob certa condições fisiológicas ou em função de uma determinada condição clínica, esses aminoácidos, que são normalmente sintetizados pelo organismo não são dispensáveis, devem ser consumidos na dieta. - podem ser considerados essenciais para o organismo São eles: Arginina, Cisteína, Glutamina, Glicina, Prolina e Tirosina. Glutamina: atuam como nutriente energético para as células imunológicas. Arginina: papel importante na cicatrização de feridas CLASSES DE AMINOÁCIDOS: CONT. CONDICIONALMENTE ESSENCIAIS. Estresse fisiológico grave, doença e desordens genéticas também podem tornar um aa condicionalmente indispensável. Como : Sintetiza Tirosina a partir da fenilalanina : O corpo normalmente utiliza o aa essencial fenilalanina para produzir Tirosina , logo se a dieta não fornecer fenilalanina suficiente ou o corpo não conseguir realizar a conversão (devido doença fenilcetonúria), a Tirosina se torna condicionalmente essencial (vai ser essencial)devido a condição clínica. fenilalanina - peixe, ovo, carne, leite Tirosina - peixe, abacate e nozes CLASSES DE AMINOÁCIDOS: CONT. CONDICIONALMENTE ESSENCIAIS. O organismo humano pode sintetizar a Cisteína a partir do aa essencial metionina. Entretanto quando a dieta é pobre em metionina, a cisteina deve ser consumida, tornando este um aminoácido indispensável durante este período. Quando a CISTEÍNA é exposta ao ar e sob determinada condições fisiológicas (incluindo no interior da proteína), a cisteína se oxida formando a CISTINA, composta por 2 cisteínas. A cisteína é encontrada em: alho, cebola,brócoles, outros A Cistina é encontrada no soro do leite bovino não tratado e leite materno. PROTEÍNAS - ESTRUTURA Uma proteína pode se apresentar em diferentes graus de estruturação: Primária, secundária, terciária, quaternária São mantidas por vários tipos de ligação e/ou interações entre os vários grupos funcionais dos aminoácidos que as compõem. PROTEÍNAS – ESTRUTURA Estrutura primária - Ligações covalentes entre os resíduos - estrutural plana: Ligação peptídica e Pontes dissulfeto Estrutura secundária - Estrutura primária + Pontes de hidrogênio entre átomos da cadeia principal Estrutura terciária - Estrutura secundária + Ligações não- covalentes entre átomos da cadeia lateral com outros átomos da cadeia lateral ou cadeia principal Ligações : Interações hidrofóbicas , Interações eletrostáticas , Pontes de hidrogênio e Pontes salinas Estrutura quaternária - Ligações não-covalentes entre átomos de cadeias terciárias distintas em multímeros ou quando uma proteína tem duas ou mais cadeias (ou subunidades) polipeptídica PROTEÍNA - COMPOSIÇÃO QUÍMICA: As proteínas podem ser: EXÓGENAS ( provenientes da dieta) ENDÓGENAS( degradação das proteínas celulares do próprio organismo). As proteínas da dieta pela digestão e subsequente absorção pelo intestino fornecem aminoácidos ao organismos. A função básica da proteína é o fornecimento de aa para formação e manutenção do tecido corporal. Mas ela cumpre diversas funções: reguladoras, defesa, transporte dos fluidos biológicos, balanço hídrico e função hormonal. PROTEÍNAS - CLASSIFICAÇÃO De acordo com a natureza química Quanto ao Número de Cadeias Polipeptídicas Quanto à Forma De acordo com seu papel biológico De acordo com seu valor nutritivo CLASSIFICAÇÃO - DE ACORDO COM A SUA NATUREZA QUÍMICA : PROT. SIMPLES, CONJUGADAS E DERIVADAS a) Proteínas simples, homoproteínas ou holoproteínas: São as que por hidrólise, fornecem exclusivamente os aa. Ex: glicil-alanina + água = glicina + alanina Estas proteínas de acordo com a solubilidade, as condições de coagulação, o comportamento frente a um aquecimento, as precipitações com sais, são agrupadas em: CLASSIFICAÇÃO - DE ACORDO COM A SUA NATUREZA QUÍMICA : PROT. SIMPLES, CONJUGADAS E DERIVADAS Protoaminas (salmina, chupeína e estorina- espermas de peixes); Histonas(escombrina-esperma de cavalo); Albuminas: ovoalbumina (clara de ovo), lactoglobulina ( leite), soroalbumina (soro sanguíneo); Globulinas: ovoglobulina (ovo), lactoglobulina (leite), soroalbulina (soro sangüíneo), amandina (amêndoas); Glutelinas(: glutenina (trigo). Prolaminas ou gliadinas: zeína (milho), gliadina (trigo), linina (malte). Albuminóides: queratina (cabelo, cascos, unhas, chifres), fibroína (seda), elastina (tendões). CLASSIFICAÇÃO - DE ACORDO COM A SUA NATUREZA QUÍMICA : PROT. SIMPLES, CONJUGADAS E DERIVADAS (Proteinas simples – detalhada natureza química) Protoaminas: são proteínas de caráter básico, solúveis em água e incoaguláveis pelo calor. Ex: salmina(esperma de salmão), chupeína (esperma de arenque), estorina (esperma de esturjão). Histonas: proteínas solúveis em água e insolúveis em solução de amônia e coaguláveis pelo calor. Ex: escombrina (esperma de cavalo). CONT. CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM A SUA NATUREZA QUÍMICA Cont. Proteinas simples – detalhada natureza química) Albuminas: são proteínas solúveis na água, solúveis em soluções diluídas de sais e coaguláveis pelo calor. Ex: ovoalbumina (clara de ovo), lactoglobulina (leite), soroalbumina (soro sanguíneo) Globulinas: são proteínas insolúveis em água, solúveis em solução de sais e coaguláveis pelo calor. Ex: ovoglobulina (ovo), lactoglobulina (leite), soroblobulina (soro sangüíneo), amandina (amêndoas). CONT. CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM A SUA NATUREZA QUÍMICA Cont. Proteinas simples – detalhada natureza química) Glutelinas: são proteínas insolúveis em água, solúveis em soluções de ácidos ou bases e, coaguláveis pelo calor. Ex: glutenina (trigo). Prolaminas ou gliadinas: são proteínas insolúveis em água, em soluções de sais, soluções de ácidos e soluções de bases. Ex: zeína (milho), gliadina (trigo), linina (malte). Albuminóides: são proteínas que apresentam função de suporte ou proteção; são insolúveis em água, soluções de sais e soluções de bases. Ex: queratina (cabelo, cascos, unhas, chifres), fibroína (seda), elastina (tendões). CONT. CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM A SUA NATUREZA QUÍMICA b) Proteínas conjugadas, complexas ou heteroproteínas: são as que por hidrólise, produzem aa ao lado de outros compostos denominados núcleo prostético ou grupo prostético. c) Grupo prostético - é parte da proteína que não é aminoácido – Ou seja, combinações de molécula não-proteíca unidas a uma molécula protéica. d) De acordo com a natureza do grupo prostético, as heteroproteínas podem ser: CONT. CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM A SUA NATUREZA QUÍMICA Cont. Proteínas conjugadas, Glicoproteínas: grupo prostético = glicídeo. Ex: mucina (saliva), osseomucóide (ossos), gonadotrofina coriônica (ovário), etc. Fosfoproteínas: grupo prostético = ácido fosfórico. Ex: caseina (leite), vitelina (gema do ovo). Cromoproteínas: grupo prostético = pigmento (substância colorida). Ex: hemoglobina (sangue dos vertebrados), clorofila (vegetais verdes), etc. CLASSIFICAÇÃO - DE ACORDO COM A SUA NATUREZA QUÍMICA b) Cont. Proteínas conjugadas, Nucleoproteínas: grupo prostético = ácido nucleico (RNA ou ARN = ácido ribonucleico e DNA ou ADN = ácido desoxirribonucleico) Ex: citoglobulinas (citoplasma), nucleoplasma (núcleos celulares). Metaloproteínas: grupo prostético = metal. Ex: hemoglobina (sangue). Lipoproteínas: grupo prostético = ácidos graxos . As liproproteínas, tal como LDL e HDL, são ligadas com lipídeos. c) Proteínas derivadas: São as derivadas da hidrólise parcial de proteínas naturais, e inclui as substâncias formadas a partir de proteínas simples e conjugadas. Subdivididas em proteínas derivadas primárias e proteínas derivadas secundárias. CONT. CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM A SUA NATUREZA QUÍMICA c) Cont.Proteínas derivadas: I. Proteínas derivadas PRIMÁRIAS - Estas derivadas de proteína são formados por processos que causam apenas mudanças leves na molécula da proteína e em suas propriedades. Não há digestão hidrolítica das ligações peptídicas. II. As proteínas derivadas primárias são sinônimas de proteínas desnaturadas. CONT. CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM A SUA NATUREZA QUÍMICA c) Cont.Proteínas derivadas PRIMÁRIAS - CONT. CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM A SUA NATUREZA QUÍMICA Proteanas São produtos insolúveis formados pela ação de água, ácidos diluídos ou enzimas. Eles são formados particularmente de certas globulinas, mas diferem das globulinas por serem insolúveis em soluções salinas diluídas. Metaproteínas São formados por ação adicional de ácidos e álcalis sobre as proteínas. Elas são geralmente solúveis em ácidos e álcalis diluídos, mas são insolúvel em solventes neutros. Proteínas coaguladas São produtos insolúveis formados pela ação de calor ou álcool sobre proteínas naturais. Produtos semelhantes também podem ser formadas por ação de luz ultravioleta, raios x ou pressão muito alta. Ex.: albumina de ovo cozida, carne cozida e outras proteínas, proteínas precipitadas pelo álcool. c) Cont.Proteínas derivadas: II. Proteínas derivadas SECUNDÁRIAS Estas substâncias são formadas na digestão hidrolítica progressiva das ligações peptídicas das moléculas de proteína. CONT. CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM A SUA NATUREZA QUÍMICA Podem ser: Monoméricas e Oligoméricas: a) Proteínas Monoméricas - Formadas por apenas uma cadeia polipeptídica. b) Proteínas Oligoméricas - Formadas por mais de uma cadeia polipeptídica; São as proteínas de estrutura e função mais complexas. CLASSIFICAÇÃO DAS PROTEÍNAS QUANTO AO NÚMERO DE CADEIAS POLIPEPTÍDICAS a) Proteínas Fibrosas - Na sua maioria, são insolúveis nos solventes aquosos e possuem pesos moleculares muito elevados. CONT. CLASSIFICAÇÃO DAS PROTEÍNAS QUANTO À FORMA - FIBROSAS E GLOBULARES Incluem: colágeno do tecido conjuntivo, as queratinas dos cabelos, a conchiolina das conchas dos moluscos, ou ainda a fribrina do soro sanguíneo ou a miosina dos músculos. . b) Proteínas Globulares - De estrutura espacial mais complexa, são mais ou menos esféricas, geralmente solúveis nos solventes aquosos e os seus pesos moleculares situam-se entre 10.000 e vários milhões e facilmente desnaturadas. CONT. CLASSIFICAÇÃO DAS PROTEÍNAS - QUANTO À FORMA Nesta categoria situam-se as albuminas e globulinas do sangue, plasma e hemoglobinas, globulinas das sementes do feijão e soja, caseínas do leite, albumina do ovo. PROTEÍNAS – DESNATURAÇÃO Ocorre quando as proteínas se desenrolam, perdem suas formas e consequentemente sua capacidade de funcionar Ocorre com a quebra das ligações secundárias e terciárias e geralmente é irreversível. Os fatores que causam a desnaturação: • Calor: ↑ 10°C • Radiação UV: mudança na conformação, ruptura de ligação covalente, ionização. • pH: >10,0 ou < 3,0 • ↓ solubilidade • Mudança na capacidade de ligar água • Perda da atividade biológica • ↑ viscosidade • Dificuldade de cristalização • ↑ reatividade química e outros PROTEÍNAS – DESNATURAÇÃO É utilizada na indústria de alimentos para inativação de enzimas indesejáveis que impediriam a sua conservação e permite que no cozimento a proteína seja mais bem utilizada pelo organismo. A cor branca da clara do ovo cozido deve-se à desnaturação de sua proteína que é a ovoalbumina. a) Proteínas Estruturais ou de Construção: são as responsáveis pela construção dos tecidos. Colágeno (ossos, cartilagem, tendões e pele); Queratina (pelos, cabelo, unha); Miosina (músculos responsáveis pela contração); Albumina (plasma sangüíneo); Hemoglobina (hemáceas – transporta gases). b) Proteínas Reguladoras: são as que controlam e regulam as funções orgânicas. Enzimas (são catalisadoras das reações do metabolismo: amilase, maltase, pepsina, etc) Hormônios (regulam as funçõesorgânicas: insulina, gastrina e etc) CLASSIF. DAS PROT. DE ACORDO COM O PAPEL BIOLÓGICO: ESTRUTURAIS, REGULADORAS, PROTETORAS, BALANÇO HÍDRICO, FUNÇÃO HORMONAL, RESERVA, COAG.SANGUÍNEA E TRANSPORTE ENZIMAS: • São catalisadores biológicos formados por longas cadeias de aminoácidos • Função de viabilizar as atividades das células quebrando-as ou juntando-as. - amilase, maltase, pepsina, etc • A atividade enzimática controlada, pelo organismo, através da liberação ou captação de inibidores PROTEÍNAS c) Proteínas Protetoras ou de Defesa: A proteína é utilizada para a síntese de leucócitos e anticorpos que ajudam na defesa contra doenças e infecções. Ex.: Antitoxinas: neutralizam as toxinas dos agentes de infecção, como as bactérias; Aglutininas: aglutinam certos agentes de infecção; Opsoninas: tornam os agentes de infecção mais facilmente atacados pelos fagócitos; Lisinas: dissolvem certos agentes de infecção CONT. CLASSIF. DAS PROT. - DE ACORDO COM O PAPEL BIOLÓGICO d) Balanço hídrico: Ajudam no controle do balanço hídrico por todo o organismo por exercer função osmótica. EX: ALBUMINA. e) Função Hormonal – Muitos hormônios são, na verdade, proteínas especializadas na função de estimular ou inibir a atividade de determinados órgãos, sendo portando reguladores do metabolismo. Ex. o hormônio pancreático insulina que, lançado no sangue, contribui para a manutenção da taxa de glicemia . Também hormònio do crescimento, corticotrofina, etc. CONT. CLASSIF. DAS PROT. - DE ACORDO COM O PAPEL BIOLÓGICO f) Reserva – Sementes de plantas armazenam proteínas para a germinação. Ex. gliadina do trigo, albumina do ovo e a caseína do leite. g) Coagulação sangüínea - vários são os fatores da coagulação que possuem natureza protéica. EX: fibrinogênio, globulina anti-hemofílica CONT. CLASSIF. DAS PROT. DE ACORDO COM O PAPEL BIOLÓGICO CONT. CLASSIF.DAS PROT. DE ACORDO COM O PAPEL BIOLÓGICO h) Transporte – Muitas proteínas são transportadoras de nutrientes e metabólitos entre fluidos e tecidos. EX: Na forma de lipoproteínas participa no transporte de triglicerídeos, colesterol, fosfolipídes e vitaminas lipossolúveis. A hemoglobina é uma proteína que transporta oxigênio dos alvéolos para os tecidos e gás carbônico dos tecidos para os pulmões. Transferrina carreador de ferro no sangue *O excesso de PTN, aumenta a gordura, problemas cardiovasculares, comprometimento dos rins(toxidade) e aumento do ácido úrico. CLASSIF. DAS PROT. DE ACORDO COM O VALOR NUTRITIVO PROTEINAS COMPLETAS E INCOMPLETAS O valor biológico de uma proteína é determinado pelo conteúdo absoluto em aa essenciais e pela relação ponderal dos a.a. essenciais e os a.a. não essenciais (BELITZ, 1999). • A natureza da proteína e o padrão dos aa influenciam sua qualidade dietética. a) PROTEÍNAS COMPLETAS (ALTO VALOR BIOLOGICO) Contêm todos os aminoácidos essenciais em quantidade e proporção suficientes para atingir as necessidades corporais. As proteínas de origem animal são em sua grande maioria consideradas como referência em termos de composição de aminoácidos. Ex: ovo, leite, queijo,carne,ave e peixe, soja (Produtos de soja são as únicas fontes vegetais de proteínas completas) CONT. CLASSIF. DAS PROT. DE ACORDO COM O VALOR NUTRITIVO b) PROTEÍNAS INCOMPLETAS – BAIXO VALOR BIOLÓGICO São deficientes em 01 ou mais aminoácidos essenciais. Geralmente de origem vegetal ( grãos, legumes,nozes, sementes) Limitantes do valor nutritivo AMINOÁCIDO LIMITANTE – é o aa essencial que esta em pequena quantidade ou ausente no alimento CONT. CLASSIF. DAS PROT. DE ACORDO COM O VALOR NUTRITIVO b) Cont. proteinas imcompletaas - baixo valor biológico Fonte proteica Amino ácido limitante Trigo, cereias (cereais) Lisina Arroz (cereais) Lisina Legumes Triptofano Trigo e centeio Treonina Milho, cereais Lisina and triptofano Feijão (leguminosas) Metionina (or cisteina) ovos, frango Nenhum; referência para proteína absorvida ESTRATÉGIAS PARA MELHORAR A QUALIDADE DA PROTEINA: As proteínas vegetais contribuem para a ingestão protéica total da população = BAIXO CUSTO. • Uma mistura adequada de cereais (TRIGO, MILHO,ARROZ) deficiente em LISINA com leguminosas (FEIJÃO,ERVILHAS) deficiente em METIONINA e CISTEÍNA, consumidos em uma mesma refeição em proporções balanceadas pode apresentar valores nutricional equivalentes as de origem animal. • A MISTURA DE DIFERENTES FONTES VEGETAIS COMO LEGUMINOSAS E CEREAIS PROPORCIONA COMBINAÇÃO DE ALTO VALOR BIOLÓGICO PROTEÍNAS – RECOMENDAÇÕES OMS – ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE WHO – WORLD HEALTH ORGANIZATION FAO/OMS/UNU,1985 CRIANÇAS PROTEÍNA DE BOA QUALIDADE (g/kg/dia) 1,1 - 2,0 1,20 2,1 - 3,0 1,15 3,1 - 5,0 1,10 5,1 - 12 anos 1,0 WHO,2003 10 a 15 % do VET 0,8 a 1,0 g/kg de peso/dia Hipoprotéica < 0,8 g/kgP/dia <10 % VET Normoprotéica 0,8 -1,0 g/kgP/dia 10 -15% VET Hiperprotéica > 1,0 g/kgP/dia > 15% VET PROTEÍNAS – DEFICIÊNCIA: DESNUTRIÇÃO: • Definida como estado patológico de diferentes graus de intensidade e variadas manifestações clínicas. • Quanto a origem: primária(dietética) ou secundária(condicionada) • Na desnutrição primária o consumo inadequado de nutrientes é o determinante. É muito menos comum em adultos • A forma secundária é causada por alguma afecção ou necessidades nutricionais aumentadas. CONT. PROTEÍNAS – DEFICIÊNCIA: cont. DESNUTRIÇÃO: Formas graves: MARASMO e o KWASHIORKOR. A desnutrição em criança compromete a velocidade de crescimento e desenvolvimento, muitas vezes com alterações irreversíveis se a deficiência nutricional ocorrer durante a gestação, lactação ou nos primeiros anos de vida. CARACTERÍSTICAS DO KWASHIORKOR: • Mais comum em crianças entre 18 a 24 meses. • Foram amamentadas no peito por toda a vida e depois foram rapidamente desmamada. (chegada de um irmão). • Trocam o leite materno por uma dieta diluída - • carboidratos e proteínas • • Edemas nos pés, nas pernas, abdome pela falta de proteínas. PROTEÍNAS CARACTERÍSTICAS DO MARASMO: • Apresentam aparência edemaciada • Pouca ou nenhuma gordura corporal • É uma forma crônica de deficiência energética e protéica – inanição básica. • Pode afetar indivíduos de todas as idades com fontes alimentares inadequadas. PROTEÍNAS BIBLIOGRAFIA . WHITNEY, E; ROLFES, S.R. Nutrição 1 – Entendendo os nutrientes. São Paulo: Cengage Learning, 2008 CHEMIN S.M.S.S.; MURA J.D.P. Tratado de Alimentação, Nutrição e Dietoterapia. São Paulo: Roca, 2008. DUTRA-DE-OLIVEIRA J.E., MARCHINI J.S. Ciências Nutricionais – Aprendendo a Aprender. 2ed. São Paulo: Sarvier, 2008. MAHAN L.K.; ESCOTT-STUMP S. Krause - Alimentos, Nutrição e Dietoterapia. 10ed. São Paulo: Roca, 2001.
Compartilhar