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Ação penal I pública - Parte Geral

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Ação penal.
			Definição: A ação penal condenatória é o procedimento judicial deflagrado pelo titular da ação quando há indícios de autoria e de materialidade, buscado a procedência com a condenação da pessoa acusada. 
 			Condições da ação. 
			Toda ação penal condenatória deve apresentar as seguintes condições para que seja viável:
Legitimidade de parte (a parte que propõe a ação deve ter as condições previstas em lei, assim como aquela contra quem é proposta – legitimidade ativa e legitimidade passiva)
Interesse de agir (para que haja interesse de agir devem existir indícios suficientes de autoria e materialidade)
Possibilidade Jurídica do pedido (o fato deve ser típico)
 				Condições especiais da ação penal:
Entrada do autor no território nacional
Autorização da Câmara dos Deputados (para a instauração de ação penal contra o Presidente da República, Vice-presidente e Ministros de Estado)
			Em relação a iniciativa de sua proposição a ação penal poder ser:
Pública.
Privada.
A ação Penal pública.
 			A ação penal pública, por sua vez, em relação a existência de condição para a sua proposição, pode ser:
Pública incondicionada
Pública condicionada à representação. 
 			 A ação penal pública tem seu início através da peça denominada denúncia. A denúncia é a petição inicial da ação penal pública.
			Segundo o artigo 129, I, da CF, a ação penal pública deve ser promovida pelo Ministério Público (nos crimes de competência da Justiça Estadual, pelos Ministérios Públicos dos Estados; nos crimes de competência da Justiça Federal, pelo Ministério Público Federal).
			Princípios específicos da ação penal pública:
Princípio da obrigatoriedade. O representante do MP, em regra, não pode transigir ou perdoar o autor do crime de ação pública. Esse princípio é mitigado nos crimes de menor potencial ofensivo, nos quais é possível transigir (CF, art. 98: Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão: I - juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados e leigos, competentes para a conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor complexidade e infrações penais de menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos oral e sumariíssimo, permitidos, nas hipóteses previstas em lei, a transação e o julgamento de recursos por turmas de juízes de primeiro grau; )
Princípio da indisponibilidade. O artigo 42 do CPP determina que o Ministério Público não pode desistir da ação por ele proposta. Como consequência, não pode também desistir do recurso por ele interposto (CPP, art. 576)
Princípio da oficialidade. O titular exclusivo da ação pública é um órgão oficial, que integra os quadros do Estado: o Ministério Público.
 			Espécies de Ação penal pública. 
			A ação penal pública incondicionada é a regra no sistema penal. Sempre que não houver disposição em contrário, a ação penal será pública incondicionada. Portanto, no silêncio da Lei. A ação penal será pública incondicionada.
			No entanto, a lei pode dispor que a ação penal pública fique condicionada à representação da vítima ou à requisição do Ministro da Justiça. 
			Ação penal condicionada à representação da vítima.
 			Nalgumas hipóteses, normalmente para resguardar interesses da vítima, a legislação condiciona a atuação do Ministério Público à autorização da vítima (ou de seus representantes legais ou sucessores). A lei deve expressamente prever que a ação é condicionada à representação. Normalmente a expressão utilizada pela lei é: somente se procede mediante representação.
 			Assim, a titularidade da ação penal pública condicionada à representação continua do Ministério Público, no entanto, a propositura da ação fica condicionada à autorização da vítima. Portanto, essa autorização é uma condição de procedibilidade.
			A representação é informal, pode ser expressada de qualquer forma. Mas sem que ela ocorra o Delegado de Polícia não pode, em regra (art. 5º, § 4º, do CPP), instaurar procedimento e o Ministério Público não poder oferecer a denúncia.
		 	A Lei 9099/95 autoriza a instauração de termo circunstanciado, para investigar infração penal cuja ação penal é publica condicionada à representação, pela autoridade policial. Isso ocorre porque a representação é colhida em juízo, em audiência preliminar. 
 			A representação deve ser oferecida pela vítima se for capaz (saudável e maior de dezoito anos). 
			Sendo menor de dezoito anos: incumbe ao seu representante legal. 
			Sendo pessoa com transtorno metal incapacitante: incumbe ao seu representante legal. 
			Caso haja conflito entre o representante legal e a pessoa incapaz (pela menoridade ou por transtorno mental incapacitante), o juízo designará curador especial para avaliar a oportunidade para oferecer a representação (art. 33 do CP).
			Caso advenha a morte da vítima o direito de representação se transfere ao cônjuge, companheiro, ascendente, descendente ou irmão (art. 31 do CPP).
			O prazo para oferecer a representação é decadencial. Esse prazo não se interrompe e nem se suspende. É considerado de Direito Penal, portanto, nos termos do artigo 10 do CP, conta-se o dia de início. E, nos termos do artigo 103 do CP, o dia de início é aquele em que a vítima fica sabendo quem foi o autor do crime. O prazo é de seis meses.
			Aquele que tiver o poder de oferecer a representação pode se retratar de seu oferecimento até a denúncia. Portanto, oferecida a representação, quem tiver o poder para tanto, pode retira-la, mas isso só pode ocorrer até o oferecimento da denúncia. Uma vez oferecida a denúncia não há mais direito de retratação. 
			A representação não vincula o órgão do Ministério Público. É que é princípio institucional a independência funcional (CF, art. 129, § 1º). Portanto, a autorização da vítima para processar aquele que ela imagina que é autor da infração penal não faz com que o Ministério Público tenha que oferecer a denúncia. A denúncia só será oferecida se houver indícios de autoria e prova da materialidade. Sem esses elementos, mesmo se houver a representação, a denúncia não será oferecida. 
			Ação penal pública condicionada à requisição do Ministro da Justiça.
 			Para atender a interesses políticos, a legislação pode prever que, em determinadas situações, o exercício da ação penal fique condicionada à requisição do Ministério da Justiça. 
			São as seguintes as ações penais condicionadas à requisição do Ministério da Justiça:
Crime praticado por estrangeiro contra brasileiro fora do território nacional (art. 7º, § 3º, b, do Código Penal.
Crime contra a honra do Presidente da República ou chefe do governo estrangeiro (art. 145, parágrafo único, do Código Penal).
 			Não há prazo para o oferecimento da requisição pelo Ministério da Justiça. Assim, o não oferecimento faz com que a ação penal não seja oferecida até que ocorra a prescrição. 
			A requisição do Ministério da Justiça não obriga o representante do Ministério Público a oferecer a denúncia, pois, como já visto, há o princípio da independência funcional. No entanto, presentes os indícios de autoria e prova da materialidade, deve ser oferecida a denúncia. 
			Existem duas posições em relação a possibilidade de retração da requisição do Ministério da Justiça: a primeira admite a retratação a segunda não a admite.

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