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Resumo Direito processual do trabalho

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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
PRINCÍPIO DA INSTRUMENTALIDADE
Ato foi praticado de forma errada, mas é possível aproveitar de alguma maneira, não existe no processo civil. 
PRINCÍPIO DA IMPUGNAÇÃO ESPECIFICADA
Vedado a negativa geral. Tem que impugnar um a um, não pode ser genérico.
Reputa-se como verdadeiro as alegações do autor.
PRINCÍPIO DA PRECLUSÃO
Autor na inicial deve apresentar todos os documentos que tem. Se o empregado não tem a posse de um determinado documento ele deve alegar na inicial e solicitar a empresa, com pena de preclusão.
Réu na contestação deve fazer o mesmo, caso não possua documento probatório deve alegar o motivo que não possui, mas que pretende produzir aquela prova de outra maneira, além disso deve avisar o juiz na audiência.
I – Preclusão consumativa – ocorre com a prática do ato.
II – Preclusão temporal – perda do prazo para prática do ato.
PRINCÍPIO DO ÔNUS DA PROVA (Art. 818 CLT)
A prova cabe a parte que alegar.
Redistribuição do ônus da prova – caso o autor modifique/extinga aquela alegação o ônus da prova passa a ser dele.
PRINCÍPIO DA IRRECOBILIDADE IMEDIATA DAS DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS (Art, 893 §1º CLT) – Não cabe agravo de instrumento nessa decisão durante o processo, somente ao final do processo, depois da sentença você apela ao tribunal.
Protesto feito em audiência pelo advogado da parte, sob pena de preclusão. Ex: o adv da parte contradita a testemunha (questiona se a testemunha tem interesse na causa por exemplo), deve ser feito logo após a qualificação da testemunha e antes do compromisso.
PRINCÍPIO DA ORALIDADE (Art. 840 § 2º CLT)
Atos processuais orais, para que seja agilizado o processo.
No caso do art 840, ocorrerá a reclamação verbal e a mesma será reduzida a termo em duas vias de igual teor.
PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO PROCESSUAL
Reclamante não comparece – arquivamento do processo
Reclamada não comparece – Revelia
Depósito recursal – a empresa deve fazer para conseguir recorrer ao TST
Todos esses itens acima demonstram como esse princípio protege a parte hipossuficiente da relação de trabalho.
PRINCÍPIO DA BUSCA DA VERDADE REAL
Juiz pode desconsiderar um documento assinado, buscando a verdade real sobre o caso concreto, ainda que tenha sido assinado pelo trabalhador.
CONCEITOS
DIREITO DIFUSOS – Satisfação do direito deve atingir uma coletividade indeterminada.
DIREITOS COLETIVOS – Satisfação do direito de pessoas que tenham uma relação jurídica, Ex: CCT ou ACT 
DIREITOS INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS – Dizem respeito a uma pessoa específica, ainda que indeterminada em um primeiro momento. Ex: Cobrança do sindicato de mensalidade para funcionários que não são filiados, MPT entrou com uma ação proibindo a cobrança, diante disso não pode mais cobrar, a cobrança pode ocorrer apenas para filiado.
OMISSÕES DA CLT (Art. 769 CLT)
Art. 769 - Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as normas deste Título. 
Obs: No procedimento comum segue a regra do CPC, já na fase de execução segue a lei da execução fiscal e posteriormente o CPC.
Correntes que tentam explicar a omissão:
LACUNA NORMATIVA – Defende que para usar essa fonte supletiva a omissão da CLT deve ser completa.
LACUNA ANTOLÓGICA – Existe a norma, mas ela sofre por ser antiga, não acompanhou os fatos sociais.
LACUNA AXIOLÓGICA – Ausência de norma justa, neste caso usa a fonte subsidiária.
MÉTODOS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS
AUTODEFESA (AUTOTUTELA) – Não tem intervenção de 3º, uma parte unilateral, não necessariamente a parte mais forte, utilizando do seu poder frente a outra parte, buscando a solução de um conflito.
Ex: Greve e Lockout (vedado)
AUTOCOMPOSIÇÃO – Não tem diferença de força entre as partes, ocorre mediante a ajuste de vontades, não tem intervenção de 3º. DECISÃO FINAL É DAS PARTES
Ex: 
	Renúncia – UNILATERAL uma parte abre mão de um direito, não pode abrir mão de direito indisponível.
	Transação – BILATERAL – as partes fazem concessão mútua.
Obs: Podem ocorrer á margem do processo (extraprocessual - s/ demanda, s/ processo) 
	Dentro do processo – (intraprocessual – audiência de conciliação)
→ Mediação: conduta pela qual determinado agente instiga as partes a chegarem em um consenso, auxiliando-as, porém o teor é decidido pelas partes, não é obrigatório como na Heterocomposição. Atenção: A ata de reunião de mediação não é título executivo extrajudicial.
HETEROCOMPOSIÇÃO – Solução de conflitos trabalhistas por um terceiro, que decide com força obrigatória sobre os litigantes.
ARBITRAGEM – Solução de conflitos entre as partes, realizado por um 3º, árbitro, em geral escolhido pelas partes (normalmente sindicatos), ele toma decisão por elas. É consumado pelo laudo arbitral.
OBS: Judiciário não participa de arbitragem, Câmara arbitral é um ente personificado, tem até CNPJ.
* ARBITRAGEM OBRIGATÓRIA – cláusula compromissória prevista em ACT ou CCT; decorre de imposição obrigatória legal ou convencional
* ARBITRAGEM FACULTATIVA – surge no contexto do conflito do compromisso arbitral, surge no decorrer do processo.
OBS: na prática não ocorre a arbitragem porque a maioria das câmaras arbitrais são custeadas pelas empresas, então os empregados não tem confiança. Porque uma vez que concordou com a arbitragem não é possível discordar, a menos que tenha vícios.
COMISSÕES DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA (Art. 625 CLT)
Criado com objetivo de desafogar o judiciário, resolve conflitos de direitos INDIVIDUAIS, feito por TERCEIROS, empregado e empregador diretamente.
Art. 625 A
Empresas e Sindicatos podem instituir as comissões; podendo ser de grupos de empresas ou intersindicais;
Representação paritária;
Art. 625 B
Mínimo de 2, máximo de 10 funcionários, sendo metade indicada pelo empregador e a outra metade eleita pelos empregados;
Existirão suplentes na mesma proporção;
Mandato de 1 ano, permitindo 1 recondução
Estabilidade desde candidatura até 1 ano após o término do mandato;
Trabalho na comissão conta como hora normalmente trabalhada.
Art. 625 C
A comissão instituída no sindicato terá normas previstas em CCT ou ACT.
Art. 625 D
Caso tenha a comissão deverá ser levado obrigatoriamente a comissão, e caso a conciliação não prospere será gerado uma declaração com a tentativa de conciliação frustrada para uma possível reclamação trabalhista.
Caso exista, na mesma localidade e para a mesma categoria, Comissão sindical e comissão de empresa, o funcionário poderá escolher.
ATENÇÃO: STF decidiu ser inconstitucional a obrigatoriedade de passar por essas comissões, com a justificativa que na primeira audiência o juiz já tenta a conciliação, perguntando se tem ou não acordo, o que acaba por suprir essa falta do artigo.
Art. 625 E
Havendo conciliação, o termo de conciliação é título executivo extrajudicial.
Art. 625 F
Comissão tem 10 dias para julgar as demandas, caso não ocorra, no último dia do prazo deverá ser fornecido declaração do artigo 625 D.
Art. 625 G
Suspende o prazo quando coloca na comissão, ATENÇÃO não zera, começa a contar de onde parou.
JURISDIÇÃO
Meio ou poder pelo qual o Estado avocou para si de dizer o direito.
Poder do Estado de aplicar o direito no caso concreto.
A jurisdição é função típica do Estado, REGRA GERAL.
EXCEÇÕES:
	Art. 856, dissídio coletivo
	Compromisso arbitral
	Senado Federal ( Impeachment)
	Processo trabalhista estrangeiro, pode até ganhar no processo de conhecimento, mas não há como executar.
Princípios da Jurisdição
→ Inércia: não se instaura de ofício, deve ser provocada. Pode ser feita também pelo empregador.
→ Aderência ao território: Cada unidade da federação tem o seu TRT.
→ Indeclinabilidade: nenhum normativo pode criar obstáculo a justição, por isso o STF decidiu que o art. 625 D era inconstitucional.
→ Inevitabilidade: uma vez provocada não é possível desistir, apenas se houver erro na P.I ou s.e a outra parte
anuir.
→ Investidura: só pode ser exercida por quem esteja legalmente investido na autoridade de juiz.
Jurisdição contenciosa
	Composição de litígios entre as partes
	Coisa julgada formal – julga a forma
	Coisa julgada material – julga o mérito
REGRA GERAL – Só existe jurisdição contenciosa no processo do trabalho
EXCEÇÕES:
	Art 500 CLT, jurisdição voluntária
	Enunciado nº 63 da 1ª jornada de direito material e processual do trabalho. 
63. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. PROCEDIMENTO DE JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA. LIBERAÇÃO DO FGTS E PAGAMENTO DO SEGURO-DESEMPREGO. Compete à Justiça do Trabalho, em procedimento de jurisdição voluntária, apreciar pedido de expedição de alvará para liberação do FGTS e de ordem judicial para pagamento do seguro-desemprego, ainda que figurem como interessados os dependentes de ex-empregado falecido.
Jurisdição Voluntária
	Não tem litígio
	Não precisa acionar a parte contrária na justiça.
ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO
	Origem histórica – CF/88
	Estrutura do poder Judiciário - Art. 111 CF/88
I – TST - 27 ministros
II – TRT - capitais
III – Juízes do trabalho - Varas
	Garantias e Vedações dos juízes
Garantias Institucionais – independência financeira (receita própria) do poder judiciário em relação ao legislativo e executivo
Garantia Funcionais – Vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de subsídios.
Ingresso na carreira da magistratura trabalhista – Concurso e 3 anos de atividade jurídica (art 59 resolução CNJ 75/2009.
COMPETÊNCIA DOS TRT’S
Originária – dissídios coletivos, mandados de segurança, ações rescisórias.
Recursal – recursos das decisões das varas
Art. 674 CLT – 24 TRT’s ainda falta Tocantins, Acre, Roraima e Amapá.
COMPOSIÇÃO DO TST
	27 ministros, composto por juízes de carreira e quinto constitucional
	Presidente – Membro do MPT
	Vice presidente – quinto constitucional
Órgãos ligados ao TST
ENAMAT – Escola Nacional da magistratura trabalhista
CSJT – Conselho Superior da Justiça do Trabalho – órgão administrativo, corregedoria, edita normas sobre questões administrativas.
Serviços Auxiliares da Justiça do Trabalho:
	Secretarias
	Órgãos distribuidores – devem acabar com o PJE
Oficiais de justiça avaliadores:
Servidor público - além de oficial de justiça, ele também avalia os bens de penhora, ele atribui preço.
MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO
	Novo CPC, fiscal da justiça, tem mais atuação, também pode ser parte. 
	Ramo do MPU que atua processualmente nas causas de competência da justiça do trabalho
	Chefe é o Procurador Geral do trabalho
Formas de atuação:
→ Extrajudicial
	TAC 
	Inquérito Civil (Ex: erradicar trabalho infantil
→ Judicial:
	Ação civil pública
	Ação civil coletiva (meio ambiente)
	Ação anulatória (anulação de CCT que fere direito/ procedimento que ainda está em andamento, não tem sentença)
	Ação rescisória (já existe sentença transitado em julgado, deve haver menos de 2 anos do trânsito em julgado e apareça fatos novos relevantes.
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO
→ Antes da EC 45/2004:
Justiça comum era usada para dirimir lide quando não havia relação de emprego (Shopp)
→ Depois da EC 45/2004:
Ficou mais abrangente
Tudo que envolva relação juridica que tenha empregado e empregador, independente de ter a relação de emprego (Subordinação, Habitualidade, Onerosidade, Pessoalidade, Pessoa Física). 
Inclusive Dano moral decorrente do trabalho
Competência material original
	Relação de emprego
	Danos morais individuais e coletivos
	Danos morais pré e pós-contratuais
	Acidente de trabalho e dano moral em ricochete
Obs: 
→ A justiça do trabalho só julga e executa valores previdenciários provenientes de sentença da justiça do trabalho.
→ STF decidiu que regime estatutário não é de competência da justiça do trabalho, se for servidor federal justiça federal, se for demais servidores justiça comum.
→ STF decidiu que ações que versem sobre diferenças de aposentadorias de planos privados não é competência da JT.

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