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semana3 Dir Proc Trabalho I 2017

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Francisco das Chagas Gomes – 201202199216
DIREITO PROCESSO TRABALHO I
SEMANA 3
Descrição
CASO CONCRETO:
O viajante comercial Saulo pretende mover ação trabalhista em face da sua empregadora Empresa Delta Ltda, por entender que o seu gerente cometeu ato ilícito que lhe feriu a honra e boa fama, postulando indenização por danos morais a ser arbitrada pelo juiz diante da extensão e complexidade do dano, cumulada com pedido de pagamento de diferenças de comissões ajustadas no valor de R$ 10.000,00. 
Diante do caso exposto, responda de forma fundamentada:
A) Segundo as regras contidas em legislação própria quanto à competência territorial, informe aonde a ação deve ser proposta. Fundamente.
Resposta: A ação deve ser proposta no local da filial em que o empregado esteja subordinado ou na própria sede da empresa, se nela estiver trabalhando, caso haja a falta de jurisdição trabalhista, o empregado deve se dirigir ao seu domicílio ou pra localidade mais próxima de onde reside. 
Nos termos do artigo 651, parágrafo 1º da CLT e Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao em pregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro. 
§ 1º - Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da Junta da localidade em que a em presa tenha agência ou filial e a esta o em pregado esteja subordinado e na falta, será competente a Junta da localização em que o em pregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima. (CLT).
B) O Judiciário Trabalhista possui competência para apreciar e julgar a presente ação? É possível pleitear que o juiz arbitre o montante da postulada indenização por danos morais?
Resposta: A justiça trabalhista é competente para julgar ação de danos morais, em conformidade ao que dispõe a súmula 392 do TST e o artigo 114, VI da constituição federal. Nesse sentido:
A Súmula nº 392 do TST - DANO MORAL E MATERIAL, RELAÇÃO DE TRABALHO. COM PETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO(redação alterada em sessão do Tribunal Pleno realizada em 27.10.2015) - Res . 200/2015, DEJT divulgado em 29.10.2015 e 03 e 04.11.2 015, Nos termos do art. 114, inc. VI, da Constituição da República, a Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ações de indenização por dano moral e material, decorrentes da relação de 
trabalho, inclusive as oriundas de acidente de trabalho e doenças a ele equiparadas, ainda que propostas pelos dependentes ou sucessores do trabalhador falecido. 
Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: (...) VI as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho(CF)
No que diz respeito ao pedido, é sabido que o código de processo civil trouxe a possibilidade do estabelecimento de pedido genérico, nos termos do artigo 324, parágrafo 1º e incisos, contudo, ao se tratar de dano moral, não se pode aceitar que o valor de tal dano seja estabelecido de modo integral ao bel julgamento do magistrado, tendo em vista que grande sofrimento decorrente de tal ato é exclusivo do autor, somente este é capaz de saber o quanto sofrerá, quando gastara com tratamentos psicológicos, em casos extremos. Deixar tão importante decisão para simples convicção do juiz, neste caso um terceiro alheio aos graves danos que o autor sofrera, é tacitamente afirmar que a intensidade do sofrimento não fora tão devastadora no reclamante, como se bem dissesse: “ Qualquer quantia serve”. 
Portanto, não cabe estabelecer pedido genérico no dano moral. Ademais, deve -se atentar para o que dispõe o artigo 852-A, 852-B, ambos da CLT, quando aduz sobre o valor da causa que não excedera quantia de 40 salários mínimos, o procedimento do feito se dará no rito sumaríssimo, ou seja, o processo é julgado mais rápido, beneficiando o reclamante, e corroborando a importância de se estabelecer o valor certo do da no moral sofrido. Veja-se: ART. 852-A. Os dissídios individuais cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo vigente na data do ajuizamento da reclamação ficam submetidos ao procedimento sumaríssimo. ART. 852-B. Nas reclamações enquadradas no procedimento sumaríssimo: (Incluído pela Lei n º 9.957, de 2000) I - o pedido deverá ser certo ou determinado e indicará o valor correspondente; (...) 
1ª QUESTÃO OBJETIVA:
(FCC AJAJ TRT 23 2016) Os normativos constitucionais NÃO atribuem competência material à Justiça do Trabalho para processar e julgar:
A) as ações que apuram os crimes contra a organização do trabalho e envolvendo retenção dolosa de salários e contribuições previdenciárias.
Fundamentação: Errado , a justiça trabalhista não dispõe de competência para julgamento de ações penais. (OSTF, em 01 /02 /2007, concedeu liminar, com efeito extunc, na ADI n 3.68 4 -0, onde declarou que no âmbito da jurisdição da JT, NÃO entra competência para processar e julgar ações penais.)
B) as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Correto. Ar t. 114, I, CF .
C) as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores. Correto. Art. 114, II I, CF .
D) as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho. Correto. Art. 114, V II, CF. 
E) o dissídio coletivo ajuizado pelo Ministério Público do Trabalho no caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público. Correto. Art. 114 (...) § 3º Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito (CF) 
Gabarito: Letra "A" 
2ª QUESTÃO OBJETIVA:
(FCC AJAJ TRT 20 2016) Hera participou de processo seletivo e foi contratada como música instrumentista da Orquestra do Banco Ultra S/A, no Município de Itabaiana/SE, onde tem o seu domicílio. No contrato de trabalho foi estipulado como foro de eleição para propositura de demanda trabalhista o Município de Aracaju/SE. O banco possui agências em todos estados do Brasil e a sua sede está localizada em Brasília/DF. Durante os oito meses em que foi empregada do Banco, Hera exerceu suas funções apenas no Município de Aracaju/SE. Caso decida ajuizar reclamação trabalhista em face de seu ex-empregador, deverá propor em:
A) Aracaju, porque foi o local da prestação dos serviços. Certo. Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela localidade onde o em pregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao em pregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro. Com atenção ao o Enunciado nº7, da 1ª jornada do direito do trabalho: AC ESSO À JUSTIÇA, CLT - ART.651,§3º. INTERPRETAÇÃO CONFORME A CO NSTITUIÇÃO. ART. 5º, INC XXXV (a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito); DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. Em se tratando de em pregador que arregimente empregado domiciliado em outro município ou outro Estado da federação, poderá o trabalhador optar por ingressar com a reclamatória na Vara do Trabalho de seu domicílio, na do local da contratação ou na do local d a prestação dos serviço s. Em regra esse entendimento não é exigido nas provas objetivas de analista, de modo que, estando na dúvida, aplique a regra do caput do art. 651 da CLT. Contudo, havendo questionamento, especialmente nas provas subjetivas, deve o candidato ter conhecimento da existência dessa tese. 
B) Aracaju, por ser o foro de eleição previsto em contrato de trabalho.
C) Itabaiana, porque é o foro do seu domicílio.
D) Brasília, por estar situada a sede do Banco reclamado.
E) Aracaju, Itabaiana ou Brasília, dependendo da sua própria conveniência como reclamanteGabarito: Letra "A"

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