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Aula 01 Empresarial IV

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DIREITO EMPRESARIAL IV
ESTÁCIO-FIB
2017.2
Professor: Rivalino Cardoso Jr
rivalino@outlook.com
FORMAÇÃO ACADÊMICA: 
Bacharel em Direito pela Universidade Católica do Salvador - UCSal
Pós-Graduado em Direito Tributário pela Universidade Federal da Bahia – UFBA
Cursando Pós-Graduação em Direito Empresarial pela LFG-UNIDERP (SP)
EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL:
Advogado sócio fundador do escritório CARDOSO & PINHEIRO ADVOCACIA
Ministra aulas em cursos de Graduação e Pós-Graduação 
Facebook: Rivalino Cardoso Junior
Instagram cardoso_rivalino
EMENTA
Recuperação Judicial; Legitimidade; Competência; Despacho Processamento; Administrador Judicial; Habilitação dos Créditos; Apresentação do Plano; Assembleia de Credores; Comitê de Credores; Execução do Plano; Convolação em Falência; Plano Especial da Microempresa e Empresa de Pequeno Porte; Recuperação Extrajudicial; Falência; Legitimidade Ativa e Passiva; Causas de Insolvência; Defesas Pré Falimentares. Sentença Falimentar; Habilitação de Créditos na Falência; Arrecadação dos Bens; Realização do Ativo; Pagamento dos Credores; Encerramento da Falência; Extinção Obrigações; Crimes Falimentares.
OBJETIVO GERAL
• Compreender as Ferramentas Jurídicas para a Recuperação da Empresa em crise Econômico-Financeira; • Identificar os Elementos Estruturais da Falência.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Conceituar a Recuperação Judicial da Empresa em Crise Econômico-Financeira; • Compreender o Processamento Jurídico para a Recuperação Judicial da Empresa em Crise Econômico-Financeira; 
• Compreender o Rito Especial da Recuperação Judicial para Microempresa e Empresa de Pequeno Porte;
• Identificar as Características da Recuperação Extrajudicial;
• Relacionar os Pressupostos necessários para a Decretação da Falência do Empresário ou Soc. Empresária;
• Apontar as Espécies de Defesas do Devedor como Elementos Impeditivos da Falência;
• Identificar as Fases Processuais no Desenvolvimento da Falência até seu Encerramento;
• Caracterizar os Elementos Estruturais dos Crimes Falimentares.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA INDICADA:
1- COELHO, Fábio Ulhôa. Curso de Direito Comercial. 14. ed. v.1. São Paulo: Saraiva, 2010.
2 - NEGRÃO, Ricardo. Manual de Direito Comercial e de Empresa. v. 3. São Paulo: Saraiva, 2010.
3 – JUNIOR, Écio Perin. Curso de Direito Falimentar e Recuperação de Empresas. 3 ed. São Paulo: Editora Método, 2006. 
4 – SALOMÃO, Luis Filipe, SANTOS, Paulo Penalva. Recuperação Judicial, Extrajudicial e Falências. 3ª ed. Forense, 2017.
DIREITO EMPRESARIAL IV
Professor: Rivalino Cardoso
rivalino@outlook.com
 
____________________________________AULA -01 
EMENTA: Introdução ao Direito Falimentar: Empresa em crise econômica, financeira e patrimonial. 
1. INTRODUÇÃO
			AS 4 FASES DO DIREITO FALIMENTAR NO BRASIL
1ª Fase – Código Comercial
- Imprecisão, autonomia demasiada dos credores e indefinição quanto ao conceito de falência.
2ª Fase – Decreto 917/1890
- Moratória, acordo extrajudicial e cessão de bens. 
- Autonomia dos credores
3ª Fase – Decreto-lei 7.661/45
- Aumento da judicialização e criação da concordata.
- Maior poder do Juíz
4ª Fase – Lei 11.101/05
- Alteração substancial de todos os institutos 
- Criação da Recuperação Judicial e Extrajudicial
1. INTRODUÇÃO
A função social da empresa
1.1. A EMPRESA EM CRISE:
Crise Econômica – Quando as vendas dos produtos ou serviços não se realizam na quantidade necessária à manutenção do negócio;
 
Crise Financeira – Quando falta à sociedade empresária dinheiro em caixa para pagar suas obrigações;
Crise Patrimonial – quando o ativo é inferior ao passivo; se as dívidas superam os bens da sociedade empresária;
1. INTRODUÇÃO
A empresa está em plena crise quando manifestada as 3 formas acima: 
“A queda nas vendas acarreta iliquidez e, em seguida, insolvência”
1. INTRODUÇÃO	
CONSEQUÊNCIAS DA CRISE DA EMPRESA:	
Prejuízo dos empreendedores e investidores;
Prejuízo de credores;
Fim de postos de trabalho;
Diminuição da arrecadação de tributos;
Diminuição ou extinção de oferta de produtos e serviços;
Diminuição ou extinção fornecedores;
1. INTRODUÇÃO	
SOLUÇÃO DE MERCADO E RECUPERAÇÃO DA EMPRESA
A melhor solução para superação da crise da empresa é a de mercado: Empreendedores e investidores dispõem-se a prover recursos e adotar medidas administrativas (estratégicas, investimentos, qualificação, redução de gastos) para tornar o negócio lucrativo. 
Valor idiossincrático: É valor subjetivo e individual, derivado de autoimagem do empreendedor, da qual a empresa serve de projeção psicológica. 
1. INTRODUÇÃO
Quando as estrutura do sistema econômico não funcionam convenientemente, a solução de mercado tende à não funcionar! 
Intervenção do Estado (Poder Judiciário) para zelar pelos vários interesses que gravitam em torno da empresa (Dos empregados, consumidores, fisco, comunidade etc.)
Principio da conservação da empresa
Justifica-se dada a sua função social
A garantia dos credores é o patrimônio do devedor.
 
E quando o patrimônio do devedor é representado por bens cujos valores somados são inferiores à totalidade de suas dívidas? 
1. INTRODUÇÃO
Para evitar essa injustiça, o direito afasta a regra da individualidade da execução e prevê na hipótese, a instauração da execução concursal. 
Par conditio creditorum 
= 
Tratamento paritário dos credores
A FALÊNCIA é assim, o processo judicial de execução concursal do patrimônio do devedor, empresário, que, normalmente, é uma pessoa jurídica revestida da forma de sociedade limitada ou anônima.
1. INTRODUÇÃO
Para os não empresários sem meios de honrar com suas dívidas, o direito destina processo diferente de execução previsto no Código de processo Civil, chamado INSOLVÊNCIA CIVIL.
DIFERENÇAS:
Na recuperação judicial ou extrajudicial, medidas que possibilitam ao devedor empresário a oportunidade de se reorganizarem para cumprir, com suas obrigações. Todos os credores se submetem ao plano aprovado pela maioria, podendo-se estabelecer a remissão parcial de dívidas e a prorrogação de vencimentos. Na insolvência civil, necessita-se de anuência de todos os credores para a suspensão da execução;
Na falência, após adimplidas as obrigações dos credores privilegiados (trabalhadores, tributos, garantias reais), após quitado 50% do crédito dos credores quirografários, ocorre a extinção dos outros 50%; Na insolvência civil, tal benesse não existe, devendo arcar com o adimplemento de todos os credores para se desincumbir de tais dívidas, salvo se caducados dentro do prazo de 05 anos.
1. INTRODUÇÃO
JUÍZO COMPETENTE (ART. 3º DA LEI DE FALÊNCIA) 
PRINCIPAL ESTABELECIMENTO - Sede ou Filial?
P/ Rubens Requião: “local onde se fixa a chefia da empresa, onde efetivamente, atua o empresário no governo ou no comando de seus negócios, de onde emanam as ordens e instruções, em que se procedem as operações comerciais e financeiras de maior vulto e em massa, onde se encontra a contabilidade geral”
P/ Fábio Ulhoa Coelho: “maior volume de negócios” 
P/ STJ: Estabelecimento economicamente relevante 
Nas comarcas que tiverem mais de 01 juízo, a distribuição do 1º pedido de falência gera prevenção. 
1. INTRODUÇÃO
2. A. SOCIEDADE EMPRESÁRIA
Devedor Sociedade Empresária (normalmente, LTDA ou S.A); 
Empresarialidade (art. 966 do CC/02) # 
Demais exercentes de atividade econômica; Profissionais liberais e suas sociedades, cooperativas (insolvência civil);
Exceção à Lei Falimentar: art. 2º
Exclusão absoluta, art. 2, I – Sociedades de economia mista ou empresas públicas e ; Câmaras ou prestadoras de compensação e de liquidação financeiras (regras do Banco Central) ; c) Entidades fechadas de previdência complementar (liquidação extrajudicial);
2. A. SOCIEDADE EMPRESÁRIA
Exclusão relativa, art. 2, II – Seguradoras; Operadoras de Planos de Saúde e Instituições
Financeiras
a) Seguros – Liquidação compulsória – SUSEP; Se a liquidação não der certo, parte-se para falência; Sempre requerida pelo Liquidante nomeado pela SUSEP, nunca a pedido de credores;
 
b) Operadoras de Planos de Saúde – Liquidação – ANS; (Liquidação)
 
c) Instituições Financeiras – Liquidação ou intervenção – Banco Central; 
CASO CONCRETO:
				Analise a questão abaixo e esclareça de acordo com a Doutrina e Jurisprudência sobre o tema:
"Cuida-se de agravo de instrumento, com pedido de liminar, em face de decisão que declinou da competência para conhecer de pedido de falência ajuizado pelo agravante, sob o fundamento de que a sede do agravado se situa em São Paulo/SP, para onde determinou a remessa dos autos. Daí a interposição do agravo de instrumento, sustentando o recorrente que todas as atividades do devedor são realizadas no Distrito Federal, sendo que até mesmo um de seus sócios reside nesta Capital. 
Depois, o agravado foi citado em outra demanda em curso na comarca de Cuiabá/MT, tendo ofertado exceção de incompetência objetivando a remessa dos autos para uma das varas cíveis desta Circunscrição Judiciária. Portanto, não há dúvida de que o principal estabelecimento da pessoa jurídica situar-se-ia no Distrito Federal, o que torna o Juízo da Vara de Falências competente para apreciar o requerimento de quebra. 
Por fim, salienta que, caso a decisão seja imediatamente cumprida, poderá haver lesão de difícil reparação, pois não possui condições financeiras para acompanhar o trâmite da ação no Estado de São Paulo e o recurso estaria prejudicado pela perda de objeto. Pede a concessão de efeito suspensivo, bem como a reforma da decisão impugnada para declarar que o Juízo da Vara de Falência do Distrito Federal é o competente para apreciar o pedido." 
			QUESTÃO OBJETIVA:
			Assinale a alternativa CORRETA:
(A) é competente a Justiça Federal para decretar falência ou deferir processamento da recuperação judicial de sociedade de economia mista cuja acionista majoritária seja a União.
(B) é competente a Justiça Estadual para decretar falência ou deferir processamento da recuperação judicial de sociedade de economia mista cuja acionista majoritária seja a União.
(C) é competente o juízo do foro eleito pela assembleia geral, ao aprovar o respectivo estatuto, para decretar falência ou deferir processamento da recuperação judicial de sociedade operadora de plano de assistência à saúde.
(D) é competente o juízo do local da filial para decretar falência ou deferir processamento da recuperação judicial de empresa que tenha sede fora do Brasil.

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