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Principais tópicos sobre a Teoria Geral do Delito e Teoria Geral do Crime

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jusbrasil.com.br
13 de Setembro de 2017
Principais tópicos sobre a Teoria Geral do Delito e Teoria Geral do
Crime
Introdução
1. Definição Penal: crime é delito que cabe prisão (reclusão – penitenciaria – ou
detenção – colônia penal agrícola), e contravenção penal, onde cabe prisão
simples.
2. Preceitos: Primário (tipificação do crime) e Secundário (sanção).
3. Conceito de crime: Teoria Bipartida (fato típico + fato antijurídico = crime) e
Teoria Tripartida (fato típico + fato antijurídico + culpável = crime)
Teoria Geral do Delito
Infração penal é gênero que contempla 2 espécies: crime (também conhecido
com delito) e a contravenção penal (segundo Noronha, é crime anão).
Para crimes, a diferença esta no preceito secundário (sanção).
Menor de 18 anos não comete crimes.
Presunção absoluta (jure et de jure) – não admite prova em contrario.
Presunção relática (juristantum) – admite prova em contrario.
Conceito de crime – teoria bipartida é fato típico + fato antijurídico.
Fato típico é o comportamento humano, positivo ou negativo, que provoque um
resultado e é previsto na lei penal como infração. É aquela que se enquadra
perfeitamente nos elementos contidos do tipo penal.
PUBLICAR CADASTRE-SE ENTRARPESQUISAR
Exemplo: A mata B com um tiro no tórax, logo A pratica fato típico, matar alguém
= homicídio.
Animus necandi = querer matar
Animus laedendi = querer ferir
Crimes que vão a júri: H. I. S. A
Homicídio – artigo 121, CP
Infanticídio – artigo 123, CP
Suicídio – participação, indução e auxilio ao suicídio - artigo 122, CP
Aborto - artigo 124 a 127, CP
Fato antijurídico é o contrário ao ordenamento jurídico, vale dizer: (Claudio
Brandão, PE) “É um juízo de valor negativo que qualifica o fato como contrário ao
direito”.
Exemplo: A mata B com intenção ou sem intenção. Com intenção há dolo e animus
necandi. Sem intenção há culpa e imprudência, negligencia ou imperícia.
OBS: no exemplo acima, não será antijurídico (contrario ao direito) o fato de A
matar B em legitima defesa, pois nosso ordenamento determina que não há crime
quando o agente pratica o fato em legitima defesa.
Para que o acontecimento da vida possa ter tipicidade, é necessário o “casamento”
entre o fato e o tipo penal.
Sendo assim:
Fato típico tem que casar o fato perfeitamente com a lei.
Fato antijurídico é aquele contrário ao direito, ilícito.
Culpabilidade – artigo 59 do código Penal.
Fato típico
Só será fato típico quando reunir os 4 elementos necessários, se faltar um, é
atípico.
Elementos:
1. Conduta (ação ou omissão)
2. Resultado
3. Nexo causal
4. Tipicidade
Conduta – a conduta relevante para o Direito Penal é a ação ou a omissão
humana consciente e voluntária, dirigida a uma finalidade.
Ex.: A furta pra si a carteira de B.
Quando o não agir é crime? Quando a omissão no D. Penal é penalmente
relevante? Art. 13 2º, CP Segundo nosso ordenamento jurídico a omissão é
penalmente relevante quando o agente devia e podia agir para evitar o resultado.
O dever de agir incumbe a quem:
a) Tenha por lei obrigação de cuidado, proteção e vigilância (ex.: Pais em relação
aos filhos menores).
b) “caso do garante” – assume responsabilidade de outra forma que não a legal.
(baba, guarda-vidas) e o “deixa comigo” – em todos os casos, estes deixam algo
ruim acontecer por descuido (sumula 18 STJ – perdão).
c) Comportamento – com seu comportamento anterior criou risco da ocorrência
do resultado Ex.: jogas alguém na piscina (cria o risco de afoga-lo) e não tira a
responsabilidade.
Resultado - segunda a teoria naturalística, o resultado é a modificação do mundo
interior causado pelo comportamento humano.
Aqui a doutrinaclassificaos crimes em:
1) Crime de mera conduta (ou de simples atividade). Não possuem resultado
naturalístico, ou seja, não há modificação do mundo exterior em razão de sua
pratica, limitando-se o legislador a descrever a conduta proibida.
Ex.:
· Omissão de socorro (135 CP)
· Violação de domicilio (150 CP)
· Crime de desobediência (330 CP)
2) Crime material – possuem resultado naturalístico, sendo sua produção
necessária a consumação.
Ex.:
· Lesão
· Furto
· Homicídio
· Peculato
3) Crime formal – são aqueles que apesar de possuírem resultado naturalístico
descrito no tipo, a ocorrência do ultimo não é necessária a consumação. São
chamados de crimes de consumação antecipada ou crimes de resultado cortado.
Ex.: Art. 159 CP – (crime hediondo) em que não se exige para a consumação,
que efetivamente seja pago o resgate (resultado), pois se consuma ao privar a
liberdade com intenção de extorsão.
Nos crimes formais (se houver) é esaurimento do crime e seguirá de base para o
juiz fazer a dosimetria da pena.
A diferença entre crime material crime forma é que o material sempre vai ter
consumação e o formal não.
“Ao contrario do crime de mera conduta, em ambos há o resultado naturalístico. A
diferença reside no fato de que, no crime material a lei reclama a verificação dos
resultados desejada pelo agente para a consumação do delito. Já no crime no
crime formal, basta com que o agente atue com a intenção de produzir o
resultado para que o injusto se consume.”
* Lei 8.072/90 – Crimes hediondos (+ 3T’s (trafico, tortura e terrorismo)).
Nexo Causal – é chamado pelo código penal de relação de causalidade e
consistência na ligação que existe entre a conduta e o resultado. Portanto, deve
haver um liame entre a conduta do sujeito ativo (ação e a omissão e resultado); em
linguagem coloquial nexo é a relação de causa e efeito que existe entre a conduta
das pessoa e o resultado. A teoria adotada pelo nosso CP é a chamada teoria da
equivalência dos antecedentes causais, também conhecida como teoria da
conditio sine qua non.
Para saber se há nexo causal entre fato e resultado, deve-se utilizar o chamado
processo de eliminação hipotética.
Processo de eliminação hipotética de Tyren.
“Sabemos se um fato é causa do resultado através de um processo de
eliminação mental: se, abstraindo-se o fato, eliminar-se mentalmente o
resultado, dizemos que fato foi causa do resultado. Tomemos o seguinte
exemplo: Caio quer matar Paulo. Para isso compra a arma na loja X, depois
vai até sua residência, toma um copo de água, sai e dirige-se ao local onde se
encontra seu desafeto, dispara a arma, matando Paulo. Para sabermos quais
atos são considerados causa do resultado. Se Caio não tivesse bebido água, o
resultado da morte de Paulo teria acontecido, logo, beber água não é causa do
resultado. Se Caio não tivesse se dirigido ao local onde estava Paulo, o
resultado morte, não teria ocorrido, logo, esse fato é causa do resultado. Se
Caio não tivesse disparado, o resultado morte não teria ocorrido, logo, a
dispara é a causa de sua morte” – Claudio Brandão.
Obs.: No exemplo acima o regresso poderá chegar ao infinito, para evitar a busca
“da causa da causa”, é necessário limitar a formula da conditio sine qua non, isso
se dá através dos elementos subjetivos do tipo, que são: dolo e a culpa, assim
somente inquirirá a causa do resultado no âmbito da ação dolosa ou culposa.
O CP no Art. 13 1 determina que a superveniência de causa relativamente
independente exclua a imputação quando por si só produzir o resultado;
entretanto os fatos anteriores imputam-se a quem o praticou. Vejamos os
exemplos de Nelson Hungria:
1) A com animus necandi desfere um tiro no tórax de B. (Ato continuo), B é
socorrido as pessoas pelo SAMU e levado a um pronto socorro. No caminho do
hospital a ambulância capota e B é projetado para fora de veículo, bate a cabeça na
calçada e falasse por trauma no crânio. Pergunta A responderá por homicídio
consumado? Evidentemente não, pois estamos diante de uma causa superveniente
relativamente independente que, por si só, produziu resultado (a morte não é
decorrentedo tiro no tórax). B não morreu pelo tiro no tórax, mas pelo trauma no
crânio, causado pelo acidente automobilístico (acontecimento extraordinário, fora
do desmembramento normal do fato). Ele responderá pelo fato anteriormente
praticado (Art. 13, 1, 2º parte), por tentativa de homicídio.
2) A com animus necandi desfere um tiro na cabeça de B. Ato continuo, B é
socorrido pelo SAMU e levado ao hospital. No pronto socorro B é submetido a uma
emergência, para a retirada do projétil de sua cabeça, porem sofre uma parada
cardíaca e falece por essa causa. Pergunta: A respondera por homicídio por
homicídio consumado? Sim, nesse caso não houve acontecimento extra ordinário –
fora do desdobramento normal do fatos (tiro na cabeça - socorro pelo SAMU –
cirurgia para extração do projétil – morte por parada cardíaca por interferência
cirurgia).
Tipicidade – é o ultimo elemento do fato típico. A tipicidade, nada mais é do que
a correspondência do fato de vida praticado pelo agente e a descrição típica da lei
penal incriminadora. Ex.: Ao subtrair para si o notebook de B. Há no caso
correspondência com a lei real incriminadora.
Ex.: A subtrai para si o notebook de B. Há no caso correspondência com a lei renal
incriminadora, Art. 155 do CP – furto.
Obs.: Ausente a tipicidade, ter-se-á um fato atípico, um indiferente penal. Ex.: A
em um acesso de raiva danifica seu relógio.
Crime consumado (Art. 14, I, CP).
1) Conceito
2) Consumação em diversas espécies de crime
3) Inter criminis
Conceito: segundo o CP consuma-se o crime quando nele se reúnem todos os
elementos de sua definição. Em outras palavras, “fato consumado é fato típico”,
ocorrer a congruência com todos os elementos de sua definição legal, ou seja, da
descrição típica. Ex.: o homicídio consuma-se no momento da morte da vitima
(morte encefálica)
Consumação em diversas espécies de crimes:
1) Crime de mera conduta - consumação ocorre com a simples atividade do
agente.
2) Crime material - consuma-se com a ocorrência do resultado.
Ex.: Homicídio, peculato.
3) Crime formal - a consumação ocorre com a atividade do agente, pouco
importando a produção do resultado, lembrando que o resultado, se houver,
agrava a pena.
Ex.: ameaça, extorsão mediante sequestro.
4) Culposa - A consumação ocorre com a produção do resultado não querido, isto
é, involuntário.
5) permanente - A consumação se prolonga com o tempo.
Ex.: sequestro, exortação mediante sequestro.
6) Habitual - Só se consuma com a reinteração de atos, isto é, um ato isolado é
considerado atípico.
Ex.: Curandeirismo, casa de prostituição.
Inter Criminis
Conceito: é o caminho / itinerário do crime. Se subdivide em 4 etapas, vejamos:
1) Cogitação: O agente apenas mentaliza, prevê, planeja, representa mentalmente
a pratica do crime. Na expressão dos romanos: das coisas internas não cuida o
pretor romano. É absolutamente impunível (sem exceção).
2) Preparação: São os atos imprescindíveis à execução do crime. Nessa fase
ainda não se iniciou a agressão ao bem jurídico. O agente não começou a realizar o
verbo constate da definição legal. Como regral geral, são impuníveis.
Ex.: Alugar um sitio (para cativeiro); estudo do onde sei que praticar um roubo.
Obs.: O legislador penal pune alguns atos preparatórios como tipos penais
especiais e autônomos. Exemplo – (1) Art. 291 CP (petrechos para falsificação da
moeda); 2) Lei das Contravencoes Penais 3688/41, Art. 25 posse não justificada de
instrumentos utilizados na prática de furto.
3) Execução: Aqui o bem jurídico começa a ser atacado. Nessa fase o agente inicia a
realização do núcleo do tipo (Ex.: ataque ao verbo), e o verbo crime já se torna
punível. Exemplo: A atira em B com animus necandi. Esse tiro é o ato executório e
ofende o bem jurídico tutelado que é a vida humana.
4) Consumação: é o ultimo passo para realização do crime, na consumação dos se
reúnem todos os elementos do tipo penal (conduta, resultado, nexo causal e
tipicidade). Nas palavras de Anibal Bruno: ‘ A consumação é a ultima fase do ato
criminoso. É o momento em que o agente realiza em todos os seus termos o tipo
legal da figura delituosa e em que o bem jurídico penalmente protegido sofre a
lesão efetiva ou ameaça. “Ex.: consuma-se o homicídio quando dispara a arma, o
projétil fere e mata a vitima”.
Crime tentando
1) Conceito: A tentativa é a realização incompleta do tipo penal, do modelo descrito
na lei. Na tentativa há pratica do ato de execução, mas o sujeito não chega a
consumação por circunstancias independentes a sua vontade (ou seja, a
vontade alheia).
Ex.: A atira em B, mas é impedido por C de continuar com a exceção do crime de
homicídio.
2) Modalidades:
· Perfeita: (tentativa acabada, crime falho); nesta modalidade o agente pratica
TODOS os atos de execução, mas o crime não se consuma.
Ex.: A colocar veneno em dose letal na sopa de B, este ingere todo o prato e é
levado ao hospital é salvo pelo medico plantonista.
· Imperfeita: Nessa modalidade o agente não esgota todos os atos de execução
do crime. Ex.: A dispara um tiro contra B, podendo continuar atirando é impedido
por C.
Punição - o crime tentado tem a mesma punição do crime crime consumado.
Segundo o parágrafo único do Art. 14, pune-se a tentativa coma pena do crime
consumado diminuindo de 1/3 a 2/3.
Miguel reli Jr “ Se na tentativa, o dano não se concretiza, prando a conduta na fase
d criação de uma situação perigosa, a pena para ser profissional, não poderia de
sofrer diminuição”.
OBS.: No ordenamento jurídico brasileiro há possibilidade de um crime tentado ter
a mesma posição (punição) de um crime consumado?
R: Em tese não, mas há uma exceção.
Art. 352 – Evasão
Infrações penais que não admitem tentativa:
· Contravenções penais – nenhuma admite tentativa
· Crimes Culposos – se não intenções (um querer), não se tenta o que não se quer
fazer.
· Crimes habituais - pois para existirem devem haver a reinteração de atos. Ex.:
Casa de prostituição.
· Crimes Omissivos – Na simples obtenção do crime esta consumado, Ex: 135 -
omissão de socorro.
· Crimes em que a legislação pune a tentativa como crime consumado. Ex.: Criem
de evasão, fugir ou tentar fugir.
· Crimes em que só há a punição quando houver o resultado, participação em
suicídio, induzir, investigar ou auxiliar.
· Crime preterdoloso – dolo na primeira conduta – culpa da conduta consequente.
Ex.: Lesão corporal seguida de morte.
Teoria geral do Crime
1º parte: desistência voluntaria
2º parte: arrependimento eficaz (Art. 15 CP)
1. Desistência voluntaria - Segundo a nossa legislação o agente que
voluntariamente desiste de prosseguir na Ação só respondera pelos atos
praticados.
“O agente deve renunciar ao propósito criminoso voluntariamente, impõe o
dispositivo, pode não ser espontânea a renuncia e o mesmo assim lhe aproveitará.
Os motivos também contam. “Toda via há de ser voluntaria. Tal ocorre quando
podendo prosseguir na execução o sujeito não o faz. É a formula de Frank: “Posso
prosseguir, mas não quero”.
Obs.: O candidato ao exame da OAB deve ficar atento, pois a desistência voluntaria
é possível na tentativa imperfeita, ou seja, quando o agente não esgota o inter
criminis, e após iniciada a execução, podendo prosseguir, desiste voluntariamente.
Ex.: A tem um revolver municiado com 6 projeteis. Efetua 2 disparos contra B, não
acerta e podendo prosseguir atirando, desiste por sua própria vontade e vai
embora.
· Qual é a diferença entre tentativa (Art. 14, 11) e a tentativa abandonada (Art. 15).
R: Na tentativa, o resultado na se produz em face da interferência de
circunstancias alheias a vontade do agente, que impede o resultado, se o sujeito
não mata a vitima porque não consegue é tentativa (ex. A atira em B, mas é
impedido por C). Agora, se não mata porque mudou de ideia e abandonou a
execução é tentativa abandonada,nesse caso o agente só responderá pelos atos
praticados.
Art. 13, II – omissão.
2. Ponte de ouro
Na desistência voluntária não há punição por crime tentado, pois o crime não
consuma por vontade do agente, já na tentativa o crime não se consuma por
circunstancias alheias a vontade do agente, assim por política criminal, o código
penal faz uma readequação típica mais favorável ao agente, (não responderá por
tentativa, mas sim pelos atos anteriormente praticados)é a chamada ponte de ouro
de Von Liszt.
Ao inimigo que bate em retirada, ponte de ouro que atinja a outra parte do rio.
3. Conceito de arrependimento eficaz
Vem previsto na segunda parte do art. 15 e ocorre quando o agente,
voluntariamente impede que o resultado se produza, como consequência só
responderá pelos atos já praticados. “Aqui o agente após encerar todo o processo
executório, e arrependido, empreende um novo comportamento que de forma
eficiente impede a consumação do delito”.
Ex. A descarrega sua arma de fogo em B, causando vários ferimentos, mas se
arrepende da vontade de matá-lo, ato continuo o leva para o hospital e este é salvo.
4. Conceito de arrependimento posterior
É causa de diminuição de pena nos crimes cometidos sem violência ou grave
ameaça a pessoa, em que o agente, voluntariamente repara o dano ou restitui a
coisa até o recebimento da denuncia ou queixa crime.
Estimular a reparação do dano nos crimes patrimoniais cometidos sem violência
ou grava ameaça.
Requisitos – para que a pena seja diminuída, de 1/3 a 2/3, é necessária a presença
de 4:
�I. Crime cometido sem violência ou grave ameaça a pessoa – a lei só se refere a
violência dolosa, podendo a diminuição ser aplicada aos crimes culposos em que
há violência. Exemplo: lesão corporal culposa, homicídio culposo.
II. Reprodução do dano ou restituição da coisa – devem ser integrais, a não ser que
a vitima ou seus herdeiros aceitem parte.
III. Voluntariedade do agente – a voluntariedade não significa espontaneidade,
vale dizer, a reparação ou restituição por conselho ou sugestão não impede a
diminuição uma vez que o ato, embora não espontâneo, foi voluntário, sendo
assim, aceitou porque quis.
OBS: quanto mais espontânea e rápida for a reparação, maior será a redução 2/3,
quanto mais lenta, menor 1/3.
IV. O arrependimento deve ser até o recebimento da denuncia (nos casos de ações
penais publicas incondicionadas é a petição do Promotor de Justiça) ou até o
recebimento da queixa crime (petição inicial do advogado nos crimes de ação penal
privada).
Crime impossível
Art. 17, CP
Também chamado de tentativa inidônea, inadequada ou quase crime. É aquela
que, pela ineficácia total do meio empregado ou pela impropriedade absoluta
do objeto material, é impossível se consumar.
Hipóteses:
I- Ineficácia absoluta do meio – o meio empregado ou o instrumento utilizado
jamais levarão à consumação. Exemplo: usar uma arma de brinquedo para matar
alguém.
II- Objeto material – aqui a pessoa ou coisa sobre a qual recaia a conduta é
absolutamente inidônea para a produção do resultado lesivo. Exemplo: matar um
cadáver, ingerir substancia abortiva imaginando-se grávida.
III- Súmula 145, STF – flagrante preparado, não há crime quando a preparação do
flagrante pela policia torna impossível a sua consumação.
Constitui crime impossível no flagrante provocado, preparado, delito putativo por
obra do agente provocado. (Damasio)
Cezar Roberto Bitencourt – “Há na hipótese uma representação teatral”: no
flagrante provocado o delinquente é impedido à prática do delito por um agente
provocador (normalmente um agente policial ou alguém a seu serviço). Isso ocorre,
por exemplo, quando a autoridade policial, pretendendo prender alguém contra
quem não tem provas, mas que sabe ser autor de vários, provocação com a
finalidade de prende-lo. Arma-lhe uma cilada. Isto é uma representação, o agente,
sem saber, esta praticando uma encenação teatral. Aqui, o agente não tem
qualquer possibilidade de êxito na operação, configurando-se perfeitamente o
crime impossível.
Dolo e Culpa (art. 18, CP)
Dolo é o elemento subjetivo do tipo, ou seja, a vontade de concretizar o tipo penal.
Dolo direto é a vontade de praticar a conduta e produzir o resultado, o sujeito diz
“vou te matar, eu quero”, ele quer o resultado.
Dolo eventual, diferente de culpa consciente é o que ocorre quando o sujeito
aceita o risco de produzir o resultado, o agente não quer o resultado porque se
assim fosse ocorreria o dolo direto. O dolo eventual não se dirige ao resultado, mas
sim a conduta do agente, percebendo o agente que é possível causar o resultado.
No dolo eventual o agente diz “seja como for, dê no que der, em qualquer caso eu
não deixo de agir”, por exemplo: corrida ilegal.
Bibliografia:
Bibliografia:
Jesus, Damásio de. "Direito Penal Vol. 1 - Parte Geral" - 36ª Ed. 2015
Grecco, Rogério. "Curso de Direito Penal - Parte Geral" - Vol. I - 18ª Ed. 2016
Bitencourt, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal - Vol. 1 - 21ª Ed. 2015
Capez, Fernando. "Curso de Direito Penal - Parte Geral" - Vol. 1 - 20ª Ed. 2016
Autores:�
Alfredo de Aguiar Luz Junior
Gabriela Guimaraes Nassyrios
Pedro Paulo Viana Rossa
Thaís Salomão Salhab
Thaiz Helena Nepomuceno dos Santos
Disponível em: http://gabinassyrios.jusbrasil.com.br/artigos/325457389/principais-topicos-sobre-a-teoria-geral-do-delito-e-teoria-
geral-do-crime

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