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Modos 
de 
Produção Capitalista 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fordismo 
Idealizado pelo empresário estadunidense Henry Ford, o Fordismo é um modelo de produção 
em massa que revolucionou a indústria automobilística, quando introduziu a primeira linha de 
montagem automatizada. Ford utilizou à risca os princípios de padronização e simplificação 
de Frederick Taylor e desenvolveu outras técnicas avançadas para a época. Ele possuía desde a 
fábrica de vidros, a plantação de seringueiras, até a siderúrgica. 
Uma das principais características do Fordismo foi o aperfeiçoamento da linha de montagem. 
Os veículos eram montados em esteiras rolantes que se movimentavam enquanto o operário ficava 
praticamente parado, realizando uma pequena etapa da produção. Desta forma não era necessária 
quase nenhuma qualificação dos trabalhadores. Outra característica é a de que o trabalho é entregue 
ao operário, em vez desse ir buscá-lo, fazendo assim a analogia à eliminação do movimento inútil. 
O método de produção fordista exigia vultosos investimentos e grandes instalações, mas 
permitiu que Ford produzisse mais de 2 milhões de carros por ano, durante a década de 1920. 
Juntamente com o sucesso do Fordismo, com as vendas do lendário modelo "T", surgiu um 
ciclo o qual mudou a vida de muitos americanos da época, o chamado ciclo da prosperidade, graças 
ao aumento de vendas do Ford "T" muitos outros setores tiveram um desenvolvimento substancial, 
setores como o têxtil, siderúrgicas, energia (combustível), entre tantos outros que foram afetados 
direta ou indiretamente com a fabricação desses carros, pois com eles mais rodovias foram 
construídas propiciando uma maior locomoção da população e criando pólos comerciais ao longo de 
sua extensão. 
O Fordismo teve seu ápice no período posterior à Segunda Guerra Mundial, nas décadas de 
1950 e 1960, que ficaram conhecidas na história do capitalismo como Os Anos Dourados. Entretanto, 
a rigidez deste modelo de gestão industrial foi a causa do seu declínio. Ficou famosa a frase de Ford, 
que dizia que poderiam ser produzidos automóveis de qualquer cor, desde que fossem pretos. O 
motivo disto era que a tinta na cor preta secava mais rápido e os carros poderiam ser montados mais 
rapidamente. 
A partir da década de 1970, o Fordismo entra em declínio. A General Motors flexibiliza sua 
produção e seu modelo de gestão e lança diversos modelos de veículos, várias cores e adota um 
sistema de gestão profissionalizado, baseado em colegiados. Com isto a GM ultrapassa a Ford, como 
a maior montadora do mundo. 
Na década de 1970, após os choques do petróleo e a entrada de competidores japoneses no 
mercado automobilístico, o Fordismo e a Produção em massa entram em crise e começam 
gradativamente a serem substituídos pela Produção enxuta, modelo de produção baseado 
no Sistema Toyota de Produção. 
Em 2007 a Toyota torna-se a maior montadora de veículos do mundo e pôe um ponto final no 
Fordismo. 
 
 
Pós Fordismo (Acumulação Flexível) 
O pós-fordismo é um modelo de gestão produtiva que se diferencia do fordismo, no que se 
refere à organização do trabalho e da produção. Assim, ao invés de centrar-se na produção em 
massa, característica do fordismo, o modelo pós-fordista fundamenta-se na idéia de flexibilidade. Por 
isso, trabalha com estoques reduzidos, voltando-se para a fabricação de pequenas quantidades. A 
finalidade desta forma de organização é a de suprir a demanda colocada no momento exato, bem 
como atender um mercado diferenciado, dotado de públicos cada vez mais específicos. Deste modo, 
neste regime os produtos somente são fabricados ou entregues a tempo de serem comercializados 
ou montados. Isto permite que a indústria possa acompanhar as rápidas transformações dos 
padrões de consumo. 
O pós-fordismo pode ser compreendido como um dos paradigmas da teoria do pós-
industrialismo, formulado por pensadores marxistas. Neste sentido, é utilizado para designar um 
novo modelo de gestão produtiva, e também o período de mudanças do capitalismo, que foi 
acompanhado da ascensão de novas configurações da organização industrial e da vida social e 
política. 
Esta crise ocorreu, principalmente, em função da incapacidade do fordismo em absorver as 
demandas geradas pelo sistema capitalista. Esta incapacidade derivava do que se pode chamar de 
rigidez. Qualquer tentativa de superar esses problemas de rigidez esbarrava nas manifestações da 
classe trabalhadora. Então, esta rigidez acabava ultrapassando os compromissos assumidos pelo 
Estado que sob pressão intensificava os investimentos em programas de assistência social. 
Também contribuíram para a crise do fordismo fatores como: 
 Os impactos dos choques do petróleo na economia ocorrido em 1973; 
 O surgimento da concorrência japonesa; 
 Mudanças tecnológicas; 
 Fusões e incorporações de empresas; 
 Desigualdades entre os setores de trabalho no interior do sistema fordista; 
 Surgimento de novas necessidades no que se refere ao consumo. 
A conseqüência de todos estes acontecimentos foi o rompimento dos padrões e práticas 
capitalistas assentadas no modelo produtivo fordista que, conduziu a ascensão de um novo modelo 
de acumulação, associado a um novo sistema de regulamentação política e social, por ele chamado 
de regime de acumulação flexível, mas que para outros autores, pode ser definido como pós-
fordismo. 
Neste regime ocorreu a substituição de um modelo de produção e acumulação calcado na rigidez 
produtiva, por um regime fundamentado em uma maior flexibilidade dos processos, produtos, 
padrões de consumo, mercados e da organização do trabalho. 
O resultado foi à emergência de novos setores de produção, novas modalidades de serviços 
financeiros, novos mercados e, em especial, a ascensão de altas taxas de inovação comercial, 
tecnológica e organizacional, com intuito de garantir que o sistema produtivo seja capaz de operar 
dentro de contextos que exigem rápidas mudanças, adaptando-se continuamente às variações da 
demanda.

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