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Direitos da Personalidade no Direito Civil

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CARREIRA JURÍDICA 
Direito Civil 
Cristiano Chaves 
1 
DIREITOS DA PERSONALIDADE – Parte I 
 
1. Noções conceituais. 
 
Diferenças entre personalidade e capacidade. 
Importância dos direitos da personalidade. 
Evolução da proteção do patrimônio para a 
tutela jurídica avançada da pessoa humana. 
Os direitos da personalidade são direitos 
subjetivos extrapatrimoniais, caracterizando 
uma relação jurídica existencial e garantindo o 
exercício de uma vida digna nas relações 
privadas. 
 
2. A cláusula geral de proteção da 
personalidade (não taxatividade dos direitos da 
personalidade). A dignidade da pessoa 
humana (CF 1o, III) como fundamento da 
proteção da personalidade jurídica. 
Enunciado 274, Jornada de Direito Civil: “Os 
direitos da personalidade, regulados de 
maneira não exaustiva pelo Código Civil, são 
expressões da cláusula geral de tutela da 
pessoa humana, contida no art. 1º, III, da 
Constituição Federal”. 
Conteúdo do princípio da dignidade: 
i) integridade física e psíquica (a Lei 
nº11.346/06 e o direito à alimentação 
adequada); 
ii) liberdade e igualdade (STF, ADIn 4277/DF); 
iii) o direito ao mínimo existencial (a Lei 
nº11.382/06 e o conceito de mínimo para viver 
com dignidade. A questão da penhora do bem 
imóvel de elevado valor – posição do STJ, 
REsp. 715.259/SP). 
 
Aplicação prática. 
 
• AGU/O7: dignidade humana e 
homoafetividade 
* (AGU/04) Redija um texto dissertativo a 
respeito do princípio da dignidade da pessoa 
humana, abordando, obrigatoriamente, os 
seguintes aspectos: princípio da dignidade da 
pessoa humana como limite da atividade dos 
poderes públicos e como tarefa imposta ao 
Estado; relação entre o princípio da dignidade 
humana e os direitos e garantias individuais. 
* (MP/MG/06) Dentro do contexto nacional, 
diversos autores, entre eles Pontes de 
Miranda, Orlando Gomes, Caio Mário, Antônio 
Chaves, Serpa Lopes e outros, definiram os 
direitos da personalidade como direitos 
subjetivos, relacionados, intimamente, com o 
ser humano, bens e valores essenciais à sua 
pessoa. O Código Civil, inovando, dedica um 
capítulo a esses direitos, alicerçado no Direito 
Civil-Constitucional. Tomando por base esses 
direitos de construção recente, formule sua 
dissertação considerando: a) conceitos gerais; 
b) características; c. classificações. O texto 
deverá ter, no máximo, cinqüenta linhas. 
 
3. Direitos da personalidade versus liberdades 
públicas. Correlações. Exemplo: direito de 
locomoção e habeas corpus. 
 
4. Momento aquisitivo dos direitos da 
personalidade. 
 
A concepção e a independência em relação às 
teorias explicativas do nascituro. 
A incidência dos direitos da personalidade a 
partir da concepção (STJ, REsp.399.028/SP). 
Proteção da personalidade do nascituro 
(relações existenciais). 
Direito dos pais de receber indenização por 
danos pessoais causados pela morte do 
nascituro (STJ, REsp 1.120.676/SC). 
A aplicação dos direitos da personalidade ao 
natimorto. Enunciado 1, Jornada de Direito 
Civil: “A proteção que o Código defere ao 
nascituro alcança o natimorto no que concerne 
aos direitos da personalidade, tais como nome, 
imagem e sepultura”. 
A tutela do embrião laboratorial. A Lei 
n.11.105/05, art. 5º e o Enunciado 2, Jornada 
de Direito Civil: “sem prejuízo dos direitos da 
personalidade nele assegurados, o art. 2º do 
Código Civil não é sede adequada para 
questões emergentes da reprogenética 
humana, que deve ser objeto de um estatuto 
próprio”. 
 
Possibilidade de pesquisas com células-tronco 
e a inaplicabilidade dos direitos da 
personalidade aos embriões congelados (STF, 
ADIn 3510/DF). 
A possibilidade de cobrar alimentos gravídicos 
(Lei n.11.804/08). Dificuldade em relação à 
legitimidade. 
5. Momento extintivo dos direitos da 
personalidade. 
A morte como limite dos direitos da 
personalidade. O crime de vilipêndio de 
 
 
 
 
 
 
 
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CARREIRA JURÍDICA 
Direito Civil 
Cristiano Chaves 
2 
cadáver (CP 212). A legitimidade dos familiares 
vivos para requerer revisão criminal (CPP 623). 
A sucessão processual. Art. 43, CPC: 
“Ocorrendo a morte de qualquer das partes, 
dar-se-á a substituição pelo seu espólio ou 
pelos seus sucessores, observado o disposto 
no Art. 265”. 
 
A transmissão do direito à reparação do dano. 
Art. 943, CC: “O direito de exigir reparação e a 
obrigação de prestá-la transmitem-se com a 
herança.” 
 
A proteção dos lesados indiretos. Art. 12, 
Parágrafo Único, CC: “Em se tratando de 
morto, terá legitimação para requerer a medida 
prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente, 
ou qualquer parente em linha reta, ou colateral 
até o quarto grau”. 
 
A tutela dos direitos da personalidade da 
pessoa morta, em favor de seus familiares 
vivos (lesados indiretos). O caso Garrincha 
(STJ, REsp.521.697/RJ). 
Inaplicabilidade da ordem de vocação 
hereditária. 
 
Rol taxativo? 
 
A restrição imposta pelo Art. 20, Parágrafo 
Único, CC: “Em se tratando de morto ou de 
ausente, são partes legítimas para requerer 
essa proteção o cônjuge, os ascendentes ou os 
descendentes.” 
Jornada de Direito Civil, 5: “1) as disposições 
do art. 12 têm caráter geral e aplicam-se, 
inclusive, às situações previstas no art. 20, 
excepcionados os casos expressos de 
legitimidade para requerer as medidas nele 
estabelecidas; 2) as disposições do art. 20 do 
novo Código Civil têm a finalidade específica 
de regrar a projeção dos bens personalíssimos 
nas situações nele enumeradas. Com exceção 
dos casos expressos de legitimação que se 
conformem com a tipificação preconizada 
nessa norma, a ela podem ser aplicadas 
subsidiariamente as regras instituídas no art. 
12”. 
 
O caso Lampião e Maria Bonita (STJ, 
REsp.86.109). 
 
Aplicação prática: 
* (TRF-2aRegião/04) De acordo com o Código 
Civil, é admissível a tutela inibiitória contra a 
ameaça de lesão a direito da personalidade por 
divulgação de relato inverídico relacionado à 
biografia de pessoa já falecida? Em caso 
positivo, quem tem legitimação para postular a 
medida? Em caso negativo, comente a 
omissão legislativa. 
* (MP/DFT/03) Assinale a alternativa correta: c) 
é possível a tutela judicial dos direitos da 
personalidade de pessoa morta. 
 
6. Fontes dos direitos da personalidade: 
jusnaturalistas X positivistas (direitos da 
personalidade como direitos inatos). 
Crítica: o caráter cultural das relações jurídicas 
e os direitos autorais (Lei nº9.610/98). 
Aplicação prática: 
(MP/DFT/02) Julgue os itens a seguir: (...) III. o 
reconhecimento dos direitos da personalidade 
sofreu influência do cristianismo e sua idéia de 
dignidade do homem; 
 
7. Os direitos da personalidade e a pessoa 
jurídica. 
Direitos da personalidade e dignidade da 
pessoa humana. Inaplicabilidade às pessoas 
jurídicas, embora mereçam proteção (atributo 
de elasticidade). 
Art. 52, CC: “Aplica-se às pessoas jurídicas, no 
que couber, a proteção dos direitos da 
personalidade”. 
 
Enunciado 286, Jornada de Direito Civil: “Os 
direitos da personalidade são direitos inerentes 
e essenciais à pessoa humana, decorrentes de 
sua dignidade, não sendo as pessoas jurídicas 
titulares de tais direitos.” 
STJ 227: “A pessoa jurídica pode sofrer dano 
moral”. 
STJ, REsp.433.954 (dano moral por protesto 
indevido de duplicata). 
 
Aplicação prática: 
 
• (MP/DFT/02) Julgue os itens a seguir: (...) 
IV. o STJ possui entendimento sumulado 
no sentido de que a pessoa jurídica pode 
sofrer dano moral. 
* (MP/DFT/03) Julgue os itens abaixo, 
conforme disciplina o Código Civil: (...) I – o 
Código Civil reconhece a possibilidade de as 
 
 
 
 
 
 
 
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CARREIRA JURÍDICA 
Direito CivilCristiano Chaves 
3 
pessoas jurídicas serem titulares de direitos da 
personalidade; 
 
* (AGU/06) A legislação civil assegura a 
indenização por danos morais por violação do 
direito da personalidade não só em favor da 
pessoa natural, mas também da pessoa 
jurídica. Porém, como não se assegurou à 
pessoa jurídica os direitos subjetivos da 
personalidade, admite-se, tão somente, a 
ofensa à chamada honra objetiva, que tem 
repercussão exclusivamente patrimonial, por 
atingir seus resultados econômicos. Portanto, 
entre as pessoas jurídicas, sometne aquelas 
com finalidade lucrativa têm direito a 
indenização por dano moral. 
 
8. Possibilidade de colisão entre os direitos da 
personalidade e a liberdade de comunicação 
social (liberdade de expressão + liberdade de 
imprensa). 
 
Solução pelo uso da técnica de ponderação de 
interesses. 
Eventual responsabilidade civil no caso 
concreto. 
 
STJ 221: “São civilmente responsáveis pelo 
ressarcimento de dano, decorrente de 
publicação pela imprensa, tanto o autor do 
escrito quanto o proprietário do veículo de 
divulgação.” 
STJ 281: “A indenização por dano moral não 
está sujeita à tarifação prevista na Lei de 
Imprensa.” 
 
Inexistência de censura. 
Aplicação do entendimento à liberdade de 
expressão. Inadmissibilidade do hate speech 
(manifestações de ódio, desprezo, intolerância) 
no direito brasileiro. 
 
O caso Ellwanger (STF, HC 82.424/RS). 
 
9. Os direitos da personalidade e as pessoas 
públicas (celebridades). Terceiros-
acompanhantes das pessoas públicas e o seu 
tratamento (O caso Chico Buarque). 
Relativização. Responsabilidade civil das 
pessoas notórias por material publicitário.

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