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Direito Civil: Pessoa Jurídica e suas Classificações

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CARREIRAS JURÍDICAS 
Direito Civil – Módulo I 
Cristiano Chaves 
1 
PESSOA JURÍDICA 
 
Cristiano Chaves de Farias 
Promotor de Justiça do Ministério Público do 
Estado da Bahia 
Professor de Direito Civil do CERS 
 
 
1. A pessoa jurídica e a função social da 
empresa: empresarialidade responsável. 
 
“O sistema jurídico autoriza a 
dissolução, para o bem comum, de 
associação de torcedores que, 
perdendo a ideologia primitiva 
(incentivo a uma equipe esportiva), 
transformou-se em instituição 
organizada para a difusão do pânico e 
terror em espetáculos esportivos, uma 
ilicitude que compromete o esforço do 
direito em manter o equilíbrio de forças 
para o exercício da cidadania digna 
(CF, art. 1º, III, e 217). Incidência do 
art. 21, III, do CC/16 para selar o fim 
do ciclo existencial do Grêmio Gaviões 
da Fiel Torcida” (TJ/SP, Ac. 
3ªCâm.Cív., ApCív. 102.023-4/3, rel. 
Des. Ênio Santarelli Zuliani, 
j.17.10.2000, in RT 786:163) 
 
 
2. Noções conceituais. 
 
Agrupamento de pessoas/destinação 
patrimonial, finalidade específica e lícita, 
constituição na forma da lei. 
Registro e retroatividade. 
Direitos da personalidade. Direito autoral. 
A questão da gratuidade judiciária. STJ, AgRg 
no AREsp 202.953/RJ 
 
 
3. Teoria da independência/autonomia. 
 
Patrimônio e personalidade autônomos. O 
momento existencial e a necessidade de 
autorização. 
 
Os entes despersonalizados. A capacidade 
jurídica e não incidência dos direitos da 
personalidade. A questão do benefício de 
ordem 
 
CC 990 e 1.024. 
Enunciados 58 e 59, Jornadas Direito Civil. 
 
 
4. Classificação. 
 
4.1. Quanto à nacionalidade: nacionais e 
estrangeiras (a questão da reserva de 
mercado). 
 
4.2. Quanto à função exercida: de direito 
público e de direito privado (o critério definidor, 
a responsabilidade civil e o regime patrimonial 
dos bens). 
 
4.3. Quanto à estrutura interna: universitas 
bonorum (destinação de patrimônio) e 
universitas personarum (agrupamento de 
pessoas). 
 
 
5. As associações. 
 
Noções gerais. Finalidade social. 
Possibilidade de tratamento diferenciado de 
associados. 
Exclusão de associado. 
Destinação do patrimônio remanescente. 
 
Art. 55. Os associados devem ter iguais 
direitos, mas o estatuto poderá instituir 
categorias com vantagens especiais. 
 
Art. 56. A qualidade de associado é 
intransmissível, se o estatuto não dispuser o 
contrário. 
 
Art. 57. A exclusão do associado só é 
admissível havendo justa causa, assim 
reconhecida em procedimento que assegure 
direito de defesa e de recurso, nos termos 
previstos no estatuto. 
 
Art. 61. Dissolvida a associação, o 
remanescente do seu patrimônio líquido, 
depois de deduzidas, se for o caso, as 
quotas ou frações ideais referidas no 
parágrafo único do art. 56, será destinado à 
entidade de fins não econômicos designada 
no estatuto, ou, omisso este, por 
deliberação dos associados, à instituição 
municipal, estadual ou federal, de fins 
idênticos ou semelhantes. 
 
 
 
 
 
 
 
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CARREIRAS JURÍDICAS 
Direito Civil – Módulo I 
Cristiano Chaves 
2 
§ 1º Por cláusula do estatuto ou, no seu 
silêncio, por deliberação dos associados, 
podem estes, antes da destinação do 
remanescente referida neste artigo, receber 
em restituição, atualizado o respectivo valor, 
as contribuições que tiverem prestado ao 
patrimônio da associação. 
 
§ 2º Não existindo no Município, no Estado, 
no Distrito Federal ou no Território, em que a 
associação tiver sede, instituição nas 
condições indicadas neste artigo, o que 
remanescer do seu patrimônio se devolverá 
à Fazenda do Estado, do Distrito Federal ou 
da União. 
 
 
6. As fundações. 
 
6.1. Noções gerais e as diferentes fases 
constitutivas. A finalidade fundacional e a 
polêmica da taxatividade do CC. 
 
Art. 62. Para criar uma fundação, o seu 
instituidor fará, por escritura pública ou 
testamento, dotação especial de bens livres, 
especificando o fim a que se destina, e 
declarando, se quiser, a maneira de 
administrá-la. 
 
Parágrafo único. A fundação somente 
poderá constituir-se para fins religiosos, 
morais, culturais ou de assistência. 
 
Enunciado 8, Jornada: “Art. 62, parágrafo 
único: a constituição de fundação para fins 
científicos, educacionais ou de promoção do 
meio ambiente está compreendida no CC, 
art. 62, parágrafo único.” 
 
6.2. Fase de instituição (dotação e insuficiência. 
Transferência contra a vontade do instituidor e 
tutela específica). 
 
Art. 63. Quando insuficientes para constituir 
a fundação, os bens a ela destinados serão, 
se de outro modo não dispuser o instituidor, 
incorporados em outra fundação que se 
proponha a fim igual ou semelhante. 
 
Art. 64. Constituída a fundação por negócio 
jurídico entre vivos, o 
instituidor é obrigado a 
transferir-lhe a propriedade, ou outro direito 
real, sobre os bens dotados, e, se não o 
fizer, serão registrados, em nome dela, por 
mandado judicial. 
 
6.3. Fase de elaboração dos estatutos. A 
atuação do MP. 
 
6.4. Fase de aprovação dos estatutos. A 
atuação do MP e a atuação supletiva do 
Judiciário (procedimento de jurisdição 
voluntária). 
 
6.5. Fase de registro. 
 
6.6. Fiscalização das fundações pelo MP. A 
inconstitucionalidade reconhecida pelo STF, 
ADin 2794/DF. 
 
Art. 66. Velará pelas fundações o Ministério 
Público do Estado onde situadas. 
 
§ 1º Se funcionarem no Distrito Federal, ou 
em Território, caberá o encargo ao Ministério 
Público Federal. 
 
§ 2º Se estenderem a atividade por mais de 
um Estado, caberá o encargo, em cada um 
deles, ao respectivo Ministério Público. 
 
6.7. Alteração estatutária. 
 
6.8. Extinção fundacional e destino do 
patrimônio remanescente. 
 
Art. 69. Tornando-se ilícita, impossível ou 
inútil a finalidade a que visa a fundação, ou 
vencido o prazo de sua existência, o órgão 
do Ministério Público, ou qualquer 
interessado, lhe promoverá a extinção, 
incorporando-se o seu patrimônio, salvo 
disposição em contrário no ato constitutivo, 
ou no estatuto, em outra fundação, 
designada pelo juiz, que se proponha a fim 
igual ou semelhante. 
 
6.9. Questões polêmicas: fundação como sócia-
cotista, prática de ato de improbidade 
administrativa por gestor de fundação; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CARREIRAS JURÍDICAS 
Direito Civil – Módulo I 
Cristiano Chaves 
3 
Aplicação prática: 
 
* (MP/RS) Compete ao Ministério Público 
fiscalizar as fundações: 
 
a) públicas instituídas no seu Estado; 
b) privadas instituídas no seu Estado; 
c) situadas e instituídas no seu Estado apenas; 
d) situadas apenas no seu Estado, competindo 
ao Ministério Público Federal as que se 
situarem em mais de uma unidade da 
federação; 
e) situadas no seu Estado, ainda que instituída 
em outro. 
 
GABARITO OFICIAL – E 
 
 
* (MP/SE / 96) Assinale a regra que se aplica 
às fundações de direito privado: 
 
a) será necessariamente levado a registro o ato 
de instituição da fundação; 
b) o instituidor deverá declarar no ato de 
instituição a maneira de administrar a fundação; 
c) a finalidade da fundação só poderá ser 
alterada por decisão da maioria dos 
competentes para administrá-la e representá-la; 
d) a modificação estatutária que não implicar 
nova modificação de finalidade poderá ser 
aprovada por maioria simples; 
e) da decisão que resolver pela modificação dos 
estatutos da fundação, poderá recorrer 
judicialmente a minoria vencida, desde que o 
faça no prazo de um ano. 
 
GABARITO OFICIAL – C 
 
7. Teoria da aparência e pessoa jurídica. A 
questão da citação. 
 
Aplicação prática: 
 
(MP/MG) Em que consiste a denominada teoria 
da aparência? Dê um exemploem que é 
aplicada. 
 
 
 
 
 
8. Responsabilidade civil e 
penal da pessoa jurídica. 
 
8.1. A responsabilidade penal-ambiental (Lei 
9.605/98). 
 
8.2. A responsabilidade civil. 
 
a) Pessoa jurídica de direito privado 
 
b) Pessoa jurídica de direito público (CF 
37, Par.6º). Inadmissibilidade de denunciação 
da lide (STJ, REsp.44.840-9/SP) 
 
 
9. Desconsideração da personalidade jurídica. 
 
9.1. Noções gerais. 
 
Art. 50, Código Civil: “Em caso de abuso da 
personalidade jurídica, caracterizado pelo 
desvio de finalidade, ou pela confusão 
patrimonial, pode o juiz decidir, a 
requerimento da parte, ou do Ministério 
Público quando lhe couber intervir no 
processo, que os efeitos de certas e 
determinadas relações de obrigações sejam 
estendidos aos bens particulares dos 
administradores ou sócios da pessoa 
jurídica.” 
 
Alcance da desconsideração relativamente aos 
sócios e/ou administradores que praticaram ato 
de administração/gestão. 
 
Jornada 7: “só se aplica a desconsideração 
da personalidade jurídica quando houver a 
prática de ato irregular e, limitadamente, aos 
administradores ou sócios que nela hajam 
incorrido.” 
 
A simples prática de atos ultra vires (excesso de 
mandato ou poder) pelo sócio não justifica, por 
si só, a desconsideração, mas viola a boa-fé 
objetiva e gera responsabilidade da empresa – 
STJ, REsp. 448.471/MG. 
 
9.2. Teorias maior e menor (admissibilidade de 
ambas, em nosso sistema jurídico, CC 50 X 
CDC 28 e Lei n.8884/94, 18 – STJ, REsp. 
279.273/SP) 
 
Jornada 51: “A teoria da desconsideração da 
personalidade jurídica – disregard doctrine – 
fica positivada no novo Código Civil, 
 
 
 
 
 
 
 
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CARREIRAS JURÍDICAS 
Direito Civil – Módulo I 
Cristiano Chaves 
4 
mantidos os parâmetros existentes nos 
microssistemas legais e na construção 
jurídica sobre o tema.” 
 
9.3. Desconsideração inversa. 
 
Jornada 283: “É cabível a desconsideração da 
personalidade jurídica denominada “inversa” 
para alcançar bens de sócio que se valeu da 
pessoa jurídica para ocultar ou desviar bens 
pessoais, com prejuízo a terceiros.” 
 
9.4. Aspectos processuais 
 
a) Possibilidade de desconsideração por 
provocação da própria pessoa jurídica. 
Jornada 285: “A teoria da desconsideração, 
prevista no art. 50 do Código Civil, pode ser 
invocada pela pessoa jurídica em seu favor.” 
 
b) momento oportuno: processo de execução. 
 
c) Impossibilidade de decretação ex officio 
 
d) Legitimidade do MP 
 
 
9.5. Questões polêmicas 
 
Aplicação prática: 
 
* (PGE/MA, 2003) A desconsideração da 
pessoa jurídica para que os efeitos de certas 
relações de obrigações sejam estendidos 
aos bens particulares de seus 
administradores ou sócios é ato 
 
a) privativo do Ministério Público, a bem da 
Fazenda Pública ou de incapazes 
b) que o juiz pode praticar sempre de ofício, 
verificadas as causas legais 
c) do juiz ou de autoridade administrativa 
incumbida da administração fazendária 
d) praticado sob a responsabilidade exclusiva 
da parte, cabendo ao juiz apenas determinar a 
penhora dos bens 
e) do juiz, a requerimento das partes ou do 
Ministério Público, quando lhe couber intervir no 
processo 
 
GABARITO OFICIAL – E 
 
(TJ/MS) Em que consiste a teoria da 
desconsideração da pessoa jurídica? Dê 
exemplo de sua aplicação.

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