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AVAL - DIREITO EMPRESARIAL

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INSTITUTOS CAMBIÁRIOS 
AVAL 
 PROFª MARIA ELCI MOREIRA GALVÃO 
DIREITO EMPRESARIAL II 
 
ESTRUTURA DE CONTEÚDO 
 
UNIDADE II 
Atos cambiais 
2. Aval; 
2.1 Conceito. Características. 
2.2 Diferenças Aval. Fiança 
2.3 Pluralidade de Avais 
2.3.1.Avais Simultâneos. 
2.3.2 Avais Sucessivos. 
2.4.Aplicabilidade do Código Civil 
2.4.1.Consentimento do Cônjuge. 
2.4.2 Nulidade do Aval Parcial 
 AVAL - Conceitos 
“Aval é o ato cambiário pelo qual uma pessoa (avalista) se 
compromete a pagar título de crédito, nas mesmas 
condições que um devedor desse título (avalizado)”. (Fábio 
Ulhoa) 
 
“Entende-se por aval a obrigação cambiária assumida por 
alguém no intuito de garantir o pagamento da letra de 
câmbio nas mesmas condições de um outro obrigado. È 
uma garantia especial, que reforça o pagamento da letra, 
podendo ser prestada por um estranho ou mesmo por 
quem já se haja anteriormente obrigado no título” ( Fran 
Martins). 
 AVAL - Conceitos 
 AVAL 
 
É uma garantia especial, que reforça o pagamento da letra, 
podendo ser prestada por um estranho ou mesmo por quem 
já se haja anteriormente obrigado no título. 
A pessoa que dá a garantia tem o nome de avalista e 
aquela a quem ele se equipara, e por intermédio da qual é 
assumida a obrigação de pagar o título, denomina-se 
avalizado. 
Para assumir tal obrigação o avalista necessita ser capaz, 
como, aliás, deve acontecer com todos quantos se obrigam 
cambialmente 
 AVAL 
Aval é a garantia pessoal de dívida (pagamento), de que a 
obrigação constante do título de crédito será paga por um 
terceiro ou por um dos signatários, (endossante ou o próprio 
sacador avalizam o título). 
 
O aval pode ser prestado mediante a assinatura do avalista 
no anverso do título ou no verso com as seguintes 
expressões: por aval, bom para aval ou qualquer outra 
expressão equivalente. 
O avalista é solidariamente responsável com aquele em 
favor de quem deu o seu aval. 
A sua obrigação é autônoma e equivalente (ele é devedor do 
título da mesma maneira que o avalizado(L.U., art.32). 
 AVAL 
 
Na falta de indicação (aval em branco) de quem está sendo 
avalizado, entende-se que o aval foi dado em favor do 
sacador. (L.U., art. 31) 
Art. 31 LUG. O aval é escrito na própria letra ou numa folha anexa. 
Exprime-se pelas palavras "bom para aval" ou por qualquer fórmula 
equivalente; e assinado pelo dador do aval. O aval considera-se como 
resultante da simples assinatura do dador aposta na face anterior da 
letra, salvo se se trata das assinaturas do sacado ou do sacador. 
O pagamento do título ou o cumprimento da obrigação 
cambiária nas condições nele estabelecidas, tornando-se 
sempre um devedor cambiário de regresso (art. 32.3 LUG e 
art. 899 §1° CC), que por sua vez poderá ser um devedor 
cambiário direto ou indireto 
 AVAL 
Art. 30 LUG. O pagamento de uma letra pode ser no todo ou 
em parte garantido por aval. Esta garantia é dada por um 
terceiro ou mesmo por um signatário da letra. 
Art. 32 LUG. O dador de aval é responsável da mesma 
maneira que a pessoa por ele afiançada [leia-se avalizada]. 
A sua obrigação mantém-se, mesmo no caso de a obrigação 
que ele garantiu ser nula por qualquer razão que não seja 
um vicio de forma. Se o dador de aval paga a letra, fica sub-
rogado nos direitos emergentes da letra contra a pessoa a 
favor de quem foi dado o aval e contra os obrigados para 
com esta em virtude da letra. 
Art. 29 L 7.357/85. O pagamento do cheque pode ser 
garantido, no todo ou em parte, por aval prestado por 
terceiro, exceto o sacado, ou mesmo por signatário do título. 
 Local da aposição do aval: O aval pode ser aposto tanto no 
verso quanto no anverso (frente) do título (art. 31 LUG, 
art. 14 D 2.044/1908; art. 30 L 7.357/85 - lei do cheque e 
art. 898 CC): quando feito no anverso, é feito pela 
simples assinatura; quando feito no verso: deve ser 
precedido das expressões "por aval", "bom para aval", 
"em garantia de …", etc. 
 
 Art. 14 D 2.044/1908. O pagamento de uma letra de câmbio, 
independente do aceite e do endosso, pode ser garantido 
por aval. Para a validade do aval, é suficiente a simples 
assinatura do próprio punho do avalista ou do mandatário 
especial, no verso ou no anverso da letra. 
AVAL 
 AVAL 
Art. 31 L 7.357/85. O avalista se obriga da mesma maneira 
que o avaliado. Subsiste sua obrigação, ainda que nula a 
por ele garantida, salvo se a nulidade resultar de vício de 
forma. Parágrafo único - O avalista que paga o cheque 
adquire todos os direitos dele resultantes contra o avalizado 
e contra os obrigados para com este em virtude do cheque. 
Art. 899 CC. O avalista equipara-se àquele cujo nome 
indicar; na falta de indicação, ao emitente ou devedor final. 
 § 1° Pagando o título, tem o avalista ação de regresso 
contra o seu avalizado e demais coobrigados anteriores. 
 § 2o Subsiste a responsabilidade do avalista, ainda que 
nula a obrigação daquele a quem se equipara, a menos que 
a nulidade decorra de vício de forma 
 Diferença entre aval e fiança 
O Aval e a fiança não se confunde, pois são diferentes. 
 
O aval é de família cambiária, enquanto a fiança é 
contratual. 
 
O aval é válido mesmo se anulada a obrigação do 
avalizado, o que não se pode dizer da fiança. 
 
Não se pode negar que existe ponto comum entre os dois, 
pois, ambos constituem garantia pessoal de um terceiro 
em favor do devedor. 
Diferença entre Aval e Fiança 
 QUADRO COMPARATIVO - AVAL X FIANÇA 
 
AVAL FIANÇA 
 deve ser exarado no próprio título de 
crédito 
A fiança pode ser lançada em 
documento separado 
 é uma garantia cambial a fiança é garantia contratual 
 é uma garantia objetiva a fiança é uma garantia subjetiva 
 é uma relação autônoma A fiança é uma relação acessória 
de um contrato 
a obrigação do avalista é autônoma 
em relação à do avalizado; 
a obrigação do fiador é acessória 
em relação à do afiançado 
o avalista é devedor da mesma forma 
que o avalizado 
o fiador tem o benefício de 
ordem 
Sobre a autonomia do aval - já decidiu o STJ: 
Execução. Nota promissória. Avalista. Discussão sobre a origem do débito. 
Inadmissibilidade. Ônus da prova.– O aval é obrigação autônoma e 
independente, descabendo assim a discussão sobre a origem da 
dívida. – Instruída a execução com título formalmente em ordem, é do 
devedor o ônus de elidir a presunção de liquidez e certeza. Recurso 
especial conhecido e provido (STJ, Resp 190753/SP, Rel. Min. Barros 
Monteiro, DJ19.12.2003, p.467). Direito comercial. Nota promissória. 
Avalista. Discussão da causa debendi. Impossibilidade, como regra. 
Exceções. Má-fé do beneficiário. Nulidade do negócio subjacente por 
erro, dolo ou fraude. Temas não abordados pelas instâncias ordinárias. 
Recurso desacolhido. 
I–Em regra, na linha dos precedentes desta Corte e do Supremo Tribunal 
Federal, não se permite ao avalista da nota promissória opor exceção 
pessoal do avalizado ou discutir a causa debendi. 
II– Excepcionalmente, como nos casos de má-fé do beneficiário do título 
ou de nulidade do negócio subjacente por erro, dolo ou fraude, é dado 
ao avalista a discussão da causa originária da cártula. 
Aval 
Art. 30 L 7.357/85. O aval é lançado no cheque ou na folha de 
alongamento. Exprime-se pelas palavras „‟por aval‟‟, ou 
fórmula equivalente, com a assinatura do avalista. Considera-
se como resultante da simples assinatura do avalista, aposta 
no anverso do cheque, salvo quando se tratar da assinatura 
do emitente. 
Art. 898CC. O aval deve ser dado no verso ou no anverso do próprio 
título. 
 § 1o Para a validade do aval, dado no anverso do título, é suficiente a 
simples assinatura do avalista. 
§ 2o Considera-se não escrito o aval cancelado. 
Data do aval: 
Quando não há data do aval aposto no título, considera-se que 
foi feito antes do vencimento do titulo. 
AVAL 
 Natureza jurídica do aval: 
 
A doutrina majoritária entende que o aval é uma declaração 
unilateral de vontade que consiste em uma garantia 
autônoma, ou seja, se a obrigação do avalizado tiver 
algum defeito, este defeito não poderá ser alegado pelo 
seu avalista. 
Do mesmo modo, as defesas pessoais do avalizado não 
poderão ser alegadas pelo avalista, pois nesta no aval, 
também engloba o principio da autonomia. 
AVAL 
 Efeitos jurídicas do aval: 
O aval dado a alguém, equipara o avalista a mesma 
condição do avalizado (art. 32 LUG). 
EX.: se João dá aval ao endossante José, tanto João 
quanto José encontram-se no mesmo nível obrigacional 
no título de crédito. Se não está especificado quem é o 
avalizado, equipara-se o avalista ao criador do título; art. 
15 D 2.044/1908; art. 899, segunda parte, CC; art. 30, L 
7.357/85 - lei do cheque): 
a) no caso de letra de câmbio, ao sacador; 
b) na nota promissária e ao cheque, ao emitente; 
c) na duplicata, ao comprador 
AVAL 
Art. 32 LUG. O dador de aval é responsável da mesma 
maneira que a pessoa por ele afiançada (avalizada). 
Art. 15 D 2.044/1908. O avalista é equiparado àquele cujo 
nome indicar; na falta de indicação, àquele abaixo de 
cuja assinatura lançar a sua; fora destes casos, ao 
aceitaste e, não estando aceita a letra, ao sacador. 
Art. 899 CC. O avalista equipara-se àquele cujo nome 
indicar; na falta de indicação, ao emitente ou devedor 
final. 
Art. 30 L 7.357/85. O aval é lançado no cheque ou na folha 
de alongamento. (...) 
 Parágrafo único - O aval deve indicar o avalizado. Na falta 
de indicação, considera-se avalizado o emitente 
AVAL 
REQUISITOS DO AVAL 
 
São requisitos do aval a assinatura do próprio punho do 
avalista ou de mandatário especial e que essa assinatura 
seja dada no próprio título, em virtude do princípio da 
literalidade da letra de câmbio. 
Art. 31 LUG. O aval é escrito na própria letra ou numa folha 
anexa. (...) O aval deve indicar a pessoa por quem se dá. 
Na falta de indicação entender-se-á ser pelo sacador. 
Quando lançado no verso da letra, o aval deve constar 
sempre de uma declaração do dador (“Bom para aval” 
ou outra semelhante), assinada pelo o mesmo. 
AVAL 
 Figuras intervenientes no aval 
 Qualquer pessoa com capacidade pode ser avalista. 
Avalista: quem se responsabiliza pelo pagamento, que 
presta o aval. 
Avalizado: quem tem a garantia do pagamento, por quem é 
dado o aval. 
A LUG, silencia sobre a capacidade cambiária, assim a regra 
do art. 42 do D 2.044/1908 prevalece sobre o tema: pode 
assumir obrigações cambiárias quem tem capacidade 
jurídica. 
Art. 42 D 2.044/1908. Pode obrigar-se, por letra de câmbio, 
quem tem a capacidade civil ou comercial. 
AVAL 
 Direitos dos avalistas 
 O avalista que cumpre a obrigação constante no título de 
crédito sub-roga-se dos direitos emergentes do título 
(direito de regresso,art. 899 do CC) contra quem avalizou 
(avalizado) e os demais obrigados para com tal avalizado 
(devedores indiretos). 
Caso haja pluralidade de avalistas, cada um poderá se sub-
rogar da cota parte do aval. 
Art. 899 CC. O avalista equipara-se àquele cujo nome 
indicar (...). 
§ 1° - Pagando o título, tem o avalista ação de regresso 
contra o seu avalizado e demais coobrigados anteriores. 
AVAL 
 Deveres ou obrigações dos avalistas 
O avalista responde pelo pagamento do título perante todos 
os credores do avalizado e da mesma maneira que o 
avalizado: 
a) se o avalizado for devedor direto, o avalista será 
igualmente devedor direto; 
b) se for devedor indireto, o seu avalista será também 
devedor indireto (endossante). 
 
 Ressalta-se que, sendo o aval autônomo em relação à 
obrigação, mesmo que esta desapareça ele continua 
existindo, inclusive se a obrigação for nula (art. 32.2 LUG). 
AVAL 
 RESPONSABILIDADE DO AVALISTA 
 
 O avalista ocupa, na mesma letra, a mesma posição 
daquele a quem avalizou. Não toma o avalista o lugar 
do avalizado pois, na verdade, pagando, poderá 
receber do mesmo a importância paga. Mas, apesar 
disso, a sua obrigação é semelhante à do avalizado, 
pois pode o credor agir contra um ou outro, 
indiferentemente. 
AVAL 
 RESPONSABILIDADE DO AVALISTA 
 
 O avalista quando paga a letra, este adquire os direitos 
emergentes da letra contra o avalizado, podendo 
exercê-los a fim de reembolsar-se do valor pago. Pode 
ele agir contra o avalizado, compelindo-o a efetuar o 
pagamento sem que a recíproca seja verdadeira, já que 
o avalizado, obrigado anterior ao avalista, não tem ação 
contra ele. 
 
 
AVAL 
 Espécies de aval 
O aval pode ser dado em branco ou em preto: 
Aval em branco: essa modalidade de aval não se identifica 
o avalizado e é aposta a assinatura no anverso (frente) 
do título ou no verso dizendo apenas avalizo. 
No caso da letra de câmbio, presume-se em favor do 
sacador (art. 31.4 LUG; art. 77.3 LUG; art. 30 L 7.357/85 
e art. 899, caput, segunda parte, CC); 
Nos demais títulos, cheque (art. 30, parágrafo único da lei 
de cheque), nota promissória e duplicata art. 12 da lei de 
duplicata, em favor do emitente. 
 
AVAL 
 Espécies de aval 
O aval pode ser dado em branco ou em preto: 
Aval em preto- indica-se o sujeito que está sendo avalizado 
Aval em branco – o avalista não indica a quem dá o aval. 
 
Art. 30 L 7.357/85. O aval é lançado no cheque ou na folha de 
alongamento. Parágrafo único - O aval deve indicar o 
avalizado. Na falta de indicação, considera-se avalizado o 
emitente. 
Art. 899 CC. O avalista equipara-se àquele cujo nome indicar; na 
falta de indicação, ao emitente ou devedor final. 
AVAL 
O aval também pode ser parcial ou total (art. 30.1 LUG; 
art. 29 L 7.357/85 - lei do cheque): 
Aval total: é a modalidade de aval que garante a dívida toda. 
Aval parcial - este garante apenas uma parte da obrigação. 
Para que haja o aval parcial é preciso que o avalista insira 
na cártula, no verso ou no anverso, esta peculiaridade, 
uma expressão que o identifique expressamente tal 
manifestação (garantir apenas uma parte da obrigação), 
caso contrário o aval será considerado total. 
Art. 29 L 7.357/85. O pagamento do cheque pode ser garantido, no todo 
ou em parte, por aval prestado por terceiro, exceto o sacado, ou 
mesmo por signatário do título 
Art. 30 LUG. O pagamento de uma letra pode ser no todo ou em parte 
garantido por aval. 
AVAL 
 Aval plúrimo ou pluralidade de avais 
 
 Aval sucessivo ou aval do aval. 
 No aval sucessivo o sujeito da relação cambiária é 
avalizado por um avalista e posteriormente este avalista 
é avalizado por outro avalista e sucessivamente. 
 
 No aval sucessivo, a solidariedade entre os avalistas é 
cambiária e há o direito de regresso apenas em relação 
aos avalistas anteriores, pois os avalistas que 
concederam o aval depois do que realizou o pagamento, 
não serão obrigados ao pagamento. 
AVAL 
 EX.: emitente: A; beneficiário: B; avalista de A: X; avalista 
de X: Y e avalista de Y: Z. Tratando-se de avais 
sucessivos, são obrigados do mesmo grau. Se X pagar o 
título terá ação somente contra A, seu avalizado. Não 
poderiacobrar de Y e Z por serem posteriores. 
 
 B - Beneficiário 
 
 
A X (avalista A) Y (avalista de X) Z (avalista de Y) 
AVAL 
 aval simultâneo ou co-avais: 
 
É a pluralidade de avais concedidos ao mesmo tempo, 
simultaneamente, em relação a uma mesma obrigação 
cambiária, mas são considerados, juntos, como uma só 
pessoa (um só avalista). 
No aval simultâneo a solidariedade é civil, aquele que pagar o 
titulo poderá ingressar com ação de regresso contra todos 
os demais avalistas. 
Ex. emitente: A; beneficiário: B; avalistas de A: X Y e Z. 
Tratando-se de avais simultâneos, se X pagar o título terá 
ação cambiária contra A, seu avalizado. Se cobrar de Y e Z, 
terá apenas cota parte de ⅓ de cada um dos co-avalistas. 
Aval 
Diferença entre o aval sucessivo e o aval simultâneo 
A relação existente entre os avalistas e o credor será a 
mesma tanto no aval sucessivo ou no simultâneo, pois 
credor pode cobrar de um, de alguns ou de todos os 
avalistas, que são devedores diretos, pois avalizam o 
emitente, logo não há necessidade nem mesmo do 
protesto. 
 A diferença entre o aval sucessivo e o aval simultâneo se 
dá na relação interna entre os avalistas, pois: 
• se o aval for sucessivo a solidariedade entre os 
avalistas será cambiária e 
• se o aval for simultâneo a solidariedade entre os 
avalistas é civil. 
Aval 
 Aval após o vencimento do título 
O Decreto 2.044/1908 silencia sobre o tema, o CC, art. 900 trata do 
assunto e o art. 20 da LUG e o art. 27 da Lei 7.3.57/85 - lei do 
cheque, que tratam do endosso póstumo, pode-se, por analogia, 
construir que esse recorte temporal tem relevância na análise 
dos efeitos do aval. Se o endossante póstumo não é devedor 
cambiário, o avalista póstumo também deve ter o mesmo 
tratamento. 
Art. 900 CC. O aval posterior ao vencimento produz os mesmos efeitos do anteriormente 
dado [aval anterior]. 
 Art. 20 LUG. O endosso posterior ao vencimento tem os mesmos efeitos que o endosso 
anterior. Todavia, o endosso posterior ao protesto por falta de pagamento, ou feito depois 
de expirado o prazo fixado para se fazer o protesto, produz apenas os efeitos de uma 
cessão ordinária de créditos. 
Art . 27 L 7.357/85. O endosso posterior ao protesto, ou declaração equivalente, ou à 
expiração do prazo de apresentação produz apenas os efeitos de cessão. 
Aval 
 Aval por mandato – necessidade de poderes especiais 
 
O aval por mandato exige poderes especiais. 
 
O avalista pode obrigar-se mediante assinatura de próprio 
punho ou por procurador a quem tenha conferido “poderes 
especiais” para avalizar. exigência de poderes especiais (art. 
14 do Dec. 2.044/1908). 
 
O art. 8° da LUG, aponta que aquele que não tem poderes para 
apor assinatura na letra, fica responsável pelas obrigações 
nela contida, logo a outorga de poderes especiais sana esse 
problema. 
Aval 
 Art. 14 D 2.044/1908. O pagamento de uma letra de câmbio, 
independente do aceite e do endosso, pode ser garantido por 
aval. Para a validade do aval, é suficiente a simples assinatura 
do próprio punho do avalista ou do mandatário especial, no 
verso ou no anverso da letra. 
Art. 661 CC. O mandato em termos gerais só confere poderes de 
administração. 
Art. 8º LUG Todo aquele que apuser a sua assinatura numa letra, 
como representante duma pessoa, para representar a qual não 
tinha de fato poderes, fica obrigado em virtude da letra e, se a 
pagar, tem os mesmos direitos que o pretendido representado. A 
mesma regra se aplica ao representante que tenha excedido os 
seus poderes. 
Aval 
 Consentimento do cônjuge no aval 
Em regra, os bens do casal não respondem pelas dívidas 
assumidas por um dos cônjuges. O credor deverá provar o 
benefício para o casal de quem prestou o aval. Cabe ao cônjuge 
fazer a prova em contrário. 
O art. 899 CC c/c art. 1.647 III CC, prever a possibilidade de ser 
considerado nulo o aval sem consentimento expresso do 
cônjuge. 
Há críticas doutrinárias acerca do dispositivo e a jurisprudência está 
amplamente inclinada pela não nulidade do aval, mas sim 
preservar a meação do cônjuge prejudicado. 
Art. 899, CC – outorga uxória ou marital, é exigida sob pena de 
nulidade do aval. Exige-se em razão de que com o aval pode 
acabar havendo uma confusão patrimonial. 
Aval 
 Consentimento do cônjuge no aval 
Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos 
cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime da 
separação absoluta: 
III - prestar fiança ou aval; 
 “APELAÇÃO CÍVEL. EMBARGOS DE TERCEIRO. AVAL. 
AUSÊNCIA DE OUTORGA UXÓRIA. NULIDADE. 
INEXISTÊNCIA. INEFICÁCIA APENAS QUANTO AO CÔNJUGE. 
O desatendimento da autorização do cônjuge para a prestação 
de fiança ou aval não importa em nulidade, mas apenas em 
ineficácia em relação à sua meação do patrimônio comum do 
casal. Inteligência do artigo 1.647, II, CCB.” (TJMG, AC n° 
1.0073.05.021706-3/001, 13ª CC, Rel. Des. Luiz Carlos Gomes 
da Mata, J. 25/11/2010, Publ 19/01/2011.) 
Aval 
 Cancelamento e extinção do aval. 
 A extinção do aval ocorrerá pelas seguintes razões: 
a) pelo pagamento: meio comum para extinção de uma 
obrigação, extingue-se a vida cambiária do título por 
ocorrer pagamento extintivo. 
 b) pela decadência: 
• na falta de protesto, em se tratando de avalista de devedor 
indireto de letra de câmbio, nota promissória ou duplicata 
(art. 53 LUG e art. 13 § 4° L 5.474/68 - lei da duplicata); ou 
• pela não apresentação no prazo legal ao banco sacado ou 
pela não comprovação da recusa de pagamento, ambos no 
caso de cheque. 
Aval 
 Cancelamento e extinção do aval. 
 A extinção do aval ocorrerá pelas seguintes razões: 
 
c) pela anulação: nas causas referidas no art. 171 CC 
d) pela prescrição cambiária: (art. 70 LUG, art. 59 L 
9999/99 - lei do cheque e art. 18 L 5.474/68 - lei da 
duplicata) 
e) pelo cancelamento da assinatura do avalista. Art. 
44, §1° D 2.044/1908 - Para os efeitos cambiais, são 
consideradas não escritas: 
 § 1º Para os efeitos cambiais, o endosso ou aval 
cancelado é considerado não escrito 
 
Aval 
 Aval parcial. 
A doutrina é divergente ao tratar do aval parcial, posto que há um 
conflito de leis, entre o Código Civil e a LUG, uma antinomia 
jurídica, mas a solução é, de certa forma, simples A LUG trata do 
tema nos art. 30, prevendo o aval parcial: 
Art. 30 LUG.O pagamento de uma letra pode ser no todo ou em parte 
garantido por aval. O Código Civil trata diferentemente e, 
expressamente, vedou o aval parcial 
Art. 897 CC. O pagamento de título de crédito, que contenha obrigação de 
pagar soma determinada, pode ser garantido por aval. Parágrafo único. 
É vedado o aval parcial. 
 O art. 903 do CC determina que deve prevalecer o disposto nas leis 
especiais, entretanto é imprescindível que o aval parcial conste 
literalmente na cártula, face ao principio da literalidade, caso contrário a 
vedação prevalece. 
Aval 
 CASO CONCRETO 
CASO CONCRETO: Ao receber uma letra de câmbio por 
endosso, Augusto exigiu de Bernardo um avalista, mesmo a 
letra já aceita e com a assinatura do sacador e de mais três 
endossantes. Assim, Bernardo conseguiu com seu pai o aval, 
porém este não indicou que Bernardo seria seu avalizado e o 
fez na modalidade parcial. 
Indaga-se: 
1. Determine a responsabilidade do avalista nesse título. 
 
2. É possível a modalidade parcial do aval? 
EXERCÍCIO - QUESTÃO OBJETIVA 
 
QUESTÃO OBJETIVA: O aval 
 A) tem o mesmo efeito do endosso no título de crédito cambial. 
B) tem omesmo efeito de uma cessão do título de crédito 
cambial. 
C) é garantia de pagamento dos contratos públicos e privados. 
D) é uma garantia de pagamento. 
 
CASO CONCRETO – 
(EXAME DE ORDEM UNIFICADO FGV) 
Alan saca uma letra de câmbio contra Bernardo, tendo como 
beneficiário Carlos. Antes do vencimento e da apresentação 
para aceite, Carlos endossa em preto a letra para Eduardo, que, 
na mesma data, a endossa em preto para Fabiana. De posse do 
título, Fabiana verifica que na face anterior da letra há a 
assinatura de Gabriel, sem que seja discriminada a sua 
responsabilidade cambiária. 
Com base nessa questão, responda aos itens a seguir. 
A) Gabriel poderá ser considerado devedor cambiário? 
B) Caso Fabiana venha a cobrar o título de Gabriel e ele lhe 
pague, poderia este demandar Eduardo em ação cambial 
regressiva? Responda justificadamente, empregando os 
argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal 
pertinente ao caso. 
QUESTÃO OBJETIVA - 
QUESTÃO OBJETIVA 1(EXAME DE ORDEM UNIFICADO 
FGV) 
Em relação ao Direito Cambiário, é correto afirmar que: 
(A) o aceite no cheque é dado pelo banco ou instituição 
financeira a ele equivalente, devendo ser firmado no verso 
do título. 
(B) a duplicata, quando de prestação de serviços, pode ser 
emitida com vencimento a tempo certo da vista. 
(C) o protesto é necessário para garantir o direito de 
regresso contra o(s) endossante(s) e o(s) avalista(s) do 
aceitante de uma letra de câmbio. 
(D) o aval dado em uma nota promissória pode ser parcial, 
ainda que sucessivo. 
 
QUESTÃO OBJETIVA - 
2- (EXAME DE ORDEM UNIFICADO FGV) 
Em relação aos Títulos de Crédito, é correto afirmar que, 
quando 
(A) presente na letra de câmbio, a cláusula não à ordem, 
impede a circulação do crédito. 
(B) insuficientes os fundos disponíveis, o portador de um 
cheque pode requerer a responsabilidade cambiária do 
banco sacado pelo seu não pagamento. 
(C) firmado em branco, o aval na nota promissória é 
entendido como dado em favor do sacador. 
(D) não aceita a duplicata, o protesto do título é a 
providência suficiente para o ajuizamento da ação de 
execução contra o sacado.

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