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DUPLICATA - DIREITO EMPRESARIAL

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Aula: 12 
DUPLICATA 
 PROFª MARIA ELCI MOREIRA GALVÃO 
DIREITO EMPRESARIAL II 
 
ESTRUTURA DE CONTEÚDO 
 
UNIDADE IV 
 
Duplicata mercantil e de Serviços: 
 4.3.1. Noções gerais e requisitos 
 4.3.2. Fatura; 
 4.3.3. Ações fundadas na duplicada e triplicata; 
 
 
 Duplicata. 
Conceito: 
 
É um título de crédito formal, que consiste em um saque 
fundado em crédito concedido pelo vendedor ao comprador, 
baseado em contrato de compra e venda mercantil ou de 
prestação de serviços celebrado entre ambos, cuja 
circulação é possível mediante endosso. 
 
É uma ordem de pagamento do preço estipulado numa 
compra e venda mercantil ou na prestação de serviços. 
 
 Duplicata. 
A duplicata é regulada por lei específica - L 5.474/68 - e, 
no que couber, aplica-se o D 57.663/66 – LUG. 
 
A duplicata é título de crédito formal, pois deve conter 
os requisitos próprios elencados no arts. 1° e 2° da Lei 
5.474/68. 
 
É um título de natureza vinculada, ou seja, apesar de 
serem autônomas as relações, o princípio da autonomia 
não se perfaz totalmente por estar, a duplicata, vinculada 
a um contrato de compra e venda mercantil ou de 
prestação de serviços. 
 
 Duplicata. 
Fatura: É o documento representativo do contrato de compra 
e venda mercantil, de emissão obrigatória pelo comerciante, 
por ocasião da venda de produto ou de serviço, descrevendo 
o objeto do fornecimento, quantidade, qualidade e preço 
além de outras circunstâncias de acordo com os usos da 
praça. Só pode ser emitida duplicata em compra e venda 
mercantil ou em prestação de serviços. Não pode ser emitida 
em negócios civis 
 
A fatura em si não é título de crédito, o que será título de 
crédito é a duplicata que se extrai da fatura. A fatura é a 
representação de um contrato de compra e venda havido 
entre um empresário e outra pessoa. Assim, para haver 
duplicata deve haver, necessariamente, a emissão de uma 
fatura. 
 Duplicata – Nota fiscal 
NOTA FISCAL 
 
Nota fiscal é o documento que comprova a entrega ou 
saída de mercadorias de estabelecimento empresarial e 
acompanha sua entrega ao destinatário, contendo dados 
que identifiquem, para fins fiscais. E documento 
comprobatório de realização de um fato sujeito à 
fiscalização tributária, relativo a coisa móveis ou 
semoventes. 
 Duplicata. 
Origem. 
A duplicata é um título de crédito criado pelo direito 
brasileiro. O Código Comercial, de 1850, impunha aos 
comerciantes atacadistas a fatura, a relação por escrito das 
mercadorias entregues. Assim nascia a duplicata como 
instrumento de política fiscal, que controlava a incidência do 
imposto do selo. 
Os comerciantes, ao realizarem operações de venda, eram 
obrigados a emitir a duplicata e, ao assiná-la, deviam utilizar 
os selos, adquiridos nas repartições fiscais. 
O uso da duplicata migrou da política fiscal para política 
comercial e se desenvolveu a largos passos pelo quase 
desuso da letra de câmbio pelo comércio, e pela elaboração 
de regulação mais apropriada ao comércio. 
 Duplicata. 
Causalidade da duplicata 
A duplicata é um título de crédito causal, eis que só pode ser 
emitido na ocorrência de uma hipótese legal – a compra e 
venda (arts. 1° e 2° L 5.474/68), diferente do que ocorre com 
o cheque e a nota promissória. 
 
Se a duplicata for emitida fora dessas hipóteses, não tem 
validade como título de crédito, sendo meramente um 
documento representativo da dívida. 
 
A lei penal, para reprimir o mau uso do título, contempla no 
art. 172 pena para emissão de duplicata em desacordo com 
a fatura, tal dispositivo foi incluído pelo art. 26 L 5.474/68 - lei 
das duplicatas. 
 Duplicata. 
 
Causalidade da duplicata 
 
Art. 172 CP Emitir fatura, duplicata ou nota de venda que não 
corresponda à mercadoria vendida, em quantidade ou 
qualidade, ou ao serviço prestado. Pena - detenção, de 2 
(dois) a 4 (quatro) anos, e multa. 
 
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrerá aquele que 
falsificar ou adulterar a escrituração do Livro de Registro de 
Duplicatas. 
 Duplicata. 
 
A lei não admite a emissão de uma duplicata representativa 
de mais de uma fatura (art. 2° §2° L 5.474/68). 
Sendo o preço da venda parcelado (art. 2° §3° L 5.474/68), 
será possível ao vendedor optar pelo saque de uma única 
duplicata, em que se discriminem os diversos vencimentos, 
ou pela emissão de uma duplicata mercantil para cada 
parcela, as quais terão o mesmo número de ordem, 
discriminadas, no entanto, pelo acréscimo de uma letra do 
alfabeto (ex.: NF 3313-A, NF 3313-B). 22.4. 
 
Figuras intervenientes na duplicata 
• emitente, que é o vendedor ou prestador de serviços, 
• sacado, necessariamente o comprador. 
 Duplicata. 
 Natureza Jurídica da duplicata 
É pacífico o entendimento doutrinário de que a duplicata não 
pode ser considerada um título de crédito próprio, porque 
não consubstancia operação de crédito. 
A natureza jurídica da duplicata é de um título de crédito 
impróprio principalmente por ser causal, cuja existência está 
intrinsecamente ligada à extração da fatura. 
 
Sem compra e venda mercantil ou prestação de serviços não 
existe duplicata. 
 
Não é título cambiário, pois sua criação precípua não foi para 
circular. É título assemelhável aos títulos de crédito para fim 
de circulação por endosso. 
 Duplicata. 
 A dinâmica de uso da duplicata está dividida em quatro 
fases: emissão, remessa, aceite e devolução 
 
I- Emissão da duplicata: a fatura é a representação de um 
contrato de compra e venda ou de prestação de serviços 
havido entre um empresário e outra pessoa, empresária ou 
não. No caso de compra e venda, se o lapso temporal entre 
a entrega da mercadoria e o pagamento, seja superior ou 
igual a 30 dias a emissão, será obrigatória a emissão da 
fatura (art. 1º L 5.474/68), caso contrário será facultativa (art. 
3º, §2º L 5.474/68). 
No caso de prestação de serviços a emissão será sempre 
facultativa (art. 20 L 5.474/68), posto que a legislação não 
faz menção sobre tais prazos. 
 Duplicata. 
 A dinâmica de uso da duplicata está dividida em quatro 
fases: emissão, remessa, aceite e devolução 
I- emissão 
Da fatura extrai-se a duplicata. Em todos os casos 
anteriores, se o credor quiser circular o crédito terá de emitir 
a duplicata para documentar o crédito do vendedor em 
relação ao comprador e torná-lo indiscutível, líquido, certo e 
exequível judicialmente. 
Art. 1º L 5.474/68. Em todo o contrato de compra e venda mercantil entre 
partes domiciliadas no território brasileiro, com prazo não inferior a 30 
(trinta) dias, contado da data da entrega ou despacho das mercadorias, o 
vendedor extrairá a respectiva fatura para apresentação ao comprador. § 
1º A fatura discriminará as mercadorias vendidas ou, quando convier ao 
vendedor, indicará somente os números e valores das notas parciais 
expedidas por ocasião das vendas, despachos ou entregas das 
mercadorias. 
 Duplicata. 
 A dinâmica de uso da duplicata está dividida em quatro 
fases: emissão, remessa, aceite e devolução 
I- emissão 
Art. 20 L 5.474/68. As empresas, individuais ou coletivas, fundações ou 
sociedades civis, que se dediquem à prestação de serviços, poderão, também, 
na forma desta lei, emitir fatura e duplicata. 
Art. 3º L 5.474/68. A duplicata indicará sempre o valor total da fatura, ainda que o 
comprador tenha direito a qualquer rebate, mencionando o vendedor o valor 
líquido que o comprador deverá reconhecer como obrigação de pagar. 
 § 1º Não se incluirãono valor total da duplicata os abatimentos de preços das 
mercadorias feitas pelo vendedor até o ato do faturamento, desde que constem 
da fatura. 
§ 2º A venda mercantil para pagamento contra a entrega da mercadoria ou do 
conhecimento de transporte, sejam ou não da mesma praça vendedor e 
comprador, ou para pagamento em prazo inferior a 30 (trinta) dias, contado da 
entrega ou despacho das mercadorias, poderá representar-se, também, por 
duplicata, em que se declarará que o pagamento será feito nessas condições 
 Duplicata. 
 A dinâmica de uso da duplicata está dividida em quatro 
fases: emissão, remessa, aceite e devolução 
I- emissão 
Requisitos para emissão da duplicata 
Vejamos: 
a) deve constar a denominação “duplicata”, por se tratar de 
cláusula cambiária 
b) a data de sua emissão: objetiva informar se o título foi 
extraído dentro do prazo legal. 
c) número da fatura: a duplicata é título causal e só poderá 
ser extraída em decorrência de fatura que comprove a 
compra e venda mercantil ou a prestação de serviços. A 
duplicata tem sua origem na fatura sem ser, no entanto, sua 
cópia ou reprodução. 
 Duplicata. 
 A dinâmica de uso da duplicata está dividida em quatro 
fases: emissão, remessa, aceite e devolução 
I- emissão - Requisitos para emissão da duplicata 
Vejamos: 
d) número de ordem: serve para determinar a quantidade de 
títulos semelhantes extraídos pelo vendedor e para 
diferenciá-lo dos demais títulos. Assim, toda fatura deve 
conter um número que vai individualizar aquele documento. 
Esse número deve ser repetido na duplicata, para vincular a 
duplicata à fatura. 
e) época do vencimento ou a declaração de que é à vista, 
quando o for: sendo título causal, a duplicata só pode ter 
vencimento com data certa ou à vista, não se admitindo, 
portanto, vencimento a tempo certo de data ou a tempo certo 
de vista 
 Duplicata. 
 A dinâmica de uso da duplicata está dividida em quatro 
fases: emissão, remessa, aceite e devolução 
I- emissão - Requisitos para emissão da duplicata 
Vejamos: 
f) nome e domicílio do vendedor e do comprador: visam a 
identificar as partes da compra e venda mercantil devendo o 
vendedor ser comerciante, mas o comprador pode ser ou 
não, sem que o documento deixe de ter natureza mercantil. 
 
 g) importância a pagar, em algarismos e por extenso: a 
duplicata só pode ser expressa em moeda nacional, sob 
pena de nulidade, ainda mais que o vendedor e o comprador 
devem ser domiciliados no Brasil. 
 Duplicata. 
 A dinâmica de uso da duplicata está dividida em quatro 
fases: emissão, remessa, aceite e devolução 
I- emissão - Requisitos para emissão da duplicata 
Vejamos: 
h) local do pagamento: visa identificar a cidade onde a 
duplicata deverá ser paga e que normalmente corresponde 
ao domicílio do comprador. Mas isto pode ser convencionado 
entre as partes. 
i) cláusula à ordem: é cláusula importante para a 
transmissão da duplicata por endosso, porque a L 5.474/68 
não contém regra equivalente art. 11.1 da LUG, pela qual a 
cambial é transmissível por endosso mesmo que não 
envolva a cláusula à ordem. 
 Duplicata. 
 A dinâmica de uso da duplicata está dividida em quatro 
fases: emissão, remessa, aceite e devolução 
I- emissão - Requisitos para emissão da duplicata 
Vejamos: 
j) declaração do reconhecimento de sua exatidão e da 
obrigação de pagá-la, a ser assinada pelo comprador, como 
aceite cambial considerando que a duplicata é título causal, 
este requisito visa à dação de aceite pelo sacado da 
duplicata e ao mencionar que a declaração do 
reconhecimento da exatidão da duplicata e da obrigação de 
pagá-la deve ser assinada pelo comprador, como aceite 
cambial, torna obrigatório o aceite na duplicata, diferente do 
que ocorre com a letra de câmbio, em que o aceite é ato 
facultativo. 
 Duplicata. 
 A dinâmica de uso da duplicata está dividida em quatro 
fases: emissão, remessa, aceite e devolução 
I- emissão - Requisitos para emissão da duplicata 
Vejamos: 
k) assinatura do emitente a duplicata nasce com o ato 
cambiário do saque pelo vendedor ou prestador de serviços. 
O saque corresponde a uma declaração cambiária originária, 
porque é a primeira manifestação de vontade que se 
consubstancia no título, dando vida à duplicata. 
 
Art. 24 L 5.474/68. Da duplicata poderão constar outras 
indicações, desde que não alterem sua feição característica. 
 
 Duplicata. 
 A dinâmica de uso da duplicata está dividida em quatro 
fases: emissão, remessa, aceite e devolução 
II- remessa da duplicata 
Remessa da duplicata para cobrança depois de emitida, a 
duplicata deve ser remetida ao comprador/devedor, no prazo 
de 30 dias, contado da data de sua emissão (próprio credor) 
ou de 10 dias contados da data de seu recebimento na praça 
de pagamento (instituição financeira), para que possa esse 
conferir os dados que constem do título, o que configurará a 
duplicata como papel indiscutível e exequível. 
 Duplicata. 
 A dinâmica de uso da duplicata está dividida em quatro 
fases: emissão, remessa, aceite e devolução 
II- remessa da duplicata. 
Art. 6º L 5.474/68. A remessa de duplicata poderá ser feita diretamente 
pelo vendedor ou por seus representantes, por intermédio de instituições 
financeiras, procuradores ou, correspondentes que se incumbam de 
apresentá-la ao comprador na praça ou no lugar de seu estabelecimento, 
podendo os intermediários devolvê-la, depois de assinada, ou conservá-
la em seu poder até o momento do resgate, segundo as instruções de 
quem lhes cometeu o encargo. 
§ 1º O prazo para remessa da duplicata será de 30 (trinta) dias, contado 
da data de sua emissão. 
§ 2º Se a remessa for feita por intermédio de representantes instituições 
financeiras, procuradores ou correspondentes estes deverão apresentar 
o título, ao comprador dentro de 10 (dez) dias, contados da data de seu 
recebimento na praça de pagamento 
 Duplicata. 
 A dinâmica de uso da duplicata está dividida em quatro 
fases: emissão, remessa, aceite e devolução 
III- aceite da duplicata. 
Aceite da duplicata. Emitida e remetida ao 
devedor/comprador, resta o devedor dar o aceite no título, 
Podem ser subdivididas em aceite ordinário, por 
comunicação e por presunção: 
a) aceite ordinário: resulta da assinatura do comprador 
aposta no local apropriado da duplicata (art. 7° caput L 
5.474/68). 
 
O CMN aponta o canto inferior esquerdo do título. Entretanto 
se a duplicata é emitida por meio eletrônico, o aceite não é 
materializável por mera "assinatura de próprio punho". 
 Duplicata. 
 A dinâmica de uso da duplicata está dividida em quatro 
fases: emissão, remessa, aceite e devolução 
 
III- aceite da duplicata. - por comunicação e por presunção: 
 
b) aceite por comunicação: resulta da comunicação, por 
escrito, ao vendedor, de seu aceite, quando da retenção da 
duplicata pelo comprador, devidamente autorizado pela 
instituição bancária cobradora (art. 7°, §1° L 5.474/68). 
 
Está quase em total desuso, pela inclinação do comércio a 
utilização quase exclusiva de meios eletrônicos de registro 
de crédito. 
 Duplicata. 
 A dinâmica de uso da duplicata está dividida em quatro 
fases: emissão, remessa, aceite e devolução 
 
III- aceite da duplicata. por presunção: 
c) aceite por presunção: resulta do recebimento da 
mercadoria, com ou sem devolução do título ao vendedor, 
sem qualquer recusa formal. 
O comprovante de recebimento ("canhoto" da nota fiscal) 
devidamente assinado é a forma mais comum. 
 Art. 7º L 5.474/68.A duplicata, quando não for à vista, deverá ser devolvida pelo 
comprador ao apresentante dentro do prazo de 10 (dez) dias, contado da data de 
sua apresentação, devidamente assinada ou acompanhada de declaração, por 
escrito, contendo as razões da falta do aceite. 
§ 1º Havendo expressa concordância da instituição financeira cobradora, o 
sacado poderá reter a duplicata em seu poder até a data do vencimento, desde 
que comunique, por escrito, à apresentante o aceite e a retenção. 
 Duplicata. 
 Recusa do aceite da duplicata. 
 
O aceite da duplicata é obrigatório, mas não irrecusável. 
 
Pode haver a recusa do aceite quando: 
a)houver avaria ou não recebimento das mercadorias, 
b)não expedidas ou não entregues por conta e risco do 
comprador; 
c)houver vícios, defeitos e diferenças na qualidade ou na 
quantidade das mercadorias, devidamente comprovados; 
d)ou ainda quando houver divergência nos prazos ou preços 
ajustados, conforme rol do art. 8º L 5.474/68. 
 Duplicata. 
 Recusa do aceite da duplicata. 
Há divergência doutrinária se esse rol é ou não taxativo, mas 
majoritariamente se entende que é taxativa. Porém, com a 
evolução das tecnologias tanto pelo viés do registro, como 
pelas transações, devemos acompanhar as oscilações dos 
entendimentos jurisprudenciais. 
 
Art. 8º L 5.474/68. O comprador só poderá deixar de aceitar a duplicata 
por motivo de: 
I - avaria ou não recebimento das mercadorias, quando não expedidas 
ou não entregues por sua conta e risco; 
 II - vícios, defeitos e diferenças na qualidade ou na quantidade das 
mercadorias, devidamente comprovados; 
 III- divergência nos prazos ou nos preços ajustados. 
 Duplicata. 
Suprimento do aceite da duplicata 
O aceite pode ser suprido, no caso de recusa, nas seguintes 
situações: 
a) Se o sacado declarar, por escrito, a retenção da duplicata, 
com consentimento do credor/sacador. Esse documento 
(declaração por escrito) supre o aceite que não foi dado. 
Esse entendimento se dá pela leitura do art. 7°, L 5.474/68. 
b) Se a duplica for protestada por falta de aceite, podendo o 
sacado, caso se oponha, ajuizar as medidas cabíveis, como 
o cancelamento ou sustação do aceite. (art. 15 L 5.474/68). 
c) Se a duplicata for protestada por indicação, quando da 
falta de restituição do título ao vendedor (art. 15, §2° L 
5.474/68) 
 Duplicata. 
Suprimento do aceite da duplicata 
O aceite pode ser suprido, no caso de recusa, nas seguintes 
situações: 
 Art. 15 L 5.474/68. A cobrança judicial de duplicata ou 
triplicata será efetuada de conformidade com o processo 
aplicável aos títulos executivos extrajudiciais (...) 
 
§2° – quando o comprador não restituiu o título ao vendedor, 
o protesto pode ser feito por indicações do credor fornecidas 
ao cartório de protesto. Neste caso é permitido o Exercício 
de direito cambiário sem a posse do título, eis que prescinde 
de exibição da cártula. 
 Duplicata. 
 Devolução da duplicata após aceite 
 
 Passada a emissão, a remessa e o aceite, o próximo passa 
é a devolução do título ao credor. 
Temos duas situações dessa ocorrência: 
a) feito o aceite de duplicata, cuja pagamento não é à vista, o 
devedor/comprador deverá devolvê-la ao representante, no 
prazo de 10 dias da data de sua apresentação (art. 7° caput 
L 5.474/68); e 
b) não feito o aceite na duplicata, o devedor/comprador 
deverá devolvê-la ao apresentante, no mesmo prazo, 
acompanhado de declaração, por escrito, das razões da falta 
do aceite (art. 8º L 5.474/68) 
 Duplicata. 
Retenção da duplicata pelo sacado 
 
A devolução da duplicata é obrigatória, mas não irrecusável. 
Havendo concordância expressa da instituição financeira 
cobradora, o sacado poderá reter a duplicata em seu poder 
até a data de seu vencimento, desde que comunique, por 
escrito, à apresentante, que promoveu o aceite da duplicata 
e pretende retê-la até a sua liquidação (art. 7° caput L 
5.474/68). 
Esta declaração substituirá a duplicata no ato do protesto ou 
na execução judicial, nos casos em que esses 
procedimentos se façam necessários. 
 Duplicata. 
 
 Endosso da duplicata 
 
 A duplicata é emitida com cláusula à ordem conforme 
determina o art. 2° §1° VII L 5.474/68, o que significa que é 
transmissível via endosso. 
Aplica-se todas as regras do endosso já vistas na letra de 
câmbio, inclusive com a colocação da cláusula não à ordem, 
quando então será apenas transferida mediante cessão de 
crédito. 
Entretanto a doutrina majoritária entende que não cabe 
nenhum endosso com cláusula sem garantia na duplicata, 
por força do art. 18 ,§2 da Lei 5.474/68. 
 Duplicata. 
 Aval da duplicata 
Do mesmo modo que o endosso, também cabe o uso do 
aval nas duplicatas (art. 12 L 5.474/68). 
a) aval em preto: está expressamente indicado quem é o 
avalizado; 
b) aval em branco: não está expressamente indicado quem 
será o avalizado, é prestado em favor daquele cuja 
assinatura estiver acima da do avalista, ou, se inexistir uma 
assinatura assim situada, em favor do comprador /sacado. 
c) aval póstumo: dado posteriormente ao vencimento do 
título, que pode também ser levado a protesto, tendo o 
mesmo efeito do que o aval prestado anteriormente. 
 Duplicata. 
 Aval da duplicata 
 
 Art. 12 L 5.474/68. O pagamento da duplicata poderá ser 
assegurado por aval, sendo o avalista equiparado àquele 
cujo nome indicar; na falta da indicação, àquele abaixo de 
cuja firma lançar a sua; fora desses casos, ao comprador. 
 
 Parágrafo único. O aval dado posteriormente ao vencimento 
do título produzirá os mesmos efeitos que o prestado 
anteriormente àquela ocorrência. 
 Duplicata. 
Protesto e Ação de Cobrança: 
 
 A duplicata poderá ser protestada por falta de aceite, por 
falta de devolução e por falta de pagamento. 
O prazo para protesto é de 30 dias a contar da data do 
vencimento. 
O protesto pode ocorrer mediante a prova de remessa ou 
entrega de mercadoria. Essa forma de protesto supre a falta 
de aceite, podendo servir de subsídio para fundamentar a 
ação de cobrança, pois, de acordo com a Lei 5.474/68, a 
duplicata é Título Executivo Extrajudicial. 
 Duplicata. 
 
 Triplicata 
 No caso de protesto pode ser retirada uma triplicata, ou 
seja, uma segunda via da duplicata, para que ela seja levada 
a execução (art. 23 L 5.474/68). 
 
Essa segunda via, então, serve para protesto e para sua 
execução. Como já não houve o aceite anteriormente, pode 
ser feito o protesto diretamente. 
 
 Art. 23 L 5.474/68. A perda ou extravio da duplicata obrigará 
o vendedor a extrair triplicata, que terá os mesmos efeitos e 
requisitos e obedecerá às mesmas formalidades daquela. 
 Duplicata. 
 Duplicata "virtual" 
 
Com avanço das novas tecnologias, as duplicatas virtuais 
encontraram respaldo legal no art. 8º, L 9.492/97 - lei do 
protesto, e no art. 889, § 3° do CC. 
Quando o contrato de compra e venda ou de prestação de 
serviço é concretizado, o vendedor envia, pela internet, a 
uma instituição financeira os dados referentes ao negócio 
realizado. 
A instituição financeira, também pela internet, encaminha um 
boleto bancário, ao comprador ou tomador de serviço, para 
que pague a compra/serviço. 
 
Esse boleto não é um título de crédito ele contém as 
características da duplicata virtual. 
 Duplicata. 
 Duplicata "virtual" 
Art. 8º L 9.492/97. Os títulos e documentos de dívida serão 
recepcionados, distribuídos e entregues na mesma data aos Tabelionatos 
de Protesto, obedecidos os critérios de quantidadee qualidade. 
Parágrafo único. Poderão ser recepcionadas as indicações a protestos 
das Duplicatas Mercantis e de Prestação de Serviços, por meio 
magnético ou de gravação eletrônica de dados, sendo de inteira 
responsabilidade do apresentante os dados fornecidos, ficando a cargo 
dos Tabelionatos a mera instrumentalização das mesmas. 
 
Art. 889 CC. Deve o título de crédito conter a data da emissão, a 
indicação precisa dos direitos que confere, e a assinatura do emitente. 
 
(...) § 3º O título poderá ser emitido a partir dos caracteres criados em 
computador ou meio técnico equivalente e que constem da escrituração 
do emitente, observados os requisitos mínimos previstos neste artigo. 
 Duplicata. 
 Ação cambial para duplicatas 
A execução de um cheque, letra de câmbio ou nota promissória, 
basta a cártula, já para o caso de duplicata há necessidade da 
execução estar aparelhada de documentos específicos, 
dependendo do tipo de aceite da duplicata. 
a) Se for uma execução de duplicata com aceite ordinário, basta a 
juntada do título. O protesto apenas será necessário quando for 
para executar um coobrigado, e facultativo quanto ao devedor 
principal. 
 b) Se for uma execução de duplicata com aceite por comunicação, 
deve ser juntada aos autos a comunicação que foi enviada ao 
comprador, relativa ao aceite. 
c) Se for uma execução de duplicata com aceite por presunção, terá 
que ser juntado o instrumento de protesto e também o comprovante 
da entrega da mercadoria. Esses requisitos são condições da ação. 
Se faltar essa documentação na execução, ela será anulada. 
 Duplicata. 
Prazo de prescrição da ação cambial. 
Os prazos de prescrição da ação cambial estão previstos no 
art. 18 L 5.474/68, dependendo de quem o réu da ação, e, 
resumidamente, são 
a) contra o sacado e seu avalista prescreve em 3 anos, 
contados da data do vencimento do título. 
 b) contra o endossante e seus avalistas, prescreve em 1ano, 
contados da data do protesto. 
c) contra os coobrigados (entre si - direito de regresso) 
prescreve em 1ano, contado da data do pagamento do título. 
OBS.: Após o vencimento desses prazos, há ainda outras 
possibilidade, mas não são ações cambiais: 
I- mais três anos para ajuizar ação de enriquecimento ilícito e, 
passado esse prazo, 
II- mais cinco anos para ajuizar ação monitória. 
 Duplicata. 
 Duplicata Simulada: 
 
É aquela expedida e/ou aceita sem que, efetivamente, 
tenha correspondência à uma mercadoria vendida em 
quantidade ou qualidade ou a um serviço prestado. 
 
CONSEQUÊNCIA JURÍDICA DA EXPEDIÇÃO OU DA 
ACEITAÇÃO DA DUPLICATA SIMULADA: aquele que 
expedir ou aceitar duplicata simulada, bem como o que 
falsificar ou adulterar a escrituração do Livro de Registro de 
Duplicatas, incorrerá no crime de emissão de duplicata 
simulada, delito tipificado no art. 172 do Código Penal. 
 
 MODELO DE DUPLICATA MERCANTIL (DM) 
 
 
 
 
 
 
 
MODELO DE DUPLICATA MERCANTIL (DM) 
 
 
 
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Docume
ntos | P
essoa 
Quadro comparativo - FONTE: Fabio Ulhoa 
Letra de 
Câmbio 
Nota 
Promissória 
Cheque Duplicata 
 
Quanto ao 
Modelo 
Vinculado Não 
vinculado 
vinculado vinculado 
Quando à 
Estrutura 
Ordem de 
Pagamento à 
vista ou a 
prazo 
Promessa 
de 
pagamento 
a prazo 
Ordem de 
Pagamento à 
vista 
Ordem de 
Pagamento à 
vista ou a 
prazo 
Quanto à 
circulação 
Não causal Não causal Não causal Causal 
Quanto à 
sua 
circulação 
Somente 
nominativa 
(se sofrer 
endosso em 
branco ela se 
transforma 
em ao 
portador) 
Somente 
nominativa 
(se sofrer 
endosso em 
branco ela 
se 
transforma 
em ao 
portador) 
Acima de R$ 
100,00 deve ser 
nominativo; Se 
sofrer endosso em 
branco ela se 
transforma em ao 
portador; Pode se 
dar endosso em 
preto 
posteriormente 
Somente 
nominativa (se 
sofrer endosso 
em branco ela 
se transforma 
em ao 
portador 
Quadro comparativo 
FONTE: Fabio Ulhoa Letra de 
Câmbio 
Nota 
Promissória 
Cheque Duplicata 
 
Partes Sacador: quem 
emite Sacado: 
aceitante para 
quem a ordem é 
dirigida e deve 
pagar Tomador: 
credor da 
cambial 
favorecido pelo 
crédito 
Sacador: 
quem emite e 
promete 
pagar a Nota 
Sacado: 
credor que 
será 
favorecido 
pelo crédito 
Sacador: quem 
emite o cheque 
Sacado: o 
banco 
responsável 
pelo 
pagamento 
Credor: 
beneficiário da 
ordem 
Sacador: 
comerciante 
que vende 
produtos e 
emite duplicata 
(credor) 
Sacado: cliente 
que deve pagar 
a duplicata 
 
Cláusula 
não à 
ordem 
 
Admite 
 
Admite 
 
Admite 
 
Não admite 
CASO CONCRETO 
Aragominas Jardinagem e Paisagismo Ltda. EPP sacou duplicata de 
prestação de serviços à vista em face de Bernardo Sayão no valor de R$ 
12.000,00 (doze mil reais). O título foi endossado antes da apresentação a 
pagamento para o Banco Filadélfia S.A. Na data da apresentação ao 
sacado, para pagamento, este solicitou prorrogação da apresentação por 
dois meses, o que foi aceito pelo credor. Foi firmada declaração escrita na 
duplicata, assinada por mandatário do endossatário com poderes especiais, 
concedendo a referida prorrogação. 
 O sacado não efetuou o pagamento da duplicata na data acordada. O 
endossatário exigiu o pagamento do endossante, que se recusou a fazê-lo 
alegando que não anuiu com a prorrogação do vencimento, fato inconteste. 
A) Sendo certo que o endosso em favor do Banco Filadélfia é translativo e 
não houve aposição de cláusula sem garantia, é cabível a exceção ao 
pagamento apresentada? 
B) A anuência com a prorrogação do prazo de vencimento da duplicata, 
firmada por mandatário com poderes especiais, poderia ser invalidada por 
não ter sido dada pelo próprio credor? 
 
QUESTÃO OBJETIVA AULA - 12 
 
QUESTÃO OBJETIVA(EXAME DE ORDEM UNIFICADO/FGV) 
 
Na duplicata de compra e venda, entende-se por protesto por 
indicações do portador aquele que é lavrado pelo tabelião de 
protestos 
A) em caso de recusa ao aceite e devolução do título ao 
apresentante pelo sacado, dentro do prazo legal. 
B) quando o sacado retiver a duplicata enviada para aceite e 
não proceder à devolução dentro do prazo legal. 
C) na falta de pagamento do título pelo aceitante ou pelo 
endossante dentro do prazo legal. 
D) em caso de revogação da decisão judicial que determinou a 
sustação do protesto. 
 
 
 
 
CASO CONCRETO: 
 
 
CASO CONCRETO: 
 
(TJ/ DF /Juiz/ 2012) A respeito da assim chamada 
"duplicata virtual '', "duplicata escritural" ou "duplicata 
eletrônica", esclareça como se dá o seu saque e quais são 
os requisitos necessários para que tenha eficácia 
executiva, bem como forneça dois argumentos, retirados 
exclusivamente da Lei 5.474168 que, em tese, não 
permitiriam a constituição do crédito cambial na forma 
esclarecida. 
QUESTÃO OBJETIVA AULA - 12 
(Magistratura PE – FCC/2011) No que tange à duplicata: 
a)( ) o comprador poderá deixar de aceitá-la por vícios, defeitos 
e diferenças na qualidade ou na quantidade das mercadorias, 
exclusivamente. 
b)( ) é lícito ao comprador resgatá-la antes do aceite, mas não 
antes do vencimento. 
c)( ) trata-se de título causal, que por isso não admite reforma ou 
prorrogação do prazo de vencimento. 
d)( ) é título protestável por falta de aceite, de devolução ou de 
pagamento, podendo o protesto ser tirado mediante 
apresentação da duplicata, da triplicata,ou ainda por simples 
indicações do portador, na falta de devolução do título 
e)( ) em nenhum caso poderá o sacado reter a duplicata em seu 
poder até a data do vencimento, devendo comunicar eventuais 
divergências à apresentante com a devolução do título.

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