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FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO: RELATOS DAS DISCUSSÕES E DOS ESTUDOS DE TEXTO EM SALA DE AULA Vanilton Lucas Barbosa1 1. INTRODUÇÃO Este artigo busca refletir sobre os aspectos que a filosofia pode contribuir para educação, tendo como contexto a visualização de pensamentos filosóficos que contribuem para o desenvolvimento da reflexão e autocrítica de educandos e educadores. Faz considerações de como os pensamentos filosóficos junto à racionalidade podem contribuir com a compreensão da realidade atual, tendo em vista que seu surgimento não é atual, mas se baseia em concepções teóricas vindas desde a Grécia antiga, onde vários pensadores já recebiam destaque, tais como: Sócrates, Platão e Aristóteles, os quais serão descritos em detalhes posteriormente ao longo do artigo. 2. A importância da filosofia na formação do educador Deve-se compreender primeiro as definições gerais da filosofia, para que assim possa aplica-la a educação, tendo como intuito a ampliação do aprendizado através de abordagens de diferentes campos de visão. A filosofia de maneira generalizada é compreendida como um ato de pensar sobre as coisas, porém em um sentido mais amplo se baseia na busca da verdade através de meios racionais (ASSMANN, 2009, p.19-20). A filosofia depende diretamente de um mediador, sendo ele denominado Filósofo, e apresenta algumas características, tais como: “[...] não inventa a realidade, mas interpreta a realidade em que vive [...]” (ASSMANN, 2009, p.22). Diante disso, deve- se salientar que para compreender a realidade é necessário que o filósofo seja radical, ou seja, buscar transgredir a superficialidade das coisas, a fim de fazer com que o senso comum seja ocultado, podendo ser através do uso do conhecimento racional na qual muitas das vezes possui embasamento científico e teórico. Porém deve se lembrar de que esse conhecimento deve ser refletido, criticado e analisado para que sege denominada como pensamento filosófico (ASSMANN, 2009, p.25). 1 Acadêmico do Primeiro Ano Matutino do Curso de Pedagogia da Universidade Estadual do Centro Oeste – UNICENTRO, Campus Santa Cruz/ Guarapuava/PR. O papel dos educadores tem o objetivo de despertar um olhar mais consciente para seus educandos sobre as coisas a sua volta, a fim de fazer com que cada um tenha um olhar mais crítico sobre sua realidade existencial. Dessa maneira é possível realizar mudanças em uma parte dessa realidade, e das condições de vida das pessoas. Para se realizar tal mudança, os educandos e educadores devem questionar a precariedade vivida por essas sociedades, as desigualdades existentes em todos os âmbitos, tais como: cultural, racional, econômica e acadêmica. Sendo que o principal objetivo da discussão é promover uma sociedade mais igualitária, onde todos possam ter condições favoráveis para viverem em harmonia e paz. Os discursos devem utilizar preferencialmente atitudes filosóficas, na qual permitem transcender o conhecimento do senso comum, a fim de transforma-los em epistemológicos através da junção de vários conteúdos diferentes. Isso tudo permite politizar os indivíduos, pois através de nossa interferência é possível colaborar para reconstrução das condições vividas pela sociedade, tendo o intuito de favorecer a todos os presentes nela. As ideias de questionamento sobre a realidade existencial tiveram sua origem na antiguidade clássica na Grécia, onde os pensadores gregos já investigavam e criticavam a realidade vivenciada por eles. A filosofia era considerada composta pela junção da fundação teórica e a existência da crítica sobre a teoria, tendo como principal objetivo o abandono das certezas absolutas, mas a dar uma abertura a questionamentos e duvidas sobre as teorias existentes no século VIII. Observa-se que a teoria Kantiana tinha o objetivo de explicar que o conhecimento está sempre sendo ampliado, mesmo que de forma gradativa. Diante disso visualiza-se a mudança de visões da realidade, pois ela está recebendo aprimoramento de novos conteúdos, assim consequentemente novas críticas surgem e novas visões de se ver a realidade também se emergem (ALBUQUERQUE, ARAÚJO, NUNES, 2012, p.5). Seguindo a teoria Kantiana, observa-se o surgimento de novas pesquisas à medida que surgem novos conteúdos, modificando assim os cursos da história através de nossa participação de forma ativa e resistente nos acontecimentos, provocando assim mudanças em vários âmbitos da sociedade á medida em vamos questionando e debatendo ideias com várias pessoas (ALBUQUERQUE, ARAÚJO, NUNES, 2012, p.5). A educação tinha como objetivo formar sujeitos críticos, através do uso de reflexões filosóficas que levavam esses sujeitos a pensarem sobre a vida e sua existência. Diante disso, podiam analisar como eram explorados e controlados por aqueles que possuíam domínio sobre a maior parte do capital. Isso tudo é possível observar durante a Revolução Industrial, quando ocorreram manifestações da classe trabalhadora das fábricas, que pediam por melhores condições de trabalho, tentando assim colocar limite de tempo no trabalho e direito de folga semanais para descasarem e poderem ter tempo de lazer com a família. Diante da história da Revolução Industrial, cabe aos educadores discutirem com seus alunos o que os questionamentos da classe trabalhadora daquela época trouxeram para a realidade atual. Podendo assim analisar os direitos que a classe trabalhadora defendia naquela época e fazer uma correlação com os direitos existentes atualmente, verificando assim as melhoras que ocorreram ao decorrer das transformações que ocorreram durante a história. Além de se dever criticar que melhoras deveriam ser realizadas na atualidade, a fim de deixar a vida do trabalhador de forma mais harmoniosa e virtuosa. Os educadores devem buscar adotar concepções filosóficas junto a suas práticas de ensino, a fim de melhorar e aperfeiçoar as concepções pedagógicas existentes. As concepções pedagógicas que mais se destacam são: a pedagogia liberal na qual o ensino é visto por ser humanística e composta por regras; a renovada progressiva e a renovada não diretivo na qual busca valorizar o ensino através da autoeducação e experiência mais direta no meio, onde as atividades são centradas no aluno e no grupo; a pedagogia tecnicista já por sua vez é marcada pela utilização de técnicas e da qualificação da mão de obra, cujo objetivo é atender as necessidades do mercado e gerar desenvolvimento econômico. 3. A EDUCAÇÃO GREGA 3.1 Sócrates O pensador Sócrates possuía um pensamento diferente dos outros filósofos de sua época (428-348.a.C.) em Atenas, pois buscava compreender as coisas através de questionamentos e perguntas. Diante disso, ele começou a questionar todos os assuntos da sociedade presente, trazendo assim fortes críticas ao governo da época, ocasionando assim medo a essas representações políticas, pois poderia provocar modificações nos costumes tradicionais existentes. Isso tudo fez com que resultasse em: “[...] Sob uma falsa acusação de negação dos deuses da cidade e da introdução de novas divindades, Sócrates foi condenado à morte por cicuta – veneno extraído de uma planta local, não fugindo da sua condenação [...]” (TEIXEIRA; WOLFF; SOUZA, 2017, p.3): O principal objetivo de Sócrates era construir um pensamento crítico, a partir do próprio conhecimento que cada um possuía. Sócrates possuía como seu público todos aqueles que gostavam de aprender mais e amavam absorver conhecimento, para que assim pudessem construir um novo conhecimento. O principal meio utilizadopor Sócrates para se construir o conhecimento era o diálogo, em que podemos estabelecer uma relação com a educação atual, pois percebemos que o professor atua para ensinar os princípios básicos de um determinado conhecimento, sendo estes por sua vez podendo serem aprimorados por seus alunos através de pesquisas e até mesmo de situações vividas em suas vidas. A educadora Maria Fonseca de Jesus Martins Fonseca comenta sobre o significado do diálogo para Sócrates (TEIXEIRA; WOLFF; SOUZA, 2017, p.5): Pelo diálogo, ele as tira do seu sossego, da sua tranquilidade, da sua paz podre e fétida. Quanto a Sócrates contenta-se em dialogar, em dialogar daquela maneira, em alvoroçar, em inquietar e em esperar que, há seu tempo, esse diálogo produza os resultados esperados: revolução no homem. E tudo isto acontece com um homem que já é velho por causa de uma simples história e por causa de certo tipo de diálogo que esse homem inventa (FONSECA, 1996, p.7). : O diálogo para Sócrates era dividido em duas partes, sendo que a primeira é referente à absorção do conhecimento básico que o educando tem sobre determinado conteúdo, sendo assim uma base do reconhecimento do assunto que o educando sabe, para que assim o educador possa partir para segunda parte, onde guiará o aluno a questionar o assunto, a fim de ele aprender mais através de um mentor ao seu lado. De acordo com Sócrates “[...] não há ensinamento mas sim rememoração [...]” (Platão, 2001, p.53) , pois Sócrates não ensina absolutamente nada para Mênon durante o diálogo, mas realiza perguntas que geram uma inteligência e consciência para Mênon. Diante disso, acarreta-se em uma rememoração de forma gradativa, como é citado por Sócrates “[...] vai rememorando progressivamente, tal como é preciso rememorar.” (PLATÃO, 2001, p.55). Diante disso, pode-se analisar que Sócrates atua como um educador e Mênon como seu discípulo, sendo que o papel do educador é cooperar para que o discípulo desperte em si mesmo a capacidade de consciência e inteligência. Observa-se então, que Sócrates não é considerado um provedor de todos os conhecimentos, mas apenas desperta Mênon sobre as coisas através do debate de ideias e pensamentos. Tal fato pode se visto quando Sócrates indaga “Vês, Mênon, que eu não estou ensinando isso absolutamente, e sim estou perguntando tudo? [...]” (PLATÃO, 2001, p.55). Diante do exposto, conclui-se que o método socrático tinha o intuito de realizar crítica sobre as coisas, porém necessitava de um intermediário educador para recuperar o conhecimento novamente, pois considerava que o conhecimento verdadeiro havia sido adquirido em outro tempo, tal como é citado por Sócrates “Mas se não é por ter adquirido na vida atual <que as tem>, não é evidente, a partir daí, que em outro tempo as possuía e as tinha aprendido?” (PLATÃO, 2001, p.65). 3.2 Platão A educação na Grécia tinha o objetivo de formar cidadãos virtuosos a partir da educação, tendo em vista que cada pessoa deveria ocupar um local específico na sociedade, na qual à medida que passasse mais tempo em uma determinada área, mais se desenvolvia em seu posto. O primeiro filósofo que buscou estabelecer a felicidade para todos no estado foi Platão, que afirmava que ela poderia ser adquirida através da virtude. Além disso, buscou estabelecer diálogos com fundamentos éticos, a fim de estabelecer o “[...] Supremo bem [...]” (PEREIRA, 2017, p.2) para formar um Estado justo. Platão (PEREIRA, 2017, p.6) afirma que para ocorrer à harmonia dentro do Estado devem existir leis, nas quais utilizem como fundamento teórico a razão, com o intuito de diminuir os conflitos internos existentes. Diante disso, ele conclui que: “[...] Estado como no homem há uma parte que deve governar e outra que deve ser governada.” (PEREIRA, 2017, p.6). A virtude para Platão (PEREIRA, 2017, p.7) é definida como algo que não representasse um vício, mas sim uma harmonia entre o sentimento e a razão, sendo que para controlar os sentimentos é necessária a ocorrência do treinamento com eles. Diante disso, deve-se salientar: “[...] Este treinamento é possível (e necessário) que ocorra desde a mais tenra idade, eis que toda a criança já nasce com um temperamento. A formação intelectual é posterior a ela.” (PEREIRA, 2017, p.7). É visualizado assim que ocorre uma preocupação com o desenvolvimento dos saberes, sendo eles colocados de forma lógica e sistemática, a fim de proporcionar um desenvolvimento progressivo á medida em que o indivíduo absorve mais conhecimento. De acordo com Platão a educação é: “[...] a disciplina dos prazeres e das dores, o treinamento a amar o que deve ser amado, e a repudiar o que deve ser repudiado, é o que se chama educação. [...]” (PEREIRA, 2017, p.8). Diante disso, pode-se concluir que é só a partir da educação que se adquire a virtude, sendo que ela deve ser treinada desde a infância, através de jogos e brincadeiras. O educador tem o propósito de fornecer os princípios básicos em uma atividade, a fim de preparar a criança para atividade na vida adulta, fornecendo assim ferramentas que se assemelhem com a atividade futura destas crianças. Tal fato sendo explicado por Sócrates: “[...] consiste na formação correta que mais intensamente atrai a alma da criança durante a brincadeira para o amor daquela atividade da qual, ao se tornar adulto terá que deter perfeito domínio” (PEREIRA, 2017, p.8). 3.3 Aristóteles Diante da visão de Aristóteles, é possível identificar um elemento específico para a organização da Pólis (cidade-estado), sendo ele denominado virtude. Esse elemento garantiria o objetivo principal:a felicidade. Diante disso tudo assim era possível formar um bom cidadão que deveria “[...] começar obedecendo antes de comandar [...]” (ARISTÓTELES, 2017, p.46), além disso, o legislador era aquele que tinha a função de construir pessoas honestas na Pólis, assim deveria “[...] procurar saber por quais exercícios tornará honestos os cidadãos [...]” (ARISTÓTELES, 2017 p.46). Para Aristóteles já existia uma divisão de poder no trabalho, na qual era definido que “[...] menos bom está sempre subordinado ao melhor por sua destinação [...]”(ARISTÓTELES, 2017, p.46) , além de serem considerados os preferíveis aqueles que eram considerados excelentes e faziam uso da razão. A construção das leis era de responsabilidade do legislador, na qual devia respeitar as diferenças entre as partes da alma e dos atos, tendo como finalidade escolher o que era melhor para Pólis. Diante disso, ele deveria analisar vários aspectos presentes da vida, tal como: “[...] trabalho e o repouso, a guerra e a paz e todas as nossas ações se dividem em ações necessárias [...]” (ARISTÓTELES, 2017, p.47), além de tratar das questões da educação, na qual era direcionada especificamente para as crianças e quando necessárias eram aplicadas disciplinas para as pessoas, a fim de manter a estrutura social organizada da Pólis. Para estabelecer o equilíbrio da Pólis, utilizava-se o legislador, com o intuito de deixar uma marca no espírito do seu povo, a fim de definir a função que cada indivíduo deveria realiza para o bem do Estado. Diante disso, observa-se que algumas pessoas já nasciam para serem escravos, ou seja, subordinados, já que possuíam um intelecto menos desenvolvido que seus dominadores. O exposto que retrata tal fato de maneira clara é: “[...] tais exercícios devem ter como objeto apenas preservar a si mesmo da servidão e também tornar-se útil aos vencidos [...]” (ARISTÓTELES, 2017, p.48). O modo de pensar de Aristóteles visava à paz e repouso através do uso da razão, logo isso deveria estar presente nas leis queo legislador criava e aplicava. Diante disso, o legislador que promovia guerra entre Estados deveria ser criticado, pois estava visando a conquistas de um lado e decadência de outro, abolindo assim a ideia de paz para manter todos felizes na Pólis. “[...] verdadeiros bens, vale dizer, os da paz e do repouso, são maiores do que os da guerra [...]” (ARISTÓTELES, 2017, p.49). A visão de Aristóteles (ARISTÓTELES, 2017, p.50) era que a alma e o corpo representavam substancias diferentes, na qual o corpo recebia a primeira atenção como prioridade, já a segunda por sua vez era o instinto presente na alma, sendo que o intelecto estava relacionado ao apetite e a alma quando se tratava do corpo. Além disso, observa-se que a criança desenvolvia sua inteligência e raciocínio ao decorrer do tempo. Para garantir o desenvolvimento da criança, era importante utilizar os alimentos que a nutririam, observando-se assim uma preocupação com a criança após seu nascimento “[...] leite em abundância é o alimento mais conveniente ao corpo [...]” (ARISTÓTELES, 2017, p.49). Outras preocupações também eram vistas na primeira idade, tal como: fortalecer as crianças para se adaptar a condições de frio, tal como é visto “[...] mergulhá-las ao sair do ventre da mãe no rio ou em água fresca [...]” (A ARISTÓTELES, 2017, p.49) e ter cuidados com a educação e com o trabalho, “[...] até os cinco anos, não é conveniente dar nada as crianças aprenderem, nem submete-las a qualquer trabalho [...]” (ARISTÓTELES, 2017, p.49), pois podia atrapalhar seu processo de desenvolvimento de crescimento . Existiam outras preocupações ainda referentes às crianças de até cinco anos, tais como: preocupação com o conteúdo das conversas e fábulas. O mediador do ensino dessas crianças era chamado de “[...] Paedonomos [...]” (ARISTÓTELES, 2017, p.53) responsável por elaborar atividades especificas para as crianças, além das brincadeiras na qual tinham o intuito de moldar determinados comportamentos que facilitariam elas na vida adulta. Além disso, esses mediadores deveriam seguir determinadas normas no critério da educação, tendo como intuito realizar a orientação de maneira correta às crianças. A partir disso, observa-se que em seu papel eles tinham o intuito de “[...] impedir muita conversa e familiaridade, sobretudo com escravos [...]” (A ARISTÓTELES, 2017, p.49). A educação doméstica possuía um período mais alongado, estendendo-se assim do nascimento até os sete anos. Tinha o intuito de impedir o pudor sobre as crianças, visando-se assim o impedimento de ações que poderiam gerar constrangimento e sentimentos de culpa. O papel do legislador é visualizando-se nessa educação também, tendo como intuito “[...] banir do Estado todas as conversas indecentes, assim como toda impropriedade de gênero [...]” (ARISTÓTELES, 2017, p.54). Isso tudo mostra que era tomado um grande cuidado dentro do Estado com relação à educação à criança, limitando-as assim a receberem qualquer tipo de informações, pois poderiam influencia- las a terem determinadas ações incorretas para a idade que possuíam. Os adultos que desobedecem as regras impostas pela educação, na qual resultassem em dizer ou fazer atos proibidos as crianças seriam severamente castigados, além de serem proibidos de participarem dos banquetes públicos. Os jovens também recebiam certas proibições, nas quais faziam parte da construção de sua educação, tal como: “[...] proibir aos jovens os teatros e, sobretudo a comédia [...]” (ARISTÓTELES, 2017, p.54), tendo em vista que só poderiam assistir a determinados gêneros quando possuíam idade para participar das refeições publicas, além disso, só poderiam beber bebidas alcoólicas quando estivessem em um nível de educação onde não buscariam se embriagarem ou se viciarem em outros vícios. 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Após as pesquisas sobre a filosofia na educação, observa-se que a filosofia teve uma grande contribuição para a educação desde os primórdios da Grécia Antiga, quando se começou a questionar e a se perguntar sobre as coisas. Tendo um grande marco para as modificações políticas, nas quais os regimes começaram a serem questionados por sua falta de democracia e por que favoreciam somente um grupo de pessoas. Diante disso a filosofia teve seu marco por sua autorreflexão sobre as coisas, onde possuía um mentor que auxiliava a adquirir mais conhecimento, tal como Sócrates na Grécia Antiga, na qual é equivalente aos Docentes dos dias atuais. O principal objetivo da filosofia era superar o senso comum do conhecimento das pessoas, e fazer com que elas adquirirem maior conhecimento das coisas através do uso da razão e da autocrítica. A filosofia teve uma grande contribuição para organização da Grécia Antiga também, pois através dela foi possível criar leis que contribuíssem para organização da sociedade, a fim de beneficiar todos os presentes nela. As leis foram criadas com o intuito de fazer com que todos vivessem em harmonia em sociedade, além de se preocuparem com os conteúdos transmitidos para as crianças durante a educação dos primeiros anos de vida. Deve-se analisar que a educação nos dias atuais segue um padrão quase semelhante aos vividos durante a Grécia Antiga, pois ocorre uma preocupação com os conteúdos que as crianças devem aprender de acordo com sua idade específica. Os dias atuais são compostos por metodologias mais complexas de se educar, pois ocorre uma preocupação maior com as áreas cognitivas e motoras da criança, buscando assim desenvolve-la da melhor maneira possível no processo de educação. Na educação dos dias atuais é possível visualizar também a dialéticas existentes nas disciplinas em sala de aula, na qual já era utilizada por pensadores da Grécia Antiga, tendo como sua principal função um diálogo de contraposições de ideias, a fim de estimular a crítica através do uso da razão. REFERÊNCIAS ALBUQUERQUE, Maria José; ARAÚJO, Nailton de Souza; NUNES, Maria do Carmo Portela. A IMPORTÂNCIA DA FILOSOFIA NA FORMAÇÃO DO EDUCADOR: UMA REFLEXÃO A PARTIR DE SUBSTRATOS TEÓRICOS E PESQUISA DE CAMPO EM UMA UNIVERSIDADE EM PARANAÍBA-PI. Disponível em: www.dominio.com.br. Acesso em 07/2017. Aristóteles. A POLÍTICA. Disponível em: www.dominiopublico.com.br. Acesso em 06/2017. ASSMAN,Selvino José. Filosofia e ética. Brasilia: Capes 2009. PLATÃO. Mênon. Rio de Janeiro: Loyola, 2001. PEREIRA,Beatriz Quaglia. A EDUCAÇÃO SEGUNDO PLATÃO: UMA DISCUSSÃO SOBRE PROCESSOS DE ENSINAR E APRENDER A VIRTUDE. Disponível em: www.dominiopublico.com.br. Acesso em 07/2017. TEIXEIRA, Miguel Henrique Benetti;WOLFF, Andrea Aníbia Ferreira; SOUZA, Débora Martin;OLIANI, Luiz Henrique. A CONTRIBUIÇÃO DE SÓCRATES PARA O MÉTODO DE ENSINOAPRENDIZAGEM A DISTÂNCIA. Disponível em: www.dominiopublico.com.br. Acesso em 07/2017. ARTIGO Aprofundamento Páginas até 5 páginas 0,7 6 ou mais 1 1 Citações até 3 citações diretas 0,7 4 ou mais citações diretas 1 1 Nível Crítico Introdução Excelente 1 Boa 0,7 0,7 Razoável 0,5 Desenvolvimento completo 1,5 1,5 razoável 1 insuficiente 0,5 Conclusão Excelente 1 1 Boa 0,7 Razoável 0,5 Coerência e concordância Redação Redação excelente 1,5 Pequenos erros ortográficos 1,2 1,2 falta de objetividade 0,9 Falta de clareza 0,6 TOTAL ARTIGO 6,4 FREQUÊNCIA 1 0,7 PARTICIPAÇÃO 2 2 AVALIAÇÃO FINAL 9,1 .
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