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(20170905002410)Aula 5 Empregador Tercerização

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DIREITO DO TRABALHO – 2º SEMESTRE 
MANHÃ
AULA 5 - EMPREGADOR - TERCERIZAÇÃO
PROFA. FERNANDA QUAGLIO CASTILHO
FERNANDA.CASTILHO@ANHANGUERA.COM
Cont. Aula 4: Profissões Regulamentadas:
✓ Atleta Profissional: Características Peculiares
correspondentes a Lei Pelé, Lei 9.615/98. CLT é aplicada
subsidiariamente. Esse contrato tem duas relações jurídicas,
uma de cunho trabalhista e outra de caráter desportivo. Tem
a presença marcante da cláusula penal. Do direito de arena
(porcentagem de lucro do jogo destinado a sindicato e
participantes). Além dos direitos e deveres dos jogadores,
como período de concentração não superior a 3 dias, etc.
✓ Professor: Regulado pelos art. 317 a 324 da CLT. A
remuneração é aferida por mês, com base nas aulas
ministradas semanalmente multiplicando-se por 4,5. Tem
direito ao DSR na proporção de 1/6 da remuneração (Súmula
351 TST). As férias coincidem com as férias letivas, caso
sejam antecipadas devem ser ressarcidas. A carga horária de
trabalho são 4 horas aulas ou seis intercaladas, a partir daí
acrescenta-se 50% de HE.
✓ Músico: Regulamentado pela Lei 3.857/60. São músicos:
compositores de música erudita ou popular, regentes de
orquestras sinfônicas, etc. Segundo o STF não é necessário o
registro de músico no respectivo conselho de cena lírica.
Ainda estão submetidos a jornada de trabalho de 5 horas,
com direito ao intervalo interjornada de 11 horas e DSR,
também há o pagamento de HE. E ainda podem ser
contratados por nota contratual (contratação de formal
eventual e sem relação de emprego).
✓ Petroleiros: Trabalhador que presta serviço subordinado nas
atividades de exploração, perfuração, produção e refinação
de petróleo, etc. Regulado pela Lei 5811/72. Súmulas 112 e
391 do TST. Dentre os direitos: alojamento, alimentação
gratuita (no posto de trabalho), transporte gratuito para o
local de trabalho.
✓ Aeronauta: Profissional Habilitado pelo Ministério da
Aeronáutica, que exerce a atividade em aeronave civil
nacional, sendo regido pela Lei 7.183/84, que será revogada
pela lei 13.475/2017 em 27/11/2017 (dentre as principais
mudanças veda a terceirização – art. 20 da nova lei). Já o
aeroviário trabalha em solo. A duração de jornada segue o
art. 21 da supracitada lei, podendo ser de 11, 14 ou 20
horas. Hora noturna de 52 min e 30 seg. E tem direito a
assistência médica fora a base contratual.
✓ Portuário: Relação de emprego regida pela lei 4.860/65. É
trabalhador que presta serviços na área do porto
organizado, com a parte terrestre e marítima, contínua ou
descontínua. Tem direito as Horas extras mínimas de 50%,
(quando ultrapassar a jornada acordada não precisa de
acordo coletivo) além de adicional de 40% de adicional de
risco sobre o salário base (não recebe insalubridade ou
periculosidade).
✓ Jornalista: Trabalhador intelectual, cuja função se estende
na busca de informações até a redação de notícia e artigos,
arts. 302 a 316 da CLT. Jornada de trabalho de 5 horas por
dia, ainda com direito a DSR e intervalo interjornada de 10
horas. Segundo o STF no Recurso Extraordinário nº 511961
não é necessário que o trabalhador seja formado em
jornalismo para ser considerado jornalista.
✓ Vendedor viajante: Também denominado pracista, executa
atividades de comercialização de produtos fora do
estabelecimento comercial, e é regulado pela lei 3.207/57. A
remuneração é por meio de comissões. Se for transferido
para outra zona de trabalho, terá direito a remuneração
mínima na média dos 12 últimos meses. Adicional de 10%
quando acumular a função de inspeção e fiscalização.
✓ Motorista: Profissão regulamentada pela Lei 12.619/12, que foi
alterada pela lei 13.103/15, ainda em acréscimo ao art. 235-B da
CLT. Dentre os principais direitos estabelecidos pela lei 12.619:
Art. 2o São direitos dos motoristas profissionais de que trata esta Lei, sem
prejuízo de outros previstos em leis específicas: V - se empregados:
a) não responder perante o empregador por prejuízo patrimonial
decorrente da ação de terceiro, ressalvado o dolo ou a desídia do motorista,
nesses casos mediante comprovação, no cumprimento de suas funções;
b) ter jornada de trabalho controlada e registrada de maneira fidedigna
mediante anotação em diário de bordo, papeleta ou ficha[...] de trabalho
externo, ou sistema e meios eletrônicos instalados nos veículos, a critério do
empregador; e
c) ter benefício de seguro de contratação obrigatória assegurado e
custeado pelo empregador, destinado à cobertura de morte natural, morte
por acidente, invalidez total ou parcial decorrente de acidente, traslado e
auxílio para funeral referentes às suas atividades, no valor mínimo
correspondente a 10 (dez) vezes o piso salarial de sua categoria ou valor
superior fixado em convenção ou acordo coletivo de trabalho.
Motorista: CLT, Art. 235-B. São deveres do motorista profissional empregado:
I - estar atento às condições de segurança do veículo;
II - conduzir o veículo com perícia, prudência, zelo e com observância aos
princípios de direção defensiva;
III - respeitar a legislação de trânsito e, em especial, as normas relativas ao
tempo de direção e de descanso controlado e registrado na forma do previsto no
art. 67-E da Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997 (CTB)
IV - zelar pela carga transportada e pelo veículo;
V - colocar-se à disposição dos órgãos públicos de fiscalização na via pública;
VI - (VETADO);
VII - submeter-se a exames toxicológicos com janela de detecção mínima de 90
(noventa) dias e a programa de controle de uso de droga e de bebida alcoólica,
instituído pelo empregador, com sua ampla ciência, pelo menos uma vez a
cada 2 (dois) anos e 6 (seis) meses, podendo ser utilizado para esse fim o exame
obrigatório previsto na Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997 – CTB), desde
que realizado nos últimos 60 (sessenta) dias.
Parágrafo único. A recusa do empregado em submeter-se ao teste ou ao
programa de controle de uso de droga e de bebida alcoólica previstos no inciso
VII será considerada infração disciplinar, passível de penalização nos termos da
lei.
1. EMPREGADOR
Art. 2º, CLT - Considera-se empregador a empresa,
individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da
atividades econômica, admite, assalaria e dirige a
prestação pessoal de serviços.
Gustavo Filipe Barbosa Garcia assim leciona:
"empregador é toda pessoa jurídica, pessoa natural ou
ente despersonalizado que contrate empregado,
mantendo a relação jurídica com este, ou seja, todo ente
que se utilize de empregados para a realização de seu
objetivo social" .
✓ A relação de emprego é estabelecida com o
empregador e não com o proprietário da empresa.
✓ empregador por equiparação: aquele que não apresenta elementos
da empresa ou que não tenha atividades com fins lucrativos, como
profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações
recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos (condomínio).
§ 1º - Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação
de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as
associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que
admitirem trabalhadores como empregados.
✓ grupo de empresas: exige para sua caracterização a existência de
duas ou mais empresas, cada qual com personalidade jurídica
própria, sujeitas à unidade de comando (comando único). Todas as
empresas que compõem o grupo econômico são responsáveis
solidárias pelas obrigações trabalhistas.
NR § 2º -§ 2º Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada
uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção,
controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando
cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis
solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego.
✓ grupo de empresas:
NR § 3º Não caracteriza grupo econômico a meraidentidade de sócios, sendo necessárias, para a
configuração do grupo, a demonstração do interesse
integrado, a efetiva comunhão de interesses e a atuação
conjunta das empresas dele integrantes. ” (NR)
É possível a relação de emprego se formar com o grupo em
si e não com cada uma de suas empresas, sendo o grupo o
empregador único.
Súmula nº 129 do TST. A prestação de serviços a mais de
uma empresa do mesmo grupo econômico, durante a mesma
jornada de trabalho, não caracteriza a coexistência de mais
de um contrato de trabalho, salvo ajuste em contrário.
✓ consórcio de empregadores rurais: "união de produtores rurais,
pessoas físicas, com a finalidade única de contratar empregados
rurais"(art. 1º da Portaria 2.964/1999)
✓ cartórios: existe vínculo empregatício entre o servidor do
cartório (titular do cartório considerado agente público
delegado), e seus funcionários. O titular do cartório assume a
figura de empregador, pois o cartório, nos termos do artigo 236
da CF/88, tem natureza privada, por delegação do Poder
Público.
✓ Sucessão Trabalhista
CLT, Art. 10 - Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa
não afetará os direitos adquiridos por seus empregados.
NR Art. 10-A. O sócio retirante responde subsidiariamente pelas
obrigações trabalhistas da sociedade relativas ao período em que
figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois
de averbada a modificação do contrato, observada a seguinte ordem
de preferência:
I – a empresa devedora;
II – os sócios atuais; e
III – os sócios retirantes.
Parágrafo único. O sócio retirante responderá solidariamente com
os demais quando ficar comprovada fraude na alteração societária
decorrente da modificação do contrato. ”
Art. 448 - A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da
empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos
empregados.
NR Art. 448-A. Caracterizada a sucessão empresarial ou de
empregadores prevista nos arts. 10 e 448 desta Consolidação, as
obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à época em que os
empregados trabalhavam para a empresa sucedida, são de
responsabilidade do sucessor.
Parágrafo único. A empresa sucedida responderá solidariamente
com a sucessora quando ficar comprovada fraude na transferência.
✓ Regra geral: sucessor responde pelas obrigações
trabalhistas, ainda que referente à período anterior à
aquisição. O sucedido somente responderá, de forma
solidária, em caso de fraude no ato jurídico da sucessão,
com intuito de frustrar direitos trabalhistas dos
empregados.
✓ Sucessão Trabalhista
OJ 411 da SBDI - I do TST. SUCESSÃO TRABALHISTA. AQUISIÇÃO DE
EMPRESA PERTENCENTE A GRUPO ECONÔMICO.
RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DO SUCESSOR POR DÉBITOS
TRABALHISTAS DE EMPRESA NÃO ADQUIRIDA. INEXISTÊNCIA. (DEJT
divulgado em 22, 25 e 26.10.2010).O sucessor não responde
solidariamente por débitos trabalhistas de empresa não adquirida,
integrante do mesmo grupo econômico da empresa sucedida,
quando, à época, a empresa devedora direta era solvente ou
idônea economicamente, ressalvada a hipótese de má-fé ou
fraude na sucessão.
✓ hipótese de falência e recuperação judicial (Lei 11.101/2005):
não há sucessão em caso de falência quanto ao arrematante da
empresa ou filiais por força da disposição expressa do artigo
141, inciso II, de referida Lei. Já na hipótese de recuperação
judicial, inexiste previsão legal no sentido de afastar a sucessão
quanto aos efeitos trabalhistas.
Desconsideração da personalidade jurídica
Aplicação do art. 28 do Código de Defesa do Consumir
(possibilidade de desconsideração da personalidade jurídica) às
relações de trabalho por força do artigo 8º da CLT
Para sua aplicação necessário que presentes o abuso de direito, a
fraude no uso da personalidade jurídica, o desvio de função e
confusão patrimonial.
NR “Art. 855-A. Aplica-se ao processo do trabalho o incidente de desconsideração da
personalidade jurídica previsto nos arts. 133 a 137 da Lei nº 13.105, de 16 de março de
2015 – Código de Processo Civil.
§ 1º Da decisão interlocutória que acolher ou rejeitar o incidente:
I – na fase de cognição, não cabe recurso de imediato, na forma do § 1º do art. 893
desta Consolidação;
II – na fase de execução, cabe agravo de petição, independentemente de garantia do
juízo;
III – cabe agravo interno se proferida pelo relator em incidente instaurado
originariamente no tribunal.
§ 2º A instauração do incidente suspenderá o processo, sem prejuízo de concessão da
tutela de urgência de natureza cautelar de que trata o art. 301 da Lei nº 13.105, de 16
de março de 2015 (Código de Processo Civil).”
Poder de Direção
Art. 2º da CLT - organizar, controlar e disciplinar a prestação de
serviços.
Aspectos:
1) poder de organização - a organização da atividade empresarial
cabe ao empregador, define e distribui as atividades, o local e horário
da prestação dos serviços.
2) poder de controle - a atividade laboral prestada pelo empregado
deve estar com consonância com as regras impostas pela empresa,
sujeitando-se ao controle e fiscalização do empregador.
3) poder disciplinar - o empregador pode aplicar penalidades
(advertência, suspensão e justa causa) ao empregado.
2. TERCEIRIZAÇÃO: Aqui a contratação clássica cede espaço a uma
contratação triangular; O empregador paga salário, mas o empregado
presta o seu serviço a um terceiro (tomador de serviço), que paga um
determinado valor ao empregador, fixado em contrato de natureza
civil.
✓ Aumento expressivo desta forma de contratação a partir da
década de 1980, sem lei que regulamente especificamente a
matéria. Ex. Lei 7102/83 – empresas de serv. de vigilância e
transporte de valores. E trabalho temporário Lei 6.019/74 de
conservação e limpeza.
"A terceirização significa a transferência de certas atividades
periféricas do tomador de serviços, passando a ser exercidas por
empresas distintas e especializadas."
✓ TST: Edição da Súmula 331: Inadimplemento trabalhista há a
responsabilidade subsidiária do tomador de serviço – obrigatório
para isso, constar na inicial a tomadora de serviço. Se houveram
vários tomadores, deve destacar na inicial o período ao qual
prestou serviço ao tomador demandado.
✓ atividade meio (não coincidem com os fins da empresa)
x atividade fim (relacionada ao seu objetivo social, é
indispensável)
Limites - Súmula 331 do TST
CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE (nova
redação do item IV e inseridos os itens V e VI à redação) -
Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011.
I - A contratação de trabalhadores por empresa interposta é
ilegal, formando-se o vínculo diretamente com o tomador
dos serviços, salvo no caso de trabalho temporário (Lei nº
6.019, de 03.01.1974).
II - A contratação irregular de trabalhador, mediante
empresa interposta, não gera vínculo de emprego com
os órgãos da Administração Pública direta, indireta ou
fundacional (art. 37, II, da CF/1988).
Limites - Súmula 331 do TST [...]
III - Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de
serviços de vigilância (Lei nº 7.102, de 20.06.1983) e de conservação e
limpeza, bem como a de serviços especializados ligados à atividade-meio
do tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a subordinação direta.
IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do
empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos
serviços quanto àquelas obrigações, desde que haja participado da relação
processual e conste também do título executivo judicial.
V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta
respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, caso
evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações da Lei
n.º 8.666, de 21.06.1993, especialmente na fiscalização do cumprimento
das obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como
empregadora. A aludida responsabilidade nãodecorre de mero
inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas pela empresa
regularmente contratada.
VI – A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange todas as
verbas decorrentes da condenação referentes ao período da prestação
laboral.
-O tomador dos serviços responde de forma subsidiária pelos
inadimplemento das obrigações trabalhistas por parte do
empregador, tendo em vista sua culpa in eligendo e/ou in vigilando.
-Na hipótese de terceirização fraudulenta, o vínculo empregatício
forma-se diretamente com o tomador dos serviços, desde que não e
cuide de ente da Administração Pública.
-Em relação ao dono da obra, importa observar a OJ 191 da SBDI-I
do TST, in verbis:
CONTRATO DE EMPREITADA. DONO DA OBRA DE CONSTRUÇÃO CIVIL.
RESPONSABILIDADE. (nova redação) - Res. 175/2011, DEJT divulgado
em 27, 30 e 31.05.2011.Diante da inexistência de previsão legal
específica, o contrato de empreitada de construção civil entre o dono
da obra e o empreiteiro não enseja responsabilidade solidária ou
subsidiária nas obrigações trabalhistas contraídas pelo empreiteiro,
salvo sendo o dono da obra uma empresa construtora ou
incorporadora.
✓ Não há reconhecimento de vínculo empregatício com o
Poder Público, órgão da Administração Pública (item II,
Súmula 331) já que fere o requisito da necessidade de
concurso público (art. 37 CF)
✓ A ADC 16 do STF em 2011 Declarou constitucional o art.
71 da lei 8666/93 para responsabilizar a Administração
Pública nos casos de terceirização onde haja culpa in
elegendo ou in vigilando. Após essa decisão foi incluído
inciso V na Súmula 331 do TST.
Art. 71. O contratado é responsável pelos encargos trabalhistas,
previdenciários, fiscais e comerciais resultantes da execução do
contrato.
§ 1o A inadimplência do contratado, com referência aos encargos
trabalhistas, fiscais e comerciais não transfere à Administração
Pública a responsabilidade por seu pagamento, nem poderá
onerar o objeto do contrato ou restringir a regularização e o uso
das obras e edificações, inclusive perante o Registro de Imóveis.
No que toca às cooperativas de trabalho, o parágrafo único do
art. 442 da CLT dispõe que inexiste vínculo empregatício entre
os associados e os tomadores de serviços da cooperativa.
✓SERVIÇOS ESPECIALIZADOS x TEMPORÁRIO
A terceirização nada mais é que a contratação de
trabalhadores por empresa interposta, ou seja, o interessado
na prestação do serviço não contrata diretamente o
empregado, mas sim uma empresa cujos funcionários prestam
o serviço desejado. Essa terceirização pode ter duas vertentes:
1 – Serviço Especializado
2 – Trabalho Temporário.
Conforme entendimento consolidado pelo Tribunal Superior
do Trabalho (Súmula 331), a terceirização só era admitida
para atividade-meio do empregador, essa situação foi
inclusive regulamentada pela Lei nº 13.429, de março de
2017.
Veja o trecho da súmula 331 TST:
III - Não forma vínculo de emprego com o tomador a
contratação de serviços de vigilância (Lei nº 7.102, de
20.06.1983) e de conservação e limpeza, bem como a de
serviços especializados ligados à atividade-meio do tomador,
desde que inexistente a pessoalidade e a subordinação direta.
1 – Serviço Especializado
São os serviços elencados na própria sumula 331 ou
serviços específicos, nos termos da lei, são serviços de suporte
para atividade fim da contratante. Podemos enumerar alguns
– Limpeza, Jardinagem, Restaurante, Portaria, Telefonistas,
Movimentações de Carga, Copa entre outros do gênero.
Para esses serviços o tomador contrata empresa
especializada que vai contratar e gerir pessoal especializado
nesses serviços que serão colocados à disposição do tomador.
1 – Serviço Especializado
Percebam que o importante dessa relação é que não
existe nenhuma subordinação dos empregados da prestadora
para o tomador, muito menos pessoalidade. O tomador
deseja que o serviço seja prestado de maneira correta e não
tem gerência no modo operacional dele.
Esses trabalhadores tem seu contrato regido pelos
sindicatos próprios de cada categoria, tendo pisos próprios e
norma específica em alguns casos como o dos vigilantes, ou
seja, são contratos normais, assim não existe nenhum vínculo
entre eles e o tomador. Somente no caso de falência ou
inadimplência do prestador é que o tomador poderá ser
chamado ao pagamento.
Para esse tipo de terceirização a lei 6.019/74 e 13.429/17
preceitua o seguinte:
1 – Serviço Especializado
§ 1o É vedada à contratante a utilização dos trabalhadores em
atividades distintas daquelas que foram objeto do contrato com a
empresa prestadora de serviços.
§ 2o Os serviços contratados poderão ser executados nas instalações
físicas da empresa contratante ou em outro local, de comum acordo
entre as partes.
§ 3o É responsabilidade da contratante garantir as condições de
segurança, higiene e salubridade dos trabalhadores, quando o
trabalho for realizado em suas dependências ou local previamente
convencionado em contrato.
§ 5º A empresa contratante é subsidiariamente responsável pelas
obrigações trabalhistas referentes ao período em que ocorrer a
prestação de serviços, e o recolhimento das contribuições
previdenciárias observará o disposto no art. 31 da Lei no 8.212, de 24
de julho de 1991.”
1 – Serviço Especializado
A reforma trabalhista ainda garantiu para esse tipo de
empregado terceirizado iguais condições de trabalho em
relação aos efetivos do tomador.
NR - “Art. 4º-C São asseguradas aos empregados da empresa prestadora
de serviços a que se refere o art. 4º-A desta Lei, quando e enquanto os
serviços, que podem ser de qualquer uma das atividades da contratante,
forem executados nas dependências da tomadora, as mesmas condições:
I – relativas a:
a) alimentação garantida aos empregados da contratante, quando
oferecida em refeitórios;
b) direito de utilizar os serviços de transporte;
c) atendimento médico ou ambulatorial existente nas dependências da
contratante ou local por ela designado;
d) treinamento adequado, fornecido pela contratada, quando a atividade o
exigir.
II – sanitárias, de medidas de proteção à saúde e de segurança no trabalho
e de instalações adequadas à prestação do serviço.
2 – Trabalho Temporário
O trabalho temporário se difere em muito dos serviços
especializados ou específicos, pois parte do pressuposto que o
trabalhador vai trabalhar diretamente sob o comando do
tomador do serviço e não do prestador.
Nesse caso o tomador necessita da força de mão de obra do
trabalhador propriamente dita para atingir seu objetivo
econômico.
Assim sendo, o natural seria que um empregado do tomador
realizasse essas atividades, contudo, em determinada situação
a lei permitiu que isso fosse feito por empresa interposta, ou
seja, por uma locadora de mão de obra.
A situação onde é permitida essa contratação é a seguinte:
2 – Trabalho Temporário
“Art. 2º [...] para atender à necessidade de substituição transitória de
pessoal permanente ou à demanda complementar de serviços.
§ 1o É proibida a contratação de trabalho temporário para a
substituição de trabalhadores em greve, salvo nos casos previstos em
lei.
§ 2o Considera-se complementar a demanda de serviços que seja
oriunda de fatores imprevisíveis ou, quando decorrente de fatores
previsíveis, tenha natureza intermitente, periódica ou sazonal.”
Como a abertura de situação é bem ampla a lei ainda criou um
sistema de restrições como prazos de duração e recontratação.
Assim no art. 10 da lei 13.429 – fica estipulado o prazo de 180
dias, prorrogáveis por mais 90 dias. Após o término desses
prazos o empregado só poderá voltar para aquele prestador
após 90 dias.
2 – Trabalho Temporário
Na reforma trabalhista a ser aplicada, existe ainda uma
restrição mais grave no que tange a recontratação de ex-
empregados, temos os artigos 5C e 5D.
“Art. 5º-C Não pode figurar como contratada, nos termos do
art.4º-A desta Lei, a pessoa jurídica cujos titulares ou sócios
tenham, nos últimos dezoito meses, prestado serviços à
contratante na qualidade de empregado ou trabalhador sem
vínculo empregatício, exceto se os referidos titulares ou sócios
forem aposentados.”
“Art. 5º-D: O empregado que for demitido não poderá prestar
serviços para esta mesma empresa na qualidade de
empregado de empresa prestadora de serviços antes do
decurso de prazo de dezoito meses, contados a partir da
demissão do empregado.”
2 – Trabalho Temporário
No tocante as condições de trabalho a lei determina que não
deva haver nenhuma distinção entre os terceirizados
temporários e os efetivos – art. 9º.
§ 1o É responsabilidade da empresa contratante garantir as
condições de segurança, higiene e salubridade dos
trabalhadores, quando o trabalho for realizado em suas
dependências ou em local por ela designado.
§ 2o A contratante estenderá ao trabalhador da empresa de
trabalho temporário o mesmo atendimento médico,
ambulatorial e de refeição destinado aos seus empregados,
existente nas dependências da contratante, ou local por ela
designado.
Devido a esse contrato não ser regido pela CLT ele terá as 
garantias trabalhistas descritas na própria Lei 6.019. – São elas:
2 – Trabalho Temporário
- remuneração equivalente à percebida pelos empregados de mesma categoria da empresa
tomadora ou cliente calculados à base horária, garantida, em qualquer hipótese, a
percepção do salário mínimo regional;**** Impactado pela REFORMA
- Jornada de 8 horas, com pagamento das horas extras, não excedentes de duas por dia,
com o acréscimo de 50% ou outro percentual mais elevado, se previsto em Convenção
Coletiva de Trabalho ou Acordo Coletivo de Trabalho (artigo 12, alínea b; artigo 7º, incisos
XIII e XVI da CF)
- Férias proporcionais(artigo 12, alínea c, da Lei 6019/74);
- Repouso semanal remunerado (artigo 12, alínea d, da Lei 6019/74; artigo 7º, inciso XV, da
CF);
- Adicional por trabalho noturno (artigo 12, alínea e , da Lei 6019/74; Artigo 7º, inciso IX da
CF);
- Indenização por dispensa sem justa causa ou término normal do contrato,
correspondente a 1/12 (um doze avos) do pagamento recebido (artigo 12, alínea f , da Lei
6019/74);
- Seguro contra acidente do trabalho custeado pela empresa de trabalho temporário
(artigo 12, alínea g; artigo 7º, inciso XXVIII, da CF);
- Proteção previdenciária. O trabalhador contribui com 8% do salário efetivamente
percebido e a empresa de trabalho temporário com quantia igual à devida pelo trabalhador
(artigo 12, alínea z, da Lei 6019/74).
2 – Trabalho Temporário
Além dos direitos assegurados pela Lei 6019/74, há outros
garantidos pela Constituição Federal ou leis específicas:
- FGTS, garantido pela Lei 8036/90, com direito a saque do
respectivo saldo depois de findo o contrato (artigo 7º, inciso III,
da CF)
- Adicional por trabalho insalubre (artigo 7º, inciso XXIII da CF)
- Adicional por trabalho em condições de periculosidade (artigo
7º, inciso XXIII da CF)
- 13º salário proporcional (artigo 7º, inciso VIII, da CF)
- Licença à gestante (inciso XVIII, art. 7º, da CF);
- Licença paternidade (artigo 7º, Inciso XIX da CF)
Como os contratos regidos pela Lei 6019/74 têm a data do seu
término pré-estabelecida, o trabalhador não tem direito a:-
Aviso prévio; Multa de 40% do FGTS; - Seguro-desemprego
2 – Trabalho Temporário
Proibições no trabalho temporário:
- Prestação de trabalho noturno, perigoso ou insalubre por
menores de 18 anos e de qualquer trabalho por menores de 16
anos (inciso XXXIII, art. 7º da Constituição Federal).
- Contratação de estrangeiros com visto de permanência
provisório no país.
- Cobrar do trabalhador qualquer importância, mesmo a título
de mediação, podendo apenas efetuar descontos previstos em
lei.
3 - POLÊMICA DA REFORMA TRABALHISTA
A reforma alterou a redação do art. 5-A dando a entender
que qualquer atividade poderá ser terceirizada nos moldes dos
serviços determinados e específicos.
Também deixou a cargo da negociação entre as empresas
se os empregados terceirizados terão as mesmas condições
salariais dos efetivos.
“Art. 4o-C. São asseguradas aos empregados da empresa prestadora
de serviços a que se refere o art. 4o-A desta Lei, quando e enquanto
os serviços, que podem ser de qualquer uma das atividades da
contratante, forem executados nas dependências da tomadora, as
mesmas condições:
3 - POLÊMICA DA REFORMA TRABALHISTA
§ 1o Contratante e contratada poderão estabelecer, se
assim entenderem, que os empregados da contratada farão
jus a salário equivalente ao pago aos empregados da
contratante, além de outros direitos não previstos neste
artigo.
São temas que irão demorar um pouco para que o mercado
processe a alteração e aplique na prática. Só com o passar do
tempo e das demandas teremos uma real noção do impacto
que isso irá causar na estrutura do trabalho.

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