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TCC Final 2017 nota 95

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 LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO
 
 VIEIRA RODRIGUES, Rosimeire¹
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 ROCIO CORDEIRO, Gisele²
 RESUMO
O lúdico na Educação infantil tem como objetivo de questionar e pensar em soluções para um aprendizado eficaz, diante da seguinte da problemática: De que maneira a ludicidade pode ajudar no aprendizado infantil? O objetivo do presente trabalho, através de pesquisa bibliográfica, onde encontramos a importância do lúdico no processo de ensino-aprendizagem, buscando compreender a relevância do brincar, do jogo e da brincadeira como subsídio, na construção do desenvolvimento de aprendizagem, no processo educacional da criança, e analisando o ponto de vista de cada autores pesquisado. O brincar faz parte da infância, e através deste possibilita um repertório de desenvolvimentos, seja na esfera cognitiva, quanto na social, biológico, motor e afetiva. Além de encontrar prazer e satisfação. Através do jogos a criança se socializa e aprende, além de poder reproduzir sua realidade através da imaginação, expressando assim suas emoções, dificuldades, que por meio das palavras seria difícil.
Palavras-chave: Educação Infantil. Lúdico. Aprendizagem. Desenvolvimento.
1 INTRODUÇÃO
Esta pesquisa tem como objetivo apresentar a importância do lúdico, como os recursos utilizados os jogos, brincadeiras e brinquedos para o desenvolvimento da criança na educação infantil. As atividades lúdicas podem ser o melhor caminho de interação entre os adultos e as crianças e entre as crianças entre si para gerar novas formas de desenvolvimento, aprendizado e de reconstrução de conhecimento.
O jogos não é somente um divertimento ou uma recreação, é necessário justificar seu uso dentro de sala de aula, dando uma lógica para assim ser filtradas os objetivos finais, pois muitas crianças aprendem com muita mais facilidade por meio dos jogos em grupo de que lições e exercícios individuais.
A importância desta pesquisa incide o fato de que a infância é uma fase muito significativa da vida do ser humano e deve ser cuidadosamente orientada em todos os sentidos, tanto pela escola quanto pela família. A escola tem a missão de transmitir conhecimento produzido pelo homem, deve proporcionar ambientes e profissionais capacitados para exercer também a função de ludicidade. E a família por sua vez permitir que a criança tenha infância, que a criança seja livre para brincar e escolher as brincadeiras e jogos de suas preferências.
A brincadeira, seja ela qual for, é algo de sumo importância na infância. Pelos pais, ela deve ser vista não apenas como um momento de entretenimento e lazer de seus filhos, mas também como uma oportunidade de desenvolver nas crianças hábitos e atitudes que os façam amadurecer se tornando responsáveis.
O professor como mediador da aprendizagem, deve fazer uso de novas metodologias, procurando sempre incluir na sua prática a brincadeira, mais seus objetivos é formar educandos dinâmicos, reflexivos, atuantes, participativos, críticos e capazes de enfrentar desafios. A formação de professores se coloca, portanto, como necessária para que a transformação do ensino se realize. Isso implica revisão e atualização dos currículos oferecidos na formação inicial do professor e a implementação de programas de formação continuada que cumpram não apenas a função de suprir as deficiências da formação inicial, mas que se constituam em espaços privilegiados de investigação didática, orientada para a produção de novos materiais, para a análise e reflexão sobre a prática docente, para a transposição didática dos resultados de pesquisas realizadas na linguística e na educação em geral. (Parâmetros Curriculares Nacionais).
Contudo, a criança com suas potencialidades e necessidades e o educador com suas qualificações profissionais poderão estabelecer relações de afeto e atenção que irão transformar a prática pedagógica em situações de aprendizagem significativa e prazerosa, contribuindo assim para a formação integral da criança integrando-a na sociedade globalizada de forma lúdica e significativa.
Elucidando a importância e os benefícios que o brincar proporciona, é necessário que pais e educadores utilizem e compreendam que o ato de brincar é uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da identidade e da autonomia da criança. Na Educação infantil as brincadeiras e os jogos possuem um valor educacional importantíssimo e sua utilização traz várias vantagem para o processo de ensino aprendizagem, pois ao participar desse ato as crianças trazem para a sua vida o mundo de faz de conta, incorporando nas brincadeiras o quem vem, escutam, observa e experimentam. Diante disso, estudiosos e diferentes profissionais da educação, psicopedagogos, psicólogos, pedagogos, fonoaudiólogos acreditam que o brincar é uma atividade de grande importância para a criança, pois as tornam ativa, criativa e lhes dão a oportunidade relacionar-se com outros, também a faz feliz e, por isso, mais propensa a ser bondosa, a amar o próximo, a ser solidário.
	Embasado na importância que o brincar oferece aos pequeninos proponho contextualizar a intervenção da brincadeira à realidade da criança e a possibilidade de aprendizagem e desenvolvimento. O brincar, entretanto, é um momento essencial e desencadeador no desenvolvimento infantil em múltiplos aspectos. É preciso que ao trabalhar com o lúdico o profissional tenha seus objetivos a preocupação de desenvolver atividades lúdicas que enriqueçam o conhecimento de mundo das crianças, sua aprendizagem, seu desenvolvimento, estimulando a capacidade raciocínio e de relacionar com as pessoas, fatos, objetos e ações no tempo e no espaço.
	Através da brincadeira, as crianças ultrapassam a realidade, refletem sobre sua realidade e cultura qual estão inseridas, interiorizando as e ao mesmo tempo questionando regras e papeis sociais. 
	Infelizmente, poucos se utilizam do lúdico e quando utilizam, usam como recurso para acalmar, passar o tempo e acabam desperdiçando as várias possibilidades que o brincar pode trazer para o ensino-aprendizagem e desenvolvimento da criança.
2 Ludicidade na Educação
Aprofundando os estudos relativos ao lúdico na educação infantil, o lúdico desenvolve um papel importante, pois a junção do lúdico mais os conjuntos educacionais fazem uma transformação na educação, proporcionando assim um aprendizado prazeroso, onde a criança passa momentos onde esse aprendizado ficaram eternizados em sua memória.
 Jogos e brincadeiras e sua relação com o processo de aprendizagem de crianças em idade Educação Infantil, buscou-se os referenciais teóricos de Vygotsky e outros que serão citados ao descrever das informações, os quais tem em comum o estudo sobre a importância dos jogos e brincadeiras na Educação infantil, o jogo aqui compreendido como o ato de envolver -se no brincar, possibilita à criança exercitar-se no domínio do simbolismo, ou seja, adentrarem mundos que encontram se apenas no seu imaginário. Sabe-se que os jogos e brincadeiras estão presentes no cotidiano das crianças, sendo atividades livres e espontâneas, onde o aprendizado acontece por meio das interações com as demais crianças e com os objetivos em sua volta.
A ludicidade se define pelas ações do brincar que são o jogo, o brinquedo e a brincadeira, ensinar por meio lúdico é considerar que a brincadeira faz parte da vida do ser humano e que, por isso, traz referenciais da própria vida do sujeito. Podem utilizar o lúdico como recursos didáticos para que a criança se beneficie desse meio para se desenvolver comcriatividade e enriquecer seus aprendizado.
A ludicidade é assunto que tem conquistado espaço no panorama nacional, principalmente na educação infantil, por ser o brinquedo a essência da infância e seu uso permite um trabalho pedagógico que possibilita a produção do conhecimento, da aprendizagem e do desenvolvimento.
Quando a criança está brincando ela expressas varia emoções, muitas dela como alegria, raiva quando outra criança pega o seu brinquedo, mais esse sentimento sempre é passageiro no próximo momento estão juntas brincando, surpresa, medo, nojo esse sentimento é estranho falar que uma criança expressa, tive essa experiência numa sala de aula do berçário onde se fez uma aula para crianças de em média de um ano a um ano e três meses, foi utilizado nesta aula gelatina, onde uma delas teve a reação de nojo a tocar na gelatina, foi muito interessante ver as crianças reagindo com diversas emoções. 
Os jogos e brincadeiras na educação infantil possibilitam as crianças se expressarem através da prática diária de atividades dirigidas que as fazem desenvolverem suas capacidades motoras, cognitivas e sociais.
Essas atividades pedagógicas devem ter um direcionamento onde seus resultados obtidos devem ser voltados para o desenvolvimento da criança, onde o professor deve ter um olhar construtivo por que todas as reações da criança devem ser observadas, pois em tudo a criança tem capacidade de aprender, muitas vezes é no tempo dela e do eito que ela interpreta a brincadeira pois a criança muitas vezes nos mostra que de outa maneira pode se brincar, desenvolver o aprendizado.
Nas brincadeiras as crianças podem desenvolverem meios importantes, como a atenção, a imaginação, a integração e a memória.
Para Vygotsky:
“O brincar é fonte de desenvolvimento e de aprendizagem, constituindo uma atividade que impulsiona o desenvolvimento, pois a criança se comporta de forma mais avançada do que na vida cotidiana, exercendo papéis e desenvolvendo ações que mobilizam novos conhecimentos, habilidades e processos de desenvolvimento e de aprendizagem” (VYGOTSKY, 1998, p 81).
O brincar é uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da identidade, da autonomia, e até das funções motoras.
O brincar e o jogar são atos fundamentais à saúde física, emocional e intelectual do ser humano e sempre estiveram presentes em qualquer povo desde os mais remotos tempos.
Através deles, a criança desenvolve a linguagem, o pensamento, a socialização, a iniciativa e a autoestima, preparando-se para ser um cidadão capaz de enfrentar desafios e participar na construção de um mundo melhor.
 Segundo Vygotsky, “O jogo da criança não é uma recordação simples do vivido, mas sim a transformação criadora das impressões para a formação de uma nova realidade que responda às exigências e inclinações dela mesma”.
O jogo é apontado como um meio pedagógico que proporciona um desenvolvimento e aprendizagens específicas em determinadas áreas. A esse respeito Vygotsky, diz:
Na situação de brincadeira, a criança imita papéis exercidos pelos alunos e ensaia futuros papéis e valores, levando a criança a desenvolver a motivação, as habilidades e as atitudes que serão necessárias para a sua participação social (Vygotsky, 1998, p. 143).
O jogo, nas suas diversas formas, auxilia no processo ensino-aprendizagem, no desenvolvimento psicomotor quando no desenvolvimento de habilidades do pensamento, como a imaginação, a interpretação, a tomada de decisão, a criatividade, o levantamento de hipóteses, a obtenção e organização de dados e a aplicação dos fatos e dos princípios e novas situações que, por sua vez, acontecem quando jogamos, quando obedecemos regras, e quando vivenciamos conflitos numa competição.
De acordo com VYGOTSKY (1991, p. 122): 
 
“É na atividade de jogo que a criança desenvolve o seu conhecimento do muno adulto e é também nela que surgem os primeiros sinais de uma capacidade especificamente humana, a capacidade de imaginar (...). Brincando a criança cria situações fictícias, transformando com algumas ações o significado de alguns objetos”.
	Nos estudos de Vygotsky ele afirmou que não existem brincadeiras sem regras, partindo do princípio de que os pequenos se envolvem nas atividades de faz-de-conta para entender o mundo em que vive. Para isso, usam a imaginação. Quando finge que está dirigindo um carro, a criança procura seguir regras de conduta social e de convivência. É uma forma de expandir sua compreensão sobre o mundo.
 Para Vygotsky (1984), os elementos fundamentais da brincadeira são: a situação imaginária, a imitação e as regras. Segundo ele, sempre que brinca, a criança cria uma situação imaginária na qual assume um papel, que pode ser, inicialmente, a imitação de um adulto observado.
Para Vygotsky citado por RAU (2011, p. 58)
 “Uma situação imaginária é criada pela criança. O brincar da criança é a imaginação em ação. O jogo é o nível mais alto do desenvolvimento na educação pré-escolar e é por meio dele que a criança move-se cedo, além do comportamento habitual na sua idade”.
 Definindo o jogo como uma das maiores contribuições para o desenvolvimento educacional de uma criança da Educação Infantil.
A criança desde seus primeiros anos de vida tem contato com o jogo e suas regras, o primeiro contato com os jogos, apresentado na sala de aula com o professor como mediador do conhecimento, estimula essa criança a aprender o jogo com suas regras estabelecidas, e muitas vezas o professor tem que adaptar esse jogo conforme a faixa de idade da criança, para assim a criança absorver melhor o aprendizado.
Vygotsky ressalta ainda que a criança brinca pela necessidade de atuar em relação ao mundo dos adultos e não apenas ao universo dos objetos a que ela tem acesso. Portanto, é através do brinquedo que a criança projeta-se nas atividades dos adultos, procurando ser coerente com os papéis assumidos.
“No brinquedo, a criança sempre se comporta além do comportamento habitual de sua idade, além de seu comportamento diário; no brinquedo é como se ela fosse maior do que é, na realidade” (VYGOTSKY, 2007, p. 122).
 Segundo o autor, para uma criança muito pequena o brinquedo é algo sério, ou seja, significa que ela brinca sem separar a situação imaginária da situação real.
Segundo Vygotsky:
“Ao discutir o papel do brinquedo, refere-se especificamente à brincadeira de faz-de-conta, como brincar de casinha, brincar de escolinha, brincar com um cabo de vassoura como se fosse um cavalo. Faz referência a outros tipos de brinquedo, mas a brincadeira faz-de-conta é privilegiada em sua discussão sobre o papel do brinquedo no desenvolvimento. No brinquedo, a criança sempre se comporta além do comportamento habitual, o mesmo contém todas as tendências do desenvolvimento, sob forma condensada, sendo ele mesmo uma grande fonte de desenvolvimento” (VYGOTSKY, 1998, p. 139).
Vygotsky (apud DUPRAT, 2014) considera que nos jogos que envolvem situações imaginárias haverá também regras, ou seja, situações imaginárias possuem regras de conduta e regras sociais.
 Outro conceito apresentado por Vygotsky é o de zona de desenvolvimento proximal, composta por aquelas atividades que ainda não estão maduras, mas que se encontram em processo de maturação e que o alcançarão no futuro. Essas zonas são as que irão determinar o nível de desenvolvimento em que a criança se encontra. Segundo o autor, é importante não avaliar as dificuldades, mas suas diferenças, pois cada criança possui um ritmo. Por fim, Vygotsky afirma que a criança é capaz de avançar em seu desenvolvimento a partir das atividades lúdicas (DUPRAT, 2014). 
Conforme, Duprat (2014, p. 35)
“Assim o jogo pode ser usado como recurso pedagógico que favorece a criança a tomar parte na construção do conhecimento, num processo contínuo”.
 Aqui entendemos que o jogo pode ser útil, favorecendo no crescimento e na capacidade do desenvolvimento contínuo da criança.
 Segundo Duprat (2014), as atividades lúdicas, além de oferecermomentos prazerosos, são responsáveis pelo desenvolvimento de diversas habilidades como a inteligência, a coordenação e a socialização. Portanto, mesmo sem ter consciência disso, ao brincar, a criança está desenvolvendo aspectos físicos e psíquicos.
Portanto, Duprat (2014) conclui que a ludicidade no contexto escolar é muito mais do que um procedimento de ensino, é uma oportunidade de dar ao aluno a descoberta e a construção livre de seu caráter e de um olhar crítico com o meio em que vive, formando, assim, sua personalidade
Conforme RAU (2011, p. 25)
 “Nesse sentido, a ludicidade como elemento da educação, também é passível de demonstrar a evolução humana com base em suas interações sociais, culturais e motoras pois o homem sempre teve em seu repertório as linguagens do brincar”.
 Assim, os benefícios que a ludicidade traz tanto para os alunos, como aos envolvidos em sua educação, são muito importantes, pois transmitem conhecimentos a todos.
A ludicidade se conceitua pelas ações do brincar em que são incluídos os jogos, o brinquedo e a brincadeira. É vista como uma atividade prazerosa, que traz alegria e satisfação, possibilitando a aprendizagem da criança de forma significativa (RAU, 2012b).
 De acordo com RAU (2012a), o lúdico precisa ser levado a sério no ambiente escolar, favorecendo o aprendizado por meio do jogo e da brincadeira. O jogo como recurso pedagógico tem a função de ensinar e, por isso, tem objetivos a atingir.
De acordo com RAU (2012a, p. 34): Quando você entra na ação do jogo, elabora metas (seus objetivos), prepara estratégias (sua ação cognitiva e motora no jogo), escolhe caminhos (elabora hipóteses), brinca de faz-de-conta (vivencia papéis), raciocina e enfrenta desafios (tenta superar os obstáculos) vivencia emoções e conflitos (alegria, ansiedade), organiza o pensamento (supera os problemas, percebe erros e acertos), e sintetiza (compreende resultados, vencendo ou perdendo)
Segundo RAU (2012a), a utilização de atividades lúdicas como método pedagógico pode contribuir para a formação integral da criança. A ludicidade no contexto educacional é composta por atividades significativas que estão de acordo com as necessidades das crianças de forma integrada, associando-se à sua realidade sociocultural no processo de construção de conhecimento.
O lúdico é de suma importância na educação infantil, pois nessa faixa etária as crianças necessitam de tais atividades para que, através das mesmas, possam adquirir conhecimentos de maneira prazerosa.
Através de jogos, brinquedos e brincadeiras. Como as crianças ainda não dominam a escrita, as atividades lúdicas propiciam a interação entre os conteúdos proposto, entre professor e aluno e entre os colegas.
O lúdico como método pedagógico prioriza a liberdade de expressão e criação. Por meio dessa ferramenta, a criança aprende de uma forma menos rígida, mais tranquila e prazerosa, possibilitando o alcance dos mais diversos níveis do desenvolvimento. Cabe assim, uma estimulação por parte do adulto/professor para a criação de ambiente que favoreça a propagação do desenvolvimento infantil, por intermédio da ludicidade.
No transcorrer desse trabalho difundiu-se ideias a respeito da importância do lúdico no processo de ensino aprendizagem infantil, desvelando que a ludicidade é um grande laboratório para o desenvolvimento integral da criança, que merece atenção dos pais e dos educadores, pois é através das brincadeiras que a criança descobre a si mesmo e o outro
O lúdico viabiliza uma série de aprimoramentos em diversos âmbitos dos desenvolvimentos, cognitivo, motor, social e afetivo. Através do brincar a criança inventa, descobre, experimenta, adquire habilidades, desenvolve a criatividade, auto confiança, autonomia, expande o desenvolvimento da linguagem, pensamento e atenção. Por meio de sua dinamicidade, o lúdico proporciona além de situações prazerosas, o surgimento de comportamentos e assimilação de regras sociais. Ajuda a desenvolver seu intelecto, tornando claras suas emoções, angústias, ansiedades, reconhecendo suas dificuldades, proporcionando assim soluções e promovendo um enriquecimento na vida interior da criança.
Verificou-se que a atividade lúdica fornece uma evolução nas funções das habilidades psíquicas, da personalidade e da educação. Por meio dos jogos e brincadeiras a criança aprende a controlar os seus impulsos, a esperar, respeitar regras, aumenta sua autoestima e independência, servindo também para aliviar tensões e diminuir frustrações, pois através do brincar a criança reproduz situações vividas no seu habitual, reelaborando através dos faz de conta.
A utilização de jogos e brincadeiras no meio educacional propicia as crianças o aprimoramento de diversos conhecimentos de forma lúdica. Aos educadores, estes além de estarem motivados também com o lúdico, é preciso um conhecimento mais elaborado acerca do tema, para poder intervir nas brincadeiras da crianças. Contudo, faz-se necessário auxiliar a criança, de maneira sutil, para que brinque com diversos tipos de brinquedos.
Enfim, através da brincadeira e do jogo, a criança aprende a lidar com o mundo, formando sua personalidade, vivenciando sentimentos como amor e medo. No jogo a criança se coloca em movimento num universo simbólico, projetando-se no mundo ao seu redor.
Os jogos favorecem a alta expressão, desenvolvem a capacidade física, favorecem a aprendizagem, oferecem atividades físicas prazerosas. Na antiguidade, as crianças brincavam de cantigas de roda, amarelinha, queimado e outras tantas brincadeiras da idade da inocência.
Constatou-se nesse estudo que a partir do momento em que os professores adotam o lúdico na sua prática pedagógica, estes interagem com seus alunos formando uma relação de troca de conhecimentos, segundo Vygotsky constituindo o sócio - interacionista. 
Vygotsky fundamenta que o desenvolvimento está alicerçado sobre o plano das interações. Há uma inter-relação entre o contexto cultural, o homem e o desenvolvimento, pois esse se dá do inter - psíquico para o intrapsíquico, ou seja, primeiro se dá o desenvolvimento cognitivo, no relacionamento com o outro, para depois ser internalizado individualmente. Esse processo significa que o desenvolvimento ocorre exteriormente para depois ocorrer efetivamente no interior do indivíduo. Sendo assim, sem influência mútua não há desenvolvimento.
Sua proposta é conhecida também como sócio - interacionista, pois o desenvolvimento histórico acontece do social para o individual. "O ser humano só adquire cultura, linguagem, desenvolve o raciocínio se estiver inserido no meio com os outros. A criança só vai se desenvolver historicamente se inserida no meio social”. (Vygotsky).
Para Vygotsky (1984), a ideia de brincar origina-se na imaginação criada pela criança, em que desejos impossíveis podem ser realizados, reduzindo a tensão e ao mesmo tempo constituindo uma maneira de acomodação a conflitos e frustações da vida real. (Maria Cristina T. D. Rau: A ludicidade na Educação: uma atitude pedagógica, p. 58).
Vygotsky afirma que:
“Brincar leva acriança a tornar-se mais flexível e a buscar alternativas de ação. Enquanto brincar, a criança concentra sua atenção na atividade em si e não em seus resultados e efeitos. Permitir brincar às crianças é uma tarefa essencial do educador”. Vygotsky (1984, p. 64). 
	 A criança começa com uma situação imaginária, que é uma reprodução da situação real, sendo a brincadeira muito mais a lembrança de alguma coisa que realmente aconteceu, do que uma situação imaginária nova. À medida que a brincadeira se desenvolve, observamos um movimento em direção à realização consciente de seu propósito. Finalmente surgem as regras que irão possibilitar a divisão do trabalho e o jogo na idade escolar. Vygotsky (1984, p. 118). 
 A brincadeira é de extrema importância para o desenvolvimento da criança, sendo realizada através das suas interações sociais, criando assim mecanismos para o surgimento da zona proximal tão importante para o desenvolvimento cognitivo,desenvolvendo a iniciativa, oportunizando a expressão de seus desejos e internalizando assim as regras sociais. Vygotsky (1988).
A brincadeira deve ser vista como uma forma lúdica e prazerosa de desenvolver e criar respostas em nossas vidas. Se hoje, nós adultos, adotássemos brincadeiras consideradas “infantis" talvez não seríamos adultos tão “doentes” quanto somos. 
 No entanto, enquanto o prazer não pode ser visto como uma característica definidora do brinquedo, parece-me que as teorias que ignoram o fato de que o brinquedo preenche necessidades da criança, nada mais são do que uma educação pedante da atividade de brincar. Referindo-se ao desenvolvimento da criança em termos mais gerais, muitos teóricos ignoram, erroneamente, as necessidades das crianças – entendidas em seu sentido mais amplo, que inclui tudo aquilo que é motivo para a sua ação. (Vygotsky 1998, p.121)
Vimos como é importante o brincar, o jogos e as brincadeiras, como instrumentos mediadores que venham facilitar o aprendizado infantil de forma que a criança aprende brincando, com satisfação, com alegria de cada dia descobrir como é belo e prazeroso o conhecimento adquirido com vontade própria de aprender.
 
3 METODOLOGIA
Nos procedimentos práticos, este é um estudo bibliográfico sobre: Ludicidade na Educação Infantil. A pesquisa será realizada por meio de leituras, a partir de livros, sites, artigos e fontes eletrônicas que tratam sobre o tema pesquisado.
Analisar as ideias de alguns pensadores e filósofos sobre o tema Ludicidade na Educação Infantil e levando em conta a importância das brincadeiras para as crianças, nessa fase da vida.
 Através da pesquisa baseada em alguns autores que defende o lúdico com um recurso pedagógico, onde a criança será estimulada através de jogos, brinquedos e brincadeiras, onde seu desenvolvimento cognitivo estará sendo lapidado de maneira que seu desenvolvimento será satisfatório, e outra vezes poderá surpreender o professor.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
 O brincar é um instrumento importante para desenvolver a criança, e também instrumento para a construção do conhecimento infantil. Com o brincar, Vygotsky (1998) diz que “a criança reorganiza suas experiências. Oferecer oportunidades para a criança brincar é criar espaço para a reconstrução do conhecimento”.
O brincar permite, aprender a lidar com as emoções. Pelo brincar, a criança pode balancear as tensões provenientes de seu mundo cultural, construindo sua individualidade, sua marca pessoal, sua personalidade.
Pensar na prática pedagógica sobre o lúdico no desenvolvimento e na aprendizagem do ser humano é uma das principais funções do educador infantil de hoje. A ludicidade envolve as habilidades de memória, concentração e a atenção, além do júbilo da criança em participar de atividades pedagógicas de maneira diferente e divertida, e um dos motivos que justifica a ludicidade na educação seria justamente a possibilidade de utilização de recursos pedagógicos que venham ao encontro dos diferentes estilos de aprendizagem encontrados em sala de aula, o que atualmente é um grande desafio para o professor da educação infantil.
A construção do conhecimento, com base no lúdico leva a criança, enquanto participa do jogo, a elaborar metas, a perceber e explorar diferentes estímulos, a antecipar resultados, a levantar diferentes hipóteses e a formular estratégias. Concluindo este trabalho, é possível dizer que os jogos, brinquedos e brincadeiras utilizados como recursos pedagógicos, não são elementos que trazem o aprendizado pronto e acabado, ao contrário, esse saber precisa ser estimulado pelos alunos. Assim, o jogo na ação pedagógica é um objeto empreendedor e que se modifica a partir das intenções dos alunos.
Neste estudo os autores pesquisados defendem que é de muita importância o lúdico, o proporcionar a criança um ambiente favorável, que nele a criança tenha contato com os jogos, brinquedos e brincadeiras, na qual o jogo estimulará a criança a relacionar regras deste jogo com o as regras de seu cotidiano, que a criança venha a perceber que o brinquedo a levara a ter emoções que a fará se expressar de muitas maneira, sendo assim a criança através das brincadeiras também aprende, com alegria, travessuras, e emoções a flor da pele, a criança também aprende brincando. 
A aplicação de brincadeiras e jogos e brinquedos em diferentes situações educacionais é um meio de estimular, analisar e avaliar aprendizagens específicas dos alunos.
 Podemos salientar que a ludicidade é uma dimensão que deve ser explorada, pesquisada pelo professor atuante na etapa da educação infantil, trabalhando com os aspectos físico, cognitivo, emocional e motor, trabalhando com jogos e brincadeiras, onde o professor deve ter a visão continua que a criança sempre está aprendendo, e transmitindo conhecimento ao próximo.
Diante disso, há a necessidade de se continuar o estudo sobre a ludicidade, buscando e pesquisando o desenvolvimento e a atuação crítica na sociedade, como sujeito da história, pois a criança é o corpo vivido, descoberto e conquistado com sua própria experiência e a ludicidade pode levar o aluno à reflexão acerca de problemas sociopolíticos atuais, como ecologia, saúde, relações sociais, preconceitos sociais, discriminação e outros. Cabe assim, à escola promover a apreensão da prática social, com base na qual os conteúdos podem ser definidos.
Com essa pesquisa observei que o lúdico, tem um resultado muito satisfatório, quando se refere ao aprendizado, quando um professor estimula a criança a se desenvolver pedagogicamente utilizando o brinquedos, jogos e brincadeiras, o provocador do conhecimento faz uma interlocução entre o que a criança já sabe com o que ela pode aprender e dividir seus conhecimentos adquiridos com os demais alunos.
E como se fosse uma caixinha de surpresa onde a criança sempre poderá surpreender a si mesma e aos que estão a sua volta, pois a criança através das brincadeiras de imitar o adulto, ela transmite na realidade o que está vivendo, e transmite informações ao professor indispensáveis para que ele possa trabalhar com essa criança meios onde possa vim a favorecer o aprendizado, o desenvolvimento social, e familiar e assim desabrochar nesta criança um cidadão consciente de seus direitos e deveres perante uma sociedade que sempre vai cobrar dele o seu melhor.
REFERÊNCIAS
BRASIL. MEC.SEF. Parâmetros curriculares nacionais: Brasília: MEC/SEF,1988. p.66.
http://centraldeinteligenciaacademica.blogspot.com.br
doce-pedagogia.blogspot.com
http://educador.brasilescola.uol.br
DUPRAT, Maria Carolina. Ludicidade na Educação Infantil. São Paulo. Pearson do Brasil, 2014.
https://psicologado.com/atuacao/psicologia-escolar/a-importancia-do-ludico-no-processo-de-ensino-aprendizagem-no-desenvolvimento-da-infancia
http://repositorio.roca.utfpr.edu.br
RAU, Maria Cristina Trois Dorneles. A Ludicidade na Educação: uma atitude pedagógica. Curitiba. Intersaberes, 2011.
RAU, Maria Cristina Trois Dorneles. Educação infantil: práticas pedagógicas de ensino e aprendizagem. Curitiba: Inter Saberes, 2012b
VYGOTSKY, Lev Semenovich. Pensamento e linguagem. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes,1998.
VIGOTSKY, L.S. A Formação Social da Mente. 6ª ed. São Paulo, SP. Martins
Fontes Editora LTDA, 1998
Livro: A Ludicidade na Educação: uma atitude pedagógica: Maria Cristina T. D. Rau. Editora intersaberes 2012.
WIKIPÉDIA: https://pt.wikipedia.org/wiki/Brincadeira. (Acesso em 02/08/2015).
www.pead.faced.ufrgs.br/sites/publico/eixo3/ludicidade/vygotsky2.htm

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