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Desenvolvimento Colônias Americanas

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Viu-se anteriormente que dois fatores foram fundamentais para os processos de industrialização do século XIX: o capitalismo concorrencial e o passado feudal dos países, salvo exceção os Estados Unidos da América. Esse desenvolvimento teve grande influência do capital europeu, porém a forma de colonização norte-americana foi totalmente heterogênea, separando-se entre colônias do centro e norte e colônias do sul. 
	No sul, primeiro tentou-se a produção de algumas culturas, como arroz e anil e principalmente o tabaco. As colônias do sul mostravam-se propícias a produzir itens que não concorriam diretamente com o mercado europeu, além de produzir com demanda para a Europa. Utilizou-se no início a servidão temporária, porém, conforme aumentava-se a rentabilidade da produção, mudou-se a utilização de servidores temporários para a escravidão ou segunda servidão. À medida que certas culturas vingavam, estabelecia uma relação mais próxima com as metrópoles, onde os metropolitanos acabavam por investir mais, e os lucros obtidos serviam para aumentar a produção e a utilização de escravos. Estando subserviente as vontades da metrópole assim de atende-la e com o estabelecimento do escravismo, houve um cenário onde não havia divisão do trabalho e o desenvolvimento do capitalismo ocorreu de forma lenta.
	As colônias do norte eram voltadas para a pequena produção. Ao fugir do feudalismo e e de lutas sociais e religiosas, buscavam não o lucro, mas apenas a subsistência em terras livres e sem se submeter à Europa, muito menos rentabilizar com tal relação. Porém, não somente questões sociais foram responsáveis pela organização em pequenas porções de terra. Os fatores naturais foram fundamentais. As condições naturais não eram propícias a grandes produções agrárias e não havia possibilidade de exploração através da mineração, por exemplo. Assim, só vigoraram atividades como pesca, , produção de peles, madeira etc. Por essas questões, não implantou-se a escravidão por serem apenas pequenas produções. De qualquer forma, os indígenas não conseguiram resistir ao avanço da colonização e foram exterminados para a obtenção de terras livres. Logo firmou-se a utilização de servos temporários. Havia muita terra disponível. O proprietário pagava a viagem do servo até a colônia e esse retribuía com trabalho por um determinado período. Apesar de essa relação ser de mestre e aprendiz, não impediu os servos de sofrerem os abusos por sua posição social. De qualquer forma, diferente da escravidão, após o período de servidão, esse trabalhador tinha condições de ele também se tornar um pequeno proprietário de terra.
	Sendo assim, o capitalismo estabelecido na Europa ao forçar a emigração ajudou a difundir o próprio capitalismo. Trouxeram novamente não só o escravismo, mas ao mesmo também mostravam o desenvolvimento através de pequenas produções. Dessas forma, observava-se muitas semelhanças entre a sociedade feudalista europeia em crise com as terras norte-americanas. Apesar de tais semelhanças, haviam diferenças, como a eliminação de classes e da estatização, onde se via a tentativa de um igualitarismo a ser seguido. As pequenas produções mostram-se propicias à mercantilização, ao desenvolvimento do capital comercial e da divisão do trabalho, que eram condições essenciais para o desenvolvimento da industrialização, além da expansão de terras em decorrência da eliminação indígena. Isso explica o maior desenvolvimento das colônias do norte em relação as colônias sulistas.
 Os nortistas, apesar de importar coisas da Europa, produzia sua própria manufatura, mesmo de qualidade inferior, o que foi importante para que se igualassem à Inglaterra na produção industrial. Apesar de não ter apoio do Estado, as relações de mercado das colônias não podiam ser tidas como subordinadas, pois seu capital comercial era baseado em questões internas e também internacionais, como a relação com Antilhas. Toda essa independência gerou conflitos que acabaram por ser benéficos ao desenvolvimento norte-americano.

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