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DESENHO TÉCNICO DE EDIFICAÇÕES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
1 - INTRODUÇÃO.....................................................................................................................................3 
2 - NORMAS TÉCNICAS APLICADAS AO DESENHO TÉCNICO......................................................................5 
3 - PROJEÇÕES ORTOGRÁFICAS..............................................................................................................15 
4 – PERSPECTIVAS.................................................................................................................................18 
5 - PROJETO ARQUITETÔNICO...............................................................................................................20 
6 - PROJETO DE EDIFICAÇÕES ASSISTIDO POR COMPUTADOR................................................................25 
REFERÊNCIAS.........................................................................................................................................26 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
1– Introdução 
 
Olá professor! É muito gratificante tê-lo conosco neste momento onde iremos 
compartilhar conhecimento e alinhar informações importantes para nossa capacitação e 
atualização tecnológica. Estamos iniciando uma caminhada que irá nos capacitar para 
atuar como instrutores das unidades curriculares que compõem o Desenho Curricular 
Nacional do Técnico em Edificações do SENAI na área da Construção Civil, nas 
modalidades presenciais e a distância. Esta é a primeira unidade curricular desta 
atualização e faz parte do módulo de Fundamentos para a Construção de Edifícios. 
 
O Itinerário Nacional de Educação Profissional, através do Desenho Curricular Nacional 
do Técnico em Edificações do SENAI, entende que a unidade curricular de Desenho 
Técnico de Edificações deverá habilitar nossos alunos conforme as orientações 
descritas no quadro 1. 
 
Nome: 
Desenho Técnico de Edificações 
Carga Horária: 
60h 
Qualificação / Habilitação Profissional: 
Desenhista Projetista de Edificações – Assistente da Produção de Edificações - Técnico em Edificações 
 
Unidade de Competência: 
1. Desenvolver projetos de edificações, 
considerando as normas técnicas, de 
segurança e saúde do trabalho e legislações 
específicas. 
2. Supervisionar a execução de edificações, 
considerando as normas de segurança e 
saúde do trabalho e legislações específicas. 
3. Planejar obras, considerando as normas de 
segurança e saúde do trabalho e legislações 
específicas. 
 
Módulo: 
 
 
Fundamentos para Construção de Edifícios 
Objetivo Geral: 
Desenvolver as competências para representar graficamente desenhos técnicos para construção de 
edificações, de acordo com as normas técnicas aplicáveis ao desenho. 
 
 
Quadro 01: Unidade Curricular de Desenho Técnico de Edificações 
Fonte: Desenho Curricular Nacional do Técnico em Edificações 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
É muito importante que você leia o Desenho Curricular Nacional do Técnico em 
Edificações consultando a biblioteca digital, onde encontrará todo o itinerário de 
formação do nosso técnico. 
 
A esta altura, você deve estar se perguntando: o que será mais importante ou que 
devemos dar mais ênfase na aplicação dos conhecimentos descritos, para que o 
nosso aluno desenvolva as habilidades esperadas por esta unidade curricular? 
 
Convidamos você, neste momento, para, juntos, possamos refletir sobre estas 
perguntas. 
 
Para dar conta dos conhecimentos relativos à representação de desenhos, os alunos 
deverão primeiro aprender a interpretá-los, você concorda? Então, para isso, vamos 
relembrar as principais normas técnicas de representação de projetos, cotagem, 
escalas, projeções ortográficas e perspectivas. Seguindo adiante, veremos então 
como representar o desenho de projetos de arquitetura, inclusive, utilizando os 
recursos digitais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
2 - Normas Técnicas Aplicadas ao 
Desenho Técnico 
 
Quantas vezes você já se perguntou: para que tanta norma? O que é norma? Quais são 
os objetivos e os benefícios da normalização? Vamos, então, refletir para tentar 
entender e responder aos alunos. 
 
O que é norma? 
 
As normas são documentos estabelecidos e aprovados, por consenso, por um 
organismo reconhecido que fornece regras, diretrizes ou características para atividades, 
para uso comum e repetitivo, ordenando em um dado contexto. O órgão responsável 
pela normalização técnica no nosso país é a Associação Brasileira de Normas Técnicas 
(ABNT), fundada em 1940, que fornece a base necessária ao desenvolvimento 
tecnológico brasileiro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 01: Logomarca oficial ABNT 
Fonte: http://www.abnt.org.br 
 
 
Quais são os objetivos da normalização? 
 
• Comunicar: garantir os meios necessários para a troca adequada de 
informações entre clientes e fornecedores; 
 
• Simplificar: reduzir as variedades de produtos e de procedimentos; 
 
• Proteger o Consumidor: definir os requisitos que permitam medir a qualidade dos 
produtos e serviços; 
 
• Segurança: estabelecer requisitos técnicos destinados a assegurar a proteção 
da vida humana, da saúde e do meio ambiente; 
 
• Economia: diminuir o custo de produtos e serviços mediante a sistematização, 
racionalização e ordenação dos processos e das atividades produtivas; 
 
• Eliminar barreiras: evitar a existência de regulamentos conflitantes, sobre 
produtos e serviços, em diferentes países, de forma a facilitar o intermédio 
comercial. 
 
6 
 
 
Quais são os benefícios da normalização? 
A normalização, através de seus objetivos, cria uma série de benefícios para os 
diversos setores produtivos como, por exemplo, ajudar a organização do mercado, 
constituir uma linguagem única entre produtor e consumidor, melhorando a qualidade de 
produtos e serviços, orientando as concorrências públicas e, como consequência, 
aumentando a produtividade e reduzindo os custos de produtos e serviços. 
 
De forma geral, podemos concluir que as normalizações contribuem então para o 
aumento da economia do país e o desenvolvimento da tecnologia nacional. Mas, e as 
normas de desenho? Como elas se encaixam nesse contexto? É o que vamos ver em 
seguida. 
 
Normas Técnicas Aplicadas ao desenho 
Os procedimentos para execução de desenhos técnicos estão inteiramente 
normalizados pela ABNT e aparecem em normas gerais, que abordam desde a 
denominação e classificação dos desenhos até as formas de representação gráfica, ou 
em normas específicas, que tratam os assuntos separadamente, conforme o quadro 2. 
 
NORMA TÍTULO 
 
NBR 10647 
 
DESENHO TÉCNICO – NORMA GERAL 
 
NBR 10068 
 
FOLHA DE DESENHO LAY-OUT E DIMENSÕES 
 
NBR 10582 
 
APRESENTAÇÃO DA FOLHA PARA DESENHO TÉCNICO 
 
NBR 13142 
 
DESENHO TÉCNICO – DOBRAMENTO DE CÓPIAS 
 
NBR 8403 
APLICAÇÃO DE LINHAS EM DESENHOS – TIPOS DE LINHAS – LARGURAS DAS 
LINHAS 
 
NBR 8402 
 
EXECUÇÃO DE CARACTERES PARA ESCRITA EM DESENHOS TÉCNICOS 
 
NBR10126 
 
COTAGEM EM DESENHO TÉCNICO 
 
NBR 8196 
 
DESENHO TÉCNICO – EMPREGO DE ESCALAS 
 
NBR 12298 
REPRESENTAÇÃO DE ÁREA DE CORTE POR MEIO DE HACHURAS EM DESENHO 
TÉCNICO 
 
NBR 10647 
 
DESENHO TÉCNICO – NORMA GERAL 
Quadro 02: Normas aplicadas ao desenho 
Fonte: SENAI, 20121
 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=53350 
 
Existem normas que regulamentam a elaboração dos desenhos e têm a finalidade 
de atender a uma determinada modalidade de engenharia. Uma consulta aos 
1catálogos da ABNT mostrará muitas outras normas vinculadas à execução de 
algum tipo ou alguma especificidade de desenho técnico. 
 
 
7 
 
 
 
Vamos detalhar um pouco mais cada uma destas normas, pois são fundamentais para 
uma boa representação, leitura e interpretação das simbologias do universo da 
construção civil. 
 
NBR 10647 – DESENHO TÉCNICO – NORMA GERAL 
Esta norma definiu os termos empregados em desenho técnico. A norma define os tipos 
de desenho quanto aos seus aspectos geométricos (Desenho Projetivo e Não 
Projetivo), quanto ao grau de elaboração (Esboço, Desenho Preliminar e Definitivo), 
quanto ao grau de pormenorização (Desenho de Detalhes e Conjuntos) e quanto à 
técnica de execução (à mão livre ou utilizando computador) 
 
 
NBR 10068 – FOLHA DE DESENHO LAYOUT E DIMENSÕES 
Tem por objetivo padronizar as dimensões das folhas utilizadas na execução de 
desenhos técnicos e definir seu layout, com suas respectivas margens e legenda. 
 
Os tamanhos das folhas seguem os Formatos da série “A”,e os desenhos devem ser 
executados no menor formato possível podendo ser executados com a folha na posição 
vertical ou horizontal desde que não comprometa a sua interpretação. Cada formato 
possui uma dimensão diferente e essas dimensões encontram-se detalhadas na Tabela 
1, a seguir. 
 
Designação Dimensões, em mm 
A0 841 x 1189 
A1 594 x 841 
A2 420 x 594 
A3 295 x 420 
A4 210 x 297 
 
Tabela 1: Relação das normas técnicas utilizadas para compor o estudo 
Fonte: SENAI, 2012 
 
O formato maior é equivalente ao seu sucessor com menores proporções, ou seja, o 
formato A0 equivale a duas vezes o formato A1; o formato A1 equivale a duas vezes o 
formato A2; o formato A2 equivale a duas vezes o formato A3; e o formato A3, equivale 
a duas vezes o formato A4. E o formato A4, por fim, é a unidade de referência (Figura 
2). 
 
8 
 
 
Figura 2: O formato A0 e a derivação entre demais formatos da série “A”. 
Fonte: ABNT – NBR 10068, 1987 
 
 
NBR 10582 – APRESENTAÇÃO DA FOLHA PARA DESENHO TÉCNICO 
Esta norma fixa as condições exigíveis para a localização e a disposição do espaço 
para desenho, espaço para texto, espaço para legenda e respectivos conteúdos, nas 
folhas de desenhos técnicos. 
 
 
NBR 13142 – DESENHO TÉCNICO – DOBRAMENTO DE CÓPIAS 
Aqui poderemos encontrar as recomendações sobre a forma de dobramento de todos 
os formatos de folhas de desenho: para facilitar a fixação em pastas, as folhas são 
dobradas até as dimensões do formato A4. 
 
 
 
Figura 3: Dobramento para formatos A3 
Fonte: ABNT - NBR 13142, 1999 
 
 
9 
 
 
Figura 4: Folha do formato A4 como unidade de referência. 
Fonte: Adaptado de ABNT - NBR 13142,1999. 
NBR 8403 – APLICAÇÃO DE LINHAS EM DESENHOS – TIPOS DE LINHAS – 
LARGURAS DAS LINHAS 
As linhas são os principais elementos do desenho. Elas determinam as dimensões e 
informam as características de cada elemento projetado. Sendo assim, deverão estar 
perfeitamente representadas dentro do desenho. 
 
As linhas de um desenho normatizado devem ser regulares, legíveis (visíveis) e devem 
possuir contraste umas com as outras. 
 
Nas plantas, cortes e vistas, para sugerir profundidade, as linhas sofrem uma gradação 
no traçado em função do plano onde se encontram. As linhas em primeiro plano – mais 
próximo – serão sempre mais grossas e escuras, enquanto as do segundo e demais 
planos visualizados – mais afastados – serão menos intensas. 
Observem, na tabela abaixo, orientações para uma boa utilização e definição dos traços 
para cada tipo de linha. 
 
LINHA DENOMINAÇÃO APLICAÇÃO GERAL 
 
Contínua larga A1 contornos visíveis 
A2 arestas visíveis 
 
Contínua estreita B1 linhas de interseção 
imaginárias 
B2 linhas de cotas 
B3 linhas auxiliares 
B4 linhas de chamada 
B5 hachuras 
B6 contornos de seções 
rebatidas na própria vista 
B7 linhas de centros curtas 
 
 
 
Contínua estreita à mão livre 
 
 
 
C1 limites de vistas ou cortes 
parciais, ou interrompidas se 
o limite não coincidir com 
linhas, traço e ponto 
 
Contínua estreita em 
ziguezague 
D1 esta linha destina-se a 
desenhos confeccionados por 
máquinas 
 
Tracejada larga E1 contornos não visíveis 
E2 arestas não visíveis 
 
Tracejada estreita F1 contornos não visíveis 
F2 arestas não visíveis 
 
Traço e ponto estreitos G1 linhas de centro 
G2 linhas de simetria 
G3 trajetórias 
G 
F 
E 
D 
C 
B 
A 
 
10 
 
 
Traço e ponto estreita, larga 
nas extremidades e na 
mudança de direção 
 
 
H1 planos e cortes 
Traço e ponto largo J1 indicação das linhas ou 
superfícies com indicação 
especial 
 
Traço e dois pontos estreitos 
K1 contornos de peças 
adjacentes 
K2 posição limite de peças 
móveis 
K3 linhas de centro de 
gravidade 
K4 cantos antes da 
conformação 
K5 detalhes situados antes do 
plano de corte 
Tabela 2: Tipos de linhas normalizados 
Fonte: SENAI, 2012. 
NBR 8402 – EXECUÇÃO DE CARACTERES PARA ESCRITA EM DESENHOS 
TÉCNICOS 
Visa à uniformidade e a legibilidade para evitar prejuízos na clareza do desenho e evitar 
a possibilidade de interpretações erradas, fixando as características de escrita em 
desenhos técnicos. 
 
A norma ABNT - NBR 8402 (1994) recomenda três principais exigências na escrita 
técnica, que servem como fatores disciplinadores para a escrita em desenho técnico, e 
que encontram-se descritas na Tabela 3, abaixo. 
 
PRINCIPAIS EXIGENCIAS REGRAS A SEREM SEGUIDAS 
a) legibilidade A clareza da forma deve garantir a distinção dos caracteres entre si, a 
fim de evitar equívocos na leitura. 
b) uniformidade A distância horizontal entre os caracteres de uma mesma palavra (a) 
deve obedecer à proporção de, no mínimo, duas vezes a espessura da 
linha do próprio caractere (d); sendo que, no caso de espessuras de 
linhas diferentes, a distância entre os caracteres deve obedecer à linha 
(d) mais larga. A mesma espessura de linha deve ser utilizada entre 
letras maiúsculas e minúsculas. 
c) adequação à microfilmagem 
e a outros processos de 
reprodução 
O encontro das linhas dos caracteres (por cruzamento ou toque) deve 
ser formado por ângulos a 90° 
a) legibilidade A clareza da forma deve garantir a distinção dos caracteres entre si, a 
fim de evitar equívocos na leitura. 
b) uniformidade A distância horizontal entre os caracteres de uma mesma palavra (a) 
deve obedecer à proporção de, no mínimo, duas vezes a espessura da 
linha do próprio caractere (d); sendo que no caso de espessuras de 
linhas diferentes, a distância entre os caracteres deve obedecer à linha 
(d) mais larga. A mesma espessura de linha deve ser utilizada entre 
letras maiúsculas e minúsculas. 
A norma faz uma correspondência entre a altura (h) do caractere e a sua largura, e adota a razão 2 em 
conformidade à proporção entre os formatos de papel. 
Tabela 3: Condições gerais para as proporções da escrita técnica 
Fonte: ABNT - NBR 8402 (1994) 
 
 
 
 
K 
J 
H 
 
11 
 
A figura, a seguir, ilustra as proporções existentes entre os caracteres do desenho 
técnico. Essas relações abordam alturas e distâncias lineares entre as letras 
maiúsculas, minúsculas e numerais. 
 
 
Figura 5: Proporções entre os caracteres 
Fonte: ABNT - NBR 8402 (1994) 
NBR 10126 – COTAGEM EM DESENHO TÉCNICO 
Cotagem em desenho técnico é a representação da característica do elemento, através 
de linha, símbolos, notas e valores numéricos numa unidade de medida. A Figura 6, a 
seguir, ilustra os três tiposde apresentação para limites das linhas de cota, são elas: 
 
Figura 6: Os três tipos de limites das linhas de cota 
Fonte: ABNT – NBR 10126 ,1987. 
 
Para exemplificarmos as cotas de um desenho, observe a Figura 7, na qual estão 
representadas duas formas, um cubo regular e outro recortado. As duas formas de 
representação para os limites das linhas de cota estão corretas, e ainda há outra 
variação para a seta, podendo esta ser aberta. 
 
 
Figura 7: Os tipos de limites das linhas de cota 
Fonte: SENAI, 2012 
 
 
12 
 
Além das modalidades de limites para as linhas de cota, há também variações para a 
representação dos valores numéricos das cotas. 
 
 
Figura 8: Representados de valores numéricos nas linhas de cota 
FONTE: ABNT – NBR 10126, 1987 
 
NBR 8196 – DESENHO TÉCNICO – EMPREGO DE ESCALAS 
Escala é a relação entre as dimensões representadas no desenho e as dimensões reais 
do objeto. Em arquitetura, normalmente, empregam-se as escalas de redução, uma vez 
que as medidas reais são grandes. Quando o objeto a ser representado for muito grande, 
não podendo ser desenhado no tamanho natural, deve-se reduzir. 
 
O tamanho do objeto a representar, as dimensões do papel disponível, a clareza e a 
precisão do desenho são fatores importantes que influenciam diretamente na escala a 
ser adotada nos desenhos. O quadro a seguir determina algumas escalas geralmente 
utilizadas em situações específicas. É preciso salientar que habitualmente utilizaremos 
essas escalas, o que não impede que outras proporções sejam adotadas. 
 
 
ESCALA OBJETO DE REPERESENTAÇÃO 
Construção Civil 1:50, 1:100, 1:200 
Grandes obras de engenharia 1:500, 1:1.000, 1:2.000 
Plantas de cidades 1:2.000, 1:5000, 1:10.000 
Cartas do IBGE 1:10.000, 1:25.000, 1:50.000 
Mapas 1:1000.000, 1:10.000.000 
Quadro 4: Escalas usualmente utilizadas 
FONTE: SENAI, 2012 
 
 
Existem diferentes tipos de escalas, sendo mais usuais a escala numérica e a escala 
gráfica. Vamos relembrar, com exemplos práticos, como podemos utilizar cada uma 
delas. 
 
As escalas numéricas são aquelas representadas por uma razão ou fração, na forma 
decimal. Por exemplo: 1/10, 1/20, 1/25, 1/50, 1/100, etc. São as mais utilizadas nas 
áreas de arquitetura, engenharia civil e edificações. Pode ser calculada utilizando-se a 
expressão: 
 
1/E = d/D 
Onde: 
E = escala desejada 
d = medida do desenho 
D = medida real 
 
13 
 
 
Tomemos como exemplo uma medida real (D) igual a 35 metros e a medida no papel 
(d) igual a 35 cm. Qual seria a escala do desenho? 
 
1/E = 0,35/ 35 .............. E = 1:100 
 
Já as escalas gráficas são apresentadas em forma de réguas graduadas possibilitando 
identificar as medidas sem cálculos. Essas escalas representam graficamente uma 
escala numérica, mas trazem, em sua forma, a ideia de um escalímetro. São utilizadas 
para representação de grandes dimensões como, por exemplo, nos mapas, que 
reproduzem no papel grandes extensões geográficas em diferentes tamanhos. 
 
D = U/E e d = D/10 
Onde: 
D = Divisão Principal (cm) 
U = Unidade escolhida (km, m, cm etc) 
E = Escala da planta (1:1.000) 
d = talão de escala (espaço inicial da escala ÷10 pares) 
 
Exemplo: 
E = 1:1.000, D = 1 cm ....................U = 10 m e d = 1 mm 
 
 
Figura 9: Escalas gráficas 
FONTE: SENAI, 2012 
 
 
É importante que nos familiarizemos com a nomenclatura das normas. Por exemplo, a 
norma brasileira NBR 13142/1999, na qual, inicialmente, aparece a sigla de Norma 
Brasileira Regulamentada - NBR, seguida do seu número de registro - 13142, e do ano 
de validação - 1999. Vale ressaltar também que, antes de aplicar uma norma é muito 
importante saber se esta ainda está em vigor ou se já houve alguma revisão ou até 
mesmo o seu cancelamento. 
 
Até agora relembramos ou podemos dizer que aprendemos temas fundamentais para 
que nossos alunos possam desenvolver as habilidades de interpretação dos símbolos e 
códigos que permeiam o universo da Construção Civil.Vimos tópicos importantes como 
a aplicação das normas técnicas, os elementos que compõem as cotas do desenho e 
suas dimensões nas escalas. 
 
Entre as normas, destacamos as que recomendam como utilizar o papel, seu tamanho e 
como dobrá-lo, além da caligrafia em que são fundamentais a legibilidade e a 
uniformidade da escrita. 
 
Para revisarmos os elementos que compõem a cotagem, a Figura 10 ilustra cada um 
deles: linha auxiliar, linha de cota, limite da linha de cota, valor numérico e unidade de 
medida. 
 
 
14 
 
 
Figura 10: Os elementos da cotagem. 
Fonte: SENAI, 2012 
 
Fechando nossa rápida revisão, não poderíamos deixar de relembrar as escalas 
numéricas e gráficas que tanto nos ajudam no dimensionamento da representação dos 
nossos desenhos. 
 
O que você achou até aqui? Muitos conhecimentos que você já domina? Se a sua 
reposta foi "sim", fique tranquilo, pois a boa notícia é que até o final desta unidade 
curricular, com certeza, você irá se dar conta de que aprendeu muito mais do que está 
imaginando! 
 
Está pronto para prosseguir? Então vamos iniciar o próximo capítulo com o pé direito 
para que, juntos, possamos concluir esta etapa básica de capacitação e conhecer os 
módulos específicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
3 - Projeções ortográficas 
 
Contextualizando projeção ortográfica ou projeção ortogonal, segundo a NBR ISO 
10209-2 (2005), trata-se do desenho das faces principais do objeto, de forma que essas 
faces estejam posicionadas paralelamente aos planos coordenados, sobre um ou mais 
planos de projeção. 
 
Para relembrarmos este processo de desdobramento da forma tridimensional originada 
pelos três vetores X, Y e Z, precisaremos recorrer brevemente ao Sistema Mongeano 
de representações. 
 
O Sistema Mongeano se compõe de quatro diedros, representados na figura 11, 
formados por dois planos ortogonais entre si. Diedro está relacionado com o espaço em 
três dimensões formado por cada lado do ‘encontro’ (ou interseção) desses dois planos. 
 
 
 
 
Figura 11: Representação dos diedros 
Fonte: SENAI, 2012 
 
O diedro 1 é o espaço projetivo onde nós iremos trabalhar. O desdobramento dos 
planos de projeção acontece a partir do rebatimento do diedro 1 sobre os diedros 2 e 4, 
conforme ilustra a Figura 12, e, por último, o rebatimento do plano de perfil para fora. 
 
 
16 
 
 
Figura 12: Projeção das vistas no primeiro diedro 
FONTE: SENAI, 2012 
 
E o resultado final dos rebatimentos das faces do primeiro diedro está representado na 
Figura 13, onde as vistas correspondentes ao objeto são planificadas na folha de desenho 
(o plano de desenho). 
 
 
 
Figura 13: Representação das seis vistas no primeiro diedro do sólido geométrico 
FONTE: SENAI, 2012 
 
 
As posições relativas das vistas, no 1º diedro, não mudam: a vista frontal, que é a vista 
principal da peça, determina as posições das demais vistas; a vista superior aparece 
sempre representada abaixo da vista frontal; a vista lateral esquerda aparece sempre à 
direita da vista frontal. 
 
17 
 
 
É necessário treinamento para desenvolver as habilidades de visualização dos objetos 
tridimensionais em duas dimensões. Para isso, desenvolva alguns exercícios com 
sólidos como os que estão na figura 14. Você pode usar caixas de fósforos, pequenas 
caixas de remédio ou até mesmo as de palito de dente. Aproveite para treinar também a 
escala e a cotagem completando então a representação do objeto. Não se esqueça de 
utilizar a norma de representação de linhas, inclusive das invisíveis. Bom trabalho! 
 
 
Figura 14: Representação das seis vistas no primeiro diedro do sólidogeométrico 
FONTE: SENAI, 2012 
 
Neste capítulo, relembramos e aprendemos a projetar no papel as faces de um objeto 
em verdadeira grandeza, a projeção ortográfica ou projeção ortogonal, e vimos que a 
projeção ortográfica ocorre quando um observador olha em posição perpendicular a 
face do objeto, e obtém a verdadeira grandeza dos segmentos contidos naquela face, 
sem distorções. 
 
Figura 15: A vista lateral esquerda, de frente e superior do objeto. 
FONTE: SENAI, 2012 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
4 – Perspectivas 
 
Para quem vai ler e interpretar desenhos técnicos, é muito importante saber fazer a 
correspondência entre as vistas ortográficas e o modelo representado em perspectiva. 
 
A palavra perspectiva vem do latim - Perspicere (ver através de). Uma prática muito 
conhecida de perspectiva é a de se colocar atrás de uma janela envidraçada e, com um 
pincel atômico e sem se mover do lugar, riscar no vidro o que se está "vendo através da 
janela". Desse jeito você terá feito uma perspectiva, ou seja, uma representação gráfica 
que mostra os objetos como eles aparecem a nossa vista, com os três planos 
simultâneos. 
 
O que nós queremos com estas representações é desenvolver a habilidade de imaginar 
mentalmente objetos a partir das vistas ortográficas e vice-versa. Temos cinco tipos de 
perspectivas conforme representado na figura. 
 
 
Figura 16: tipos de perspectivas 
FONTE: SENAI, 2012 
 
Dos tipos acima, três são de perspectivas ortogonais ou axonométricas2, são elas as 
dimétricas, as trimétricas e as isométricas. 
 
Das perspectivas ortogonais, as isométricas são as mais utilizadas no desenho técnico 
civil. 
 
As perspectivas dimétricas e as trimétricas são menos usuais pela complexidade de 
representação e, principalmente, pela distorção ótica do objeto, o que não acontece 
com a isométrica. 
 
Perspectiva ISOMÉTRICA é aquela que temos três eixos formando um mesmo ângulo 
com o plano de projeção. Todos os eixos têm a mesma redução de projeção. É, sem 
dúvida, a perspectiva ortogonal mais utilizada, por ser grande a facilidade de execução. 
O processo de representação da perspectiva isométrica é tridimensional; no qual o 
objeto se situa em um sistema de três eixos coordenados (axonometria). Esses eixos, 
quando perspectivados, fazem, entre si, ângulos de 120° conforme desenhado na figura 
17. 
 
 
2
 Utiliza projeção cilíndrica e ortogonal. Permite medições na própria representação, mas, só para arestas 
paralelas aos eixos. 
 
19 
 
 
Figura 17: Eixos isométricos 
FONTE: SENAI, 2012 
 
Por razões práticas, costuma-se utilizar, na construção das perspectivas, o 
prolongamento dos eixos X e Y a partir do ponto O, no sentido contrário, formando 
ângulos de 30° com a horizontal, enquanto o eixo Z (vertical) permanece inalterado. 
 
A perspectiva CAVALEIRA ou perspectiva cavalheira é uma projeção do objeto onde 
uma das faces fica em verdadeira grandeza, ou seja, perpendicular ao observador. 
Como na representação das projeções ortogonais, as demais faces, seguem os 
sentidos dos esquadros mediante os ângulos de 60°, 45° ou 30°, conforme a escolha do 
desenhista. Diferente da perspectiva isométrica, a perspectiva cavaleira acarretará 
distorção das faces em perspectiva. 
 
Para representarmos objetos utilizando essa técnica de perspectiva, é necessário 
determinar um ângulo e uma direção para que a face lateral seja orientada. Os ângulos 
de representação são os de 30º, 45º e 60º. O critério de escolha das faces é 
proporcional à quantidade de detalhes necessários para serem visualizados. Veja o 
exemplo na figura 18. 
 
 
 
 
Figura 18: Perspectiva Cavaleira, seus ângulos de representação e proporções para redução de faces laterais. 
FONTE: SENAI,2012 
 
O que você achou deste capítulo? Simples, não é? Veja que, com poucos traços 
orientados por eixos posicionados de forma estratégica, podemos representar formas 
em 3D. Perspectivas são o meio de desenvolver nossa percepção visual e aumentar 
nossa capacidade de juntar faces separadas de um mesmo objeto em um único 
elemento. A cavaleira faz isso sobre eixos orientados a 30º, 45º e 60º e deforma a peça. 
Já a isométrica é simples de executar, não altera os valores do objeto e possibilita que a 
peça seja aferida, ou seja, medida em verdadeira grandeza. 
 
 
 
 
 
 
20 
 
5 - Projeto Arquitetônico 
 
Desenvolver um projeto arquitetônico é muito mais do que representar com linhas e 
símbolos desenhos técnicos normalizados. É criar, para um espaço vazio, uma proposta 
de ocupação coerente e eficiente, possível de ser executada com o maior número de 
detalhes para que a ideia seja codificada e o resultado supere as expectativas. 
 
Para dar forma aos projetos, algumas etapas são muito importantes e devemos 
instrumentalizar o aluno para que ele possa, dentro dos limites da sua ocupação, 
projetar edificações de pequeno porte que não envolvam estruturas. Alguns passos do 
projeto são: 
 
Figura 19: Diagrama dos processos projetuais 
FONTE: SENAI, 2012 
 
 
Vocês lembram as classes tipológicas das edificações? São as classificações das 
funções dos edifícios. Devemos lembrar que nossos prédios, quando projetados, devem 
atender a um programa de necessidades, mas, principalmente, a funções como 
habitação, educação, cultura, religião, comércio, indústria, administrativo, esportivo, de 
saúde, lazer, comunicação, transporte, abastecimento e segurança. 
 
 
 
A NBR 13532 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1995a) fixa as 
condições exigíveis para elaboração de projetos de arquitetura e para a construção 
de edificações, consulte. 
 
 
 
As peças gráficas de um projeto são formas padronizadas de apresentação dos 
desenhos técnicos com objetivos de informar todos os itens necessários para total 
compreensão de todas suas particularidades. 
 
Segundo a NBR 6492 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1994), 
um projeto precisa apresentar as seguintes peças gráficas: 
 
a) Plantas; 
1. Planta de situação; 
2. Planta de locação (ou implantação); 
3. Planta de edificação. 
b) Corte; 
c) Fachada; 
d) Elevações; 
e) Detalhes ou ampliações. 
 
 
21 
 
As plantas são as representações de cortes horizontais sobre o plano horizontal de 
projeção. As plantas de situação e locação definem, respectivamente, onde está situado 
o projeto que será executado e quais os limites de execução da obra dentro do terreno. 
 
Planta Baixa, também chamada de Planta de Edificação, é a vista superior de um 
ambiente ou de todo um pavimento após passarmos imaginariamente um corte 
horizontal a 1,50m, a partir do nível de referência, – como o piso do pavimento; dessa 
forma, poderemos ter a planta baixa de todo o pavimento, ou apenas do pavimento 
térreo, da cozinha, do quarto, do subsolo, veja na figura abaixo. 
 
 
Figura 20 - A casa como se tivesse sido realmente cortada 
Fonte: SENAI, 2012. 
 
Planta Baixa é o local apropriado e muito importante para outras representações do 
projeto como esquadrias (janelas e portas), louças sanitárias, diferentes tipos de piso 
(principalmente os das áreas molhadas), as cotas de nível, as áreas dos 
compartimentos e as dimensões do que será construído. 
 
 
 
É interessante observarmos que existem diversos tipos de esquadrias - a exemplo de 
portas, como podemos ver na norma NBR 15930-1:2011- porta de madeira para 
edificações- parte 1: terminologia e simbologia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
Corte nada mais é que um plano secante vertical que divide a edificação em duas 
partes como representado na figura 21. 
 
 
Figura 21 – ilustração de um corte 
Fonte:SENAI, 2012 
 
 
Os cortes podem ser longitudinais, que são aqueles em que a linha de corte irá 
percorrer o sentido de maior dimensão da edificação, e transversais, quando 
atravessam o corte longitudinal, ou seja, corta perpendicularmente, no sentido de menor 
dimensão. Os dois formam uma cruz. 
 
 
Figura 22 - marcação dos cortes 
Fonte: SENAI, 2012 
 
 
Consulte a NBR 6492 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1994), 
na etapa do Projeto Executivo, e verifique o que deve conter um Corte. As fachadas, 
elevações, detalhes e ampliações complementam as peças gráficas de um projeto de 
edificações. 
 
 
 
E quanto às coberturas? São cinco os principais pontos a serem observados em uma 
cobertura, vamos relembrar? O que mais nos chama atenção é o desenho da cobertura, 
 
23 
 
ou seja, a FORMA DA COBERTURA, e o MATERIAL que a compõe, que a colore; e, 
como a principal função da cobertura é o escoamento de águas, para que isso 
aconteça, é necessário um mínimo de INCLINAÇÃO, além de uma ESTRUTURA que 
suporte esse conjunto de telhas. Depois que a água escorre pelo telhado, ela é 
recolhida e destinada para um ponto de drenagem, para isso existe o SISTEMA DE 
DRENAGEM DA COBERTURA. 
 
Quanto à forma, as coberturas podem ser planas ou curvas, a exemplo de cúpulas, 
abóbadas, estruturas em arco, cascas etc. Os materiais predominantes são a cerâmica, 
mas também encontramos a ardósia, o metal, a fibrocimento e o concreto. A inclinação 
vai depender diretamente do material do telhado e do tamanho do vão. Lembra-se da 
fórmula? 
 
 
Figura 23 – cálculo de inclinação do telhado 
Fonte: SENAI, 2012 
i = inclinação; 
h = altura do telhado; 
c = comprimento do vão a ser coberto (lembrando que, nesse cálculo, está incluído o 
beira). 
O resultado da inclinação é dado em Percentagem. Por exemplo, se a altura for igual a 
dois metros e o comprimento do vão for oito metros, a inclinação será 25% (vinte e 
cinco por cento). 
 
A estrutura do telhado tem como função sustentar as telhas e transmitir seu peso para 
os demais elementos estruturais da edificação. Para cada tipo de telha, existe uma 
estrutura específica, que poderá ser metálica, de concreto ou de madeira. 
 
 
24 
 
 
 
Figura 24 – peças que compõem a estrutura do telhado 
Fonte: SENAI, 2012 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
6 - Projeto de Edificações Assistido por 
Computador 
Podemos entender por aplicativos computacionais os programas desenvolvidos para 
auxiliar o usuário a executar tarefas específicas tendo como meio o computador. No 
nosso caso, estes aplicativos serão destinados a facilitar e auxiliar o desenho técnico. 
 
A construção civil muito evoluiu ao utilizar o computador como ferramenta de trabalho. 
O Desenho Técnico Assistido por Computador (DAC) ou CAD vem do inglês computer-
aided design, representa a tecnologia aliada às ferramentas de que dispomos para 
executar o desenho técnico. Diversos são os softwares criados para esta finalidade, os 
quais nos permitem a criação, desenvolvimento, e a representação de desenhos em 
duas (2D) e em três dimensões(3D). 
 
Nos últimos anos, as ferramentas computacionais têm evoluído muito e, hoje, estão 
sendo disponibilizadas de forma gratuita na internet, mas não é em site pirata. No site 
da Autodesk (http://www.autodesk.com.br) é possível se cadastrar como aluno da 
Universidade Autodesk e executar o download dos principais programas para 
representar projetos de engenharia e arquitetura. O AutoCAD® para trabalhos em 2D, e o 
Revit® para projetos parametrizados em 3D, onde já é possível projetar simulando a 
realidade virtual e aplicando materiais de construção e suas propriedades. 
 
Há diversas apostilas, os chamados tutoriais, disponíveis gratuitamente na internet 
para auxiliar o aprendizado sobre o AutoCAD®, além de diversos outros programas. 
Vale a pena pesquisá-los! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
REFERÊNCIAS 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13142: Desenho técnico 
- Dobramento de cópia. Rio de Janeiro, 1999. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8403: Aplicação de 
linhas em desenhos – Tipos de linhas - Larguras das linhas. Rio de Janeiro, 1984. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8402: Execução de 
caracter para escrita em desenho técnico. Rio de Janeiro, 1994. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10126: Cotagem em 
desenho técnico. Rio de Janeiro, 1987. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8196: Desenho técnico - 
Emprego de escalas. Rio de Janeiro, 1999. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10067: Princípios gerais 
de representação em desenho técnico. Rio de Janeiro, 1995. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SENAI – DEPARTAMENTO NACIONAL 
Unidade de Educação Profissional e Tecnológica – UNIEP 
 
Rolando Vargas Vallejos 
Gerente Executivo 
 
Felipe Esteves Morgado 
Gerente Executivo Adjunto 
 
Maria Eliane franco Monteiro Azevedo 
Coordenação Geral do Desenvolvimento dos Livros 
 
 
SENAI – DEPARTAMENTO REGIONAL DA BAHIA 
 
Tatiana G. de Almeida Ferraz 
Gerência da Área de Construção Civil 
 
Ricardo Santos Lima 
Gerência do Núcleo de Educação a Distância 
 
Carla Carvalho Simões 
Coordenação Técnica 
 
Marcelle Rose da Silva Minho 
Coordenação Educacional 
 
André Luiz Lima da Costa 
Coordenador de Produção 
 
Carla Carvalho Simões 
Conteudista 
 
Pollyanna de Carvalho Farias 
Designer Educacional 
 
Tailine Bárbara O. Boa Morte 
Diagramador 
 
Joseane Maytê Sousa Santos Sousa 
Revisão Ortográfica

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