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O QUE É NEUROSE

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O QUE É NEUROSE?
O termo neurose foi criado pelo médico escocês wiliam cullen em 1769 para indicar o que ele chamou de desordem de sentidos e movimentos causadas por descontroles gerais do sistema nervoso. Nos dias de hoje, chamada de psiconeuroses ou distúrbio neurótico e se refere a qualquer desordem mental que, embora cause tensão, não interfere com o pensamento racional ou com a capacidade funcional da pessoa. essa é uma diferença importante em relação à psicose que, trata-se de uma desordem mais severa.
A palavra deriva de duas palavras gregas: neuron (nervo) e osis (condição doente ou anormal).
Freud, definiu uma neurose como: Afecção psicogênica em que os sintomas são a expressão simbólica de um conflito psíquico que tem raízes na história infantil do sujeito e constitui compromissos entre o desejo e a defesa.
Em 1926, ou seja , mas de 30 anos após ter feito da neurose uma afecção autônoma ao lado da histeria, Freud continuava a considerá-la "sem nenhuma dúvida, o objeto mas fecundo e mais interessante da pesquisa analítica". 
A neurose, na teoria psicanalítica, é uma estratégia ineficaz para lidar com sucesso com algo, o que Sigmund Freud propôs ser causado por emoções de uma experiência passada causando um forte sentimento que dificulta reação ou interferindo na experiência presente. Por exemplo: alguém que foi atacado por um cachorro quando criança pode ter fobia ou um medo intenso de cachorros. Porém, ele reconheceu que algumas fobias são simbólicas e expressam um medo reprimido.
 
Neurose é uma doença emocional, afetiva e de personalidade e acontece quando o sistema nervoso de uma pessoa reage com exagero a uma determinada experiência já vivida. Uma pessoa neurótica passa a ter reações e comportamentos diferentes: fica muito ansiosa, evita sair de casa para ir a determinados lugares, tem medo de certas situações, imagina situações que pode fazer mal, ficam deprimidos mais constantemente, são mais preocupados... enfim, uma pessoa neurótica sente tudo o que uma pessoa normal sente no seu dia-a-dia, mas sempre exageradamente. Em geral uma pessoa neurótica sabe do seu problema, sofre com isso mas, se sente incapaz de solucioná-lo. 
 
Há muitas formas específicas diferentes de neurose: Neurose atual, Neurose de abandono, Neurose de angústia, Neurose de carater, Neurose de destino, entre outras. 
ALGUNS TIPOS DE NEUROSES
Este espaço foi reservado para que fique explicito que existem varios tipos de neuroses, e não como alguns acreditam ser, apenas um tipo.
Após o médico escocês william cullen, em um tratado de medicina publicado em 1777 (First Lines of the practice of physics) ter introduzido o termo neurose, este difundiu-se originando outros, criados por varios médicos. 
Neurose Atual
Tipo de neurose que Freud distingue das psiconeuroses:
a) A origem das neuroses atuais não deve ser procurada nos conflitos infantis, mas no presente.
b) Nelas, os sintomas não são uma expressão simbólica e super determinada, mas resultam diretamente da ausência ou da inadequação da satisfação sexual.
 
Freud inclui inicialmente nas neuroses atuais a neurose de angústia e a neurastenia, e propôs posteriormente incluir também a hipocondria.
 
Neurose de Abandono
Denominação introduzida por psicanalistas suiços (charles Odier, Germaine Guex) para designar um quadro clínico em que predominam a angústia do abandono e a necessidade de segurança. Trata-se de uma neurose cuja etiologia seria pré-edipiana. Não corresponderia necessariamente a um abandono sofrido na infância. os sujeitos que apresentam esta neurose chamam-se "abandônicos". 
 
Neurose de Angústia
Tipo de doença que Freud isolou e diferenciou:
 
a) Do ponto de vista sintomático, da neurastenia, pele predominância da angústia (espera ansiosa crônica, acessos de angústia ou equivalentes somáticos desta); 
b) Do ponto de vista etiológico, da histeria. A neurose de angústia é uma neurose atual, mas especificamente caracterizada pela acumulação de uma exitação sexual que se transformaria diretamente em sintoma, sem mediação psíquica.
Neurose de Caráter
Tipo de neurose em que o conflito defensivo não se traduz pela formação de sintomas nitidamente isoláveis, mas por traços de carater, modos de comportamento, e mesmo uma organização patológica do conjunto da personalidade.
Neurose de Destino
Designa uma forma de existência caracterizada pelo retorno periódico de encadeamentos idênticos de acontecimentos, geralmente infelizes, encadeamentos a que o sujeito parece estar submetido como a uma fatalidade exterior, ao passo que, segundo a psicanálise, convém procurar as suas causas no inconsciente, e especificamente na compulsão à repetição.
 
COMO TRATAR AS NEUROSES?
"O TRATAMENTO ADEQUADO PARA CUIDAR DAS NEUROSES"
 
O tratamento mais adequado para ajudar um paciente neurótico a lidar com esse distúrbio é a psicoterapia. A psicoterapia permite transformações profundas de personalidades e pode ser feita individualmente, em grupo, com casal ou mesmo entre família. 
Todas as pessoas têm alguns sintomas neuróticos, freqüentemente manifestados nos mecanismos de defesa do ego que as ajudam a lidar com a ansiedade. Mecanismos de defesa que resultam em dificuldades para viver são chamados "neuroses" e são tratados pela psicanálise, psicoterapia/aconselhamento, ou outras técnicas.
Apesar de sua longa história, o termo neurose não é mais de uso comum. Os atuais sistemas de classificação abandonaram a categoria neurose. Desordens primeiramente chamadas de neuroses agora são descritas sob os títulos de ansiedade e desordens depressivas.
O uso do termo "neurose" continua controverso, e já se discutiu que é necessário um termo mais apropriado para substituí-lo.
O QUE É HISTERIA?
"Os sintomas de afecções orgânicas, como se sabe, refletem a anatomia do órgão central e são as fontes mais fidedignas de nosso conhecimento a respeito dele. Por essa razão, temos de descartar a idéia que na origem da histeria esteja situada alguma possível doença orgânica..." (Freud S., Histeria, 1888 - Std. Ed. página 85)
 
Laplanche assim define a histeria em seu Vocabulário da Psicanálise:
A histeria faz parte de uma classe de neuroses que apresentam quadros clínicos muito variados. As duas formas mais bem identificadas são a histeria de conversão (em que o conflito psíquico vem simbolizar-se nos sintomas corporais mais diversos - exemplo: crise emocional com teatralidade ou outros mais duradouros como anestesias, paralisias histéricas, sensação de "bola" faríngica, etc.), e a histeria de angústia (em que a angústia é fixada de modo mais ou menos estável neste ou naquele objeto exterior - fobias).
Pretende-se encontrar a especificidade da histeria na predominância de um certo tipo de identificação e de certos mecanismos (particularmente o recalque, muitas vezes manifesto), e no aflorar do conflito edipiano.
A noção de uma doença histérica é muito antiga, visto que remonta a Hipócrates (Grécia Antiga). Sua delimitação acompanhou as metamorfoses da história da medicina.
No fim do século XIX, particularmente sob a influência de Charcot, o problema colocado pela histeria ao pensamento médico e ao método anatômico-clínico reinante estava na ordem do dia. Muito esquematicamente, podemos dizer que a solução era procurada em duas direções: ou, na ausência de qualquer lesão orgânica, referir os sintomas histéricos à sugestão, à auto-sugestão e mesmo à simulação (linha de pensamento que será retomada e sistematizada por Babinski), ou dar à histeria a dignidade de uma doença como as outras, com sintomas tão definidos e precisos quanto, por exemplo, uma afecção neurológica (trabalhos de Charcot). O caminho seguido por Breuer e Freud (e, em outra perspectiva, por Janet) levou-os a ultrapassar essa oposição. Freud, como Charcot — cujo ensinamento, como sabemos, tanto o marcou — considera a histeria como uma doença psíquica bem definida, que exige uma etiologia específica. Por outro lado, procurando estabelecer o "mecanismo psíquico", ligou-se a toda uma correnteque considera a histeria uma "doença por representação". Como sabemos, o esclarecimento da etiologia psíquica da histeria é paralelo às descobertas principais da psicanálise (inconsciente, fantasia, conflito defensivo e recalque, identificação, transferência, etc.).
Na esteira de Freud, os psicanalistas não cessaram de considerar a neurose histérica e a neurose obsessiva como as duas vertentes principais do campo das neuroses, o que não implica que, como estruturas, elas não possam combinar-se neste ou naquele quadro clínico.
Freud relacionou com a estrutura histérica, dando-lhe o nome de histeria de angústia, um tipo de neurose cujos sintomas mais marcantes são as fobias.
Freud e Breuer falam sobre a Histeria em sua Comunicação Preliminar (1893) e, posteriormente, em seus Estudos Sobre a Histeria (1895)
"De maneira análoga, nossas pesquisas revelam para muitos, se não para a maioria dos sintomas histéricos, causas desencadeadoras que só podem ser descritas como traumas psíquicos. Qualquer experiência que possa evocar afetos aflitivos tais como os de susto, angustia, vergonha ou dor física — pode atuar como um trauma dessa natureza; e o fato de isso acontecer de verdade depende, naturalmente, da suscetibilidade da pessoa afetada (bem como de outra condição que será mencionada adiante). No caso da histeria comum não é rara a ocorrência, em vez de um trauma principal isolado, de vários traumas parciais que formam um grupo de causas desencadeadoras. Essas causas só puderam exercer um efeito traumático por adição e constituem um conjunto por serem, em parte, componentes de uma mesma história de sofrimento. Existem outros casos em que uma circunstância aparentemente trivial se combina com o fato realmente atuante ou ocorre numa ocasião de peculiar suscetibilidade ao estímulo e, dessa forma, atinge a categoria de um trauma, que de outra forma não teria tido, mas que dai por diante persiste". (Std. Ed. VolII pág.41)
O tratamento por eles desenvolvido, o método catártico, é assim explicado:
"É que verificamos, a principio com grande surpresa, que cada sintoma histérico individual desaparecia, deforma imediata e permanente, quando conseguiam os trazer à luz com clareza a lembrança do fato que o havia provocado e despertar o afeto que o acompanhara, e quando o paciente havia descrito esse fato com o maior número de detalhes possível e traduzido o afeto em palavras. A lembrança sem afeto quase invariavelmente não produz nenhum resultado. O processo psíquico originalmente ocorrido deve ser repetido o mais nitidamente possível; deve ser levado de volta a seu status nascendi e então receber expressão verbal. Quando aquilo com que estamos lidando são fenômenos que envolvem estímulos (espasmos, nevralgias e alucinações), estes reaparecem mais uma vez com intensidade máxima e a seguir desaparecem para sempre. As deficiências funcionais, tais como paralisias e anestesias, desaparecem da mesma maneira, embora, é claro, sem que a intensificação temporária seja discernível".(Std. Ed. VolII pág.42)
Neuroses e os estudos de Freud
 
Verifica-se na forma freudiana que as neuroses aparecem para a psicanálise no centro de toda questão de Freud: a sexualidade e sua importância para a vida mental (Freud, 1905). Desenvolvendo uma teoria da sexualidade, Freud demonstrou uma gama de determinantes das questões que levam o homem ao sofrimento. Dentre essas questões, Freud pontuou alguns fenômenos concernentes a estados corporais específicos de natureza eminentemente somática, característicos do que se denominou “neurose atual”, onde se incluem a neurastenia, a neurose de angústia e hipocondria. 
Os sintomas mais básicos que aparecem na neurastenia revelam a brutalidade do fator sexual para a vida humana quando aquele aparece com um problema. Nela encontramos sintomas com cefaléias, prisões de ventre e outros que decorrem de uma atividade sexual não satisfatória segundo Freud (1898), como por exemplo, o excesso de masturbação. Há também na neurose de angústia sintomas de natureza diversa, como distúrbios respiratórios ou cardíacos, diarréias e congestões, os que aparecem quando há uma deflexão da libido de sua aplicação satisfatória, a qual Freud (1895) encontrou de formas mais objetiva e factual no coito interrompido. Na hipocondria não se verificavam sintomas somáticos concretos; contudo ela concerne a experiência de ordem também corporal, como nosofobia (medo de ficar doente), ligada aos sintomas da neurose de angustia. 
Freud marca esses fenômenos denominando-os como “neuroses atuais”, conferindo a eles o caráter de contemporaneidade dos fatores sexuais envolvidos em sua sintomatologia, em oposição ao caráter de historicidade da sexualidade conferindo aos sintomas referentes ao grupo das psiconeuroses (Freud, 1898). Neste ínterim, o termo neurose atual é concebido na sua relação de oposição à historicidade subjetiva que aparece associada ao fenômeno psiconeurose.De acordo com a obra de Freud, verifica-se seu movimento no sentido de explicar como se processam as somas de excitação nos enquadres das neuroses atuais. Na neurose de angústia, há um “desvio” da libido da sua aplicação satisfatória. Tal excitação é de ordem somática, de maneira que há um acumulo somático da excitação sexual. 
Freud afirma que isso vem acompanhado de um “decréscimo da participação psíquica nos processo sexuais”. No climatério feminino e masculino há um aumento na produção de excitação. Por razão desse aumento, “a psique se mostra relativamente insuficiente para maneja-lo”. Tal insuficiência psíquica na neurose atual é, segundo Freud, relativa à soma de excitação. Isso levaria Freud a postular que a neurose de angústia é o resultado da excitação sexual somática que não foi elaborada psiquicamente. Mesclados na maioria das vezes com as psiconeuroses (Freud, 1898), esses fenômenos põem em destaque a importância da excitação sexual em todos os processos psíquicos que levam à neurose segundo a teoria psicanalítica. Freud deparou-se com sintomas de natureza diversa (converções histéricas, neuroses de angústia, idéias obsessivas, neurastenias, etc) observando que a etiologia de cada manifestação, guardadas suas peculiaridades, tem como centro estrutural de toda a questão acerca da neurose, a sexualidade. 
Temos como ponto decisivo dentro da teoria freudiana, a revelação de que os fatores sexuais trabalhados nas neuroses atuais influenciaram com grande peso a interferência do caráter universal do fator sexual nas psiconeuroses (Freud 1923). Clinicamente, as neuroses atuais e as psiconeuroses aparecem mescladas, simultaneamente. A neurose atual se centralizou como complexo eclosivo da psiconeurose, à medida que, na atualidade da dinâmica psicosexual do paciente, a neurose atual vem como a manifestação bruta de uma complexidade sexual psiconeurótica que encontra sua etiologia num passado correlato a sexualidade infantil. A ligação entre as duas neuroses se configura a partir daquilo o que Freud denominou de “libido”. De acordo com o dizer de Freud, a neurose atual está contida na psiconeurose, configura-se como “grão de areia no centro da pérola”, seu núcleo.O conceito de neurose atual que Freud isolou das psiconeuroses, traçando uma linha divisória, talvez signifique bem mais do que uma tentativa de ordenar a mistura caótica de sintomas com que ele se defrontava na prática clínica dos primeiros tempos.
Naquele começo, na década de 1890, Freud dividia as neuroses em neuroses atuais e psiconeuroses. As Neuroses Atuais, compreendendo a neurastenia, a neurose de angústia e, depois por acréscimo, a hipocondria, deviam-se, acreditava ele, a frustrações sexuais, que de alguma forma desconhecida, liberavam toxinas no organismo. Como eram causadas por fatores fisiológicos diretos, sua cura tinha de ser fisiológica, isto é, uma alteração das práticas sexuais que a provocaram. Freud postulou que a neurastenia era causada por masturbação excessiva, a neurose de angústia, por estimulação não descarregada, especialmente o coitus interruptus.. As psiconeuroseseram a histeria e a neurose obsessiva. Esta linha divisória, sabemos agora, era mais do que uma definição nosológica. Marcava a existência de um fosso que separa os processos simbólicos de uma outra forma de pensar, para qual não há um nome definido no campo da psicanálise. 
Os pacientes histéricos e os obsessivos absorveram a intenção de Freud, que lhes dedicou o melhor de seus potenciais de investigação. Graças ao esforço de entender esses pacientes e de decifrar seus enigmas, Freud descobriu os fenômenos da repressão, da transferência e da conversão, e de seu correlato inevitável: o caminho que leva de volta o psíquico ao somático,qualificou, então, como característica básica dos processos histéricos e definiu o destino de uma produção simbólica submetida ao processo da repressão. 
O tratamento devia seguir a pista das fantasias reprimidas e devia traze-las de volta ao campo da consciência, de onde tinham sido expulsas. A noção básica e, daí por diante, fundamental introduzida em As Neuropsicoses de Defesa era a de que as neuroses representam uma defesa contra idéias insuportáveis. Importa reconhecer que, neste conceito, o fenômeno central, as idéias insuportáveis são a de ordem do simbólico. Com graus de maior ou menor sofisticação, a psicanálise jamais se afastou da órbita dos fenômenos simbólicos e de suas vicissitudes. A histeria constituiu-se em pedra angular do paradigma freudiano. 
Ela se tornou a matriz de seu arcabouço teórico e cumpriu a mesma função que outras entidades nosológicas desempenharam, como fenômeno matricial, gerando teorias sistematizadas que se constituíram em “Escolas de Psicanálise”. Sabemos que o pensamento de Melanie Klein, Bion, Kohut ou Winnicott, deriva de matrizes clínicas diversas das de Freud e diferentes entre si.
Neurose de abandono - Denominação introduzida por psicanalistas suíços (Charles Odier, Germanie Guex) para designar um quadro único em que predominam a angustia do abandono e a necessidade de segurança. Trata-se de uma neurose cuja a etiologia seria pré-edipiana. Não corresponderia necessariamente a um abandono sofrido na infância. Os sujeitos que apresentam esta neurose chamam-se “abandonicos”
Neurose de Destino – Designa uma forma de existência caracterizada pelo retorno periódico de encadeamento a que o sujeito parece estar submetido como a uma fatalidade exterior, ao passo que segundo a psicanálise convêm procurar as suas causas no inconsciente e especificamente na compulsão à repetição.
Neurose (ou síndrome) do fracasso – Denominação introduzida por René La Forgue e cuja a acepção é muito ampla. Designa a estrutura psicológica de toda uma gama de sujeitos desde àqueles que, de um modo geral, parecem ser os artífices da sua própria infelicidade ate os que não podem suportar obter precisamente aquilo que mais ardentemente parecem desejar. Quando os psicanalistas falam de neurose de fracasso, tem em vista o fracasso enquanto conseqüência do desequilibro neurótico, e não enquanto condição desencadeante ( perturbação reativa do fracasso real)
Neurose Familiar – Expressão utilizada para designar o fato de que, em uma determinada família, as neuroses individuais se completam, se condicionam reciprocamente, e para evidenciar a influência patogênica que a estrutura familiar, principalmente a do casal parental, pode exercer sobre as crianças.* a expressão “neurose familiar” já não é utilizada em psicanálise.
Neurose Narcísica - * Expressão que tende hoje a desaparecer do uso psiquiátrico e psicanalítico, mas que encontramos nos escritos de Freud para designar uma doença mental caracterizado pela retirada da libido sobre o ego.Opõe-se assim às neuroses de transferência.
Neurose Traumática – Tipo de neurose em que o aparecimento dos sintomas e consecutivo a um choque emotivo, geralmente ligado a uma situação em que o sujeito sentiu sua vida ameaçada. Manifesta-se no momento do choque, por uma crise ansiosa paroxística, que pode provocar estados de agitação, de entorpecimento ou de confusão mental. Sua evolução ulterior, que sobrevivem a maior parte das vezes após um intervalo livre, permitiria que se distinguissem esquematicamente dois casos:o traumatismo age como elemento desencadeante, revelador de uma estrutura neurótica preexistente.O traumatismo toma parte determinante no próprio contudo do sintoma(ruminação do acontecimento traumatizante, pesadelo repetitivo, perturbações de sono...) que parece como uma tentativa repetida de “ligar” e ab- reagir o trauma. Tal “fixação no trauma” é acompanhada de uma inibição mais ou menos generalizada da atividade do sujeito. É a esse ultimo quadro, que Freud e os psicanalistas reservam habitualmente a denominação de neurose traumática.
Neurose Mista – Forma de neurose caracterizada pela coexistência de sintomas provenientes, segundo Freud, de neuroses etimologicamente diferente diferentes.
Neurose de Caráter - Conceito psicanalítico que descreve traços de caráter ora como derivações de fase do desenvolvimento ora como análogos de sistemas particulares. Aquelas poderiam incluir o caráter oral ou anal; estes poderiam incluir o caráter histérico ou obsessivo. As manifestações de neurose de caráter são consideradas como intermediárias entre traços normais de caráter e sintomas neuróticos. O termo é inconveniente, já que pode incluir qualquer transtorno da personalidade e do comportamento.
Neurose de Compensação – Sintomas psiquiátricos induzidos, exacerbados ou prolongados como resultado de políticas sociais ou socioculturais. Deve ser diferenciado de compensação enquanto processo psicológico. Esta condição pode ocorrer entre vítimas de acidentes em litígio por compensação legal, veteranos de guerra que solicitam pensões ligadas ao serviço, e pacientes psiquiátricos que buscam benefícios por incapacidade junto ao seguro social. É especialmente freqüente em sociedades que tem seguros por acidentes e ou por incapacidade e invalidez, pensões especiais para veteranos e indenizações para trabalhadores. Pode acompanhar quase todos os transtornos psiquiátricos.
Neurose Depressiva – Termo impreciso originado da teoria psicanalítica (depressão caracterológica), mas que subseqüentemente adquiriu vários significados, muitos dos quais contraditórios ou não relacionados a considerações psicodinâmicas. A neurose depressiva tem sido definida pela ausência de sintomas ou sinais de depressão endógena, por sua relação causal com uma situação ou evento estressante e por sua ligação a um padrão de personalidade mal-adaptativo.
Neurose Histérica Dissociativa – reação histérica em que o paciente se defende dos conflitos através de episódios de dissociação: amnésia, confusão, personalidade múltipla, etc.
Neurose Histérica de Conversão - neurose cujos sintomas mais aparentes são manifestações somáticas funcionais, embora a cronicidade das mesmas provoque por vezes modificações anatômicas irreversíveis; difere da neurose de angustia por, ser, neste caso, a angústia “convertida” em disfunção, que simbolicamente representa o conflito ( membro paralisado, como defesa e ação hostil, por exemplo).
Neurose de Angústia – tipo mais simples de psiconeurose, onde a angustia é o sintoma capital; evolui em crises mais ou menos próximas (sempre diante de perigo simbólico ou real) e com maior freqüência em portadores de constituição ansiosa.
Neurose Obsessiva Compulsiva - Neurose caracterizada por pensamentos obsessivos, que mantém o paciente em conflito permanente, estabelecendo com um mundo exterior uma forma especial de relação, que se manifesta pelos ritos conjuratórios, segundo Freud, seria produto de fixação na fase anal de desenvolvimento, traduzido em ação, o pensamento obsessivo passa a ser chamado de compulsão.
Neurose Fóbica – neurose exteriorizada através de fobias, resultando estas da fixação da angústia sobre situação ou objeto, aparentemente inofensivos; o neurótico fóbico aproxima-se do angustiado, só que evita o objeto de temor como meio de escapar a angustia. Mesma coisa que Histeria de angústia, termo introduzido porFreud para isolar uma neurose cujo sintoma central é a fobia, e para sublinhar a sua semelhança estrutural com a histeria de conversão.Histeria de angústia: esta inovação terminológica é assim justificada:Encontram-se sintomas fóbicos em diversas afecções neuróticas e psicóticas. São observados na neurose obsessiva e na esquizofrenia. 
Mesmo na neurose de angústia segundo Freud, podem ser encontrados certos sintomas de aspecto fóbico. Por isso em o Pequeno Hans, Freud acha que não se pode considerar a fobia “um processo patológico independente”.Existe, no entanto uma neurose em que a fobia constitui o sintoma central. Freud não a isolou imediatamente; suas primeiras concepções, as fobias, ou eram ligadas à neurose obsessiva ou a neurose de angústia, como neurose.
Neurose Obsessiva – compulsiva Neste caso o doente se vê dominado por idéias fixas, tolas, que não consegue afastar do seu espírito por mais que se esforce, ou então se sente compelido a realizar atos pueris, inúmeras vezes ( abrir e fechar portas, contar os degraus da escada, o numero de passos que dá em determinada direção, etc) É dominado por um certo “ritual”, do qual não se consegue libertar e se torna extremamente angustiado quando impossibilitado de executá-lo.
Estado de Ansiedade, Neurose de Angústia. Preocupação continua e extrema com algum problema, as vezes de pequena monta. Angústia e ansiedade manifesta.
Histeria, Pitiatismo. O paciente aparenta os mais variados sintomas físicos, como paralisias, dores, impossibilidade de ação, perda da visão ou audição, ataques semelhantes aos epilépticos, atitudes teatrais, dramáticas, etc; sem que existam anomalias orgânicas correspondentes aos sintomas. Não se esqueça de que, nestes casos o paciente sempre deseja uma platéia. Ele gosta de ser um “ator” diante dos seus “espectadores”
Neurastenia Fadiga ou exaustão nervosa, tanto do corpo como do espírito. Sintomas hipocondríacos, queixas diversas a respeito dos diferentes órgãos.
Psicastenia Incapacidade de deixar de fazer ou pensar coisas desarrazoadas e desnecessárias, sintomas mais de ordem psíquica. Ansiedade, cansaço psíquico permanente. Dificuldade na execução do menor esforço intelectual.

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