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Projeto de Instalações diagramado

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PROJETOS 
DE INSTALAÇÕES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 SUMÁRIO 
 
	
  
1	
   INTRODUÇÃO	
  ...................................................................................................................................	
  4	
  
2	
   PROJETOS	
  DE	
  INSTALAÇÕES	
  –	
  HIDRÁULICO,	
  INCÊNDIO	
  E	
  GÁS	
  ...........................................................	
  5	
  
2.1	
  NOÇÕES	
  DE	
  MECÂNICA	
  DOS	
  FLUIDOS	
  E	
  HIDROSTÁTICA	
  .....................................................................	
  5	
  
2.2	
  EXIGÊNCIAS	
  REGULAMENTARES	
  E	
  NORMATIVAS	
  APLICÁVEIS	
  ............................................................	
  7	
  
2.3	
  INSTALAÇÕES	
  PREDIAIS	
  DE	
  ÁGUA	
  FRIA:	
  .............................................................................................	
  8	
  
2.4	
  INSTALAÇÕES	
  PREDIAIS	
  DE	
  ÁGUA	
  QUENTE:	
  .......................................................................................	
  9	
  
2.5	
  INSTALAÇÕES	
  PREDIAIS	
  DE	
  ESGOTO:	
  ...............................................................................................	
  11	
  
2.6	
  INSTALAÇÕES	
  DE	
  ÁGUAS	
  PLUVIAIS:	
  .................................................................................................	
  14	
  
2.7	
  DIMENSIONAMENTO	
  HIDRÁULICO	
  DAS	
  TUBULAÇÕES	
  E	
  LEVANTAMENTO	
  DE	
  MATERIAIS	
  ................	
  15	
  
DIMENSIONAMENTO	
  PARA	
  TUBULAÇÃO	
  DE	
  ÁGUA	
  FRIA	
  .........................................................................................	
  15	
  
DIMENSIONAMENTO	
  PARA	
  TUBULAÇÃO	
  DE	
  ÁGUA	
  QUENTE	
  ....................................................................................	
  16	
  
DIMENSIONAMENTO	
  DA	
  TUBULAÇÃO	
  DE	
  ESGOTO	
  PREDIAL	
  .....................................................................................	
  17	
  
DIMENSIONAMENTO	
  DAS	
  TUBULAÇÕES	
  DE	
  ÁGUAS	
  PLUVIAIS:	
  ..................................................................................	
  18	
  
2.8	
  DESENHOS	
  DE	
  INSTALAÇÕES	
  HIDROSSANITÁRIAS	
  ............................................................................	
  19	
  
2.9	
  LEVANTAMENTO	
  DE	
  MATERIAIS	
  ......................................................................................................	
  22	
  
2.10	
  SISTEMAS	
  DE	
  CAPTAÇÃO	
  E	
  REUSO	
  DE	
  ÁGUA	
  ..................................................................................	
  22	
  
2.11	
  INSTALAÇÕES	
  PARA	
  COMBATE	
  A	
  INCÊNDIO	
  ...................................................................................	
  25	
  
2.12	
  INSTALAÇÕES	
  PREDIAIS	
  DE	
  GÁS	
  .....................................................................................................	
  28	
  
REQUISITO	
  PARA	
  INSTALAÇÕES	
  DOS	
  EQUIPAMENTOS	
  ............................................................................................	
  29	
  
2.13	
  APLICATIVOS	
  COMPUTACIONAIS	
  PARA	
  PROJETOS	
  DE	
  INSTALAÇÕES	
  HIDRÁULICAS	
  E	
  A	
  GÁS	
  PREDIAL
	
  .............................................................................................................................................................	
  29	
  
3	
   PROJETO	
  DE	
  INSTALAÇÕES	
  ELÉTRICAS	
  E	
  ESPECIAIS	
  .........................................................................	
  31	
  
3.1	
  FUNDAMENTOS	
  DE	
  ELETRICIDADE	
  ...................................................................................................	
  31	
  
3.1.1	
  CORRENTE	
  ELÉTRICA	
  .............................................................................................................................	
  31	
  
3.1.2	
  TENSÃO	
  ELÉTRICA	
  OU	
  DIFERENÇA	
  DE	
  POTENCIAL	
  (DDP)	
  ...............................................................................	
  32	
  
3.1.3	
  RESISTÊNCIA	
  ELÉTRICA	
  ..........................................................................................................................	
  33	
  
3.1.4	
  POTÊNCIA	
  ELÉTRICA	
  .............................................................................................................................	
  34	
  
3.1.5	
  LEI	
  DE	
  OHM	
  ........................................................................................................................................	
  34	
  
3.1.6	
  TIPOS	
  DE	
  CIRCUITOS	
  .............................................................................................................................	
  35	
  
3.2	
  NOÇÕES	
  DE	
  GERAÇÃO,	
  TRANSMISSÃO	
  E	
  DISTRIBUIÇÃO	
  DE	
  ENERGIA	
  ...............................................	
  37	
  
ESTRUTURA	
  BÁSICA	
  DO	
  SISTEMA	
  ELÉTRICO	
  ............................................................................................	
  39	
  
3.3	
  TIPOS	
  DE	
  FONTES	
  DE	
  ENERGIA	
  .........................................................................................................	
  39	
  
3.4	
  NOÇÕES	
  DE	
  EFICIÊNCIA	
  ENERGÉTICA	
  ...............................................................................................	
  41	
  
3.5	
  DESENHO	
  DE	
  INSTALAÇÕES	
  ELÉTRICAS	
  ............................................................................................	
  42	
  
3.5.1	
  SIMBOLOGIA	
  .......................................................................................................................................	
  42	
  
3.5.2	
  PLANTAS	
  ............................................................................................................................................	
  49	
  
3.5.3	
  CORTES	
  ..............................................................................................................................................	
  50	
  
3.5.4	
  DETALHES	
  ..........................................................................................................................................	
  50	
  
3.5.5	
  DIAGRAMAS	
  .......................................................................................................................................	
  51	
  
DIAGRAMA	
  MULTIFILAR	
  .................................................................................................................................	
  51	
  
DIAGRAMA	
  UNIFILAR	
  ....................................................................................................................................	
  51	
  
 
3 
 
3.5.6	
  CABINE	
  DE	
  MEDIDORES	
  .........................................................................................................................	
  52	
  
3.6	
  NOÇÕES	
  DE	
  DIMENSIONAMENTO	
  ....................................................................................................	
  53	
  
3.6.1	
  DISTRIBUIÇÃO	
  DE	
  CARGAS	
  DE	
  UMA	
  EDIFICAÇÃO,	
  ELETRODUTOS,	
  CAIXAS	
  DE	
  PASSAGEM	
  E	
  DE	
  DERIVAÇÃO	
  ...............	
  54	
  
3.6.2	
  QUADRO	
  DE	
  DISTRIBUIÇÃO	
  ....................................................................................................................	
  55	
  
3.6.3	
  CONDUTORES	
  E	
  DISJUNTORES	
  ................................................................................................................	
  55	
  
3.7	
  SISTEMA	
  DE	
  PROTEÇÃO	
  CONTRA	
  DESCARGAS	
  ATMOSFÉRICAS	
  -­‐	
  SPDA	
  .............................................57	
  
3.8	
  ATERRAMENTO	
  ...............................................................................................................................	
  58	
  
4	
   RECAPITULANDO	
  ............................................................................................................................	
  60	
  
5	
   REFERÊNCIAS	
  ..................................................................................................................................	
  62	
  
 
 
 
 
4 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Caro docente, Iniciaremos, neste trabalho, um estudo da disciplina de projetos de 
instalações. Veremos, no capítulo referente à hidráulica, noções de mecânica dos 
fluidos e hidrostática, exigências regulamentares, normativas e dimensionamento de 
tubulações para água fria e quente, projetos de incêndio e de gás. Verá também sobre o 
reuso de água e sobre aplicativos computacionais. No capítulo de instalações elétricas, 
veremos os fundamentos de eletricidade, noções de geração, transmissão e distribuição 
de energia, tipos de fonte de energia, desenho de instalações elétricas, 
dimensionamentos e normas regulamentares. 
 
 
5 
 
2 Projetos de Instalações – 
Hidráulico, incêndio e gás 
 
O projeto de instalação hidráulico faz parte do conjunto de projetos complementares de 
qualquer projeto para uma edificação. É no projeto de hidráulica que dimensionamos as 
tubulações necessárias para a distribuição de água, seja fria ou quente, para sanitários, 
cozinha, área de serviço, área externa. É também nos projetos hidráulicos que 
dimensionamos as tubulações que servirão para atender os esgotos sanitários que 
conduzirão as águas servidas além do dimensionamento de tubulações da rede de 
água pluvial. No entanto, antes mesmo de iniciarmos com o estudo para dimensionar a 
rede de distribuição de água, vamos abordar o assunto de mecânica dos fluidos e 
hidrostática. 
 
 2.1 Noções de mecânica dos fluidos e hidrostática 
 
O projeto de instalação hidráulico faz parte do conjunto de projetos complementares de 
qualquer projeto para uma edificação. É no projeto de hidráulica que dimensionamos as 
tubulações necessárias para a distribuição de água, seja fria ou quente, para sanitários, 
cozinha, área de serviço, área externa. É também nos projetos hidráulicos que 
dimensionamos as tubulações que servirão para atender os esgotos sanitários que 
conduzirão as águas servidas além do dimensionamento de tubulações da rede de 
água pluvial. No entanto, antes mesmo de iniciarmos com o estudo para dimensionar a 
rede de distribuição de água, vamos abordar o assunto de mecânica dos fluidos e 
hidrostática. 
É bom, para endossar os conhecimentos sobre este capítulo de hidrostática, fazer um 
estudo sobre Pascal, que foi o cientista que começou a observar o comportamento dos 
fluidos. Estas informações podem ser facilmente encontradas em livros de mecânica 
dos fluidos. 
 
 
 
Pressão: é toda força aplicada perpendicularmente à superfície do fluido ou objeto, 
onde F é igual à força aplicada e A é igual à área. Temos, então, a seguinte fórmula: 
 
6 
 
 
Figura 1. Fórmula de pressão. 
Fonte SENAI, 2012. 
 
Vazão: é todo fluido em movimento. Devemos saber que a vazão varia a sua velocidade 
devido a algumas situações como volume do recipiente ou altura da coluna d’água, 
diâmetro da tubulação e inclinação da tubulação. 
Vasos comunicantes é a propriedade do fluido de manter a mesma altura ou nível da 
coluna d’água entre vasos ou recipientes que tenham comunicação entre eles. 
Figura 02: vasos comunicantes. 
 Fonte: SENAI, 2012. 
 
Empuxo e equilíbrio de corpos flutuantes: sabemos que todo corpo imerso num 
fluido em repouso recebe uma força vertical de baixo para cima de intensidade igual ao 
peso do fluido deslocado pelo corpo. Este teorema foi descoberto por Arquimedes. 
 
E = dliq. • Vliq. desl. • g 
 
Quando o corpo está totalmente ou parcialmente submerso, ele sofrerá uma redução do 
seu peso, que será o peso aparente, e teremos a fórmula abaixo: 
 
Pap = P – E 
 
Quando o corpo afunda é porque o seu peso é maior que o empuxo; quando boia na 
superfície do fluido é porque o seu peso será menor que a força de empuxo; e se ficar 
flutuando submerso no fluido é porque as forças entram em equilíbrio. 
 
 
 
7 
 
2.2 Exigências regulamentares e normativas aplicáveis 
 
Os projetos hidrossanitários, de incêndio e de gás devem ser desenvolvidos segundo as 
normas da ABNT, além de seguirem as regulamentações de cada município, sabendo 
que as normas definem os parâmetros para os projetos, como dimensionamentos de 
tubulação, segurança e instalação. 
A norma nos assegura os requisitos mínimos para garantir o uso de água potável 
visando à saúde da população que usa a água fornecida pelas empresas de 
abastecimento. Além da água potável que recebemos para nosso consumo, a norma 
também nos orienta com relação às águas servidas, ou seja, a água que já foi utilizada 
no banho, na pia, que deve ter o destino adequado para tratamento desse esgoto, 
evitando a proliferação de doenças. 
Algumas normas para a instalação hidrossanitária: 
Norma NBR 5626 - estabelece exigências quanto ao projeto, execução e manutenção 
da instalação predial de água fria para garantir a potabilidade da água. 
Norma NBR 7198 - nesta norma, são fixadas as exigências técnicas para a higiene, a 
segurança, a economia e o conforto com relação às instalações prediais de 
abastecimento de água quente. 
Norma NBR 10844 - orienta quanto às exigências necessárias para os projetos das 
instalações de drenagem de águas pluviais. 
Norma NBR 8160 - orienta sobre as exigências com relação ao projeto, execução e 
manutenção dos sistemas prediais de esgoto sanitário, garantindo segurança, conforto 
e higiene. 
Norma NBR 13714 - orienta quanto às exigências para dimensionamento, instalação, 
manutenção e manuseio de sistemas de combate a incêndio por hidrantes e 
mangotinhos para uso em prédio com área superior a 750 m² e/ou altura superior a 
12m. 
Norma NBR 15526 - define os requisitos para o projeto e a execução de redes de 
distribuição interna para gases combustíveis em instalações residenciais e comerciais 
abastecidas por centrais de gás ou por canalização de rua. 
Norma NBR 15527/2007 - orienta sobre o aproveitamento correto das águas da chuva 
nas áreas urbanas para o seu reaproveitamento. 
NBR 13523 – nesta norma, temos os requisitos para o projeto, montagem, alteração, 
localização e segurança das centrais de gás liquefeito de petróleo (GLP) com 
capacidade até 1500 m³ em instalações comerciais, residenciais, industriais e de 
abastecimento de empilhadeiras. 
 
8 
 
NBR 14024 - orienta quanto aos requisitos para abastecimento de recipientes 
estacionários ou transportáveis nas instalações das centrais de GLP dos consumidores 
a partir de veículo abastecedor. 
NBR 13103 - orienta a adequação de ambientes residenciais para a instalação de 
aparelhos que utilizam gás combustível do tipo GLP ou GN. 
 
 2.3 Instalações prediais de água fria: 
 
Veremos, agora, a instalação predial de água fria e, para isto, iniciaremos os estudos 
sobre os tipos de distribuição de água potável para a população. 
Como foi dito anteriormente, cabe às empresas de abastecimento fornecer água potável 
devidamente apropriada para o consumo humano seguindo as orientações da ABNT, 
que determina o procedimento correto para a qualidade da água. Temos dois tipos de 
distribuição de água: 
 
• Distribuição direta: quando a rede de distribuição chega até a residência e vai 
direto para as tubulações sem passar por um reservatório. Este sistema pode 
até ter um custo menor,mas nem sempre é vantajoso. Quando não tem um 
reservatório, todas as impurezas que têm nas tubulações da rede pública vão 
diretamente para as tubulações residenciais, podendo ocasionar sérios danos ou 
também problemas como variação de pressão, que são comuns durante o dia. 
 
• Distribuição indireta: quando a água chega da rede pública de distribuição e 
vai para um reservatório dimensionado para abastecer aquela residência ou 
prédio de acordo com a quantidade de usuários, e desse reservatório ela será 
distribuída por tubulações, fornecendo água para as peças de utilização como 
torneiras, chuveiros, vasos sanitários. 
 
 
Esse sistema traz algumas vantagens como a uniformidade da pressão durante todo o 
período do dia, a vantagem de evitar golpes de aríetes nas tubulações, e a maior de 
todas que é a possibilidade de se prevenir com relação à falta d’água se a interrupção 
do fornecimento for por pouco tempo, logicamente. 
Depois de saber qual o tipo de sistema irá abastecer o prédio, começamos o cálculo 
para dimensionar as tubulações da instalação hidráulica. Para isto, definiremos a 
quantidade de pessoas que utilizarão aquele prédio, a quantidade de peças de 
utilização que terá na edificação e também qual a finalidade do uso da edificação. 
 
9 
 
Lembremos que é sempre bom termos mais de um reservatório numa residência, o que 
não é determinado no procedimento do projeto de instalações hidráulicas; é apenas 
uma prevenção, principalmente, em regiões onde ocorre, com frequência, a interrupção 
do fornecimento de água. 
Mais adiante faremos um dimensionamento de uma tubulação, porém vamos lembrar 
alguns elementos importantes numa tubulação de água fria. 
Reservatórios são os recipientes que armazenarão a água para então ser distribuída 
para as peças hidráulicas. 
Tubulações são os dutos, geralmente de PVC, para direcionar a água até o destino 
final. 
Peças de utilização são os elementos finais, como as torneiras e chuveiros. 
Aparelhos são geralmente as louças que recebem a água, como os vasos sanitários. 
Conexões são as peças em PVC que compõem as tubulações e servem para emendar, 
redirecionar ou fechar a tubulação. 
Bombas hidráulicas são necessárias para levar água até um reservatório superior no 
caso de edificações altas. 
Metais são as torneiras e os registros que têm a finalidade de interromper o fluxo nas 
tubulações para serviços de manutenção. 
Em outro item, iremos abordar o dimensionamento das tubulações hidráulicas. 
 
2.4 Instalações prediais de água quente: 
 
A instalação de água quente é um sistema independente de distribuição de água sendo 
que essa água quente é utilizada geralmente com a possibilidade de ser misturada com 
a água fria. 
 
 
Figura 03: misturador de água quente com água fria. 
Fonte: SENAI, 2012. 
kennedy mark
Realce
kennedy mark
Realce
 
10 
 
 
A mistura é essencial para reduzir ou equilibrar a temperatura da água evitando 
ocorrências de queimaduras nos usuários, principalmente em crianças. 
A tubulação de água quente é diferente da água fria por ser de material mais resistente 
para a alta temperatura da água. A tubulação de água fria é feita com PVC, e a de água 
quente com o CPVC (cloreto de polivinila clorado), assim, a tubulação tem mais 
resistência. Geralmente esse tipo de tubulação é mais cara que a tubulação de PVC. 
Para o sistema de água quente, é necessário ter o equipamento que irá aquecer a água 
e distribui-la para a edificação. 
Existem alguns tipos de aquecedores de água. São eles: 
Aquecedor instantâneo ou elétrico: onde a água é aquecida diretamente quando 
passa por uma resistência aquecida eletricamente. 
Aquecedor instantâneo a gás: este processo é semelhante ao elétrico, embora o 
mecanismo de aquecimento seja através de uma chama abastecida por gás. A água 
circula por um tubo de cobre, aquece e vai direto para a tubulação para ser utilizada. 
Aquecedor de acumulação elétrico: é um processo semelhante ao instantâneo, 
embora a água aquecida vá para um reservatório chamado de boiller, sendo acumulada 
para uso posterior. 
Aquecedor de acumulação a gás: este processo é semelhante ao instantâneo a gás, 
com a diferença de que a água aquecida é direcionada ao boiller para ser armazenada 
e, então, ser distribuída para a tubulação. 
Aquecedor solar: este é o processo de aquecimento mais comum na atualidade 
porque utiliza apenas a energia solar para o aquecimento, ou seja, o calor dos raios 
solares aquecem um conjunto de placas solares que captam o calor e o transferem para 
a água, que passa por uma tubulação de cobre em serpentina dentro da placa solar que 
fica em cima do telhado, sempre numa posição de maior incidência do sol. 
Assim que a água é aquecida pela placa solar, ela deve ser armazenada em um 
reservatório num boiller para, então, ser utilizada no prédio. 
 
 
11 
 
 
Figura 04: sistema de aquecimento solar. 
Fonte: SENAI, 2012. 
 
Assim como nas tubulações de água fria, teremos que dimensionar as tubulações de 
água quente, e o processo é o mesmo, começando pela quantidade de usuários para 
calcular a quantidade de água quente a ser armazenada, para depois seguir com os 
dimensionamentos das tubulações. Porém, só faremos os cálculos mais adiante. 
 
2.5 Instalações prediais de esgoto: 
 
Uma vez feita a instalação de água, seja fria ou quente, devemos fazer as instalações 
de esgoto. O esgoto serve para coletar as águas servidas da edificação e direcioná-las 
para a rede de esgotamento sanitário. 
A função do esgoto é também garantir a higiene da residência, evitando a proliferação 
de doenças entre os usuários e população em geral, porque o esgoto, quando 
conduzido por tubulações até a estação de tratamento, permite à população melhores 
condições de vida. 
Os sistemas de esgoto são divididos em dois tipos: 
 
Sistema unitário ou combinado: quando a rede de tubulação recebe os esgotos 
residuais das edificações e residências e também o esgoto de águas pluviais. O esgoto 
é direcionado para a estação de tratamento, que tem a função de limpar este esgoto, 
separando resíduos sólidos e tornando a água o mais potável possível para, então, 
despejá-la nos rios. Este sistema não é vantajoso porque as tubulações têm grandes 
dimensões, uma vez que no período de chuva o volume de esgoto aumenta 
consideravelmente. Ele tem um alto custo e também um maior tempo para a execução. 
kennedy mark
Realce
 
12 
 
A estação de tratamento tem que ser muito maior para tratar adequadamente este 
esgoto residual e, no período em que não ocorrem chuvas, a tubulação fica ociosa, 
levando apenas o esgoto residencial. 
 
Sistema separador: como o nome já indica, o esgoto residual dos prédios e 
residências percorre por uma tubulação separada do esgoto de água pluvial. Do mesmo 
modo que o sistema unitário, o esgoto é direcionado para a estação de tratamento. Este 
é o sistema adotado aqui no Brasil por ser de fácil execução e também por ter um custo 
menor. Outra vantagem deste sistema é a possibilidade de ampliação mais fácil e a 
diminuição dos custos na separação dos esgotos nas estações de tratamento. 
Devemos saber que, nos projetos de esgotos prediais, além das tubulações e conexões 
que coletam os resíduos, temos também alguns componentes que fazem parte e têm 
uma finalidade importante de separar, como as caixas de gordura, e em alguns casos 
de tratar o esgoto residencial, como as fossas sépticas. 
 
As caixas de gordura: separam a gordura animal das águas servidas provenientes da 
cozinha. A separação da gordura no esgoto é fundamental, pois evita o entupimento 
das tubulações. 
 
 
Figura 05: caixa de gordura. 
Fonte:SENAI, 2012. 
 
Fossas sépticas: são pequenas estações de tratamento na própria residência. 
Geralmente, utilizamos as fossas quando, na rua ou no bairro, não existe um sistema de 
captação de esgoto, o que impede de coletar o esgoto e levá-lo para a estação de 
tratamento. 
As fossas sépticas recebem o esgoto da residência e, pelo processo de decantação, a 
parte sólida se acumula no fundo da fossa e a parte líquida começa a ser tratada por 
bactérias anaeróbias, que fazem o tratamento dessa água servida. Em seguida, essa 
água é direcionada para o sumidouro, sendo absorvida no solo e retornando para o 
lençol freático, refazendo o ciclo. 
 
13 
 
Apesar de a fossa séptica tratar a água residual, ela não deve ser instalada nas 
proximidades de poços artesianos ou de rios onde a população utilize a água . O correto 
é todo centro urbano oferecer à população o esgotamento sanitário para assegurar a 
qualidade de vida da população. Hoje os centros urbanos estão investindo mais em 
estações de tratamento de esgotos e, em cidades litorâneas, uma alternativa é a 
emissão do esgoto através de emissário submarino, que despeja o esgoto tratado a 
quilômetros de distância da costa. 
 
 
Figura 06: Fossa séptica. 
Fonte: SENAI, 2012. 
 
 
 
Casos e Relatos: “Uma fossa mal-instalada” 
Marcelo adquiriu um terreno num loteamento que foi lançado recentemente próximo a 
um litoral com a finalidade de poder desfrutar de momentos de lazer com sua família. 
Pensamento muito correto uma vez que vivemos num mundo bastante tumultuado e 
corrido, mas para isto ser realmente um paraíso de lazer, ele deveria ter alguns 
cuidados. 
Um deles é, sem dúvida, em relação à infraestrutura do local no que tange ao 
abastecimento de água e à rede de esgoto sanitário. 
Marcelo, quando comprou o terreno, não verificou se o abastecimento era constante 
kennedy mark
Realce
 
14 
 
ou se em determinadas épocas haveria a interrupção do fornecimento. Pois bem, isto 
acontecia com certa frequência e, para solucionar isso, Marcelo teve que utilizar um 
poço artesiano para prover sua residência de água potável. 
O único problema foi que o loteamento também não tinha uma rede de esgoto 
sanitário para coletar o esgoto da residência dele e da vizinhança. A solução foi a 
utilização da fossa séptica, no entanto, um outro problema surgiu: com a grande 
quantidade de fossas na localidade, o lençol freático ficou contaminado porque as 
fossas não foram executadas seguindo as determinações da norma ABNT. Além 
disso, no próprio terreno de Marcelo, a fossa ficou próxima ao poço artesiano. A única 
solução foi providenciar a abertura de outro poço artesiano que retirava água de outro 
lençol mais profundo aprovado pelos órgãos competentes e com exame de 
laboratório para analisar uma amostra da água e certificar a sua utilidade para 
consumo humano. 
 
2.6 Instalações de águas pluviais: 
 
As águas pluviais são as águas da chuva. Como o Brasil é um país que tem regiões 
com muita incidência de chuvas, é importante que as cidades tenham um bom sistema 
de drenagem dessas águas pluviais. As instalações de águas pluviais servem para 
coletar e direcionar as águas da chuva para a tubulação de águas pluviais. 
A drenagem começa nas edificações com os projetos de águas pluviais, que 
dimensionam as tubulações para receber as águas que caem dos telhados. Mas, não só 
as águas dos telhados são coletadas, também são contempladas as águas dos pisos 
externos. 
No caso de casas com telhados cobertos com telhas, podem ou não ter calhas para 
coletar as águas; no entanto, em coberturas de laje ou em telhados que não podem 
escoar a água, as calhas devem ser previstas e dimensionadas no projeto de águas 
pluviais. Lembremos que cada superfície inclinada do telhado é denominada de “água“, 
e é a área desta água que precisamos ter para dimensionar as tubulações de queda 
das calhas. 
Em piso de área externa, as águas pluviais devem sempre ser drenadas, seja por meio 
de calhas ou por declives no piso. Porém, é importante salientar que nunca as águas 
pluviais devem ser direcionadas para a rede de esgoto sanitário. Os órgãos e empresas 
responsáveis pelo sistema de abastecimento e saneamento sanitário regulamentam e 
fiscalizam os projetos e execução. Em algumas regiões, as águas pluviais são utilizadas 
na própria edificação em usos específicos, mas sobre isso falaremos no item 2.8 deste 
capítulo. 
 
15 
 
 
Nos centros urbanos, a drenagem macro, que é a drenagem das ruas e praças, é uma 
das grandes preocupações dos órgãos administradores. Devido ao grande número de 
área pavimentada, ou seja, que é impermeável para as águas pluviais, o volume de 
água de uma grande chuva provoca uma série de alagamentos pelas ruas e bairros da 
cidade, atrapalhando o tráfego e a locomoção da população. O ideal é que tenhamos a 
maior quantidade de área com pisos permeáveis para permitir a absorção da água pelo 
solo e para melhorar o conforto térmico, evitando a emissão do calor refletido pelos 
pisos cimentados. 
 
2.7 Dimensionamento hidráulico das tubulações e levantamento 
de materiais 
 
Dimensionamento para tubulação de água fria 
 
O primeiro passo para dimensionar as tubulações de água fria será determinar o 
consumo médio de pessoas que utilizarão a residência ou edificação através da tabela 
de consumo médio predial diário. Nela, você consegue achar os índices para os 
determinados prédios. O próximo passo é achar o consumo diário, utilizando as 
orientações da NBR 5626, que define que: 
- os reservatórios têm que abastecer dois dias de consumo; 
- o reservatório inferior tem que ter a capacidade de 3/5 do consumo de dois dias; 
- o reservatório superior tem que ter a capacidade de 2/5 do consumo de dois dias. 
A seguir, calcula-se a vazão do projeto e os pesos relativos dos pontos de utilização 
por tabela, que são estabelecidos pela norma NBR 5626. 
Ao somar todos os pesos relativos de todos os pontos de utilização de um trecho da 
tubulação, o valor encontrado é utilizado no ábaco e o diâmetro correspondente a este 
valor é achado. Este procedimento é feito separadamente em todos os trechos. 
Existem trechos bem definidos da tubulação, como os barriletes, por exemplo, um tipo 
de tubulação que chega até o ramal. Ramal é a tubulação que desce até o sub-ramal, e 
este último é o trecho final da tubulação, chegando até o ponto de utilização. 
O dimensionamento do ramal e sub-ramal tem o mesmo princípio. 
 
 
 
 
 
16 
 
Dimensionamento para tubulação de água quente 
 
Para este dimensionamento, é necessário definir qual o tipo de sistema de aquecimento 
será utilizado, se vai ser de passagem ou por acumulação de água quente. Se for de 
acumulação, é necessário ter um reservatório para água quente que é o boiller. 
Definiremos neste estudo o aquecedor solar por acumulação. 
O passo seguinte é definir a quantidade de pessoas que residirão no edifício ou 
residência através da tabela de quantidade de pessoas. Em seguida, serão definido 
quais pontos de utilização na residência terão água quente e, assim, achar a estimativa 
de consumo de água quente que vai ser utilizada nesses pontos através da tabela de 
estimativa de consumo diário. Depois disso, será verificada a quantidade de consumo 
médio por tipo de aquecedor. Este consumo você acha na tabela de estimativa de 
consumo médio por aquecedor. 
Após ser definida a quantidade de água que será consumida, deverão ser verificadas, 
com os fabricantes de aquecedores solares, quais as capacidades dos boilers que mais 
atendem à necessidade. Com tudo isto definido, o dimensionamento das tubulações de 
água quente segue o mesmo princípio das tubulaçõesde água fria, ou seja, acham-se 
os pesos das peças de utilização, depois se somam todos os valores e é verificado no 
ábaco qual o diâmetro para cada valor encontrado. Lembrando-se que cada trecho da 
tubulação terá os pontos de utilização e, dessa forma, cada um terá uma soma. 
A tubulação de água quente sempre sofre com problemas de dilatação provocados pelo 
aquecimento da temperatura da água. Então, para solucionar este problema temos que 
utilizar um dispositivo chamado de lira, que serve para suportar a dilatação e não 
romper a tubulação. 
 
 
Figura 07: lira para tubulação de água quente. 
Fonte: SENAI, 2012. 
 
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Realce
 
17 
 
Para fazer uma lira, é necessário calcularmos as suas dimensões, mas antes temos que 
verificar através da fórmula abaixo. 
 
 
 
 
Em seguida, achamos as dimensões dos trechos da lira através da tabela de 
comprimento de trecho da lira. Quando o comprimento da tubulação ultrapassa 30m, 
fazemos o cálculo da lira através da fórmula de expansão térmica. Veja abaixo. 
 
 
E para encontrar o comprimento da lira, utilizamos a fórmula a seguir, que é alimentada 
com os dados de tensão admissível (S) e módulo de elasticidade (E). 
 
 
 
Dimensionamento da tubulação de esgoto predial 
 
O dimensionamento das tubulações de esgoto é mais simples, complicando apenas na 
montagem da rede de tubos coletora. O primeiro passo é definir os diâmetros dos 
ramais de descarga para cada aparelho sanitário na tabela de diâmetro mínimo dos 
ramais de descarga. Depois, verificamos as dimensões dos ramais de esgoto através da 
tabela de diâmetro mínimo dos ramais de descarga. 
Toda tubulação de esgoto deve ter tubulação de ventilação, e o cálculo do diâmetro 
dessa tubulação é feito através da tabela fornecida pela NRB 8160 de Unidade Hunter 
de Contribuição de Aparelhos (UHC). Depois de achar o somatório das UHC, 
verificamos, na tabela, o diâmetro das tubulações. 
 
 
18 
 
Além das tubulações, temos que também dimensionar as caixas de gordura e as fossas 
sépticas caso não haja sistema de rede de esgotamento na localidade da edificação. As 
caixas de gorduras, caso sejam construídas no local, devem ter no mínimo 0,30 m por 
0,50 m, e as fossas sépticas seguem as determinações já estabelecidas e podem ser 
verificadas na tabela de dimensões de fossas sépticas. 
 
Dimensionamento das tubulações de águas pluviais: 
 
Para dimensionar as tubulações de águas pluviais em telhado, devemos calcular a 
Vazão de Contribuição do telhado com a fórmula: 
 
Q = i x Ac 
Sendo Ac a área de contribuição que pode ser encontrada na seguinte fórmula: 
 
Depois, calculamos a quantidade de tubos de descida com a fórmula: 
 
E calculamos a distância entre os tubos com a fórmula: 
 
Para dimensionar as calhas para drenagem pluvial do piso, utilizamos inicialmente a 
tabela de índice pluviométrico da região e, em seguida, calculamos a vazão total com a 
fórmula: 
 
E depois a quantidade de tubos de saídas com a fórmula: 
 
Sendo que a vazão do tubo é encontrada na tabela de vazão dos tubos para diferentes 
declividades. 
 
 
 
19 
 
 
Todos os livros de ensino de instalações hidráulicas são baseados pelas normas NBR, 
portanto, qualquer livro vai ensinar a projetar, mas pode seguir caminhos diferentes para 
achar a solução. Nos casos de residências, os dimensionamentos podem ser seguidos 
por manuais de instalações de fabricantes, que fazem um resumo a partir das 
determinações da Norma. 
 
 
 
2.8 Desenhos de instalações hidrossanitárias 
 
Depois de ter dimensionado toda a tubulação de água fria e quente e de esgoto e 
pluvial, temos que colocar estas informações em plantas gráficas para auxiliarem nas 
instalações. 
É importante ter conhecimento que as plantas gráficas terão que ser interpretadas por 
vários profissionais, e a fácil leitura, assim como clareza nas informações são 
fundamentais para o processo construtivo. 
A primeira necessidade de uma planta é a sua interpretação e, para isso, temos as 
simbologias gráficas que identificam os diversos elementos contidos naquele projeto. 
Como exemplo: 
 
 
Figura 08: simbologia para projetos de hidráulica. 
 Fonte: SENAI, 2012. 
 
É importante que o projeto hidrossanitário contenha a planta baixa com as cotas e as 
plantas de corte e fachada. Na planta baixa ficam definidos quais e quantos ambientes 
terão a necessidade de ter abastecimento de água e coleta de esgoto. 
 
20 
 
 
Figura 09: planta baixa com detalhes. 
 Fonte: SENAI, 2012. 
 
Nos cortes, temos as informações necessárias sobre as alturas dos pavimentos para 
dimensionarmos as tubulações. Informações importantes principalmente para 
edificações de mais de um pavimento. 
 
 
Figura 10: cortes de uma residência 
Fonte: SENAI, 2012. 
 
21 
 
 
Outra prancha que deve estar presente é a de cobertura para informar a quantidade de 
águas da cobertura e, assim, poder definir o sistema de tubulação pluvial. 
A partir das informações nos projetos arquitetônicos, temos definidos não só a 
quantidade de pontos de utilização, mas também o posicionamento dos aparelhos 
sanitários e, com estas informações, fazemos os dimensionamentos para, em seguida, 
começarmos a construção das peças gráficas do projeto hidrossanitário. 
Nas peças gráficas, informamos, principalmente, a localização de reservatórios de 
caixas de inspeção, caixas de gordura, fossas sépticas e hidrômetros. 
Para instalação de água fria e quente, utilizamos as plantas isométricas que informam 
com mais facilidade a instalação das tubulações como no exemplo abaixo. 
 
 
Figura 11: planta isométrica. 
 Fonte: SENAI, 2012. 
 
Nas peças gráficas de esgoto, informamos o posicionamento das tubulações e das 
conexões para o perfeito funcionamento do sistema. Vejamos, a seguir, alguns 
exemplos de plantas hidrossanitárias. 
 
 
22 
 
 
Figura 12: planta de esgoto. 
 Fonte: SENAI, 2012. 
 
Também temos a planta baixa com a localização e dimensão das caixas e da fossa 
séptica. 
 
2.9 Levantamento de materiais 
 
Junto com os dimensionamentos das tubulações, já fazemos o levantamento de 
materiais a serem utilizados para a instalação. 
Os levantamentos de materiais vão informar a quantidade e as referências das peças 
que compõem a rede hidrossanitária. 
Este levantamento inclui os tubos e o tipo de tubo, se para água fria ou quente, as 
conexões para a instalação, além dos equipamentos como aquecedores, placas 
solares, bombas, filtros, ou seja, todos os elementos que farão parte da instalação. 
 
 
2.10 Sistemas de captação e reuso de água 
 
Hoje em dia, a preocupação com a reserva de água potável no mundo está cada vez 
maior. Como profissionais, temos o dever de instruir tanto nossos alunos quanto a 
população sobre a necessidade de utilizarmos a água com muito mais responsabilidade, 
evitando desperdícios desse bem precioso, mas que pode vir a se tornar escasso. 
kennedy mark
Realce
 
23 
 
Por sorte, no Brasil, temos certa reserva de água que nos dá um conforto em relação a 
essa preocupação mundial. Mas sabemos que menos de 1% da água no mundo inteiro 
é realmente potável, ou seja, própria para o consumo. Então, nada mais coerente do 
que utilizarmos a água para serviços de nosso dia a dia, como a higiene e a preparação 
de alimentos. Água para regar jardins ou uso em lavagens de pisos, de carros ou outra 
utilização menos importante deve ser de reuso, como exemplo água proveniente da 
chuva que, devidamente armazenada, pode servir perfeitamente para estes serviços. 
 
Uma pessoa consome em média 200 l de água por dia, e essa água potável é muito 
desperdiçada.Veja na tabela abaixo o percentual dos consumos diários. 
 
Percentual Consumo de água potável 
33% vaso sanitário 
27% cozinhar, beber água 
25% banho, escovar os dentes 
12% lavagem de roupa 
3% lavagem de carros, calçadas 
Tabela 01. Tabela Consumo de água potável. 
Fonte: Hélio Creder Instalações Hidráulicas e Sanitárias, 2006. 
 
 
Se utilizarmos a água servida do banho e do lavatório e a reutilizarmos nos vasos 
sanitários já temos uma economia significativa no percentual de água utilizada. Existem 
várias formas de fazermos o reaproveitamento da água consumida nas edificações. 
Algumas, a depender do reuso, têm que passar por um tratamento para tornar a água 
própria para o uso. 
Vejamos alguns tipos de reuso para a água. 
 
Reuso indireto não planejado: depois que a água é utilizada no consumo humano é 
desprezada nos rios, que são os corpos de água. Ela é utilizada em outro ponto mais a 
frente desse rio sem ter passado por tratamento, apenas o tratamento natural que é a 
diluição e a autodepuração. 
 
 
Figura 13: Reuso indireto não planejado. 
Fonte: SENAI, 2012. 
 
24 
 
 
Reuso indireto planejado: é a situação onde a água consumida é desprezada em uma 
estação de tratamento que trata a água e, em seguida, despejada nos rios podendo ser 
captada para abastecimento de outra cidade. 
 
 
Figura 14: reuso indireto planejado. 
 Fonte: SENAI, 2012. 
 
Reuso direto: é toda água que, depois de ser consumida, é reutilizada após receber 
tratamento. Ela é definida como a água que é enviada da descarga para o local do 
reuso sem ter sido descarregada no meio ambiente. Para este exemplo, temos as 
águas pluviais de uma edificação que é reutilizada na própria edificação. 
 
 
Figura 15: exemplo de reuso direto. 
Fonte: SENAI, 2012. 
 
O sistema de reuso de água é simples, mas precisa de alguns cuidados. De maneira 
geral, consiste em um sistema de onde a água da chuva é captada e direcionada a um 
reservatório denominado cisterna. Deve ser bem armazenada e, a depender do tipo de 
reuso, deverá ter um processo de tratamento. 
 
 
25 
 
A água da chuva pode ser bem aproveitada nos vasos sanitários, que não precisa de 
tratamento. É importante que a cisterna esteja abaixo do solo para conservar a 
temperatura baixa e assim evitar a proliferação de algas e bactérias. 
 
 
Figura 16: esquema de um reaproveitamento de água pluvial. 
Fonte: SENAI, 2012. 
 
A água pluvial, além de ser reutilizada para abastecer vasos sanitários, lavagens de 
carro, lavagem de áreas externas, reserva para incêndio, pode ser também reutilizada 
em prédios residenciais ou comerciais, em indústrias e na agricultura. 
O importante é percebermos a necessidade do reuso da água porque acabamos 
consumindo menos água para satisfazer a nossa necessidade e também porque 
estamos utilizando de forma responsável um bem muito precioso e que pode se tornar 
escasso. 
 
2.11 Instalações para combate a incêndio 
 
Não menos importante que as instalações hidráulicas de um prédio é a instalação para 
combate a incêndio. Observamos que, apesar de ser destinado apenas a combate a 
incêndio, o projeto de hidráulica já deve ser feito prevendo uma reserva de água nos 
reservatórios exclusivamente para o combate a incêndio, isto no caso dos prédios de 
vários pavimentos. Casas de porte pequeno e médio não precisam ter esta 
preocupação, pois o combate pode e deve ser feito com extintores portáteis. 
Para as edificações de grande porte, térrea ou com vários pavimentos, a necessidade 
de um sistema de combate ao incêndio é muito importante pela própria configuração do 
edifício, pois contar apenas com a ação do corpo de bombeiros é muito arriscado pelo 
 
26 
 
volume da edificação e pelo próprio perigo do incêndio, que rapidamente se espalha 
pelos andares através de materiais que são inflamáveis ou combustíveis. 
O projeto para combate a incêndio segue as diretrizes da norma NBR 14100, além de 
ser regulamentado pelo Corpo de Bombeiros. É o Corpo de Bombeiros do município 
que analisa e fiscaliza os projetos. 
Como princípio básico, é sempre fundamental ter em cada pavimento sistemas de 
mangueiras com mangotes que ficam guardados em caixas de incêndio embutidas na 
parede e sempre à mostra. Cuidar deste equipamento é fundamental para evitar o mau 
funcionamento no momento de incêndio. 
Podemos ter um sistema de combate a incêndio automático. Este sistema conta 
principalmente com equipamentos instalados no alto, geralmente, em forros e lajes, que 
devem estar expostos e são acionados pelo calor. Existem no mercado vários modelos 
com acionamentos diversos, mas sempre têm o mesmo nome, Sprinklers. 
 
 
 
Figura 17: sprinkler. 
Fonte: SENAI,2013. 
 
O sprinkler nada mais é do que uma válvula que se abre e distribui a água com 
esguichos, debelando os focos de incêndios. 
Além dos sprinklers, os extintores portáteis são importantes para ajudar no combate ao 
fogo e podem ser usados ao mesmo tempo. 
Geralmente, a reserva de água para incêndio fica no reservatório superior, facilitando o 
fluxo da água devido à força de gravidade. Quando esta reserva no reservatório 
superior não for suficiente, ela pode ser dimensionada nos reservatórios inferiores, 
sendo necessário o auxílio de bombas hidráulicas para elevar a água com pressão. 
 
27 
 
Para saber como combater o fogo é importante saber como é o mecanismo do incêndio. 
Sabe-se que ele tem três fases bem distintas e, para cada fase, o procedimento de 
combate é diferenciado. Vejamos estas fases a seguir. 
Fase inicial e elevação de temperatura: começa o incêndio através de material 
combustível e, neste período, a temperatura ainda está baixa devido ao pouco material 
em combustão. É neste momento que o combate deve ser iniciado para ser mais 
facilmente apagado. As janelas dos prédios ainda estão fechadas e o oxigênio que está 
no ambiente alimenta o fogo. No entanto, quando a temperatura se eleva, os vidros das 
janelas estouram, entrando uma grande quantidade de ar alimentando as chamas e 
elevando muito a temperatura. A partir deste momento os gases combustíveis se 
acumulam e o incêndio se espalha. 
Fase de inflamação súbita generalizada: conhecida como flash-over, nesta fase 
começam a ocorrer os colapsos na estrutura do prédio. Essa fase depende dos 
materiais combustíveis, da ventilação e do tamanho do ambiente. 
Fase de extinção do incêndio: neste período o incêndio perde força porque os gases 
combustíveis foram consumidos e não têm material para manter o fogo. 
É bom lembrar que a melhor forma de combater o incêndio é mantendo o usuário 
informado sobre o risco da utilização de materiais altamente combustíveis e do uso 
adequado de equipamentos elétricos. 
Os incêndios possuem quatro categorias: 
Classe A: são materiais que têm uma fácil combustão deixando resíduos, como 
madeira, tecido, papel, entre outros. 
Classe B: são produtos inflamáveis, como óleos, gordura, gasolina, querosene, tintas, 
etc. 
Classe C: são os incêndios ocorridos com equipamentos elétricos que estão 
energizados. 
Classe D: todos os materiais pirofóricos formados por metais leves como magnésio, 
alumínio, zircônio e outros. 
 
 
28 
 
 
Figura 18: quadro de extintores em relação à classe do incêndio. 
Fonte: SENAI, 2012. 
 
2.12 Instalações prediais de gás 
 
A instalação predial de gás é projetada para fornecer gás aos equipamentos a gás das 
edificações. Os equipamentos seriam os fogões, aquecedores para água, 
churrasqueiras e lareiras. 
Alguns prédios possuem grandes reservatórios que são abastecidos por caminhões, 
outros prédios são abastecidos por gás natural que vem canalizado pela rua atéchegar 
ao prédio. No Brasil, é usado o gás GLP e o gás natural (GN). O GLP, que significa gás 
liquefeito de petróleo é o mais usado, pode ser distribuído em botijões pequenos, 
usados nas residências e, no caso de prédios, o GLP pode ser armazenado em 
recipientes maiores e fixos em local de fácil acesso para ser abastecido por caminhões 
transportadores de GLP. 
GN é o outro tipo de gás fornecido por sistema de canalização no subsolo das vias 
públicas, chegando até os prédios para então ser distribuído para as unidades por 
tubulação de cobre. O gás natural é de origem fóssil, formado através da decomposição 
de matérias orgânicas, originando o gás metano em maior quantidade. 
Características físico-químicas do gás GLP e do gás GN 
GLP tem como características ser incolor e inodoro. Como não apresenta nenhum 
cheiro, adiciona-se uma substância com odor para ser perceptível quando houver 
vazamento. Ele é mais denso que o ar e, por este motivo, quando ocorre vazamento, 
ele se concentra na região mais próxima ao chão. Apresenta uma chama de cor azulada 
 
29 
 
e com alto poder calorífico de 11.500 kcal/m². Não é um gás tóxico, mas se ingerido, 
pode anestesiar o indivíduo. 
O gás GN, assim como o GLP, é inodoro e incolor e também se adiciona uma 
substância que facilita identificá-lo quando ele vaza no ambiente. Possui uma densidade 
menor que a do ar atmosférico, o que significa que ele não se concentra na superfície 
do chão, ao contrário, ele se dissipa com mais facilidade no ar. 
 
 
Requisito para instalações dos equipamentos 
 
O gás GLP e o gás GN são gases inflamáveis e, por isso, temos sempre que ter 
cuidado pra manuseá-los. Um deles se trata exatamente do ambiente onde esse gás 
será usado. O ambiente deve sempre ser bem arejado, respeitando as normas técnicas, 
porque cada tipo de gás terá a sua característica própria o que significa que o 
comportamento de cada gás é diferente. Exemplo: o gás GLP, por ser mais pesado, 
deve ter como segurança em ambiente fechado um sistema de ventilação sempre na 
parte inferior do compartimento para que ele saia do ambiente e seja dissolvido na 
atmosfera. Já o GN é mais leve que o ar, então sua ventilação deve ser na parte 
superior. 
De modo geral, qualquer ambiente onde haja o uso ou o armazenamento de botijões de 
gás deverá ser o mais arejado possível e, ao mesmo tempo, protegido para evitar que 
pessoas não autorizadas manuseiem os botijões. O espaço de armazenagem dos 
botijões ou mesmo o quadro de distribuição para o gás GN devem estar seguros com 
relação a incêndio. E nas unidades onde o gás realmente será utilizado pelo consumidor 
também terá que haver bastante cuidado. 
Nas residências que não têm um sistema de distribuição de gás GN, o gás usado é o 
GLP porque é mais comercializado e encontra-se com mais facilidade. O gás GLP vem 
distribuído em botijões de 13 kg e é fácil de instalar, no entanto, o cuidado na instalação 
é o mesmo, será de acordo com o que a norma estabelece como garantia de 
segurança. 
 
2.13 Aplicativos computacionais para projetos de instalações 
hidráulicas e a gás predial 
 
Sabemos hoje que os computadores vieram para nos ajudar na execução de nossas 
tarefas do dia a dia. Assim que os eles começaram a fazer parte de nossas vidas, houve 
a necessidade de torná-lo mais acessível e de uso pessoal. Surgem, então, os 
computadores pessoais, os PCs, abreviatura de Personal Computer. Mas os 
 
30 
 
computadores sem os programas que executam as tarefas não passam de máquinas. 
Os programas são chamados de softwares, enquanto a máquina é chamada de 
hardware. Os softwares são os aplicativos computacionais, são eles que rodam nos 
computadores e se tornam as ferramentas de trabalho do profissional moderno. 
No passado, fazíamos nossas tarefas de dimensionamento e desenho ainda com auxílio 
de esquadros, lápis, canetas, papel e calculadoras. Hoje temos a facilidade de executar 
as mesmas tarefas com programas que aceleram todo o processo. Esse facilitador não 
traz a vantagem somente no tempo de execução, mas na precisão dos cálculos e 
dimensionamentos. Como existem vários modelos de softwares para projetos de 
hidrossanitários no mercado, cada profissional ou empresa escolhe aquele que mais se 
adequa ao tipo de serviço executado por eles. 
Cada vez mais, o uso dos computadores está difundido entre a população, o que 
contribui mais para o surgimento desses softwares e, além destes, também evoluem os 
aparelhos de hardwares. 
 Quando surgiu, um computador era tão grande que cabia só ele em uma sala 
para fazer uma simples conta. Foi sendo aperfeiçoado e se tornando menor e mais 
eficiente até que surge o PC, usado pela população, embora por uma parcela ainda 
pequena. 
Os primeiros PC’s tinham recursos ainda limitados com poucos programas executando 
os serviços. A partir do sistema operacional Windows é que realmente veio a nova 
geração, revolucionando o nosso cotidiano e introduzindo de forma indispensável a 
informática na nossa vida. 
A evolução foi grande e tão rápida que novos aparelhos, cada vez menores, estão 
sendo utilizados para executar as nossas tarefas, como os notebooks e tablets. 
De forma geral, os softwares no mercado facilitam os serviços, mas para isto é 
necessário que o profissional adquira o conhecimento para operar as ferramentas e 
poder usufruir de todos os artifícios, tornando mais eficiente o seu emprego. 
 
Os aplicativos computacionais executam os cálculos trazendo algumas vantagens: 
- compatibilização dos dados; 
- conversão de blocos de CAD para as peças sanitárias; 
- simulação de conexões e encaixes que torne mais eficiente o projeto; 
- criação automática de legendas e símbolos facilitando o trabalho dos profissionais; 
- para prédios, dimensiona mais facilmente os recalques e as perdas relativas ao 
número de pavimentos; 
- dimensiona o cálculo das bombas, o tamanho das tubulações, tanto de água quanto 
esgoto, além de águas pluviais. 
 
31 
 
3 Projeto de instalações elétricas e 
especiais 
 
 
O projeto de Instalações Elétricas é um dos projetos que compõe juntamente com os 
outros projetos (Hidráulica, Incêndio, Gás, Ar-condicionado etc.) o projeto geral de 
instalações. É no projeto de instalações elétricas que definimos os locais onde serão 
distribuídos os pontos de utilização de energia elétrica, o tipo de caminhamento dos 
condutores, a localização dos dispositivos de comando de medição da energia elétrica e 
dos acessórios. 
A fim de entendermos de forma mais completa o projeto elétrico, é preciso antes 
compreender os conceitos elementares da geração de energia elétrica que faz com que 
com o simples ato de apertar o interruptor e “ligar a luz”, dê a nossa casa uma pequena 
porção da energia produzida pelas Usinas Hidrelétricas. 
 
3.1 Fundamentos de eletricidade 
 
A eletricidade é de suma importância nas nossas vidas, e seu uso é tão constante e 
frequente que muitas vezes nem observamos. Na realidade, a eletricidade é invisível, só 
seus efeitos são perceptíveis por nós, e esses efeitos são possíveis devido a uma série 
de fatores, dentre os quais se destacam: corrente elétrica, tensão elétrica, resistência 
elétrica, potência elétrica. Nesse tópico, iremos abordar alguns desses efeitos e suas 
aplicações. 
 
3.1.1 Corrente Elétrica 
 
Corrente elétrica é o fluxo sequencial dos elétrons livres nos condutores provocado pela 
ação da tensão, formando literalmente uma “corrente” de elétrons ou “corrente elétrica”. 
Só existe corrente elétrica se existir uma diferença de potencial elétrico entre as 
extremidades do condutor. Esta diferença de potencial chama-se tensão. A corrente é o 
resultado da aplicaçãode uma tensão entre dois pontos, continuamente ou durante 
certo tempo. A facilidade ou dificuldade com que a corrente elétrica atravessa um 
condutor é conhecida como resistência. Esses três conceitos: corrente, tensão e 
resistência se relacionam de tal maneira que basta conhecer dois deles para poder 
calcular o terceiro através da Lei de Ohm. Esses outros conceitos estudaremos mais 
adiante. 
kennedy mark
Realce
kennedy mark
Realce
 
32 
 
 
Figura 19: Ordenamento de Elétrons 
Fonte: SENAI, 2013. 
 
 
 
 
 
A unidade padrão no Sistema Internacional (SI) para medida de intensidade de corrente 
é o ampère (A). 
 
3.1.2 Tensão Elétrica ou Diferença de Potencial (ddp) 
 
Como vimos, para ter corrente elétrica é preciso ter diferença de potencial entre dois 
pontos do condutor, onde haja um ordenamento de elétrons livres. Essa diferença de 
potencial é também chamada de tensão elétrica, que é a força que impulsiona os 
elétrons livres nos condutores. 
 
 
Figura 20: gerador de tensão 
Fonte: SENAI, 2013. 
 
 
 
33 
 
Na figura acima, temos o exemplo de um gerador, que impulsiona os elétrons livres; 
estes passam pelo condutor, acendem a lâmpada, depois continuam seu percurso e 
retornam à pilha. Com isso, depreendemos que a tensão elétrica é a quantidade de 
energia que um gerador fornece para movimentar uma carga elétrica durante o 
condutor. São exemplos de geradores de tensão: usinas hidrelétricas, baterias e pilhas. 
A unidade que utilizamos para tensão é o Volt(V). A partir dos conceitos de tensão e 
corrente já estudados e do próximo tema que iremos abordar, resistência elétrica, 
obtemos a seguinte fórmula: 
 
U = I . R 
Onde: 
U = Tensão Elétrica 
I = Corrente Elétrica 
R = Resistência Elétrica 
 
3.1.3 Resistência Elétrica 
 
Como falamos a pouco, estudaremos o conceito de resistência elétrica. Como o próprio 
nome diz, é a capacidade que um corpo tem de provocar resistência ou se opor à 
passagem de corrente elétrica. É a dificuldade que as cargas elétricas encontram ao 
atravessar um condutor, mesmo quando existe uma tensão aplicada. 
 
 
Figura 21: exemplo de resistência elétrica 
Fonte: SENAI, 2013. 
 
 
Temos, como resistência elétrica(R) do resistor, o quociente entre a ddp (U) aplicada 
pela corrente (I) que o atravessa. 
R = U / I 
 
34 
 
No Sistema Internacional (SI), a unidade de resistência elétrica é o ohm, que é 
representada pelo símbolo (Ω). 
 
A Resistência elétrica do corpo humano é, em média, de 1300Ω, por isso, uma corrente 
elétrica de 50 mA pode ser fatal. 
 
3.1.4 Potência Elétrica 
 
É a quantidade de energia liberada em dado intervalo de tempo, ou seja, quanto maior a 
energia liberada em um menor intervalo de tempo, maior será a potência. Esse é um 
conceito já bastante difundido no comércio em geral, seja nos aparelhos de som, 
geladeiras, chuveiros etc. Sabemos que esses aparelhos necessitam de energia elétrica 
para funcionar. Ao receberem essa energia elétrica, eles a transformam em outra forma 
de energia. No caso do chuveiro, por exemplo, a energia elétrica é transformada em 
energia térmica, que, por sua vez, esquenta a água. Nas lâmpadas incandescentes, o 
processo é quase o mesmo, através da tensão elétrica e da corrente gerada no 
condutor, o filamento de tungstênio presente dentro da lâmpada é aquecido, 
transformando energia elétrica em energia luminosa e térmica (veja a figura 02). 
A potência elétrica (P) em função da tensão elétrica (U) e da corrente elétrica (I), é 
definida pela fórmula abaixo. 
 
P = U . I 
 
A partir dessa fórmula, depreendemos duas outras em função da resistência (Ω). 
 
P = U² / R e P = I² / R 
 
A unidade de potência no SI é o Watt (W). 
 
3.1.5 Lei de Ohm 
 
A Lei de Ohm tem esse nome em homenagem a Georg Simon Ohm, que foi quem a 
enunciou, e afirma que a diferença de potencial (U) obtida entre dois pontos de um 
 
35 
 
condutor é proporcional à corrente elétrica (I). Quando essa lei é funcional num 
determinado resistor, este se denomina resistor ôhmico ou linear. É importante 
ressaltar, pois existem componentes eletrônicos que não obedecem à Lei de Ohm, 
como o “diodo”, que não possui uma resistência linear. Sendo assim, tendo a resistência 
elétrica por uma constante, a intensidade da corrente elétrica cresce proporcionalmente 
ao valor da tensão aplicada, obedecendo à seguinte expressão: 
U = R . I 
 
Graficamente, para resistores que obedecem a Lei de Ohm, a primeira lei de Ohm 
mostra: 
 
 
Figura 22: Lei de Ohm 
Fonte: www.infoescola.com, 2013. 
 
 
 
“A resistência de um material é independente da intensidade ou do sinal da 
diferença de potencial aplicada” 
 
3.1.6 Tipos de Circuitos 
 
• Circuitos em Série 
 
No circuito em série, todos os componentes são ligados um após o outro, havendo 
somente um caminho para a corrente passar. Um exemplo prático desse tipo de circuito 
é o cordão para iluminação das árvores de Natal, e como existe um só caminho para a 
 
36 
 
corrente seguir, se uma das lâmpadas queimar, todas as outras se apagam, pois o 
circuito foi interrompido. Para achar a lâmpada queimada, temos que trocar lâmpada por 
lâmpada. 
 
 
Figura 23: Circuito em Série 
Fonte: internet, 2013. 
 
Nesse tipo de ligação, a queda de tensão total é a soma das tensões obtidas em 
cada resistência. A corrente que circula na associação em série é constante para 
todas as resistências, e a resistência elétrica total será o somatório das 
resistências parciais, conforme fórmula abaixo. 
Rt = R1 + R2 + R3 + ... + Rn 
 
 
• Circuitos em Paralelo 
 
São os de uso mais frequente nas instalações elétricas. Neste caso, as cargas estão 
ligadas de modo a permitir vários caminhos para a passagem de corrente elétrica. Um 
exemplo clássico de circuito paralelo é o sistema de instalações elétricas de uma casa. 
Uma única fonte de energia elétrica fornece a mesma tensão a todas as luzes e 
eletrodomésticos. No caso de uma das lâmpadas queimar, a corrente continua fluindo 
pelas demais luzes e eletrodomésticos da casa sem causar nenhuma interferência. E a 
corrente total é o somatório da corrente em cada resistor, diferentemente da tensão que 
é sempre a mesma para todos os componentes. 
 
 
37 
 
 
Figura 24: Circuito em Paralelo 
Fonte: internet, 2013. 
 
 
A fórmula para o cálculo da resistência equivalente do circuito de resistores em paralelo 
é: 
 
1/Req = 1/R1 + 1/R2 + 1/R3 + ... + 1/Rn 
 
 
• Circuitos Mistos 
 
É basicamente uma combinação das ligações em série e em paralelo em um mesmo 
circuito. Para o cálculo destes circuitos, utilizam-se as regras dos outros circuitos 
aprendidos isoladamente. 
 
Figura 25: Circuito Misto 
Fonte: internet, 2012. 
3.2 Noções de geração, transmissão e distribuição de Energia 
 
A geração de energia elétrica consiste basicamente na transformação de qualquer tipo 
de energia em energia elétrica. No mundo, a geração de energia se resume nas fontes 
de energia tradicionais, como petróleo, gás natural e carvão mineral. Essas fontes são 
 
38 
 
consideradas não renováveis e poluentes, mas no futuro, inevitavelmente, serão 
substituídas. Muito se discute sobre o tempo de duração dos combustíveis fósseis, e já 
vemos hoje novas formas de captação de fontes de energia limpas e renováveis, como 
a energia eólica, biomassa e energia maremotriz. Hoje, cada vez mais, meios que não 
agridam o meio ambiente são procurados, como o Protocolo de Quioto, exemplo de 
limitação a níveis menores de emissões de poluentes na atmosfera. Os principais tipos 
de geração de energia elétrica,no Brasil, são: usina hidrelétrica, usina térmica-nuclear, 
usina térmica-convencional, parque eólico e parque de energia solar. 
 
 
Figura 26: Usina Hidrelétrica de Itaipu 
Fonte: WIKIMEDIA COMMONS, 2013. 
 
 
Uma usina hidrelétrica é uma imensa obra de engenharia cuja finalidade é a produção 
de energia elétrica através do aproveitamento do potencial hidráulico existente em um 
rio. Geralmente, quando vemos um rio passar, não imaginamos a quantidade de energia 
que ele contém, mas no momento em que você represa a água, gera uma incrível força. 
No Brasil, a mais importante fonte de energia vem das Usinas Hidrelétricas, 
correspondendo a cerca de 80% da energia gerada, produzindo aproximadamente 
79,3TW de energia consumida. E esse será o objeto do nosso estudo, desde a geração, 
transmissão, distribuição até chegar as nossas casas, conforme representação abaixo. 
 
 
 
 
 
39 
 
 ESTRUTURA BÁSICA DO SISTEMA ELÉTRICO 
 
 
Figura 27: Estrutura Básica de um Sistema Elétrico 
Fonte: SENAI, 2013. 
 
 
A energia hidráulica é transformada em energia mecânica através de uma turbina 
hidráulica, e essa energia é convertida, através de um gerador (cor preta), em energia 
elétrica, desta forma, a energia é transmitida por uma ou mais linhas de transmissão 
(cor azul) ligadas à rede de distribuição (cor marrom). 
 
3.3 Tipos de Fontes de Energia 
 
As Fontes de Energia são de vital importância, principalmente, na sociedade atual. 
Entretanto, logo após as Revoluções Industriais e com o crescimento do processo de 
urbanização, a utilização dessas fontes energéticas teve um aumento significativo, 
proporcionando energia para o homem cozinhar seus alimentos, iluminar o ambiente, 
locomover-se através dos transportes automotivos etc. Diante desse contexto, 
observamos que com todo esse crescimento, foram gerados grandes problemas 
socioambientais. Isso porque a maioria das fontes de energia utilizada é de origem fóssil 
(petróleo, carvão, gás natural), e sua queima libera gases tóxicos, provocando a 
poluição atmosférica, efeito estufa, contaminação do meio ambiente etc., além de serem 
fontes não renováveis, ou seja, um dia se esgotarão. 
Segundo estudo da Agência Internacional de Energia (AIE), caso se mantenham as 
mesmas proporções de consumo das últimas décadas, as reservas de petróleo e gás 
irão se esgotar em 100 anos, e as de carvão em 200 anos. Por isso, têm sido realizadas 
 
40 
 
diversas pesquisas para obtenção de fontes limpas, renováveis e economicamente 
viáveis. Entre elas podemos destacar a energia hidráulica, energia solar, energia eólica, 
energia das marés e biomassa. E essas fontes, além de serem encontradas com 
facilidades na natureza, ocasionam menos impactos ambientais. Neste tópico, iremos 
descrever quais os tipos de fontes de energia mais conhecidos, detalhando suas 
diferenças e seus aspectos mais relevantes. Parafraseando o químico francês Lavoisier, 
a energia não se cria nem se destrói, apenas se transforma de um tipo em outro, em 
quantidades iguais. 
 
Energia Hidráulica: é a que tem maior utilização em nosso país em função da grande 
quantidade de mananciais , todavia, com a falta de chuvas e altas temperaturas, pode 
se tornar um fator preocupante. A água possui uma enorme energia e, quando está 
represada a certa altura, a sua queda faz com que a energia potencial hidráulica seja 
transformada em energia cinética que, por sua vez, faz com que as pás da turbina 
girem, fazendo com que o gerador elétrico seja acionado, produzindo energia elétrica. 
 
Energia Fóssil: formada a milhões de anos a partir dos materiais orgânicos presentes 
no solo. Através de destilação fracionada do petróleo, são processados vários 
componentes utilizados como fontes de energia como o querosene, gasolina, óleo 
diesel, álcool, gás natural. É um tipo de energia que, além de ser não renovável, polui o 
meio ambiente. 
 
Energia Eólica: é um tipo de energia limpa, abundante, renovável e econômica, que é 
gerada a partir do vento. Foi uma das primeiras utilizadas pelo homem e consiste na 
captação do vento pelos aerogeradores conectados nas turbinas que acionam o 
gerador elétrico, produzindo energia elétrica. 
 
Energia Solar: é a utilização dos raios solares com a finalidade de gerar energia 
elétrica. A energia térmica proveniente desse sistema é fruto da captação da energia 
provinda do sol através de coletores solares. Ela é utilizada geralmente em chuveiros 
elétricos. Já a energia fotovoltaica, também proveniente da mesma fonte, é coletada a 
partir de um material que tem a capacidade de capturar a energia vinda do Sol e 
transformar em energia elétrica, que também pode ser armazenada em baterias, 
podendo ser utilizada quando não houver tanta incidência solar. Mas, devido aos altos 
custos de implantação, essa fonte de energia não é totalmente explorada. 
 
 
41 
 
Energia Nuclear: é produzida através da desintegração do núcleo de átomo pesado 
(urânio, plutônio etc.) por uma reação denominada fissão. Quando essa separação é 
realizada através do bombardeamento de nêutrons, é liberada uma enorme quantidade 
de energia. As usinas nucleares aproveitam essa energia para gerar eletricidade. Os 
riscos para esse tipo de energia são grandes, como aconteceu nas usinas de 
Chernobyl, na Ucrânia, em 1986 e Three Miles Island, nos EUA, em 1979. 
 
3.4 Noções de Eficiência Energética 
 
Quando pensamos em Eficiência Energética, pensamos na otimização que podemos 
fazer no uso da energia. A energia, antes de passar pelo processo de transformação, 
seja ela em calor, movimento ou luz, percorre um longo processo até chegar ao 
consumidor final, e, durante esse processo, uma parte dela é desperdiçada, e a outra, 
muitas vezes, não é devidamente aproveitada. 
A eficiência energética, também chamada de utilização racional da energia (URE), de 
uma forma mais direta, entra nesse âmbito com a finalidade de implementar estratégias 
que visam combater esses desperdícios gerados no processo de transformação até à 
sua efetiva utilização. 
De uma forma que fique mais fácil de compreender, analisaremos um exemplo bastante 
comum no nosso dia a dia, o da lâmpada elétrica. Sabemos que o objetivo principal da 
lâmpada é produzir luz. Dessa forma, para que a eficiência energética seja de 100%, 
toda energia utilizada pela lâmpada deve ser transformada em energia luminosa; mas, 
uma lâmpada incandescente possui uma eficiência de apenas 8%, o que significa que 
somente 8% da energia elétrica que ela consome são realmente transformadas em 
energia luminosa (luz), e o restante, 92%, é perdido em forma de calor. Já as lâmpadas 
fluorescentes possuem uma eficiência de 32%, o que significa que 68% da energia que 
elas consomem são perdidas em forma de calor. Aparentemente, é pouco, mas já 
representa uma grande diferença na economia de energia. Entretanto, a eficiência 
energética não se aplica somente às lâmpadas, podemos observá-la nos automóveis, 
eletrodomésticos, na indústria etc. Nós também temos uma grande parcela de 
responsabilidade, pois de nada adiantaria criarmos uma lâmpada 100% eficiente, se a 
deixássemos ligada sem necessidade. Fala-se muito, hoje em dia, nesse conceito e, por 
isso, estratégias são criadas para minimizar significativamente os desperdícios, tais 
como: construção de edifícios energicamente eficientes; o isolamento térmico para 
consumir menos energia com aquecimentos ou arrefecimentos, a depender da região 
onde se vive; troca de lâmpadas incandescentes por lâmpadas econômicas, atingindo o 
 
42 
 
mesmo nível de luminância; sensores de iluminação de movimento em áreas com 
frequência menor de utilizaçãoetc. 
 
O Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica – PROCEL, através de selos 
contidos nos eletrodomésticos, visa orientar o consumidor no ato da compra, indicando 
os produtos que apresentam os melhores níveis de eficiência energética dentro de cada 
categoria. Também tem o objetivo de estimular a fabricação e a comercialização de 
produtos mais eficientes, contribuindo para o desenvolvimento tecnológico e a redução 
de impactos ambientais. 
O Procel conta ainda com os seguintes subprogramas: Procel GEM (Gestão Energética 
Municipal), Sanear (Eficiência Energética no Saneamento Ambiental), Educação 
(Informação e Cidadania), Indústria (Eficiência Energética Industrial), Edifica (Eficiência 
Energética em Edificações), EPP (Eficiência Energética nos Prédios Públicos) e Reluz 
(Eficiência Energética na Iluminação Pública). 
 
3.5 Desenho de Instalações Elétricas 
 
Neste tópico abordaremos alguns sistemas destinados a distribuir internamente a 
energia elétrica recebida da rede urbana para alimentar os equipamentos de utilização 
que a transformarão em energia mecânica, térmica e luminosa. 
Conforme a utilização a que se destina a edificação, as instalações elétricas 
prediais podem ser residenciais, comerciais, industriais ou mistas. No nosso caso, 
estudaremos apenas as instalações residenciais, conhecendo seus principais 
componentes. 
 
Distribuição: quadros, fios, cabos, eletrodutos, caixas de passagem, disjuntores e 
chaves corta-circuito; 
Dispositivos de iluminação: luminárias, interruptores, luzes de emergência, 
sinalizadores etc. 
Dispositivos de alimentação: tomadas de uso geral e tomadas de uso específico 
(chuveiro, condicionadores de ar, torneiras elétricas etc.). 
 
3.5.1 Simbologia 
 
A simbologia gráfica usada nos diagramas unifilares é definida pela norma NBR 5444 - 
Símbolos gráficos para instalações elétricas prediais, para serem usados em planta 
 
43 
 
baixa (arquitetônica) do imóvel. Neste tipo de planta, é indicada e sinalizada a 
localização exata dos circuitos de luz, de telefone, de força e seus respectivos 
aparelhos. 
 
 
 
44 
 
 
 
45 
 
 
 
 
46 
 
 
 
47 
 
 
 
48 
 
 
Figura 28: Simbologia de projeto Elétrico 
Fonte: SENAI, 2013. 
 
49 
 
 
Figura 29 Simbologia de Projeto Elétrico 
Fonte: SENAI, 2013. 
 
 
 
3.5.2 Plantas 
 
Na planta de instalações elétricas, podemos detectar todos os componentes a serem 
efetivamente instalados. Pela simbologia detalhada no tópico anterior, obtemos a 
localização exata de cada um dos componentes e, dessa forma, facilitamos a 
identificação para leitura da planta. Abaixo, vemos dois exemplos, um em planta baixa e 
o outro em planta com vista em perspectiva para melhor visualização. 
 
 
Figura 30: Planta de Instalações Elétricas 
Fonte: SENAI, 2013. 
 
 
50 
 
3.5.3 Cortes 
 
Os cortes são feitos no intuito de melhor visualização de uma parte específica da planta, 
de forma que se tenham todos os atributos necessários para o pleno entendimento do 
projeto. Nos cortes, visualizamos a localização das luminárias, indicação da altura de 
colocação, localização de passagem de tubulações, principalmente em locais de difícil 
entendimento na indicação em planta. Geralmente, nos cortes, usamos escala de 1:50. 
 
 
 
Figura 31: Corte de Instalações Elétricas 
Fonte: SENAI, 2013. 
3.5.4 Detalhes 
 
Deverão constar, no mínimo, as seguintes informações: 
- Dimensionamento dos eletrodutos e cabos dos alimentadores; 
- Indicação do tipo e dimensionamento da chave geral de proteção e seus fusíveis ou 
disjuntores; 
- Indicação da altura mínima do ramal de ligação ao solo; 
- Indicação do tipo e tensão de fornecimento da concessionária local; 
- Relação das cargas instaladas e cálculo da demanda de acordo com a concessionária 
local. 
Em suma, todos os detalhes construtivos necessários para boa execução da obra. 
 
 
 
51 
 
3.5.5 Diagramas 
 
Os Diagramas podem ser de dois tipos: multifilares ou unifilares. Os diagramas, a 
seguir, mostram a simbologia para instalações elétricas prediais (NBR5444). 
 
Diagrama Multifilar 
 
O diagrama multifilar é uma representação do sistema elétrico como um todo, com seus 
detalhes, incluindo os condutores. Nesta ligação, cada traço é um fio que será utilizado 
na ligação dos componentes. E sempre que houver um símbolo, ele deve estar 
instalado em uma caixa de passagem, seja no teto ou na parede, e os condutores (fios) 
devem passar por dentro dos eletrodutos, os quais vêm do quadro de distribuição. 
Então, representar todo o projeto na forma multifilar seria muito complexo e de difícil 
entendimento devido à quantidade de traços, por isso que, para realizar o projeto de 
forma mais clara e simplificada, utilizam-se os diagramas unifilares. 
 
 
 
Figura 32: Diagrama Multifilar 
Fonte: SENAI, 2013. 
 
Diagrama Unifilar 
 
Representa o sistema elétrico de forma mais simplificada e de fácil entendimento, pois 
identifica o número de condutores e representa seus trajetos por um único traço. 
 
 
52 
 
 
 
Figura 33: Diagrama Unifilar 
Fonte: SENAI, 2013. 
 
A figura acima representa um circuito elétrico cujos componentes são: tomada, 
lâmpadas incandescentes, interruptor simples, rede de eletrodutos e fiação. 
 
3.5.6 Cabine de Medidores 
 
Quadro destinado à instalação de medidor de energia e acessórios, assim como os 
dispositivos de proteção geral e individual. Na cabine de medidores ficam alocados 
todos os medidores, e o quadro do medidor é o local onde está localizada a chave geral, 
além do medidor de luz da concessionária, que registra o consumo da residência. 
 
 
 
Fig. 34 – Cabine de medidores 
Fonte: SENAI, 2013. 
 
 
53 
 
 
De acordo com as condições para a instalação do quadro ou cabine de medidores, não 
são aceitos locais sem condições de segurança ou de difícil acesso, tais como: copas, 
cozinhas, banheiros, interior de vitrines, área entre prateleiras, depósitos, proximidade 
de máquinas, ambientes sujeitos a gases ou inundações. 
Os locais para instalação do quadro de medidores devem ser exclusivos para esta 
finalidade, não sendo permitida sua utilização em nenhuma hipótese para depósito de 
qualquer espécie, devendo ser ventilado e devidamente iluminado e, quando possuir 
portas, estas devem ser venezianas. 
O ponto luminoso deve ter potência de, no mínimo, 150 w (de 3 em 3 metros lineares de 
quadro). O interruptor, por sua vez, deve estar localizado junto ao mesmo, para que 
facilite a leitura e serviços internos ao(s) quadro(s). Quando o fornecimento de energia 
elétrica se der através de cabine, o quadro de medidores não poderá ser instalado 
internamente. No quadro junto à proteção individual de cada unidade consumidora, o 
número do apartamento ou da unidade correspondente deve ser pintado através de 
gabarito, com tinta a óleo ou esmalte sintético, como também podem ser utilizadas 
plaquetas metálicas gravadas ou esmaltadas a fogo, devidamente fixadas. 
 
3.6 Noções de dimensionamento 
 
No projeto elétrico, é necessário fazer o dimensionamento dos condutores, eletrodutos e 
dos dispositivos de proteção. Os componentes elétricos de proteção deverão ser 
dimensionados de acordo com suas respectivas cargas instaladas, inclusive os 
barramentos e seus alimentadores, em função da capacidade de condução da corrente 
e queda de tensão. 
No dimensionamento da fiação de um circuito, determinamos a seção 
padronizada (bitola) dos condutores deste circuito, de forma a garantir que a 
corrente devidamente calculada para ele possa circular pelos cabos,

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