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UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E BIOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE QUÍMICA QUÍMICA GERAL TEÓRICA Profª Louise Mendes Construção da Tabela Periódica A Tabela periódica foi construída empiricamente, através de dados experimentais, muito antes de que fossem conhecidas as estruturas dos fossem conhecidas as estruturas dos átomos. Foi desenvolvida exclusivamente a partir das propriedades físicas e químicas dos elementos. 2 Construção da Tabela Periódica Lei Periódica Dimitri Mendeleev Meyer Em 1869, Meyer e Mendeleev descobriram, independentemente, que os elementos se separavam em famílias com propriedades semelhantes quando eles eram arranjados na ordem crescente das massas atômicas. 3 Construção da Tabela Periódica Espaços para elementos que completaria as completaria as tendências observadas. 4 Construção da Tabela Periódica Mendeleev estava correto na maioria dos casos. Porém, alguns elementos pareciam fora do lugar. Posição mais adequada para o As seria abaixo do P, e não do Si, o que deixou um elemento faltando abaixo do Si. Ele previu um número de propriedades para este elemento. Em 1886 o Ge foi descoberto. As propriedades do Ge se equiparam bem à previsão de Mendeleev. 5 Primeira versão da Tabela Periódica 6 Construção da Tabela Periódica Henry G. J. Moseley Em 1913:Em 1913: Percebeu que deveria inferir o número atômico e não a massa atômica 7 Tabela Periódica A Tabela Periódica é dividida em blocos s, p, d e fs, p, d e f (últimas subcamadas ocupadas) Exceções: Hélio está no bloco s, mas é mostrado no bloco p. É um gás nobre e não é semelhante aos metais reativos do grupo 2. Hidrogênio: Ocupa posição única na T.P. Possui 1 elétron s. Como tem um caráter especial, ele não pertence a nenhum grupo. 8 Tabela Periódica Período 1 2 Grupo 2 3 4 5 6 7 Lantanídeos Actinídeos 9 Tabela Periódica 10 Tabela Periódica 11 Blocos s e p � Formam os grupos principais da Tabela Periódica � As configurações eletrônicas semelhantes do mesmo grupo é a causa das propriedades semelhantes desses elementos. � O número do grupo� número de elétrons na camada de valência Bloco s:Bloco s: Grupo 1: 1 elétron Grupo 2: 2 elétrons Essa relação se mantém em todos os grupos principais (1A a 7A ou IA a VIIA) Números arábicos 1 – 18: subtrai no bloco p 10 unidades do grupo para encontrarmos o número de valência. Grupo 17 VII 7 elétrons 12 Período na Tabela Periódica � Cada período corresponde à ocupação da camada com o número quântico principal mais alto que o anterior. 13 Periodicidade das propriedades dos átomos Tabela Periódica �Muitas Propriedades �Ligações químicas Configurações EletrônicasConfigurações Eletrônicas Intensidade da força de atração entre o núcleo e os elétrons mais externos 14 Carga Nuclear Efetiva (Zef e Z *) � A carga nuclear efetiva é a carga sofrida por um elétron em um átomo polieletrônico. � Assim como é atraído pelo núcleo, cada elétron é repelido pelos demais elétrons.elétron é repelido pelos demais elétrons. � Como resultado: está menos fortemente ligado ao núcleo. � Diz que cada elétron está BLINDADO pelos demais para a atração total do núcleo. � A blindagem reduz efetivamente a atração entre o núcleo e os elétrons. 15 Carga Nuclear Efetiva (Zef e Z *) � Elétrons internos� localizados entre o núcleo e os elétrons mais externos � são eficientes em blindar os elétrons externos. � Os elétrons de mesmo nível dificilmente blindam uns aos outros. � O elétron p penetra menos que um elétron s através das camadas internas do átomo. Ou seja, ele está mais efetivamente blindado relação ao núcleo e por isso experimenta uma carga nuclear efetiva menor que um elétron s. � Um elétron s está mais firmemente ligado ao núcleo que um elétron p. � Um elétron d está menos firmemente ligado ao núcleo que um elétron p. 16 Carga Nuclear Efetiva (Zef e Z *) 17 Carga Nuclear Efetiva (Zef e Z *) � A carga nuclear efetiva não é igual à carga no núcleo devido ao efeito dos elétrons internos. � Apenas uma parte da carga nuclear atua realmente sobre os elétrons� Carga Nuclear Efetiva (Zef). � A carga nuclear efetiva que atua sobre um elétron é dada por: Zef = Z - S Zef = carga nuclear efetiva Z = número de prótons no núcleo S = número de elétrons que estão entre o núcleo e o elétron considerado MUITAS PROPRIEDADES DOS ÁTOMOS SÃO DETERMINADAS PELA CARGA NUCLEAR EFETIVA SOFRIDA POR SEUS ELÉTRONS MAIS EXTERNOS. 18 Tamanho do Átomo Nuvem Núcleo � As nuvens de elétrons não têm fronteiras bem definidas; logo, não é possível medir o raio exato de um átomo. � Quando os átomos se organizam como sólidos e moléculas, seus centros encontram-se em distâncias definidas uns dos outros. Nuvem eletrônica 19 Tamanho do Átomo Raio Atômico (R.A.) de um elemento é definido como sendo a metade da distância entre os núcleos de átomos vizinhos. Metal: o R.A. é a metade da distância entre os centros de átomos vizinhos em amostra sólida. Não-Metal: o R.A. é a distância entre os núcleos de átomos unidos por uma ligação química. Esse raio é também chamado de RAIO COVALENTE do elemento. Gás Nobre: RAIO DE VAN DERWAALS. Molécula diatômica Cl2 (Cl-Cl 200 pm) raio atômico = 100 pm ou 1 Å Diamante C (C-C 154 pm) raio atômico = 77 pm 20 Raio Atômico Período: Os raios decrescem da esquerda para a direita. Grupo (Família): Os raios crescem de cima para baixo. 21 Raio Atômico Aumento em cada grupo: A cada novo período, os elétrons mais externos ocupam uma camada mais distante do núcleo. Decréscimo em cada período: Ao percorrer da esquerda para a direita, novos elétrons são adicionados, porém na mesma camada. na mesma camada. Eles estão com a mesma distância do núcleo em relação aos elétrons da mesma camada. A blindagem da Zef sobre um elétron pelos demais não é muito eficiente e a Zef cresce ao longo do período. A Zef crescente atrai o elétron para o núcleo e, como resultado, o átomo é mais compacto. 22 Raio Atômico 23 Raio Iônico Raio Iônico (R.I.) de um elemento é a sua parte da distância entre íons vizinhos em um sólido iônico. A distância entre os centros de um cátion e um ânion vizinhos é a soma dos dois raios iônicos.vizinhos é a soma dos dois raios iônicos. A distância entre os centros dos íons Mg2+ e O2- no MgO é 212pm O raio do íon Mg2+ = 212 pm – 140 pm = 72 pm 24 Raio Iônico Cátions: Todos os cátions são menores que os átomos originais. Ânions: Os ânions são maiores que os átomos originais. 25 Raio Iônico � CÁTIONS � Perdem um ou mais elétrons para formar o cátion. � Zef é maior � No Grupo: raios dos cátions crescem, Li,152 + Li+, -1e- � No Grupo: raios dos cátions crescem, porque os elétrons ocupam camadas com números quânticos principais sucessivamente maiores. � ÂNIONS � Aumento do número de elétrons na camada de valência . � Efeito de repulsão que os elétrons exercem uns sobre os outros. F, 71 pm (9p, 9e-) F-, 133 pm (9p, 10e-) - +1e- Li,152 pm (3p, 3e-) Li , 78pm (3p, 2e-) 26 Raio Iônico 27 Raio Iônico � Os átomos e íons que têm o mesmo número de elétrons são chamados de isoeletrônicos. Exemplo: Na+, F- e Mg2+ Esse íons tem mesma configuração eletrônica: [He] 2s2 2p6Esse íons tem mesma configuração eletrônica: [He] 2s2 2p6 Porém, seus raios são diferentes, porque eles têm diferentes cargas nucleares. Mg2+ tem maior carga nuclear � atração do núcleo sobre os elétrons é maior F- tem menor carga nuclear (dentre os 3)� tem maior raio. Ordem de raio iônico: Mg2+ < Na+< F- 28 Íons Isoeletrônicos 29 Exercício Exemplo � Arranje cada um dos seguintes pares de íons na ordem crescente do raio atômico: a) Mg2+ e Ca2+ b) O2- e F-a) Mg2+ e Ca2+ b) O2- e F- c) Mg2+ e Al3+ d) O2- e S2- 30 Energia de Ionização Energia de Ionização (E.I.) é a energia necessária para remover um elétron de um átomo na fase gás.átomo na fase gás. X X (g) (g) + Energia + Energia →→ XX++(g) (g) + e+ e-- 31 Energia de Ionização � 1ª E.I. (I1): é a energia necessária para remover 1 elétron de um átomo neutro na fase gás. Cu(g)� Cu+(g) + e–(g) I1 = 785 kJ mol-1Cu(g)� Cu+(g) + e–(g) I1 = 785 kJ mol-1 � 2ª E.I. (I2): é a energia necessária para remover 1 elétron de um cátion na fase gás. Cu+ (g)� Cu2+(g) + e–(g) I2 = 1955 kJ mol-1 32 Energia de Ionização � A 2ª E.I. é sempre MAIOR que a 1ª E.I. � Mais energia é necessária para remover um elétron de um íon com carga positiva que um átomo neutro. � Grupo 1: 2ª E.I. é consideravelmente maior que a 1ª E.I. ns1 na camada de valência � Grupo 2: As 2 E.I. têm valores semelhantes ns2 na camada de valência A retirada do 2º elétron requer mais energia, pois está mais fortemente atraído pelo núcleo. Principalmente se for retirado de uma camada mais fechada. 33 Energia de Ionização � Nomesmo Grupo: A 1ª E.I. geralmente diminui. É necessário menos energia para remover um elétron de um átomo de Cs que de um um átomo de Cs que de um átomo de Na, por exemplo. � Nomesmo Período: Com poucas exceções, a 1ª E.I. cresce da esquerda para direita, e cai para valores mais baixos no início do período seguinte. Menores valores de E.I.: parte inferior à esquerda Maiores valores de E.I.: parte superior à direita 34 Energia de Ionização � � n emumgrupo�� E.I. Nos períodos sucessivos, o elétron mais externo ocupa uma camada afastada no núcleo e, portanto a ligação com o núcleo é mais fraca. � Período A Zef cresce da esquerda para a direita. Como resultado, em cada período as E.I. geralmente crescem porque o elétron mais externo está mais preso. Elementos com baixa E.I. devem formar cátions facilmente e devem conduzir eletricidade no estado sólido. Elementos com E.I. altas não devem formar cátions facilmente ou conduzir eletricidade. 35 Há um acentuado aumento na energia de ionização quando um elétron mais interno é removido. Energia de Ionização 36 Exercício Exemplo � Explique o PEQUENO decréscimo da 1ª E.I. entre o Berílio e o Boro. � Explique a GRANDE diminuição da 3ª energia de ionização entre o Berílio e o Boro. OBS: lembrar das configurações eletrônicas! Elementos 1ª E.I. (kJ mol-1) 2ª E.I. (kJ mol-1) 3ª E.I. (kJ mol-1) Berílio 900 1760 14800 Boro 799 2420 3660 37 Afinidade Eletrônica Afinidade Eletrônica (A.E.) é a energia liberada quando um elétron se liga a um átomo na fase gás. Exemplo: Cl(g) + e–(g) � Cl– (g) + Energia X X (g) (g) + e+ e--→→ XX--(g) (g) + + EnergiaEnergia 38 Afinidade Eletrônica � Alta A.E. � Grande quantidade de energia liberada quando um elétron se liga a um átomo na fase gás. � A.E. positiva � é necessário fornecer energia para fazer com que um elétron se ligue a um átomo. � A.E. é menos periódica que o R.A. e a E.I., mas uma tendência é� A.E. é menos periódica que o R.A. e a E.I., mas uma tendência é claramente visível. A.E.s são maiores na parte direita superior da T.P.. Perto do Oxigênio, Enxofre e Halogênios. Nesses átomos, o elétron adicionado ocupa um orbital p próximo do núcleo, com carga efetiva elevada, e sofre forte atração. 39 Afinidade Eletrônica Gases Nobres Grupo 17 O e– entra na única vaga da camada de valência. Qualquer e– adicional, deve iniciar uma nova camada. Ex: F – e F2– ??? Grupo 16 Pode acomodar 2e– adicionais. Camada Completa Distante do núcleo Requer energia A 1ª A.E. (–) A 2ª A.E. (+) Repulsão Ex: O– e O2– 40 E.I. x A.E. É importante entender as diferenças entre energia de ionização e afinidade eletrônica. A E.I. mede a facilidade com que um átomo perde úm elétron. A A.E. mede a facilidade com que um átomo ganha um elétron. 41 Características dos elementos 42 Metais Propriedades Físicas Bons condutores de eletricidade Maleáveis (folhas) Dúcteis (fios) Lustrosos Normalmente: sólidos de alto Ponto de fusão, Bons condutores de calor Propriedades químicas Reagem com ácidos Formam óxidos básicos (reagem com ácidos) Formam cátions Formam halogenetos iônicos 43 Grupo 1 ou 1A -Metais Alcalinos Todos os metais alcalinos são macios. Perde seu elétron s: M→M+ + e- Os metais alcalinos reagem com H2O para formar MOH e gás hidrogênio:formar MOH e gás hidrogênio: 2M(s) + 2H2O(l)→ 2MOH(aq) + H2(g) 2Na(s) + 2H2O(l)→ 2NaOH(aq) + H2(g) 44 Grupo 1 ou 1A -Metais Alcalinos Os metais alcalinos produzem diferentes óxidos ao reagirem com o O2: 4Li(s) + O2(g) → 2Li2O(s) (óxido) 2Na(s) + O2(g) → Na2O2(s) (peróxido) K(s) + O2(g) → KO2(s) (superóxido) 45 Grupo 2 ou 2A -Metais Alcalinos- Terrosos • Os metais alcalinos-terrosos são mais duros e mais densos do que os metais alcalinos. • Perde seus dois elétrons s: M →M2+ + 2e-. • O Be não reage com água. • O Be não reage com água. • O Mg reage apenas com o vapor de água. • Do Ca em diante: Ca(s) + 2H2O(l) → Ca(OH)2(aq) + H2(g) 46 Metais de Transição Todos os elementos do bloco d são metais. Suas propriedades são intermediárias entre os elementos do bloco s e os do bloco p.do bloco p. Formam íons com diferentes estados de oxidação. 47 Não-metais Propriedades Físicas Maus condutores de eletricidade Não maleáveis Não dúcteis Não lustrosos Tipicamente: sólido, líquido ou gás Baixos pontos de fusão Maus condutores de calor Propriedades químicas Não reagem com ácidos Formam óxidos ácidos (que reagem com bases) Formam ânions Formam halogenetos covalentes 48 Grupo 6, 16 ou 6A � O oxigênio (O2) é um agente de oxidação potente � O enxofre tende a formar S2- nos compostos (sulfetos). � Te e Po: são considerados metalóides 49 Grupo 7, 17 ou 7A � A química dos halogênios é dominada pelo ganho de 1 elétron para formar ânion. X + e-→ X– � O flúor é uma das substâncias mais reativas que se conhece: 2F2(g) + 2H2O(l) → 4HF(aq) + O2(g) ΔH = -758,9 kJ. � Todos os halogênios consistem de moléculas diatômicas (X2) 50 Gases Nobres • Eles são notoriamente não-reativos porque têm os subníveis s e p completamente preenchidos. 51 Obrigada pela atenção! 52
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