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PESQUISA GEOQUIMICA aula 5

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PESQUISA GEOQUIMICA
INTRODUÇÃO
A Crosta Terreste é apenas 0,5% da massa da terra, mas é a parte mais importante por ser esta o foco da Geoquímica de Exploração, objecto do nosso interesse. 
A Crosta Terrestre, por sua vez, é dividida em Crosta Oceânica (composição basáltica) e Crosta Continental (composição granítica). 
A maior parte da Crosta Oceânica encontra-se submersa, enquanto a Continental emersa, contudo porções de crosta oceânica pretérita, porções do manto (Rochas Vulcânicas e Hipoabissais) solidificado são encontrados nesta parte emersa da crosta. 
Em superfície (ou próximo a ela) essas rochas sofrem alterações através dos processos sedimentares e, em maior profundidade, o metamorfismo.
Acima foram listados os principais processos formadores de Depósitos Minerais magmáticos, metamórficos e sedimentares 
As Anomalias relacionadas com as fases líquida, sólida e gasosa são co-responsáveis não só pela concentração de elementos (e/ou minerais), mas também pela sua dispersão em torno do Depósito Mineral. 
Halo geoquímico é a região que contém teores anormais elevados ou reduzidos de elementos químicos nas rochas encaixantes, solos, vegetação, águas superficiais e subterrâneas, de modo a revelar a presença de um alvo geoquímico. A origem do halo geoquímico está relacionada com os processos de formação do alvo (halo geoquímico primário), ou de sua destruição supergênica (halo geoquímico secundário). 
Segundo Rose et al (1979), os modelos de dispersão secundária podem ser divididos em clásticos, quando a dispersão é feita basicamente por partículas sólidas em movimento (suspensão, arraste e saltação); hidromórficos, quando o agente dinâmico é uma solução aquosa com carga iônica (solução); e biogênicos, quando a movimentação é o resultado da actividade biológica (acumulação de detritos da atividade orgânica). 
PESQUISA GEOQUÍMICA 
É qualquer método baseado na medição sistemática de uma ou de várias propriedades químicas de material naturalmente formado.
Exemplos de Materiais Naturalmente formados: Rochas, Solos, gossans, sedimentos glaciais, vegetação, sedimentos de rios e lagos, água.
Objectivos da pesquisa Geoquímica: descoberta de distribuições anômalas de elementos.
Escalas de Trabalho: Regional, Semi-Detalhe e Detalhe
 10 a 1000 km2 = 1 amostra por 1 km2 a 1 amostra por 100km2
Objectivos da P. G. Regional – objectivo é detectar anômalias
Objectivos da P. G. Semi-Detalhe – Localizar o corpo mineralizado;
Objectivos da P. G. Detalhe – é o delineamento e a caracterização geoquímica do corpo mineralizado da maneira mais precisa possível (espaçamentos de 1 a 100 m)
DEFINIÇÃO DE GOLDSCHMIDT 
A geoquímica se ocupa de dois ramos:
 1. A determinação da abundância relativa e absoluta dos elementos da terra;
 2. o estudo da distribuição e da migração de elementos individuais em várias partes da terra com o objectivo de descobrir os princípios, que controlam a distribuição e a migração dos elementos.
PASSOS DE UMA PESQUISA GEOQUÍMICA
1. Seleção dos métodos, dos elementos de interesse, da sensibilidade e a precisão necessárias e da rede de amostras. As seleções se tomam com base nos custos, nos conhecimentos geológicos, na capacidade do laboratório disponível e numa investigação preliminar ou nas experiências com áreas parecidas. 
2. Programa de amostragem preliminar, que inclui análises imediatas de algumas amostras tomadas na superfície e em várias profundidades no subsolo para estabelecer as margens de confiança e para avaliar os factores, que contribuem para o ruído de fundo. “CARACTERIZAÇÃO GEOQUÍMICA”
3. Análises das AMOSTRAS no terreno e em laboratório, incluindo análises por meio de vários métodos.
4. Estatísticas dos resultados e evolução geológica dos dados tomando em conta os dados geológicos e geofísicos.
5. Confirmação de anomalias aparentes, amostras canalizadas em áreas menores (rede de amostras com espaçamento curto), análises das amostras e avaliação dos resultados. 
6. Investigação cruzando informações das amostras e análises adicionais e amostras tomadas na etapa anterior.
PRINCIPAIS MÉTODOS DE PESQUÍSA GEOQUÍMICA
Dependendo dos objectivos do trabalho de exploração mineral podem ser utilizados:
 Sedimentos de Corrente;
Solo (Pedogeoquímica);
 Rocha (Litogeoquímica);
 Água ou;
 Concentrado de Batéia.
Em qualquer um dos métodos acima listados devemos responder as seguintes questões:
- Onde, O que e Como colectar a Amostra
- Qual o tamanho da fracção a analisar
- Qual o método analítico a utilizar.
Nos casos de amostragens para quantificação de Reservas Minerais essas respostas podem ser dadas pela Estatística (ver Classificação das Reservas Minerais Quanto a Regularidade – INTRODUÇÃO – 8a PARTE e em Litogeoquímica a seguir). Nos demais casos esse é uma questão mais complicada e depende de vários fatores (expectativa quanto ao tamanho do Depósito Mineral, foco/objectivo dos trabalhos, Geologia do Depósito, Padrões de Dispersão etc). ESTUDO ORIENTATIVO.
SEDIMENTO DE CORRENTE 
Este método é utilizado principalmente em Pesquisa Regional, onde o objectivo é definir um Alvo a ser estudado posteriormente. As amostras colectadas dão informações sobre as possíveis anomalias a Montante do local da colecta de amostra, pois o fundamento desse Método Geoquímico basea-se no facto de que o sedimento de corrente reflecte a composição das rochas localizadas na bacia (ou sub-bacia) de drenagem estudada. As águas pluviais, ventos e outros factores promovem o intemperismo e, subsequentemente, o transporte das rochas até os córregos, riachos e rios, e a partir destes, o transporte pelos sistema de drenagem da área.
Fig 1. Drenagem do rio
Fig. 2 Cobertura residual
3. ACTIVIDADES DE CAMPO
Realizar a coleta de material segundo técnicas e procedimentos pré-estabelecidos. As coordenadas dos pontos de coleta devem obrigatoriamente ser obtidas com GPS.
A amostra deverá ser coletada nas zonas de deposição de finos da calha da drenagem.
A quantidade de material (sedimento e solo) deve ser: aproximadamente 2-3 kg de material peneirado em campo na fração 60 mesh (peneira de nylon) nos sedimentos de corrente; e 1 kg de solo. 
O material enviado para análise deverá ser em quantidade suficiente para fornecer aproximadamente 100g de finos (< 230 mesh, 63 μm). Esta será a granulometria adoptada para análise.
As amostras duplicadas de campo (10%) devem ser coletadas em local próximo da amostra original, permitindo a utilização para estudos de variância. As duplicadas de campo ficarão restritas aos sedimentos de corrente.
3.2.1. Amostragem em drenagens
As amostras de sedimento activo de corrente devem ser coletadas no canal activo da drenagem, abaixo do nível de água (drenagens com água corrente), nos trechos retilíneos e na quantidade determinada.
O adensamento da amostragem pode ser diferenciado por questões relacionadas à importância das áreas amostradas e acesso, porém respeitando a dimensão da área da drenagem (entre 50 e100 km2).
A amostragem dos materiais de drenagem deve ser sempre composta, com a coleta definida numa faixa em torno de 100 m ao longo da drenagem, a montante do acesso.
3.2.2. Amostragem em solos
Devem ser coletadas 3 amostras de solo, por estação. As amostras de solo deverão ser coletadas nos primeiros 25 cm, nas faixas onde o solo for mais espesso.
As amostras deverão ser compostas numa área ou faixa com utilização agrícola única e de composição similar entre as sub-amostras.
3.4. Recomendações gerais
Depois de selecionados o tipo de preparação das amostras e o procedimento analítico, estes ficam estabelecidos como padrão para o projecto. E uma requisição dessas análises deverá acompanhar cada lote de amostras encaminhado para o laboratório.
Todos os locais de coleta de amostra deverão ser fotografados em duas posições: uma de forma a abranger a paisagem mais ampla possível e outra no local da coleta.
As amostras de sedimento e solo enviadas para análise deverão, se possível e
sem prejuízo da segurança utilizarem transporte terrestre segurado. As amostras de água e aquelas em regiões onde o transporte terrestre não for seguro, utilizarão transporte aéreo.
APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS
Os cuidados gerais com as amostras, expedição para laboratório, organização do Banco de Dados, entre outros são serviços típicos do Técnico de Geologia e Mineração. Já a interpretação dos dados e sua apresentação em Mapa são tarefas do pessoal de nível superior e com experiência (os chamados geólogos seniores). 
Esses Mapas basicamente apontam os locais anômalos, segundo os critérios de Anomalia definidos pelo(s) responsável (eis) pelo Projecto. O chefe ou a equipe coordenadora do projecto definirá se recomenda ou não a Diretoria da empresa a continuidade do Projecto

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