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Direito Constitucional 
 
 
1 
I. TEORIA GERAL DA CONSTITUIÇÃO 
A constituição é a lei fundamental, a lei das leis, a lei que define o modo concreto da 
existência do estado. 
1. Supremacia da Constituição Federal 
• As normas constitucionais são normas jurídicas 
• Tem supremacia em relação as demais normas. 
2. Classificação das Constituições 
a) quanto ao conteúdo 
• Material: São as normas escritas ou não que regulam a estrutura do estado, a 
organização do poder e os direitos e garantias fundamentais, o fundamento é a 
matéria da norma. 
• Formal: Conjunto de normas escritas reunidas num documento solene, elaborada 
pelo poder constituinte, tenham ou não valor material, ou seja, digam ou não 
respeito a matéria constitucional (brasil adota essa) 
b) quanto à forma 
• Escrita: são aquelas escritas e entabuladas num documento solene (brasil adota) 
• Não escrita: Não estão em nenhum texto, se revelam através dos costumes 
c) quanto a origem 
• Democrática: elaborada por representantes do povo que por eleições escolheram 
seus representantes, CF de 1891, 1934, 1946, 1988 
• Outorgada: É aquela que se dá sem a participação do povo, CF de 1891, 1934, 
1946 e 1988 
• Cesarista: dependem da ratificação do povo por plebiscito, o povo não cria só 
ratifica 
• Pactuada 
d) quanto a estabilidade 
• Imutável: não prevê alteração nas normas 
• Fixa: só se altera pelo poder constituinte originário, criando uma nova constituição 
• Rígida: não pode ser alterada como se altera uma lei, é necessário uma série de 
procedimentos 
• Flexível: pode ser alterada como se altera uma lei 
• Semirrígida: Exige processos solenes, mas esses processos são mais simples para 
alterarem a lei. 
e) quanto a extensão 
• Sintética: constituições básicas que regulam aspectos básicos 
• Analítica: Constituições extensas que regulam detalhadamente. 
 
 
Direito Constitucional 
 
 
2 
f) quanto a finalidade 
• Garantia: garante as liberdades públicas 
• Dirigente: Garante o existente 
g) modo de elaboração 
• Dogmática: documento escrito e sistematizado por um órgão 
• Histórica: Não escrita se dá pelos costumes 
3. Estrutura 
a) preambulo: parte precedente da CF que traz sua carga ideológica, prenunciando os 
valores que a constituição adota 
b) parte dogmática: O seu texto articulado 
c) disposições transitórias: é a parte transitória que cuida da integração entre a nova 
ordem constitucional e a que foi substituída. 
II. Teoria da norma constitucional 
São normas constitucionais aquelas que estão inseridas numa constituição, 
independentemente de seu conteúdo, só por estarem na constituição são normas 
constitucionais. 
1. Condição de aplicabilidade 
a) Vigência, Validade e eficácia 
• Vigência: É a norma promulgada e publicada 
• Validade: É a compatibilidade da norma com o sistema normativo 
• Eficácia: é a capacidade que a norma tem de produzir efeitos 
2. Normas princípios vs normas regras 
• Princípio é muito abstrato e as regras não, isso é porque o principio traz o início 
de algo, a regra já se aplica num caso contrato. 
• Os princípios precisam de medidas para que sejam aplicados, as regras de aplicam 
imediatamente 
3. Classificação da norma 
a) eficácia plena: são aquelas que incidem diretamente, são autoexecutorias não precisam 
de regulamentação 
b) eficácia contida: elas incidem imediatamente, contudo sofrem limitação 
c) eficácia limitada: dependem de intervenção legislativa para incidir ou seja não 
possuem aplicabilidade imediata. Se dividem em duas: 
• Norma instuticional: cria organismo ou entidade 
• Norma programática: vinculam policias publicas ou programas de governo. 
 
Direito Constitucional 
 
 
3 
III. Interpretação Constitucional 
1. Métodos de interpretação constitucional 
a) Jurídico ou hermenêutico clássico 
A CF não difere da lei, razão pela qual deve ser interpreta conforme os métodos 
tradicionais 
b) tópico-problemático 
A norma é indeterminada e não pode ser aplicada mediante simples subsunção a 
interpretação deve ter uma caráter pratico, a interpretação não parte do problema mas da 
norma 
c) hermenêutico-concretizador 
o interprete faz uso de pressupostos de intepretação subjetivos (pre-concepções) e 
objetivos (norma concreta) e orbita entre eles para obter uma compreensão 
d) cientifico-espiritual 
Considera a CF um fenômeno cultural concretizador de valor, a sua interpretação tem 
como premissa a realidade social e os valores subjacentes 
e) normativo-estruturante 
a literalidade da norma só pode ser analisa em conformidade com a realidade concreta, o 
texto é apenas um fator, a norma é mais completa 
2. Principios 
a) unidade da constituição: As normas da CF devem seguir um sistema unitário de 
regras e princípios, por ele todas as normas constitucionais possuem a mesma hierarquia 
b) efeito integrador: A CF deve privilegiar os critérios que favoreçam maior integração 
politica e social e o reforço da unidade politica 
c) máxima efetividade: O interprete deve atribui a norma o sentido que lhe traga maior 
efetividade do ponto de vista social e consequentemente maior eficácia. Em dúvida? 
Escolhe a mais apta a obter a maior eficácia. 
d) justeza ou conformidade funcional: o interprete deve observar a separação dos 
poderes, as repartições, além das funções estabelecidas. 
e) harmonização: Ao interpretador deve agir com ponderação em relação aos conflitos 
dos bens-juridicos que estejam em conflito para evitar o sacrifício de um em relação ao 
outro. 
f) forma normativa da constituição: o interprete deve preservar a força normativa da 
CF, através de um trabalho de atualização de duas normas garantindo sua ótima eficácia 
e permanência. 
g) proporcionalidade ou razoabilidade: esse princípio impõe que as entidades, órgãos 
e agentes públicos, no desempenho de suas atividades adotem meios que para realização 
dos seus fins sejam adequados, necessários e proporcionais 
Direito Constitucional 
 
 
4 
h) presunção de constitucionalidade das leis: presume que todas as leis são 
constitucionais 
i) interpretação, conforme cf: quando a norma tiver mais de um sentido ou significado 
dar-se-á preferência a que lhe possibilite conformidade com a CF. 
IV. PODER CONSTITUINTE 
É a maior expressão do povo no sentido de estabelecer os fundamentos da organização 
de sua própria comunidade, o poder constituinte é algo indispensável para a formação do 
estado. 
1. Titularidade e exercício do poder 
Na democracia o poder constituinte pertence ao povo que é titular absoluto ainda que o 
exerça indiretamente. Quem exerce esse poder são os representantes do povo que são 
eleitos e serão eles quem estabelecerão a Constituição 
2. Espécies 
Poder constituinte originário e Poder constituinte derivado que se subdivide em 
reformador e decorrente. 
3. Poder constituinte originário 
É aquele em que estabelece a CF, ele não tem limites. 
3.1 Características 
• Inicial: inaugura uma nova ordem jurídica e revoga as outras 
• Autônomo: só o seu exercente fixa os novos parâmetros 
• Ilimitado: não sofre qualquer limitação 
• Incondicionado: Não se submete a nenhum procedimento 
• Permanente: Não se exaure com a instituição da CF 
3.2 Formas de manifestação 
Se manifesta através das assembleias constituintes que promulgam os textos 
constitucionais. 
4. Poder Constituinte derivado 
Ele é um poder cuja função é fazer uma reforma nos textos constitucionais criados pelo 
poder originário. 
4.1 Características 
• Derivado: Porque deriva do poder originário 
• Limitado: Porque a CF impõe limitações, restringe seu exercício 
• Condicionado: porque precisarespeitar os procedimentos formais 
• Temporário: Porque encerra após a sua manifestação 
4.2 Espécies 
Nos estados de organização federal como o Brasil, o poder derivado não se limite a 
reformar a CF, abrange também as constituições estaduais 
 
Direito Constitucional 
 
 
5 
A) Poder reformador 
É o que se destina a reformar a CF, é exercido pelo congresso nacional através das 
emendas constitucionais. 
Limitações: 
• Temporal: Vedam as reformas durante certo período de tempo, obs: não existem 
mais 
• Circunstanciais: Vedam a reforma durante certas circunstâncias consideradas 
anormais, ex: intervenção federal, estado de sitio e estado de defesa 
• Materiais: excluem do poder reformado determinas matérias importantes, ex: 
cláusulas pétreas, titulares dos poderes constituintes e reformador, processo de 
emenda, etc. 
• Formais: Limitação que submente a emenda ao processo formal. 
Processo legislativo do poder reformador: 
• Apresentação da PEC: 1/3, no mínimo, da câmara dos deputados – 171 
deputados – ou do senado federal – 27 senadores -, presidente da república, mais 
da metade das assembleias legislativas estaduais manifestando-se pela maioria 
relativa dos seus membros (14 assembleias por meio de seus presidentes) 
• Tramitação da PEC: Será discutida e votada em cada casa e em dois turnos sendo 
necessário 3/5 de cada casa para aprova-la 
• Promulgação: Aprovada é promulgada pelas casas do congresso, não há ato do 
executivo (sanção, veto, etc) 
B) Poder constituinte decorrente 
É decorrente quando exercido pelos estados, mas não se destina a reforma da CF e sim 
da instituição de uma constituição estadual que será limitada pelas regras da constituição 
federal 
5. Mutação constitucional 
A mutação constitucional é a mudança de interpretação de um dispositivo constitucional 
haja vista a constante transformação social. 
V. Controle de Constitucionalidade 
É uma atividade que fiscaliza a validade e conformidade das leis e dos atos em relação a 
constituição, ou seja, se a lei é constitucional 
Requisitos: 
• CF formal e escrita 
• CF como norma jurídica fundamental dotado de rigidez e supremacia 
• Ter pelo menos um orgão que tenha competência para exercer esse controle 
1. Controle difuso 
O Controle de constitucionalidade dos atos ou omissões é realizado no curso de uma 
demanda judicial concreta por qualquer juiz ou tribunal. 
Direito Constitucional 
 
 
6 
• A provocação do controle difuso é provocada na exceção ou defesa em síntese, 
pode ser suscitada pelo autor na petição inicial e nas ações constitucionais de 
garantia (habeas corpus, mandado de segurança, etc) 
• Quem tem legitimidade para provocar a jurisdicional constitucional em sede de 
controle difuso são todos aqueles que integrem a relação processual, inclusive o 
ministério publico, juiz, tribunal nas causas de sua apreciação etc. 
• A competência é de qualquer juiz ou tribunal que tenham competência para julgar 
a causa, o juiz julga originalmente o tribunal tanto originalmente como em grau 
de recurso, se for o tribunal que julgar é declarado a inconstitucionalidade por 
maioria absoluta dos seus membros 
• Reserva de plenário nos tribunais que julgam se a lei é inconstitucional só vai 
valer se o plenário ainda não ter se pronunciado, se o plenário já havia se 
manifestado a regra é afastada 
• Não se aplica a reserva de plenário quando a norma não foi declarada 
inconstitucional nem teve a sua aplicação negada pelo tribunal, também não incide 
quando há incompatibilidade entre uma lei anterior e uma CF posterior 
Procedimento do controle difuso 
Quando for provocado pelo juiz não há procedimento, mas se for arguida perante o 
tribunal tem que ser observar o CPC 
Efeitos 
• Tem efeito declaratório, retroagindo a origem do ato impugnado para decretar sua 
nulidade 
• A declaração de inconstitucionalidade restringe-se as partes litigantes. 
2. Controle Concentrado 
Aqui, é instaurado no STF, uma fiscalização abstrata das leis ou dos atos normativos que 
confrontem a CF, tal se dá em face uma ação direta, cujo pedido é a declaração de 
inconstitucionalidade. É concentrado porque só é exercido pelo STF ou tribunais dos 
estados. 
A) Tipos 
• Inconstitucionalidade formal e material: formal é a inconstitucionalidade 
orgânica, decorre do vício do órgão de onde provem o ato; material trata sobre a 
inconstitucionalidade da matéria. 
• Total e parcial: Total é quando o vício contamina todo o ato; parcial quando 
atinge apenas em parte. 
• Originária e Superveniente: Originária é quando surge do nascimento do ato; 
superveniente é quando se manifesta depois 
• Antecedente e consequente: Antecedente decorre da imediata violação e 
consequente é quando atingir um ator por causa de outro ato 
• Progressiva: Quando uma lei constitucional vai virando inconstitucional 
B) Provocação 
Podem ser provocadas por ADI, ADI por omissão, ADC e ADPF. 
 
 
Direito Constitucional 
 
 
7 
2.1 Ação direta de inconstitucionalidade - ADI 
É uma representação contra a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal, 
competindo ao STF julga essa ação 
• São legítimos para propor essa ação: O presidente do brasil, mesa do senado, mesa 
da câmara, mesa de assembleia do estado ou mesa da câmara legislativa do DF, 
governador, procurador-geral do brasil, OAB, partido político com representação 
no congresso, confederação sindical, entidade de classe em âmbito nacional. 
• O advogado-geral da União é o curador de presunção de constitucionalidade, ou 
seja, ele tem que defender o ato impugnado 
• O governador, a mesa da assembleia legislativa e entidades de classe precisam ter 
interesse de agir 
• STF julga norma federal, e TJ de norma estadual. 
• Quando for ato estadual que repita a CF, foi decidido o seguinte, se a norma for 
de repetição obrigatório cabe ao STF analisar. 
• A ADI so trata das leis e atos normativos do poder público, se for do privado não 
pode ADI, ex, convenções, regulamentos, sumula vinculante etc. 
• Decisão que declara ADI inconstitucional tem efeito para todos e efeito vinculante 
em relação aos órgãos do poder judiciário e a administração publica federal e 
municipal, outro efeito é que a decisão retroage a criação do ato para extingui-lo 
e restabelecer a lei que foi revogada pela lei inconstitucional. O STF pode limitar 
os efeitos, dizer que so vale a partir do transito em julgado, etc, através dos votos 
de 2/3 dos seus membros. 
2.2 Ação direita de inconstitucionalidade por omissão 
A ADI por omissão é ação para tornar efetiva norma constitucional em razão da omissão 
de qualquer dos poderes ou de órgão administrativo. 
• A medida cautelar na ADI por omissão, poderá consistir na suspensão da 
aplicação da lei ou ato normativo questionado, na omissão parcial, bem como 
suspenso os processos judiciais administrativos. 
• A legitimidade é a mesma da ADI, a competência para processar e julgar é do STF 
e em alguns casos o TJ, quando se tratar de constituição estadual. 
• Só norma de eficácia limitada é capaz de acionar ADI por omissão. 
• Só omissões constitucionais ensejam ADI por omissão 
• A decisão que declara a adi por omissão da ciência ao poder competente para que 
ele corrija e se tratando de órgão administrativo o para suprimir são 30 dias. 
2.3 Ação Direita de Inconstitucionalidade interventiva. 
É uma ação concebida para instaurar a jurisdição concentrada do STF para resolver grave 
conflito federativo. 
• A legitimidade é exclusiva do procurador-geral 
• Se for intervenção federal é STF, se for nas constituições estaduais é do TJ 
• O Objeto da ADI interventiva é toda ação ou omissão que viola os princípios 
Direito Constitucional8 
• Julgada procedente a ADI interventiva o presidente do STF comunicará a decisão 
aos órgãos do poder público interessado e requisitará a intervenção do presidente 
da republica e este sob pena de crime de responsabilidade, deverá decretar a 
intervenção federal no estado ou apenas suspender a execução do ato impugnado, 
razão pela qual fica dispensada a intervenção 
• Pode-se desistir da ADI interventiva a qualquer hora 
2.4 Ação declaratória de constitucionalidade – ADC 
Soluciona a dúvida sobre a constitucionalidade da lei ou do ato normativo, surgida em 
controvérsia judicial travada em sede de controle incidente. 
▪ Na ADC os legitimados são os mesmos da ADI 
▪ A competência é exclusiva do STF 
▪ A ação é proposta e o procurador-geral deve se pronunciar em 15 dias, se houver 
pedido de medida cautelar e deferimento desta, serão suspensos os processos que 
envolvam a aplicação da lei, até seu julgamento definitivo 
▪ Julgada procedente a lei será constitucional, se for improcedente será 
inconstitucional, a ADC tem natureza dupla das ações diretas. 
2.5 Arguição de descumprimento de preceito fundamental – ADPF 
Tem por objeto evitar ou reparar lesão a preceito fundamental decorrente da Constituição, 
resultante de qualquer ato (ou omissão) do Poder Público. Também será cabível quando 
for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo 
federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição, desde que exista 
relevante controvérsia constitucional acerca de sua aplicação ou não aplicação acarretar 
lesão ou ameaça de lesão a preceito fundamental decorrente da Constituição 
▪ Legitimados ativos são os mesmos da ADI, os passivos são as autoridades, os 
órgãos, responsáveis pela pratica do ato questionado 
▪ Competência para apreciar liminar é do plenário do STF que só concede por voto 
de 2/3 de seus membros. 
▪ A decisão tem efeito contra todos e efeitos vinculantes e é irrecorrível com 
exceção de determinados casos que cabe embargos de declaração 
▪ Não cabe ADPF quando houver outro meio de sanar a irregularidade, a ADPF é 
então subsidiaria. 
▪ Tem efeitos retroativos 
VI. Princípios fundamentais 
a) republicano: É a forma de governo, a forma como os governantes ascendem do 
governo. 
b) federativo: É a forma de estado, na qual há uma união dos entes, para formar um 
estado maior 
c) Estado democrático: É o princípio que trata de um estado constitucional submetido a 
constituição e aos valores expressos nela. 
Direito Constitucional 
 
 
9 
d) separação de poderes: é o princípio que rege a separação dos poderes nas quais o 
estado se divide em três poderes, com cada um exercendo função exclusiva 
e) fundamentos do estado brasileiro: São fundamentos, a soberania, a cidadania, a 
dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e o 
pluralismo político. 
f) princípios objetivos fundamentais: construir uma sociedade livre e igualitária, 
garantir o desenvolvimento social, erradicar a pobreza e a marginalidade e diminuir as 
diferenças sociais. 
g) princípios regentes nas relações internacionais. 
• Independência nacional 
• Prevalência dos direitos humanos 
• Autodeterminação dos povos 
• Não-intervenção. 
VII. Direitos e Garantias Fundamentais 
1. Titulares dos direitos fundamentais 
Todas as pessoas – físicas ou jurídicas – nacionais ou estrangeiras, com residência ou não 
no brasil são titulares dos direitos e garantias previstos na CF, salvo quando a CF excluir 
algumas delas. 
2. Princípio da aplicabilidade imediata 
As normas que tratem de garantir fundamentais tem aplicabilidade imediata, não 
dependem de interpretação legislativa 
3. Clausula de abertura material 
EC §3, dispõe que os tratados e convenções sobre direitos humanos que forem aprovados 
em cada casa no congresso em dois turnos por 3/5, serão equivalente as normas 
constitucionais, sobre isso o STF reconhece a supralegalidade dos tratados e convenções 
sobre direitos humanos. 
 
VIII. Direitos individuais e coletivos 
Direitos individuais são aqueles que defende uma autonomia pessoal, coletivo destina-se 
a proteção de um grupo ou uma coletividade. 
1. Direito a vida. 
É o direito legitimo de defender a própria existência, a salvo de qualquer violação de 
tortura ou tratamento desumano, uma exceção é no caso da guerra onde se admite a pena 
de morte. 
2. Direito a Igualdade 
É o direito que todos tem de serem tratados igualmente, é o princípio que dá tratamento 
igual na medida que se igualem e desigual na medida em que se desigualem. 
Direito Constitucional 
 
 
10 
3. Direito a liberdade 
É o direito a se expressar, se locomover, é o direito de realizar certos atos. 
• Liberdade de locomoção: liberdade de ir e vir 
• Liberdade de opinião: É o direito de se expressar o que pensa, a CF veda o 
anonimato e permite o direito de resposta 
• Liberdade de expressão: É a liberdade de manifestar as sensações, sentimentos, 
criatividade 
• Liberdade de informação: É o direito de informar, se informar e se manter 
informado. 
• Liberdade de consciência e crença: A CF assegura o livre exercício dos cultos 
religiosos e garante proteção ao local dos cultos, a liberdade de consciência é a 
autonomia de se orientar a partir de determinada convicção, a liberdade de crença 
é a autonomia da opção religiosa, o estado garante a assistência religiosa. 
• Liberdade de reunião, é assegurado a todos o direito de reunião para fins 
pacíficos em locais abertos, independentemente de autorização, desde que não 
frustre outra reunião, mas com prévio aviso a autoridade competente 
• Liberdade de associação: É o direito de se unir a outras pessoas de forma estável 
e em torno de um interesse em comum, desde que de fim licito. A liberdade de 
associação independe de autorização judicial, mas suas atividades só podem ser 
dissolvidas por ordem judicial 
4. Direito a Privacidade 
São invioláveis a intimidade a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurando 
o direito de indenização por dano moral 
• Intimidade: É a proteção das informações mais pessoais da pessoa 
• Vida privada: é a proteção ao ambiente pessoal da pessoa. 
• Direito a honra: é a reputação da pessoa que deve ser preservada 
• Direito a imagem: É aquele que protege os aspectos físicos da pessoa, impedindo 
sua divulgação não autorizada. 
• Direito a inviolabilidade da casa: A casa é asilo inviolável, ninguém pode entrar 
sem o consentimento do dono, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou 
para prestar socorro, ou durante o dia, por determinação de autoridade judicial. 
OBS: A casa aqui falada pode ser um quarto de hotel, escritório de advocacia, etc. 
• Direito a sigilo de correspondências: É inviolável o sigilo da correspondência, 
comunicações telegráficas, telefônicas, etc. 
5. Direito a propriedade 
É garantido desde que atenda sua função social. 
6. Direito de petição 
É o direito que todos tem, independentemente do pagamento de taxas, de reivindicar dos 
poderes públicos, providencia em defesa de direitos ou abusos de poder. 
 
Direito Constitucional 
 
 
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7. Direito de certidão 
CF também assegura o direito de certidões em repartições públicas para defesa de direitos 
ou esclarecimento pessoal. 
8. Acesso à Justiça 
É o direito de pleitear prestação jurisdicional sempre que algum direito for lesado ou 
ameaçado. 
9. Direito a segurança jurídica. 
a) garantia do direito adquirido 
A lei não vai prejudicar o direito adquirido que é a garantia que dá estabilidade a um 
direito, desde que preencha suas condições de legitima aquisição. 
b) garantia do ato jurídico perfeitoA lei não prejudica o ato jurídico perfeito que é aquele que preserva todos os atos ou 
negócio jurídico decorrente de legitima vontade das partes. 
c) garantia da coisa julgada 
A lei não prejudica a coisa julgada. 
IX – Direitos sociais 
1. Direitos sociais do trabalhador 
a) seguro desemprego, b) FGTS, c) salário mínimo, d) relação de emprego protegida 
contra despedida arbitraria, e) 13º salário, f) duração do trabalho normal não superior a 
oito horas diárias e quarenta horas semanais., g) licença paternidade e maternidade, h) 
aposentadoria, i) proibição de discriminação e diferente do salário, etc. 
2. Direitos sociais da seguridade 
São direitos que tem o propósito de garantir um mínimo necessário a uma existência 
digna. 
a) Direito a saúde: É um direito fundamental que deve ser garantido pelo estado e visa a 
redução do risco de doença e acesso universal e igual a sua acessibilidade, a união deve 
aplicar no mínimo 15% da sua receita corrente liquida na saudade, os estados no mínimo 
12% e os municípios 15% 
b) Direito a providência: É o direito de se filiar a um regime de providencia social que 
lhe assegure através de contribuição, cobertura contra doenças, invalidez, morte, proteção 
a maternidade, etc. 
c) direito a assistência social: é a proteção a família, a maternidade a infância, a 
adolescência, e velhice, etc. 
 
 
Direito Constitucional 
 
 
12 
d) direito social a educação e cultura: direito a educação é o direito de ter acesso a uma 
educação básica proposta pelo estado, a união aplicará na educação anualmente nunca 
menos de 18% e estados e municípios nunca menos de 25% da receita resultante de 
impostos, direito a cultura é a garantia dos plenos exercícios dos direitos culturais e 
acesso as fontes de cultura, além de apoio as manifestações culturais. 
e) direito da criança, adolescente e idoso: Em consonância com a CF é dever da família 
assegurar a criança e ao adolescente o direito a vida, alimentação, moradia, etc. Em 
relação ao idoso a família sem conformidade com a CF tem o dever de ampara-lo. 
X – Direito de Nacionalidade 
Nacionalidade é um vínculo de natureza política administrativa por nascimento ou 
naturalização que vincula um indivíduo a determinado estado, o direito a nacionalidade é 
o direito de adquirir a nacionalidade de um determinado estado. 
1. Espécies 
a) nacionalidade originaria: É aquele que resulta de um fato natural, que é o nascimento 
b) nacionalidade secundaria: decorre de um acontecimento voluntario, mediante a 
manifestação de vontade do interessado 
2. Modos de aquisição 
a) critério territorial ou “ius solis” em face do qual se define a nacionalidade pelo local 
de nascimento 
b) critério sanguíneo ou “ius sanguinis” que fixa a nacionalidade pelo vinculo de 
sangue ou descendência. 
3. Polipatrida e apátrida 
Polipatrida é aquele que tem mais de uma nacionalidade, apátrida é aquele que não tem 
nacionalidade 
4. Brasileiros na Constituição Federal 
A) Brasileiros natos: São aqueles que tem nacionalidade originaria, a CF adotou como 
regra o critério territorial, contudo há exceções 
• É brasileiro nato a criança, filha de estrangeiro que nascem no brasil desde que 
seus pais não estejam a serviço do seu pais 
• Nascidos no estrangeiro, filhos de brasileiro desde que eles estejam a serviço do 
brasil 
• Nascidos no estrangeiro, filhos de brasileiros, desde que se registre em repartição 
brasileira ou venham a residir no brasil e esse na maioridade opte a qualquer 
tempo pela nacionalidade brasileira. 
 
 
Direito Constitucional 
 
 
13 
B) Brasileiro Naturalizado: São aquelas que adquirem a nacionalidade brasileira por 
meio de um procedimento 
• os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos 
originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano 
ininterrupto e idoneidade moral 
• os estrangeiros de qualquer nacionalidade residentes na República Federativa do 
Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que 
requeiram a nacionalidade brasileira 
• Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em 
favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os 
casos previstos nesta Constituição 
5. Distinção entre brasileiro nato e naturalizado 
a) titulares dos cargos: é privativo do brasileiro nato os seguintes cargos 
• Presidente e vice da republica 
• Presidente da câmara dos deputados 
• Presidente do senado 
• Ministro do STF 
• Carreira diplomática 
• Oficial das forças armadas 
• Ministro estado de defesa 
b) quanto a extradição: nenhum brasileiro vai ser extraditado salvo o naturalizado em 
crime comum praticado antes da sua naturalização ou de envolvimento com tráfico de 
entorpecentes mas não será concedida a extradição do naturalizado por crime político ou 
de opinião. 
6. Perda de nacionalidade 
São hipóteses: 
a) tiver cancelada sua naturalização por sentença judicial 
b) adquirir outra nacionalidade, salvo: reconhecimento de nacionalidade originais pela lei 
estrangeira ou imposição de naturalização do brasileiro que vive no exterior 
7. Reaquisição da nacionalidade 
a) ação rescisória contra sentença transitada em julgado 
b) decreto do presidente quanto o que adquiriu outra nacionalidade volta ao brasil e cujo 
pedido é processado no ministério da justiça 
XI. Dos direitos políticos 
As normas constitucionais sobre os diretos políticos se dividem em direitos políticos 
positivos e negativos. Positivos são os que estabelecem as condições para o exercício da 
cidadania, trata de votar, ser votado, etc. Já os negativos é a limitação do exercício de 
cidadania, são a perda dos direitos políticos, suspensão, etc. 
Direito Constitucional 
 
 
14 
1. Condição de exigibilidade 
a) nacionalidade brasileira, b) pleno exercício dos direitos políticos, c) alistamento 
eleitoral, d) domicilio eleitoral, e) filiação partidária, f) idade mínima: 35 anos para 
presidente e senador, 30 anos para governador e vice, 21 anos para deputados e prefeito, 
18 anos para vereador 
2. Inelegibilidade 
Anulam totalmente ou parcialmente a capacidade eleitoral, a CF prevê hipóteses e lei 
complementar define outras. 
a) absolutas: são aquelas que impedem a capacidade de ser eleito, só a CF as prevê e para 
ela são absolutamente inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos, são inalistaveis os 
estrangeiros e os conscritos durante o tempo de serviço militar obrigatorio 
b) relativas: são aquelas que impedem a capacidade de ser eleito a apenas alguns 
mandados eletivos mas não em todos, segundo a CF podem ser por motivos funcionais 
ou de parentesco 
• Funcional: Indelegabilidade para um terceiro mandado seguido, indelegabilidade 
para os chefe do executivo concorrerem a outro cargo salvo se renunciarem 6 
meses antes. 
• Parentesco: São inelegíveis no território da jurisdição, o cônjuge ou parentes 
consanguíneos afins até o 2º grau. 
c) perda e suspensão dos direitos políticos: Perda é a privação permanente ao passo 
que cassação é um tipo de perda mas é abusiva e vedada pela CF. 
Hipóteses de perda e suspensão: 
• Cancelamento da naturalização por sentença (perda) 
• Incapacidade civil absoluta (suspensão) 
• Condenação criminal transitada em julgado (suspensão) 
• Improbidade administrativa (suspensão) 
3. Partidos Políticos 
Pessoa jurídica de direito privado que consiste na união ou agremiação voluntaria com 
cidadãos com as mesmas afinidades ideológicas e políticas. 
a) liberdade partidária: É livre a criação, a fusão, incorporação, extinção dos partidos 
políticos salvo as garantias previstas na CF.Impõe ainda seu caráter nacional vedando a 
criação de partidos apenas para uma certa região e para seu registro o partido precisa ter 
obtido 0,5% dos votos dados na utima eleição para a câmara dos deputados. É vedada 
também o partido receber recursos de entidade ou governo estrangeiro e precisam prestar 
contar a justiça eleitoral. 
b) autonomia partidária: tem autonomia para definir sua estrutura, organização e 
funcionamento 
c) direitos dos partidos: acesso gratuito a radio e tv, recursos de fundo partidário, manter 
a vaga obtida na eleição em caso injustificado de desfiliação partidária. 
Direito Constitucional 
 
 
15 
XII. Ações constitucionais 
São garantias instrumentais com as quais a pessoa pode reivindicar do poder judiciário a 
prevenção e correção de ilegalidade. 
1. Habeas Corpus 
É uma ação constitucional de ação penal que protege a liberdade de locomoção é 
preventivo quando visa proteger o direito a locomoção de ser lesado e repressivo quando 
este já foi lesado. A legitimação é universal, todos podem impetrar Habeas Corpus e o 
Habeas Corpus que beneficia alguém confere a este o nome de paciente e quem postula o 
HC é o impetrante. 
A pessoa jurídica e o MP podem impetrar HC mas não podem serem os pacientes é 
dispensado a constituição de advogado para impetra-lo e os juízes podem concede-lo de 
oficio. 
• O agente passivo será a autoridade judiciaria 
• Não cabe HC contra punição militar 
• Não cabe HC contra decisão a pena de multa 
• Não cabe HC quando já extinto a pena privativa 
• Não cabe HC contra perda de patente militar 
2. Mandando de segurança 
Aquela ação que visa reparar ameaça a direito liquido e certo, pode ser individual ou 
coletivo. Na individual qualquer um pode entrar, no coletivo só determinadas entidades, 
são elas: 
• Partido Politico com representação no congresso 
• Organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída que 
esteja em funcionamento há pelo menos um ano em defesa dos interesses dos seus 
membros ou associados. 
O MS invalidade atos de autoridades ou a supressão de omissões administrativas capazes 
de lesar direito liquido e certo, e no MS não se admite dilação probatória só prova 
documental. 
• O Réu no MS é pessoa jurídica pela qual a autoridade coatora esta vinculada 
• Só admite prova documental e pré-constituída sem dilação probatória 
• Direito liquido e certo são os fatos comprovados em plano 
• Prazo decadencial de 120 dias 
• Não cabe MS: I- ato da qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo; 
II – decisão judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo; III – da decisão 
judicial em julgado 
• MS não substitui ação popular 
• Não cabe MS contra lei em tese 
• Não cabe MS contra ato judicial passível de recurso ou correição 
• MS não substitui ação de cobrança 
• Controvérsia sobre matéria de direito não impede MS 
Direito Constitucional 
 
 
16 
3. Mandado de injunção 
É o procedimento judicial através do qual qualquer cidadão tem assegurado um direito 
fundamental garantido pela Constituição Federal, que ainda não se encontra devidamente 
regulamentado em lei complementar ou ordinária. 
É um procedimento adotado para se pleitear do Poder Judiciário a regulamentação de uma 
norma constitucional, que ainda não foi feita pelos órgãos competentes. O legitimado é 
aquele que está sendo prejudicado com tal omissão 
São legitimados para o mandado de injunção como impetrantes as pessoas naturais ou 
jurídicas que se afirmam titulares dos direitos, liberdades e prerrogativas reivindicadas e 
como impetrado o poder, órgão ou autoridade com atribuição para editar a norma 
regulamentadora. 
4. Habeas Data 
É a proteção ao direito de acesso e retificação de dados ou informações pessoais 
constantes do registro dos bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter 
público. 
4.1 Hipóteses de cabimento 
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas a pessoa do impetrante, 
consoantes de registros ou banco de dados de entidades governamentais 
b) para retificação de dados quando não se prefira faze-lo por processo sigiloso, judicial 
e administrativo. 
5. Ação Popular 
Ação popular tem por objeto todo ato lesivo ao patrimônio público, a moralidade 
administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, esse ato lesivo deve 
ser compreendido e abranger além das ações, também as omissões do poder publico 
lesivas aqueles bens e valores jurídicos. 
Todo cidadão brasileiro no gozo dos direito políticos é parte legitima para propor a ação 
popular, agindo como substituto processual de toda a população, ficando o autor – salvo 
má-fé – isento de custas judiciais e do ônus de sucumbência, o MP não possui 
legitimidade para instaurar ação popular mas está autorizado a dar continuidade a ação, 
em caso de abandono ou desistência. 
6. Ação civil publica 
A ação civil pública, prevista na Constituição Federal e em leis infraconstitucionais, é o 
instrumento que tem por objetivo a proteção de interesses difusos, coletivos e individuais 
homogêneos. Pode ser interposta MP, defensoria, união, estados, municípios e suas 
autarquias, fundações, OAB e a associação que, concomitantemente esteja constituída há 
pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei civil. Foi criada para efetivar a responsabilização 
por danos ao meio ambiente, ao consumidor, à honra e à dignidade de grupos raciais, 
étnicos ou religiosos, ao patrimônio público e social, bem como a bens e direitos que 
possuam valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico. 
Direito Constitucional 
 
 
17 
XIII. Da organização do estado 
1. O Princípio federativo e o estado federal 
O princípio federativo que consagra a forma de estado federal estruturada a partir da união 
indissolúvel de mais de uma organização política e no mesmo espaço territorial do estado, 
compartilhando seu poder. 
a) estado federal e estado unitário 
O estado unitário é aquele que possui governo único, conduzido por uma única entidade 
política, que exerce de forma centralizada, o poder político. Já o estado federal é aquele 
que possui mais de um governo, vale dizer, aquele que se compõe de mais de uma 
organização politica, isto é, aquele que se compõe de mais de uma organização politica 
sendo que todas são autônomas em consonância com a própria constituição, os entes 
federados então possuem autonomia contra as incursões da União 
b) estado federal e confederação de estados 
Federação é a união indissolúvel dos estados autônomos com base numa constituição, 
confederação é a união dissolúvel de estados soberanos com lastro num tratado 
internacional 
c) características comuns do estado federal 
• Autonomia assegurada as ordens politicas periféricas e as ordens politicas 
centrais, através de uma descentralização política pela repartição de competência. 
• Câmaras bicamerais que representam o povo (deputados) e que representam as 
vontades parciais do estado (senado). 
• Estados-membros se organizam por constituição própria 
• Indissolubilidade, ou seja, eles não se separam 
• Existência de uma CF escrita e rígida que contenha um núcleo imutável que 
proteja o pacto federativo, sendo esta clausula pétrea 
• Criação de um órgão que seja responsável pelo controle de constitucionalidade 
das leis 
2. Federalismo Brasileiro 
A CF de 1988 adotou um modelo de estado federal de estrutura tríplice, pois além de 
declarar que o Brasil é formado pela união indissolúvel dos estados, DF e dos municípios, 
determinou que sua organização político-administrativa compreenda a União, os Estados, 
DF, e os municípios, todos autônomos. 
• Os territórios federaisnão possuem autonomia política e integram a UNIÃO 
3. Repartição de competência 
É um processo de distribuição constitucional de poderes entre as entidades federadas e 
constitui o ponto nuclear da noção do estado federal, para esse fim adotou-se o princípio 
da predominância do interesse. 
 
Direito Constitucional 
 
 
18 
a) princípio da predominância do interesse 
Cumpre a união as questões de predominante interesse geral, nacional, aos estados cabem 
as matérias e assuntos de interesse regional a aos municípios cabem os assuntos de 
interesse local. 
4. Técnicas de repartição de competência. 
A constituição brasileira organizou o estado federal por meio de um sistema complexo de 
partilha de competência em que coexistem competência privativas, repartidas 
horizontalmente; competência concorrentes, repartidas verticalmente; e competências 
comuns possibilitando-se a participação dos estados-membros nas competências próprias 
da união mediante delegação. 
5. Competências e sua classificação 
Com a divisão do poder atribuem-se aos entes da federação as suas próprias competências 
para que disponham dos seus assuntos com essa atribuição as entidades federadas 
possuem autonomia para se organizarem e gerirem os assuntos de seu interesse e possuem 
4 capacidades: a) auto organização; b) autolegislação; c) autogoverno; d) competência 
material. 
As competências constitucionais se classificam em dois grandes grupos: legislativa e 
material 
a) competência legislativa: é aquela que credencia as entidades federadas a elaborar suas 
leis para dispor de seu próprio direito. 
b) competência material: é aquela concebida para dispor sobre assuntos político-
administrativos. 
As competências ainda podem ser: 
a) exclusivas: quando não admitem delegação 
b) privativas: quando é atribuída a um so ente mas admite delegação. 
c) comum: competência concedida a todas as entidades para disporem sobre matérias que 
exijam um esforço conjunto e simultâneo 
d) concorrente: possibilidade de mais de um ente tratar sobre o mesmo assunto mas em 
níveis distintos 
e) suplementar: aquela que os estados e municípios completam as normais gerais da 
União ou suprem a falta dessas normas gerais. 
6. União 
A união é o responsável pelo comando do governo central, mas não é titular da soberania, 
a titularidade da soberania pertence ao Brasil, a luz da CF, a União dispõe de competência 
material exclusiva, competência material comum, competência legislativa privativa e 
competência legislativa concorrente. 
 
Direito Constitucional 
 
 
19 
a) competência material exclusiva 
I - manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações 
internacionais; 
II - declarar a guerra e celebrar a paz; 
III - assegurar a defesa nacional; 
IV - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras 
transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente; 
V - decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção federal; 
VI - autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico; 
VII - emitir moeda; 
VIII - administrar as reservas cambiais do País e fiscalizar as operações de natureza 
financeira, especialmente as de crédito, câmbio e capitalização, bem como as de seguros 
e de previdência privada; 
IX - elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de 
desenvolvimento econômico e social; 
X - manter o serviço postal e o correio aéreo nacional; 
XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os 
serviços de telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos 
serviços, a criação de um órgão regulador e outros aspectos institucionais; 
XII - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão: 
 a) os serviços de radiodifusão sonora e de sons e imagens; 
b) os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos 
de água, em articulação com os Estados onde se situam os potenciais hidroenergéticos; 
c) a navegação aérea, aeroespacial e a infra-estrutura aeroportuária; 
d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras 
nacionais, ou que transponham os limites de Estado ou Território; 
e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros; 
f) os portos marítimos, fluviais e lacustres; 
XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público do Distrito Federal e 
dos Territórios e a Defensoria Pública dos Territórios; 
XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar 
do Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a 
execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio; 
XV - organizar e manter os serviços oficiais de estatística, geografia, geologia e 
cartografia de âmbito nacional; 
XVI - exercer a classificação, para efeito indicativo, de diversões públicas e de 
programas de rádio e televisão; 
XVII - conceder anistia; 
XVIII - planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas, 
especialmente as secas e as inundações; 
XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir 
critérios de outorga de direitos de seu uso; 
XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, 
saneamento básico e transportes urbanos; 
Direito Constitucional 
 
 
20 
XXI - estabelecer princípios e diretrizes para o sistema nacional de viação; 
XXII - executar os serviços de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras; 
XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer 
monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a 
industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus derivados, atendidos os 
seguintes princípios e condições: 
XXIV - organizar, manter e executar a inspeção do trabalho; 
XXV - estabelecer as áreas e as condições para o exercício da atividade de 
garimpagem, em forma associativa. 
b) competência material comum da União, dos estados, DF e municípios 
I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e 
conservar o patrimônio público; 
II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras 
de deficiência; 
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e 
cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos; 
IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros 
bens de valor histórico, artístico ou cultural; 
V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação, à ciência, à tecnologia, à 
pesquisa e à inovação; 
VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas; 
VII - preservar as florestas, a fauna e a flora; 
VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar; 
IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições 
habitacionais e de saneamento básico; 
X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a 
integração social dos setores desfavorecidos; 
XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e 
exploração de recursos hídricos e minerais em seus territórios; 
XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito. 
C) competência legislativa privativa da União 
Os bens que: 
 I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos; 
II - as terrasdevolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e 
construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, 
definidas em lei; 
III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que 
banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a 
território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias 
fluviais; 
IV - as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias 
marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede 
de Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental 
federal, e as referidas no art. 26, II; 
Direito Constitucional 
 
 
21 
V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva; 
VI - o mar territorial; 
VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos; 
VIII - os potenciais de energia hidráulica; 
IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo; 
X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos; 
XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índio 
d) competência legislativa concorrente 
I - Direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; 
II - orçamento; III - juntas comerciais; IV - custas dos serviços forenses; V - produção 
e consumo; VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e 
dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição; VII - proteção 
ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico; 
VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de 
valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico; IX - educação, cultura, ensino, 
desporto, ciência, tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e inovação; X - criação, 
funcionamento e processo do juizado de pequenas causas; XI - procedimentos em 
matéria processual; XII - previdência social, proteção e defesa da saúde; 
XIII - assistência jurídica e defensoria pública; XIV - proteção e integração social das 
pessoas portadoras de deficiência; XV - proteção à infância e à juventude; 
XVI - organização, garantias, direitos e deveres das polícias 
7. Estados 
a) competência legislativa exclusiva: Se dá por exclusão em decorrência da técnica dos 
poderes remanescentes 
• Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, 
aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de 
Municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução 
de funções públicas de interesse comum 
• A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão 
por lei estadual, dentro do período determinado por lei complementar federal, e 
dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios 
envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados 
e publicados na forma da lei. 
b) competência comum dos estados: já explanado na letra “b” do tópico “6’ União 
c) competência legislativa concorrente: já explanado na letra “d” do tópico 6 União 
• Competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a 
competência suplementar dos Estados. 
• Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência 
legislativa plena, para atender a suas peculiaridades 
• A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei 
estadual, no que lhe for contrário. 
Direito Constitucional 
 
 
22 
7.1 Distrito Federal 
Como não se divide em municípios o DF concentrar as competências estaduais e 
municipais e a competência tributária dos municípios, mas não dispõe de competência 
matéria e legislativa sobre poder judiciário, MP, polícia civil, polícia militar, bombeiros, 
etc. 
8. Municípios 
Compete aos municípios legislar sobre todos os assuntos de interesse local 
a) competência legislativa exclusiva: legislar sobre assuntos de interesse local 
b) competência legislativa suplementar: suplementar a legislação federal e a estadual 
no que coube 
A CF garantiu a iniciativa popular de projetos de lei de interesse do município ou de 
bairros, através de manifestação de pelo menos 5% do eleitorado 
9. Territórios Federais 
Não são entidades federadas nem gozam de autonomia politica e por isso não compõem 
a federação, eles integram a união e sua transformação em estado ou reintegração ao 
estado de origem será regula por lei complementar 
Atualmente não existem mas podem ser criados por lei complementar, e serão dirigidos 
por um governador nomeado pelo presidente após aprovação do senado e se tiverem mais 
de 100 mil habitantes haverá órgãos do judiciário também 
10. Intervenção 
Ato politico, fundado na CF, que consiste na ingerência de uma entidade federada nos 
negócios políticos de outra entidade igualmente federada, suprimindo lhe 
temporariamente a autonomia por razões estritamente previstas na CF. 
Há duas hipóteses de intervenção, a intervenção da união nos estados e a intervenção dos 
estados na união. 
10.1 Causas de intervenção da união no estado 
I - manter a integridade nacional; II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da 
Federação em outra; III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública; IV - 
garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação.V - 
reorganizar as finanças da unidade da Federação que: a) suspender o pagamento da dívida 
fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior; b) deixar de 
entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos 
estabelecidos em lei; VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial; 
VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: a) forma 
republicana, sistema representativo e regime democrático; b) direitos da pessoa humana; 
c) autonomia municipal; d) prestação de contas da administração pública, direta e 
indireta. 
Direito Constitucional 
 
 
23 
A decretação da intervenção dependerá: 
I – nos casos citados acima, de solicitação do Poder Legislativo ou do Poder Executivo 
coacto ou impedido, ou de requisição do Supremo Tribunal Federal, se a coação for 
exercida contra o Poder Judiciário; II - no caso de desobediência a ordem ou decisão 
judiciária, de requisição do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça 
ou do Tribunal Superior Eleitoral; III -- de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, 
de representação do Procurador-Geral da República, III - de provimento, pelo Supremo 
Tribunal Federal, de representação do Procurador-Geral da República, IV - de 
provimento, pelo Superior Tribunal de Justiça, de representação do Procurador-Geral da 
República, no caso de recusa à execução de lei federal. 
10.2 Intervenção dos estados no município 
Ocorre por decreto do governador, nas hipóteses se: I – deixar de ser paga, sem motivo 
de força maior, por dois anos consecutivos a dívida fundada; II – não forem prestadas 
contas devidas; III – não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na 
manutenção e desenvolvimento de ensino e saúde; IV – TJ der provimento a 
representação para assegurar os princípios da constituição estadual. 
XIV. Organização dos poderes 
1. DO PODER LEGISLATIVO 
1.1. Órgãos do Poder legislativo 
O Poder legislativo no brasil é exercido por órgãos próprio e independentes aos quais se 
atribuiu a competência legislativa das entidades federadas, em razão da forma federal de 
estado e de sua estrutura tríplice, a Constituição brasileira proveu aUnião, os estados e 
os Município de competência legislativa que a exercem por meio de seus órgãos 
legislativos próprios. 
O órgão do poder legislativo da União é o congresso nacional que é composto pela 
câmara dos deputados e do senado federal, a câmara dos deputados são os eleitos do povo, 
eleitos pelo sistema proporcional com lista aberta onde se vota tanto no candidato como 
na legenda, o número de deputados federais não ultrapassará 513 representantes. 
O senado federal é a casa legislativa representativa dos estados, composta de senadores 
eleitos segundo o princípio majoritário, cada estado independentemente de sua 
população elegerá 3 senadores, com mandato de 8 anos. Porém a representação de cada 
estado será renovada de quatro em quatro anos, alternadamente por um e dois terços, o 
senado tem 81 senadores e cada senador é eleito com dois suplentes. 
O órgão do poder legislativo dos estados é a Assembleia Legislativa – no DF, chama-se 
câmara legislativa – que é órgão unicameral composto de deputados estaduais também 
eleitos pelo sistema proporcional para mandato de 4 anos. 
O órgão do poder legislativo dos municípios é a câmara dos vereadores que também é 
órgão unicameral composto de vereadores eleitos pelo sistema proporcional, em número 
cujo limite é fixado pela CF 
Direito Constitucional 
 
 
24 
No brasil o sistema eleitoral varia de cargos políticos, o presidente, governadores, 
prefeitos e senadores são eleitos pelo sistema majoritário enquanto os deputados estaduais 
e federais são eleitos pelo sistema proporcional com lista aberta. Para presidente e 
governador exige-se que o pleito se dê com maioria absoluta, não atingindo essa meta há 
2º turno com os dois candidatos mais votados, para prefeito só se exige segundo turno 
nos municípios com mais de 200.000 habitantes. 
1.2 Organização interna do poder legislativo 
A organização interna de cada casa legislativa compreende a estruturação dos órgãos 
indispensáveis a condução de seus trabalhos e ao desempenho se suas atividades. 
a) mesa diretora 
Todo órgão legislativo tem uma mesa, que é o órgão de direção da casa legislativa e 
responsável pela condução dos trabalhos legislativos e administrativos, as mesas da 
câmara e do senado, compõem-se, respectivamente, de deputados e senadores eleitos 
pelos seus próprios pares para mandato de 2 anos vedada a recondução para o mesmo 
cargo na eleição imediatamente subsequente. Já a mesa do Congresso nacional, que se 
compõe conjuntamente de deputados e senadores, não é formada por eleição pois a CF já 
iniciou quais serão os seus membros, entre aqueles que compõe as mesas da câmara e do 
senado, sendo a presidência ocupada pelo presidente do senado federal. 
b) comissões parlamentares 
São os órgãos de natureza técnica competentes para examinar as propostas legislativas 
em curso nas casas legislativas e sobre elas emitirem pareceres ou então para controlar e 
investir fatos relevantes e determinados. As comissões permanentes são as criadas por 
lei para durarem por tempo indefinido e com a finalidade de apreciar os assuntos ou 
proposições submetidas a ela são comumente conhecidas como comissões temáticas 
também, a exemplo do CCJ. Comissões temporárias são as ciadas para fins específicos 
e duram o tempo necessário para conclusão de seus trabalhos, são comissórias 
temporárias as comissões de inquérito. 
As comissões parlamentares de inquérito (CPI), são comissões necessariamente 
temporárias que podem ser criadas pela câmara dos deputados ou pelo senado, mediante 
requerimento de 1/3 dos seus membros para apuração de fato determinado e por prazo 
certo sendo as suas conclusões encaminhadas ao MP, as CPI’s tem poder de investigação 
restrito, não podendo assim determinar interceptação telefônica, monitoramento de 
comunicação telefônica, determinar buscar e apreensão, decretar prisões, etc. Podem no 
entanto mandar quebrar o sigilo fiscal e telefônico (restrito aos rastreamentos de ligações) 
c) policia legislativa e órgãos administrativos 
É o órgão de segurança interna das casas legislativas, responsável pelas atividades típicas 
de polícia, porem limitadas ao âmbito dos fatos ocorridos no recinto da câmara, senado e 
congresso. 
 
Direito Constitucional 
 
 
25 
1.3 o funcionamento dos órgãos do poder legislativo 
Os órgãos do poder legislativos desenvolvem suas atividades dentro de determinados 
períodos, que compreendem a legislatura (4 anos) e as sessões legislativas (reuniões 
anuais) e as sessões (reuniões diárias) 
As sessões preparatórias são aquelas destinadas a posse dos membros das casas e eleição 
das mesas, cada uma das casas legislativas se reunirá em sessão preparatórias, a partir de 
1º de fevereiro, no primeiro ano da legislatura. 
1.4 Atribuições do congresso nacional 
O congresso nacional dispõe, basicamente, de competências legislativas e competência 
de politicas próprias. Como órgão do poder legislativo o congresso, através de suas casas 
e sanção do presidente, dispõe sobre todas as matérias legislativas de competência da 
união. 
Porem como órgão político, dispõe de uma competência exclusiva, sem a sanção do 
presidente, de resolver definitivamente tratados, acordos ou atos internacionais que 
acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional, autorizar o 
presidente a declarar guerra, permitir que forças estrangeiras transitem pelo território 
nacional, autorizarem presidente e vice a se ausentarem do pais quando a ausência 
exceder 15 dias, aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de 
sitio, sustar atos normativos do executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos 
limites de delegação legislativa, etc. 
1.5 atribuições exclusiva da câmara dos deputados 
• Autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o 
Presidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado; 
• Proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao 
Congresso Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa; 
• Elaborar seu regimento interno; 
• Dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou 
extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para 
fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de 
diretrizes orçamentárias; 
• Eleger membros do Conselho da República 
1.6 Atribuições exclusivas do senado 
• Processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de 
responsabilidade, bem como os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, 
do Exército e da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza conexos com aqueles; 
• Processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros do 
Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público, o 
Procurador-Geral da República e o Advogado-Geral da União nos crimes de 
responsabilidade 
Direito Constitucional 
 
 
26 
• Aprovar previamente, por voto secreto, após argüição pública, a escolha de: 
magistrados, governador do território, ministro do tribunal de contas escolhido pelo 
presidente, presidente e diretor do banco central, procurador-geral da republica 
• Aprovar previamente, por voto secreto, após argüição em sessão secreta, a escolha 
dos chefes de missão diplomática de caráter permanente; 
• Autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da União, dos 
Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios; 
• Fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o montante da 
dívida consolidada da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;• Dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e interno 
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de suas autarquias e 
demais entidades controladas pelo poder público federal; 
• Dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União em operações 
de crédito externo e interno; 
• Estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; 
• Suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por 
decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal; 
• Aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a exoneração, de ofício, do 
Procurador-Geral da República antes do término de seu mandato; 
• Elaborar seu regimento interno; 
• Dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou 
extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para 
fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de 
diretrizes orçamentárias; 
• Eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII. 
• Avaliar periodicamente a funcionalidade do Sistema Tributário Nacional, em sua 
estrutura e seus componentes, e o desempenho das administrações tributárias da 
União, dos Estados e do Distrito Federal e dos Municípios. 
Ademais a câmara ou senado podem convocar ministro do estado ou outros cargos 
subordinados ao de presidente da república, para prestarem informações. 
1.7 Quórum para deliberações 
Em regra, as deliberações serão tomadas por maioria dos votos, presente a maioria 
absoluta dos seus membros, trata-se da maioria simples adotada como regra. O quórum 
de exceção só se aplica quando houver disposição constitucional expressa, pode envolver 
quóruns de maioria absoluta como por exemplo maioria de 3/5 para aprovação de 
emenda e maioria de 2/3 para a câmara dos deputados admitir acusação contra o 
presidente ou para o senado condenar o presidente por crime de responsabilidade 
1.8 Processo Legislativo 
Entende-se por processo legislativo um conjunto de atos, do legislativo e do executivo, 
interdependentes e contínuos, tais como, emendas constitucionais, leis ordinárias, leis 
complementares, leis delegadas, medidas provisórias, decretos legislativos e resoluções 
Direito Constitucional 
 
 
27 
• Lei ordinária trata do que que não tratar lei complementar, resolução e decreto 
legislativo 
• Lei delegada é elaborada e editada pelo presidente 
• Medida provisória não trata sobre matéria de nacionalidade, direitos e partidos 
políticos e eleitoral, direito penal, processual penal e civil, organização do poder 
judiciário e do MP, carreira e garantia dos seus membros, planos plurianuais, 
diretrizes orçamentarias, orçamento e créditos adicionais e suplementares, a que vise 
detenção ou sequestro de bens, reservada a lei complementar, e pendente de sanção 
ou veto do presidente 
• Medidas provisórias perdem eficácia se não forem convertidas em lei no prazo de 60 
dias, prorrogável uma vez por igual período 
• É vedada a reedição da medida provisória na mesma sessão legislativa, desde que esta 
senha sido rejeita ou perdido sua eficácia por decurso se prazo 
• Se a medida provisória não for apreciada em até 45 dias, contados da data se sua 
publicação, ela entra em regime de urgência em cada uma das casas ficando 
sobrestada todas as demais deliberações legislativas da casa em que estiver 
tramitando, até que ultime a votação da MP 
• As relações decorrentes da medida provisória devem ser disciplinadas por decreto 
legislativo 
1.9 Atos do processo legislativo 
a) Iniciativa legislativa, a faculdade que se atribui a alguém ou a algum órgão para 
apresentar projetos e lei ao Legislativo, pode ser conferida concorrentemente ou então é 
outorgada com exclusividade a uma pessoa ou a um órgão. 
b) as emendas, que constituem proposições apresentadas como acessórias a outra. Dão o 
direito de que os membros das Casas do Congresso possam sugerir modificações nos 
projetos de leis. 
c) Votação, é o ato decisório por meio do qual se aprova ou não o projeto apreciado. As 
casas do congresso deliberam separadamente, mas a CF prevê situações nas quais as casas 
deliberam em sessão conjunta, tais como: elaborar regime interno e regular criação de 
serviços comuns as duas casas, receber o compromisso do presidente e conhecer do veto 
e deliberar dele. 
d) Sanção e veto, que são os atos legislativos exclusivos do presidente da República. A 
sanção é a adesão do chefe do Executivo ao projeto de lei aprovado pelo Legislativo, a 
sanção pode ser expressa ou tácita, é expressa quando ocorre a assinatura do projeto e é 
tácita quando o silencio ultrapassa os 15 dias uteis. já o veto é o modo pelo qual o 
presidente exprime a sua discordância, não há veto na emenda a constituição, em decretos 
legislativos e em resoluções, nas leis delegadas e na lei resultante da conversão, ‘sem 
alterações” da medida provisória. 
e) Promulgação que é a comunicação aos destinatários da lei de que esta foi criada com 
determinado conteúdo, ou seja, o meio de se constatar a existência da lei. 
f) E, por fim, a publicação, que é a condição para a lei entrar em vigor e se tornar eficaz, 
realiza-se pela inserção da lei promulgada no jornal oficial. 
Direito Constitucional 
 
 
28 
• Quando a iniciativa competir ao presidente, ao STF, aos tribunais superiores e ao povo 
o projeto deve ser apresentado na câmara dos deputados 
• Presidente tem função privativa de criar cargos, funções ou empregos, aumento das 
suas remunerações, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria 
• Pra iniciativa popular é necessário de subscrição de, no mínimo, 1% do eleitorado 
nacional, distribuído em pelo menos 5 estados 
1.10 procedimentos legislativos 
a) procedimento ordinário, é o aplicável para elaboração de leis ordinárias é mais amplo 
e não se submete a prazos e compreende as seguintes fases: 
• Apresentação de projetos que em regra ocorre na câmara dos deputados 
• Exame do projeto pelas comissões permanentes que emitem pareceres 
• Deliberação ou votação 
• Revisão na casa legislativa revisora, que em regra é o senado, onde se repete todas as 
fases anteriores. 
O projeto de lei aprovada por uma casa é revisto pela outra em um só turno de discussão 
e votação e enviada diretamente a sanção se a casa revisora o aprovar ou será arquivada 
se o rejeitar, sendo o projeto emendado ele voltará para a casa iniciadora para se 
manifestar sobre as emendas, salvo se tratar de emenda redacional que não altera o texto 
aprovado na casa iniciadora 
A casa na qual tenha sido concluída a votação envia o projeto ao presidente que poderá 
veta-lo total ou parcialmente no prazo de 15 dias uteis contados da data do recebimento 
e comunicará dentro de 48 horas ao presidente do senado os motivos do veto. 
O veto será apreciado em sessão conjunta dentro de 30 dias a contar do recebimento só 
podendo ser rejeitado por maioria absoluta de cada casa, se o veto não for mantido o 
projeto será enviado para promulgação do presidente. Se o veto for mantido ele é 
arquivado. 
A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de novo 
projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros 
de qualquer das Casas do Congresso Nacional. 
b) Procedimento legislativo sumário, ocorre quando o presidente solicita urgência para 
apreciação de projetos de sua iniciativa, nesse caso cada casa do congresso dispõe de até 
45 dias para deliberar sobre o projeto, se não houver manifestação nesse prazo sobrestar-
se-ão todas as demais deliberações dasrespectivas casas, com exceção das que tenham 
prazo, até que ultime a votação 
c) procedimento legislativo especial são procedimentos específicos previstos para a 
elaboração de determinadas espécies normativas (emendas, leis complementares, leis 
delegadas, etc). 
1.11 Deputados e senadores 
a) prerrogativas: compreendem as imunidades, privilegio de foro, isenção do serviço 
militar, etc. 
Direito Constitucional 
 
 
29 
Por imunidade material os deputados e senadores são invioláveis civil e penalmente por 
quaisquer de suas opiniões, palavras e votos, se estendendo também aos deputados 
estaduais e vereadores. A imunidade formal é a proteção do parlamentar em face da prisão 
e do processo penal, eles não podem ser presos salvo em crime flagrante inafiançável, 
nesse caso os autos são remetidos a suas casas para que ocorra os devidos procedimentos, 
recebida a denúncia contra deputado ou senador, o STF notifica a casa que por voto da 
maioria absoluta dos seus membros podem sustar o andamento da ação, a imunidade 
formal estendem-se aos deputados estaduais mas não aos vereadores 
Os deputados e senadores, desde a expedição do diploma são submetidos a julgamento 
perante o STF e eles não são obrigados a testemunhas sobre informações recebidas ou 
prestadas em razão do exercício do mandato. 
• A incorporação as forças armadas dependem de previa licença da casa respectiva. 
• Suas imunidades subsistem durante o estado de sitio, só podendo ser suspensa 
mediante votação de 2/3 dos membros da respectiva casa, nos casos de atos praticados 
fora do recinto do congresso 
b) incompatibilidades 
Os deputados e senadores não poderão desde a expedição do diploma: a)firmar ou 
manter contrato com pessoa jurídica de direito publico, b) aceitar ou exercer cargo ou 
função remunerado 
E não poderão desde a posse: ser proprietários, controladores e diretores de empresa que 
gozem de favor decorrente de contrato com pessoa de direito público; ocupar cargo ou 
função pública; ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo. 
• Aplicados também aos deputados estaduais e vereadores 
c) perda do mandato 
• Que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior, são as 
incompatibilidades; (CASSAÇÃO) 
• Cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar; 
(CASSAÇÃO) 
• Que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões 
ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por esta autorizada; 
PERDA 
• Que perder ou tiver suspensos os direitos políticos; PERDA 
• Quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos nesta Constituição; PERDA 
• Que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado. CASSAÇÃO 
Para cassação é necessário voto da maioria absoluta da casa do parlamentar e a perda se 
dá por mero ato declaratória da mesa diretora 
 
 
 
Direito Constitucional 
 
 
30 
1.12 Tribunal de contas 
Os tribunais de conta são órgãos de natureza técnica que tem por finalidade auxiliar o 
poder legislativo na atividade de controle e fiscalização contábil financeira, orçamentária, 
operacional e patrimonial das entidades federadas e de suas respectivas administrações 
diretas e indiretas, o tribunal de contas é um órgão autônomo não se subordinando a 
nenhum poder, apenas age conjuntamente com o poder legislativo. 
No âmbito dos estados e dos municípios o controle externo é de competência das 
assembleias legislativas e das casas municipais com o auxílio do seu tribunal de contas, 
no caso dos municípios as câmaras municipais serão auxiliadas pelos tribunais de conta 
do estado 
O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do 
Tribunal de Contas da União, ao qual compete: 
• apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante 
parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento; 
• julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e 
valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e 
sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que 
derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário 
público; 
• Apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a 
qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas 
e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento 
em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, 
ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato 
concessório; 
• Realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de 
Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, 
financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos 
Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas no inciso II; 
• Fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a 
União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo; 
• fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante 
convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito 
Federal ou a Município; 
• prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas 
Casas, ou por qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil, 
financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e 
inspeções realizadas; 
• aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de 
contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa 
proporcional ao dano causado ao erário; 
• assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato 
cumprimento da lei, se verificada ilegalidade; 
Direito Constitucional 
 
 
31 
• sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à 
Câmara dos Deputados e ao Senado Federal; 
• representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados. 
2. DO PODER EXECUTIVO 
Ao chefe do poder executivo foram atribuídas as funções de chefia do estado, chefia do 
governo e chefia da administração no brasil essas funções são concentradas pelo 
presidente da república. 
2.1. Presidente da republica 
São substitutos do presidente da república, o seu vice, o presidente da câmara dos 
deputados, o presidente do senado e o presidente do STF. O vice além de ser o primeiro 
substituto é o único que pode suceder o presidente, em caso de impedimento do presidente 
ou do vice e na vacância destes serão sucessivamente chamado ao exercício da presidente 
de forma interina e provisória, o presidente da câmara, o do senado e o do STF. 
Vagando os cargos de presidente e vice, far-se-ão eleições direitas 90 dias depois de 
aberta a ultima vaga, quando a vancia se verificar nos dois primeiros anos do período 
presidencial, se ocorre nos últimos dois anos a eleição será indireta para ambos os cargos 
e será feita 30 dias depois da ultima vaga, pelo congresso nacional, para o escolhido 
realizar um mandato tampão. 
a) atribuições do presidente da república 
• Nomear e exonerar os Ministros de Estado; 
• Exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior da administração 
federal; 
• Iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituição; 
• Sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e

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