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TRIBUTÁRIO OAB

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Direito Tributário 
 
 
1 
I. Fontes do direito tributário 
a) CF: Não cria tributo apenas permite a sua criação dizendo como vai ser criada 
b) Lei complementar: É diferente da lei ordinária, trata sobre matérias da constituição 
federal e precisa de um quórum diferenciado – maioria absoluta para ser aprovada – ela 
tem a função de complementar a constituição. A lei complementar faz: 
• Dispor sobre conflito de competência tributária 
• Regula as limitações do poder de tributar 
• Estabelece normas sobre: Definição de tributos e sua espécie, fato gerador, 
prescrição, decadência 
• A lei complementar cria: Empréstimos compulsórios, impostos residuais, 
impostos sobre grande fortuna, contribuições previdenciárias residuais. 
• A constituição proibiu que medida provisória e lei delegada tratem sobre matéria 
da constituição federal 
c) lei ordinária: cria o tributo, além das obrigações acessórias, etc. 
d) lei delegada: criadas pelo presidente que solicita a delegação do congresso, pode tratar 
de matéria tributária desde que não indica matéria dedicada a lei complementar, etc. 
e) medida provisória: Criadas em situação de urgência pode ser adotada como força de 
lei, mas desde que não indaga a competência de outras leis. Caso a MP instituía ou majore 
o tributo ele só vai produzir efeitos no exercício seguinte se houve sido convertida em lei 
até o ultimo dia daquele em que foi editado. Exceções: II, IE, IOF, IPI e IMPOSTOS 
EXTRAORDINÁRIOS DE GUERRA. 
f) tratado: Lei superveniente não revoga tratado 
g) decreto legislativo: É um instrumento do congresso nacional para introduzir no 
ordenamento nacional o conteúdo dos tratados e convenções. Uma vez promulgado de 
status de lei ordinária. 
h) Convênio: É um ato normativo executivo infralegal que expressa, em matéria 
tributaria, um acordo entre os entes. A deliberação feita por convenio pode conceder e 
revogar benefícios relativos ao ICMS, através de lei especifica, para dar isenção, 
remissão, redução da base de cálculo, etc. 
II. Tributo 
Prestação pecuniária compulsória em moeda ou cujo valor nela possa se exprimir, que 
não constitua sanção de ato ilícito, seja instituída por lei e cobrada por autoridade através 
de atividade plenamente vinculada. 
1. Natureza jurídica 
É o fato gerador que determina a sua natureza, diz se ele é imposto, taxa, etc. 
• É imposto de independe de atividade estatal especifica 
• É taxa se a utilização do serviço público específico e divisível prestado ao 
contribuinte 
Direito Tributário 
 
 
2 
• Contribuição de melhoria se há uma valorização imobiliária decorrente de obras 
públicas 
2. Características dos tributos quanto a finalidade 
A) fiscal: Não há finalidade, apenas arrecadar para os cofres 
B) Parafiscal: O Sujeito competente para instituir o tributo delega a outro de direito 
público, paraestatal, a capacidade tributária – arrecadar, cobrar, fiscalizar – 
c) extrafiscal: não é meramente uma finalidade arrecadatória, mas sim de regular os 
serviços, bens, etc. 
3. Classificação dos tributos 
a) tributo vinculado: é aquele cujo fato gerador se vincula a contraprestação por parte 
do estado, ex: taxas, contribuições de melhoria 
b) tributo não vinculado: é aquele cujo fato gerador não se vincula a uma 
contraprestação por parte do estado, ex: impostos 
c) tributo de arrecadação vinculada: a arrecadação deve ser utilizada no fim que 
motivou a criação do tributo, ex: empréstimo compulsórios. 
d) tributo de arrecadação não vinculada: A receita da arrecadação pode ser usada 
livremente. Obs. Pelo princípio da não afetação é vedada a vinculação da receita de 
imposto com exceção da repartição de receitas. 
e) tributo fiscal: tem finalidade de arrecadar 
f) tributo extrafiscal: A finalidade principal não é arrecadatória mas sim regulatória 
g) tributo parafiscal: A arrecadação não é destinada aos entes federativos e sim aos 
órgãos fiscalizadores, ex: crea, oab 
h) tributo in natura: é aquele que o pagamento se dá em bens 
i) tributo in labore: é aquele que o pagamento se dá em serviços 
j) tributo direito: o sujeito passivo na obrigação é o mesmo que vai pagar o tributo 
k) tributo indireto: o sujeito passivo transfere o ônus do pagamento para outro 
l) tributo real: tributo sobre a coisa 
m) tributo pessoal: tributo sobre a condição pessoal da pessoa 
n) tributo proporcional: a alíquota é constante e ele não aumenta na proporção e que 
aumenta o valor que incide. 
o) tributo progressivo: A alíquota aumenta a proporção que os valores que incidem 
aumentam. 
p) tributo regressivo: a alíquota diminui proporcionalmente aos valores que incidem vão 
diminuindo 
 
Direito Tributário 
 
 
3 
4. Tipos de tributos 
a) imposto: tributo cuja obrigação tem por fator gerador uma situação independente não 
estatal 
• São de competência privada e taxativo 
• A união pode instituir imposto residual, através de lei complementar, que são 
aqueles impostos que não estavam previstos mas que podem ser criados desde que 
não sejam cumulativos e com fato gerador e alíquota diferente aos impostos 
comuns 
• União: II, IE, ITR, IR, IOF, IPI, IGF, imposto residual 
• Estados: ITCMD, IPVA, ICMS 
• Municípios: IPTU, ISS, ITBI 
b) Taxa: Surgem através do poder de polícia ou pela utilização efetiva ou potencial dos 
serviços públicos específicos e divisíveis. 
• Arrecadação não vinculada 
• Fato gerador vinculado e atuação do estado 
• CF veda base de cálculo igual aos impostos 
• Utilização do serviço público é efetivo quando usufruído a qualquer título, e 
potencial quando posto a disposição do contribuinte, pela administração. 
• O tipo de serviço é especifico quando destacado e divisível quando é possível a 
utilização separadamente por cada um. 
• Não é divisível, iluminação pública, limpeza das ruas, segurança pública, isso não 
é taxa 
• No caso da coleta de lixo, mesmo que a casa esteja vazia – ninguém more lá – a 
taxa é devida pois o serviço pois posto a disposição. 
• Para cobrança de taxa do poder de policia tem que realmente ocorrer o serviço 
não pode ser apenas colocado a disposição 
• Taxa é obrigação e tarifa é uma remuneração por um serviço público de relação 
contratual 
• Custas judiciarias e emolumentos são Taxas. 
c) contribuição de melhoria: decorrentes de valoração do imóvel por obras públicas. 
• Competência comum entre os entes 
• Ente tem que provar o nexo causal da obra e da valorização 
d) empréstimo compulsório: Tributos temporários que a União cobra para custear 
despesas urgentes, ficando obrigada a devolve-la assim que cessar a causa. 
• Caso de calamidade pública, guerra externa 
• Investimento público ou caráter urgente 
• Competência exclusiva da União através de Lei complementar. 
 
 
 
Direito Tributário 
 
 
4 
e) contribuições especiais 
• Privativo da união, exceção da COSIP (Contribuição de iluminação pública) que 
pertence aos municípios e da contribuição previdenciária social dos servidores 
que pertence ao ente q trabalha o servidor 
• Podem ter base de cálculo e alíquota iguais aos impostos menos as contribuições 
para financiamento de seguridade social que exige lei complementar. 
e1) Contribuição para seguridade social: Integram a receita do INSS é paraestatal as 
receitas arrecadas é destinada ao orçamento da seguridade social 
e2) Contribuição social residual: Outras contribuições que não designadas a seguridade 
social. 
e3) Intervenção domínio econômico (CIDE): é uma contribuição que intervém na 
economia 
OBS: Pedágio não é tributo 
III. Princípios 
A) Capacidade contributiva: cada um contribui na proporção das suas rendas e haveres, 
independente da disponibilidadefinanceiros 
B) legalidade: tributos não podem ser criados ou majorados se não for por lei 
• Município pode atualizar IPTU, mediante decreto em percentual superior ao 
incide de correção monetária 
• Sem lei estadual é vedado cobrar ICMS sobre fornecimento de alimentos e 
bebidas em restaurante. 
• Lei ordinária trata sobre cominação de penalidades 
• Isenção, remissão, anistia, redução da base de calculo só por LEI ESPECIFICA. 
• Ato do executivo (que não seja decreto) pode majorar, II, IE, IPI, IOF, CIDE, 
ICMS Combustíveis. 
c) isonomia: os entendes administrativos não podem instituir tratamento desigual aos 
contribuintes. 
d) irretroatividade: CF proíbe cobrança de tributos cujo fato gerador ocorreu antes da 
vigência da lei que o criou ou aumento, exceto: 
• Lei interpretativa: A lei retroage quando for interpretativa, excluída a aplicação 
da penalidade. Lei interpretativa é aquela que esclarece uma dúvida, veda-se a 
retroatividade das penalidades interpretadas. 
• Lei mais benéfica: As leis benéficas atingem os atos que não foram 
definitivamente julgados, quando deixa de definir como uma infração, que tenha 
penalidade menos severa e que deixe de trata-lo como contrário a qualquer ato ou 
omissão. 
 
Direito Tributário 
 
 
5 
e) anterioridade: vedado cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que foi 
criada ou aumentada se reduzir o tributo não se aplica esse princípio e não precisa de 
previsão da lei orçamentária. Exceto: 
• II, IE, IPI, IOF, imposto extraordinário de guerra, empréstimo compulsório, cide 
combustíveis, contribuição seguridade social, ICMS combustível. 
f) anterioridade nonagesimal: Não haverá cobrança de tributos se não decorrer no 
mínimo 90 dias após a promulgação da lei que o criou. 
• Empréstimo compulsório 
• II, IE, IR, IOF, impostos extraordinários de guerra 
• IPVA, IPTU (fixação base calculo) 
O Prazo dos 90 dias para a MP conta da sua publicação, mas se houver majoração não 
prevista na MP, na conversão, conta a partir da conversão. 
g) não-confisco 
A CF veda usar o tributo com efeito de confisco que é apreender os bens de alguém. 
h) não limitação ao tráfico de pessoas 
Vedado estabelecer limitação de pessoas ou trafego por meio de tributos interestaduais 
ou intermunicipais, salvo pedágio. 
i) Uniformidade geográfica 
É vedado a União instituir tributo que não seja igual em todo território nacional o que 
implique preferencia a território X. O mesmo vale para estados e municípios. 
j) “non olet” 
Para o fisco pouco importa se os rendimentos tributáveis tiveram ou não fonte licita ou 
moral. 
k) não discriminação em razão da procedência ou destino 
É vedado estabelecer diferença tributária entre bens e serviços em razão da sua 
procedência ou destino 
IV. Sistema Constitucional Tributário 
1. Competência tributária 
A competência para legislar sobre matéria tributária é concorrente entre os entes, a 
competência tributária também é a possibilidade de criar e majorar tributos. O ente tem a 
facultatividade de exercer na competência, ou seja, ele não é obrigado a criar os tributos 
que a CF autoriza. 
2. Capacidade tributária 
A capacidade tributaria é a capacidade de arrecadar e fiscalizar tributos, não legisla sobre 
tributação pois não tem competência apenas fiscaliza e arrecada, pois, o ente competente 
delega isso pra ele. 
Direito Tributário 
 
 
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• Não envolve competência legislativa que é intransferível 
• A pessoa com capacidade detém os privilégios e garantia que compete ao entende 
que o delegou. 
• A delegação pode ser revogada a qualquer tempo, por ato unilateral 
• Não se pode delegar a ente de direito privado 
3. Tipos de competência 
A) comum: A CF não diz quais tributos o ente deve cobrar, ele cobra aqueles que estão 
em seus âmbitos. 
B) privado: A CF diz claramente quais são os impostos que o ente pode cobrar 
C) cumulativa: Como o DF não se divide em municípios ele também cobra impostos 
municipais e nos territórios federais não tem competência tributária vai ser a união quem 
vai instituir eles. 
d) residual: competência da união em criar imposto não previsto na CF, é criado por lei 
complementar e não pode ter base de cálculo e alíquotas iguais aos impostos normais 
e) extraordinária: A união pode instituir na iminência de casos de guerra externa os 
impostos extraordinários compreendidos ou não na sua competência, eles são temporários 
e vinculados a causa da sua criação. 
4. Limitações ao poder de tributar 
• Princípios 
• Imunidades 
• Lei especifica para conceder benefícios fiscais 
• Vedação da União de isenção heterônoma 
• Vedação de tributação diferenciada da remuneração e proventos dos agentes 
públicos dos demais entes 
• Vedação da tributação diferenciada das rendas das obrigações das dividas 
públicas. 
5. Repartição de Receitas. 
A repartição das receitas só se dá com Impostos e CIDE combustíveis. 
O Fluxo é sempre União -> Estados -> Municípios e nunca, Estados -> União, Municipio 
-> Estados, etc. 
• É vedado aos estados e a união reterem a repartição mas eles podem condicionar 
a entrega. 
a) sistemática 
Existem duas formas a direta e a indireta. A direta é uma relação simples na qual a receita 
é repartida, a segunda é complexa é formado um fundo para depois ratear 
 
 
Direito Tributário 
 
 
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Receitas repartidas 
• União: II, IE, IGF, Impostos extraordinários de guerra 
• Estados = ITCMD 
• Municípios e DF = Todos 
REPARTIÇÃO DIRETA 
• Da união aos estados 
- 100% do IR pagos por suas autarquias e fundações 
- 20% do Imposto residual, instituído no exercício da sua competência. 
- 30% do IOF quando definido em lei como ativo do instrumento cambial 
• Da união para municípios 
- 100% do IR pago por suas autarquias e fundações 
- 50% do ITR neles situados ou 100% se o município fiscalizar e cobrar 
- 70% de IOF, se a lei definir como ativo financeiro ou instrumento cambial 
• Dos estados para os municípios 
- 50% do IPVA que estejam em seu território. 
- 25% do ICMS 
V. Imunidade tributária 
São situações em que a pessoa não pode ser atingida pelo tributo, as imunidades são 
encontradas na Constituição Federal 
1. Distinção 
Não Incidência é toda situação que não encontra no fato gerador; Isenção difere de 
imunidade porque a imunidade está prevista na CF e se ta na CF só pode ser imunidade. 
2. Imunidades em espécie 
a) reciproca: Veda aos entendes federados instituir impostos sobre o patrimônio, renda, 
ou serviço uns dos outros, exceções: tributos vinculados. 
• A reciprocidade é estendida as autarquias e fundações porem apenas aos serviços 
vinculados as finalidades essenciais. 
• A imunidade não se aplica ao patrimônio e a renda dos serviços relacionados a 
atividade econômica ou empreendido privado em que haja cobrança de tarifa 
• Se alguém compra um carro de uma autarquia, por exemplo, esse bem não 
mantem a imunidade o comprador paga IPVA 
b) imunidade dos templos: É vedado instituir impostos sobre patrimônio, renda, ou 
serviço dos tempos de qualquer culto. 
• O IPTU por exemplo fica imune se os templos alugarem um imóvel para um 
terceiro, mas para isso precisa usar o dinheiro do aluguel para os seus fins 
Direito Tributário 
 
 
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c) imunidade dos partidos políticos, suas fundações, das entidades sindicais, dos 
trabalhadores e das entidades de educação e assistência social sem fins lucrativos 
• Dizem respeito as pessoas jurídicas do direito privado 
• Abrangem o patrimônio 
• Devem atender os requisitos em lei 
Requisitos 
- Não distribuir qualquer parcela da sua renda ou patrimônio a qualquer título 
- Aplicar integralmente no país,os seus recursos 
- Conter escrituração das suas receitas 
- Instituição de educação e assistência não pode ter lucro dos seus sócios, o lucro tem 
que ser revertido em prol da própria instituição. 
d) imunidade dos livros, jornais periódicos: As livrarias, autores, etc., não são 
abrangidos, apenas os objetos e seus insumos 
e) músicas nacionais: videogramas, fonogramas são imunes, mas a replicação industrial 
é tributada. 
3. Taxas 
• Imunidade das taxas para assegurar direito de petição e obtenção de certidões 
• Assistência jurídica 
• Registro nascimento e certidão de objeto 
• Casamento civil 
• Gratuidade a transporte público aos maiores de 65 anos 
• Ações de habeas corpus e habeas data 
4. Contribuição Social 
• Assistência social 
• Seguridade social 
• Entidades beneficentes imunes a contribuição social 
VI. Vigência e aplicação da lei tributária 
1. Vigência espacial 
A lei tributária os deve vincular os fatos geradores ocorridos no território do ente 
tributário, a exceção a essa regra são os convênios e as normas gerais expedidas pela 
união. 
 
2. Vigência Temporal 
A lei tributária começa a vigorar 45 dias após sua publicação 
Sobre o principio da anterioridade nonagesimal: Entram em vigor no 1º dia do exercício 
seguinte a lei que majore ou institua imposto, que defina novas hipóteses de incidência, 
que extinga ou reduza isenção 
 
Direito Tributário 
 
 
9 
3. Aplicação 
É o momento em que ocorre o fato gerador e a lei é aplicada no fato gerador, essa lei será 
a lei vigente, ainda que posteriormente venha a ser revogada. 
a) aplicação imediata 
A legislação tributária se aplica aos fatos geradores e futuros pendentes 
b) aplicação retroativa 
(já mencionado) 
VII. Obrigação Tributária 
É toda obrigação que surge quando se realiza uma ação na legislação tributária 
1. Obrigação Principal 
A obrigação tributária principal é toda aquela obrigação em que há o pagamento de tributo 
ou penalidade pecuniária. 
2. Obrigação acessória 
É uma obrigação tributária de cunho não patrimonial e que enseja nos deveres que o 
contribuinte é obrigado a fazer, as obrigações acessórias são independentes da principal, 
elas existem. 
3. Fato Gerador 
É a hipótese que dá origem a criação do tributo, o fato gerador é a situação definida em 
lei como suficiente a sua ocorrência – fato gerador da obrigação principal – o fato gerador 
da obrigação acessória é qualquer situação prevista em lei que impõe a pratica ou 
abstenção do ato, que não configure obrigação principal 
a) momento da ocorrência do fato gerador 
• De fato: Desde o momento em que se verifique as circunstâncias materiais 
necessárias a produção do efeito 
• De direito: Desde o momento em que esta constituída. 
b) norma geral antielisão: é uma norma que desconsidera negócios fraudulentos para 
burlar a tributação, são eles. 
• Evasão fiscal: É a ocultação do fato gerador, aos olhos do fisco, na evasão de se 
tenta mascarar o fato gerador 
• Elisão: é uma conduta licita, visa reduzir a carga tributária incidente sobre 
mercadorias ou serviços, ocorre antes do fato gerador. 
• Elusão: é uma forma que aparentemente não se trata de uma forma ilícita de 
isenção de tributo, mas adota-se meios artificiosos e atípicos, para não pagá-lo, 
também conhecido como elisão ineficaz, pois possibilitaria que o fisco 
descobrisse a ação e lançasse o tributo que era para ser isento. 
 
Direito Tributário 
 
 
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4. Tipos de sujeito 
O sujeito ativo é aquele, titular, da competência para exigir o seu cumprimento, o sujeito 
ativo tem a obrigação de administrar o tributo e desenvolver todas as atividades como 
cobrar, arrecadar, fiscalizar, quanto a cobrança não se admite a solidariedade ativa dos 
entes. 
O sujeito passivo é o obrigado a pagar o tributo ou realizar certos deveres. Pode se dividir 
em contribuinte e responsável, contribuinte é aquele que deu ensejo ao fato gerador, é 
quem praticou a conduta e responsável é um terceiro vinculado ao fato gerador que 
responde solidariamente ou subsidiariamente. 
5. Solidariedade 
Pessoas solidarias são as designadas por lei ou as que tinham interesse na obrigação 
a) benefício de ordem 
A solidariedade tributaria não comporta benefício de ordem 
b) efeitos da solidariedade 
• Pagamento efetuado por um aproveita os outros 
• A isenção ou remissão exonera todos, salvo outorgado pessoalmente a um, 
subsistindo nesse caso a solidariedade com o restante do saldo 
• Prescrição beneficia ou prejudica todos 
6. Capacidade passiva 
É a aptidão para ser sujeito ativo ou passivo da obrigação 
7. Domicilio Tributário 
Regra geral é a eleição pelo sujeito passivo, regra supletiva a essa é a de que vai ser 
considerado o domicilio o lugar onde estiverem os seus bens, ou da ocorrência do fato 
gerador das obrigações. 
VIII. Lançamento Tributário 
É o procedimento no qual a autoridade verifica a ocorrência do fato gerador, define o 
montante, a matéria tributável, identifica o sujeito passivo, em regra, aplica-se a lei 
regente a época do fato gerador mas há exceções. 
• Ampliação de poderes investigação 
• Instituição de novos critérios de apuração ou fiscalização 
1. Modalidades de Lançamento 
A) “Ex Officio” ou direto: É realizado pelas autoridades sem a colaboração do sujeito 
passivo, ex: IPTU, IPVA 
• Por determinação da lei 
• Declaração fora de prazo ou exigida 
• Falsidade, erro ou omissão em elemento de declaração obrigatória 
Direito Tributário 
 
 
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• Fato não conhecido ou provado em lançamento anterior 
• Omissão na homologação do lançamento 
b) Declaração: Efetuado com base na declaração do sujeito passivo 
• A retificação por isso quando vise excluir ou reduzir o tributo só é possível 
mediante a comprovação do erro e antes de notificado o lançamento, a autoridade 
tem que corrigir obrigatoriamente as informações obtidas. 
c) Homologação: É aquele em que o contribuinte antecipa o pagamento e a autoridade 
homologa, se lei não fixar prazo a homologação será de 5 anos, se a lei estabelecer outro 
prazo esse não pode ser maior do que os 5 anos 
2. Hipótese de alteração 
• Impugnação sujeito passivo: É aquele em que o sujeito entra contra a fazenda para 
não ser cobrado do tributo 
• Recurso de oficio: É a possibilidade do ente recorrer da decisão que não lhe seja 
favorável 
3. Crédito Tributário 
O credito tributário é o que estado pode exigir do particular o pagamento de tributo ou de 
penalidade pecuniária. O crédito tributário independe da obrigação porque a obrigação 
vai existir mesmo que o credito não exista mas o credito não existe sem a obrigação, ele 
só é exigível após o lançamento tributário pois o lançamento constitui justamente o 
credito tributário. 
IX – Suspensão do crédito tributário 
A suspensão do crédito tributário nada mais é do que a suspensão da sua exigibilidade, 
ou seja o tributo não vai poder ser cobrado, a suspensão se divide em duas. A suspensão 
prévia é anterior ao lançamento e é um impedimento a sua exigibilidade, a suspensão 
posterior ocorre após a constituição do crédito quando esse já é exigível. A suspensão do 
crédito tributário se dá nas seguintes situações: a) moratória, b) deposito do seu montante 
integral, c) reclamações e recursos, d) concessão de medida liminar em mandado de 
segurança, d) concessão de medida liminar ou tutela antecipada em outras situações, e) 
parcelamento 
A consequência pratica da suspensão é o impedimento, ainda que temporário, da cobrança 
do credito. O sujeito passivo com dividas tributarias suspensas tem direito a certidão 
positiva com efeito de negativa. 
1. Moratória 
É a dilação do prazode vencimento do tributo, que pode ocorrer antes ou durante o prazo 
originalmente fixado para pagamento ou se já vencido a concessão de novo prazo pode 
ser concedida em caráter geral e individual e não pressupõe litigio contra o estado 
• A moratória sempre vai depender de lei. 
• Concedida por despacho de autoridade administrativa, desde que autorizada por 
lei. 
Direito Tributário 
 
 
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a) moratória em caráter geral: É concedida em razão de aspectos objetos definidos pela 
lei instituidora, ex: moratória de “n” meses para todos os sujeitos passivos de determinada 
região, na CF há uma espécie de “moratória heterônoma” que é quando a união concede 
a medida para tributos de outros entes, se simultaneamente conceder para os de sua 
competência e para as obrigações de direito privado 
b) moratória em caráter individual: É aquele que é autorizada por lei mas depende de 
um despacho da autoridade administrativa para o seu reconhecimento, nesse caso o 
beneficiário deve cumprir certos requisitos e provar sua situação e assim como a 
concessão de isenção em caráter individual não gera direito adquirido. 
• Se o beneficiário não cumprir as condições ou requisitos e agiu com dolo ou 
simulação sofre penalidade, e o tempo entre a concessão e a anulação não se 
computa para efeito de prescrição 
A lei deve prever o prazo de duração da medida, as condições para sua concessão, os 
tributos que se aplica, etc. Se ela não dispuser só os créditos definitivamente constituídos 
a data da concessão serão atingidos pela medida. 
2. Depósito do montante integral 
É uma garantia do credor e não um pagamento, de maneira voluntaria o sujeito deposita 
para conseguir a suspensão da exigibilidade do crédito tributário, difere da consignação 
em pagamento – causa de extinção do crédito – porque quem consigna quer pagar e o 
depositário não quer pagar e sim discutir o débito 
a) deposito judicial: Pode ser feito antes ou depois do lançamento e pode ser feito no 
momento da impetração da ação judicial ou depois, no curso do processo e nos mesmos 
autos, é uma providencia para conseguir o efeito de suspender o credito tributário, o 
deposito é necessário porque a simples ação judicial não vai suspender o crédito, salvo se 
houver liminar, as instituições financeiras em que se efetuam o deposito é definida por 
lei ordinária, no final do processo se o fisco ganhar o deposito se transforma em renda 
e ele colhe o pagamento mas se o contribuinte ganhar ele levanta o seu depósito. 
3. Reclamações e recursos no processo administrativo 
Uma vez efetuado o lançamento, cabe defesa, contra a exigência do fisco que verse sobre 
qualquer elemento que ele entenda ser impugnável. 
Os encargos incidentes sobre o credito constituído (multas, juros, etc) não deixam de 
correr durante o andamento do processo, enquanto não exarado provimento final no 
processo administrativo o sujeito passivo tem direito a certidão positiva com efeito de 
negativa. 
• No litigio administrativo os recursos e reclamações suspendem a exigibilidade, 
mas no litigio judicial só ocorre a suspensão se acompanhado de medida liminar 
requerida para esse fim. 
4. Parcelamento 
O parcelamento será concedido na forma e na condição estabelecida por lei específica, 
salvo disposição de lei em contrário, não exclui a incidência de juros e multas. 
Direito Tributário 
 
 
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5. Concessão de medida liminar ou tutela antecipada 
X – Extinção do Crédito Tributário 
Extinção do crédito tributário é qualquer ato jurídico ou fato jurídico que faça 
desaparecer a obrigação respectiva. A extinção ocorre nas seguintes modalidades: 
1. TIPOS DE EXTINÇÃO 
1.1. Pagamento 
Pagamento é o cumprimento do objeto da prestação tributária em moeda nacional ou cujo 
valor nela possa se exprimir, no direito privado o pagamento da clausula penal substitui 
a obrigação descumprida, no direito tributário isso não ocorre o valor destas vai somar 
com o tributo não sendo possível essa substituição, o pagamento de um credito não 
presume nem o pagamento de parcelas que o antecedem nem dos outros referentes ao 
mesmo ou a outros tributos 
• O pagamento se dá no domicilio do credor e o tempo para pagamento é instituído 
por lei, sendo esta omissa, será no prazo de 30 dias após notificação do 
lançamento 
• É permitido desconto para os adimplementos antecipados 
• A mora é automática não é necessária interpelação do devedor 
• Não se pode pagar tributo com bens e/ou serviços, só em pecúnia. 
• Imputação é quando o sujeito passivo deve a um mesmo sujeito ativo mais de um 
debito referente a um ou mais tipos tributários, o fisco pode determinar a 
imputação do crédito na ordem estabelecida. 
1º Débitos por obrigação própria, débitos decorrentes de responsabilidade trib. 
2º Contribuições de melhoria, taxas, impostos. 
3º Na ordem crescente dos prazos de prescrição 
4º Na ordem decrescente dos montantes. 
 
1.2. Homologação do pagamento antecipado 
Homologação é quando o sujeito passivo pagar o tributo sem prévio exame da autoridade 
administrativa e está tomando conhecimento da atividade exercida pelo obrigado, o 
homologa. Esse pagamento é feito antecipado porque é feito antes do lançamento, daí a 
extinção não se operar no momento do pagamento, mas no da homologação. 
1.3. Decadência 
É causa extintiva do próprio direito pelo seu não exercício no prazo estipulado em lei, 
então se o estado não lança o tributo no prazo legal, ele decai, e se extingue, se o sujeito 
passivo pagar o tributo tem direito a restituição 
Sobre a contagem do prazo, prazo inicial será de 5 anos mas seu início varia de acordo 
com as situações do CTN: 
a) do primeiro dia do exercício seguinte aquele em que o lançamento poderia ter sido 
efetuado 
Direito Tributário 
 
 
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b) Da data em que tenha sido iniciada a constituição do credito tributário pela 
notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatória indispensável ao 
lançamento: São atos do fisco que informam ao sujeito passivo de que uma ação fiscal 
foi iniciada, visando apurar a ocorrência dos fatos geradores e lançar o crédito 
c) da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vicio 
formal, o lançamento anteriormente efetuado: nesse caso o lançamento já foi efetuado, 
mas foi anulado ai vai abrir novamente um período de cinco anos para que o credito seja 
instituído por um lançamento substitutivo. 
d) da data do fato gerador, para os tributos sujeitos a homologação: se a lei não fixar 
prazo para a homologação, ele será de 5 anos a conta da ocorrência do fato gerador, 
expirado esse prazo e a fazenda não se pronunciar o credito considera-se homologado e 
extinto, exceto se o sujeito passivo não pagou nada ou não tinha intenção de pagar. 
e) Prazos decadenciais para os tributos sujeitos a homologação do lançamento 
Antecipação total ou parcial do valor do tributo 
• Regra mais benéfica, decadência contada a partir do fato gerador da obrigação 
Não antecipação de nenhuma quantia a título de recolhimento ou existência de dolo, 
fraude, simulação 
• Decadência contada a partir do primeiro dia do exercício seguinte aquele em que 
o lançamento deveria ter sido efetuado 
1.4. Prescrição 
É a causa extintiva da pretensão de direito material pelo seu não exercício no prazo 
estipulado por lei, ou seja, extingue-se a exigibilidade do direito 
1.4.1 inicio do prazo de prescrição 
O prazo só se inicia com a violação ao direito do fisco, que marca o início da exigibilidade 
do credito, no primeiro dia seguinte ao vencimento do prazo dado ao sujeito passivo para 
adimplir o credito tributário definitivamente constituído, mas se concomitante a esse 
prazo para pagamentocorre o prazo para impugnar e ocorra a impugnação e suspensão, 
não corre a prescrição porque o debito ainda não é exigível. 
1.4.2 interrupção do prazo prescricional 
a) despacho de juiz quer ordenar a citação em execução fiscal 
b) protesto judicial 
c) qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor, 
d) qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento do 
debito pelo devedor 
e) fim do prazo da suspensão da execução fiscal por um ano. 
 
Direito Tributário 
 
 
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1.4.3 suspensão do prazo prescricional 
• Hipoteses de suspensão do crédito tributário 
• Durante a suspensão, por um ano, da execução fiscal, quando não encontrado bens 
penhoráveis 
• Anulação, por motivo de dolo ou simulação, da moratória, parcelamento, 
remissão, isenção e anista concedida em caráter individual 
1.5. Compensação 
A lei pode, nas condições e garantias que estipular, autorizar a compensação dos créditos 
tributários com créditos líquidos e certos, vencidos ou vincendos do sujeito passivo contra 
a fazenda. 
• É vedada a compensação mediante o aproveitamento de tributo que seja objeto de 
contestação judicial pelo sujeito passivo, antes do transito em julgado da 
respectiva decisão judicial 
1.6. Transação 
A lei pode facultar nas condições que estabeleça aos sujeitos ativos e passivos da 
obrigação tributária, celebrar transação que mediante concessões mutuas, importe em 
terminação do litigio e extinção do crédito tributário. 
• A transação sempre leva a extinção total do credito, mesmo quando o valor a ser 
recolhido não satisfaça integralmente a obrigação 
1.7. Remissão 
É o perdão da dívida, e no direito tributário diferentemente do civil o remitido tem que 
aceitar a remissão. 
• Qualquer remissão relativa a imposto, taxas e contribuições só poderá ser 
concedida por lei especifica que regule exclusivamente a matéria 
• A remissão não gera direito adquirido e pode ser anulada. 
1.8. Dação em pagamento 
Também depende de autorização legal, só se aceita bens imóveis. 
1.9. Conversão de deposito em renda 
É aquele deposito que o sujeito passivo dá como garantia na via judicial para que possa 
litigar contra os créditos da fazenda, no entanto se ele perder o deposito que ele deu como 
garantia vai se converter em renda e o credito será extinto 
1.10. Consignação em pagamento 
A ação de consignação em pagamento extingue o crédito tributário existente para o sujeito 
passivo, que usa tal medida pois não consegue efetuar o pagamento, por a Fazenda 
Pública não aceitar tal pagamento. 
 
 
Direito Tributário 
 
 
16 
Porém é direito do sujeito passivo efetuar o pagamento do tributo, e dispõe o CTN, 
artigo 164 os casos em que tal ação pode ser proposta, são os tais casos: (I) de recusa de 
recebimento, ou subordinação deste ao pagamento de outro tributo ou de penalidade, ou 
ao cumprimento de obrigação acessória; (II) de subordinação do recebimento ao 
cumprimento de exigências administrativas sem fundamento legal; (III) de exigência, por 
mais de uma pessoa jurídica de direito público, de tributo idêntico sobre um mesmo fato 
gerador. 
Sendo que a consignação só pode versar sobre o crédito que se propõe pagar (CTN, 
artigo 164, § 1º). 
Se for julgada procedente a ação, considera-se efetuado o pagamento, convertendo-se a 
importância consignada em renda, porém, se julgada improcedente a consignação no todo 
ou em parte, cobra-se o crédito acrescido de juros de mora, sem prejuízo das penalidades 
cabíveis (CTN, artigo 164, § 2º). 
1.11. Decisão administrativa irreformável 
A decisão administrativa, irreformável, pode extinguir o crédito tributário, mesmo 
quando este se encontre em constituição. Anula o lançamento já feito ou em elaboração. 
Irreformável quer dizer que não pode ser reexaminada pela administração e não mais 
possa ser objeto de ação anulatória, a decisão administrativa que gera a extinção é aquela 
que, em sede de impugnação ou recurso do sujeito passivo, “encerra o procedimento 
administrativo de lançamento”. 
1.12. Decisão judicial 
A decisão judicial transitada em julgado, que decida pela invalidade do lançamento, 
extingue o crédito tributário. Anula o lançamento já feito ou em elaboração. Na extinção 
do crédito tributário validamente constituído há extinção da condizente obrigação 
tributária. No desfazimento do procedimento de constituição do crédito tributário, 
extingue-se apenas o crédito, como realidade formal, considerando inexistente a 
obrigação. Mas se exitia em face de ser o açulamento por vício formal, enseja novo 
lançamento. 
2. REPETIÇÃO DO INDÉBITO TRIBUTÁRIO 
Repetição de indébito tributário refere-se à possibilidade do direito do contribuinte 
pleitear, junto às autoridades fazendárias, a devolução de tributo pago indevidamente ou 
nas demais hipóteses listadas pela Lei. 
2.1 Hipóteses de restituição 
• Cobrança ou pagamento espontâneo de tributo indevido ou maior que o devido 
• Reforma, anulação ou rescisão da decisão condenatória 
• Erro na identificação do sujeito passivo, na determinação da alíquota aplicável, 
do cálculo do montante do debito 
2.2 Restituição de tributos indiretos 
A restituição dos tributos que importem transferência do encargo financeiro somente vai 
ser feita para quem comprovar quem assumiu de fato o encargo ou no caso de ter 
transferido mostrar que está autorizado a recebe-la. 
Cabe restituição do tributo pago indevidamente, quando reconhecido por decisão que o 
contribuinte de direito não recuperou do contribuinte de fato, o quantum respectivo. 
Direito Tributário 
 
 
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2.3 Extinção do direito a restituição 
Prazo de 5 anos, contados: 
• Da data de extinção do credito tributário nas hipóteses de: cobrança ou pagamento 
espontâneo de tributo indevido ou maior que o devido ou erro na identificação do 
sujeito passivo, na determinação da alíquota aplicável, etc. 
• Da data em que se tornar definitiva a decisão de: reforma, anulação, revogação. 
2.4 Prazo para anular ato administrativo denegatório 
Quando se perde na via administrativa o sujeito tem prazo de 2 anos – contados da 
intimação da decisão administrativa - para entrar na via judicial para anular a decisão 
administrativa e conseguir a restituição, a prescrição é interrompida pelo início da ação 
judicial e seu curso recomeça pela metade a partir da data da intimação valida feita ao 
representante da fazenda interessada, (no entanto se a interrupção ocorrer antes de 1 ano, 
ex, 4 meses, a fazenda vai ser intimida e o prazo vai voltar a correr por mais 1 ano e 8 
meses, por exemplo) 
2.5 Restituição dos acréscimos legais 
Com a restituição do indébito há o ensejo do contribuinte ter a restituição dos acréscimos 
legais incidentes, juros, etc. 
XI – Exclusão do crédito tributário 
Excluir é impedir que o crédito se constituía, ocorre a exclusão, portanto, antes do 
lançamento da obrigação. 
1. ISENÇÃO 
A isenção é uma exceção a hipótese legal de incidência do tributo e só pode ser criada 
por lei, instituída por lei. 
• Quanto a forma de concessão a isenção pode ser absoluta que é aquela isenção 
de caráter geral e a solene que é a de caráter individual quando necessite de um 
despacho da autoridade administrativa 
• Quanto a sua natureza, a isenção pode ser onerosa ou condicionada que é aquela 
em que o sujeito precisa se enquadrar em um tipo legal ou realizar determinado 
ato para conseguir a isenção e gratuita ou incondicionada. 
• Quanto a abrangência pode ser ampla abrange todo o território, restrita abrange 
determinadas regiões e setorial que abrange determinados segmentos 
econômicos. 
• Quanto aos elementos, pode ser objetiva se concedida emfunção do fato gerador 
da obrigação, ex, isenção de IPVA ou subjetiva se concedida em favor do sujeito, 
ex, isenção da ipva para taxistas. 
• As isenções não se estendem as taxas e contribuições de melhoria nem aos 
tributos instituídos após a sua concessão. 
A concessão de isenção em caráter individual não gera direito adquirido e pode ser 
anulada, no entanto se ela foi posta com prazo certo e condição determinada ela gera 
direito adquirido e não pode ser revogada. 
 
Direito Tributário 
 
 
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2. ANISTIA 
É o perdão das infrações a legislação tributária, tem natureza penal pois extingue a 
punibilidade do sujeito passivo infrator, como impede a constituição do credito tributário 
não se confunde com a remissão. 
A anistia de caráter geral independe de qualquer formalidade exigida do beneficiado a 
de caráter limitado pode, ou não, exigir alguma comprovação por parte do anistiado e 
diferentemente da isenção de caráter limitado a anistia de caráter limitado não é 
necessariamente obrigada a ter autorização por despacho de autoridade. 
Também não gera direito adquirido e pode ser anulada caso o anistiado não satisfaça ou 
deixe de satisfazer as condições ou requisitos para a concessão. 
2.1 Vedação a concessão 
Nem toda infração pode ser perdoada pois a anistia não abrange as seguintes situações 
• Infrações posteriores a lei concessiva 
• Atos qualificados como crime ou contravenções 
• Atos praticados com dolo, fraude, simulação 
• Infrações resultantes de concluio entre duas ou mais pessoas 
2.2 Tipologia 
A anistia pode ser de caráter geral ou individual e ela difere da isenção porque a anistia 
em caráter individual pode ou não prescindir de um despacho da autoridade 
administrativa, a anistia também não gera direito adquirido 
2.3.2 Anistia de caráter individual 
Pode ou não exigir alguma comprovação por parte do anistiado, são causas: 
• As infrações relativas a determinados tributos 
• As penalidades de até determinado valor, conjugadas ou não com penalidades de outra 
natureza 
• Ao pagamento do tributo no prazo fixado por lei 
• A determinada região do território em função de condições peculiares. 
XII. Garantias e preferencias do credito tributário. 
1. Garantias 
São instrumentos legais ou contratuais que asseguram a fruição de direitos, essas 
garantias não impedem que leis ordinárias dos entes tributantes criem outras em função 
da natureza ou das características do tributo a que se refiram, essas garantias são taxativas 
e não permitem que outras garantias sejam criadas por lei 
A natureza das garantias não interfere nem modifica a natureza da obrigação tributária, 
assim mesmo que um devedor garanta uma dívida tributária com um título cambiário, 
caso não honre, será cobrado em via própria por execução fiscal. 
a) responsabilidade patrimonial 
As totalidades do patrimônio do devedor respondem pelas dividas tributarias, isso inclui 
até os bens gravados com ônus real ou clausula de impenhorabilidade, a exceção são os 
bens absolutamente impenhoráveis 
Direito Tributário 
 
 
19 
b) Presunção relativa de fraude na alienação ou oneração de bens 
A partir do momento em que o credito tributário é regularmente inscrito em dívida ativa, 
qualquer alienação de bens e rendas por parte do devedor, será presumidamente 
fraudulenta, independentemente de haver ou não animus de fraudar. 
Para que ocorra a frauda o devedor deve alienar os bens quando inscrito em divida ativa 
e desde que não tenha sido reservado elo devedor bens ou rendas suficientes ao total do 
pagamento da divida ativa 
c) indisponibilidade de bens e direitos 
o credito tributário não pago é obrigatoriamente inscrito em dívida ativa, para ser cobrado 
judicialmente, quando é inscrito é presumido líquido e certo, na execução fiscal se o 
devedor for citado e não pagar nem apresentar bens a penhora e nem forem encontrado 
esses bens o juiz deve determinar a indisponibilidade de seus direitos e bens, aos órgãos 
que promovem registro de transferências de bens, aos bancos e mercado de capitais. 
2. Preferencias. 
É a preferência que o credito tributário vai ter em relação às outras dividas do devedor. 
a) preferencia geral do crédito tributário 
Em regra, credito tributário prefere a qualquer outro, qual seja a sua natureza ou tempo, 
as exceções ficam por conta dos créditos decorrente da legislação do trabalho e do 
acidente de trabalho, e no caso de falência, quando mais alguns tipos de crédito tem 
recebimento prioritário. 
b) preferência em casos de falência 
Na falência os créditos abaixo tem prioridade sobre os tributários 
• Créditos extraconcursais 
• Créditos trabalhistas e acidentários 
• Importâncias passiveis de restituição 
• Créditos com garantia real. 
No caso de haver dividas tributarias na massa falida que componham os créditos 
concursais, esse terá preferência sobre os outros e para contesta-los é necessário garantir 
a instancia ou reservar bens suficientes a sua satisfação 
• As multas tributárias tem preferência apenas aos créditos subordinados, para efeito de 
preferência as multas foram excluídas do conceito de credito tributário. 
c) inventário, arrolamento e liquidação de pessoa jurídica 
Os créditos tributários tem preferência absoluta nos processos de arrolamento, inventario 
e liquidação de pessoas jurídicas e a contestação deles exige garantia de instancia ou 
reserva de bens suficientes ao adimplemento total da dívida. 
 
 
 
Direito Tributário 
 
 
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d) não sujeição a concurso e a habilitação 
Os créditos tributários não se sujeitam a concurso de credores nem a qualquer tipo de 
habilitação, isto é, a fazenda não precisa se habilitar na falência, inventário, etc. No 
entanto essa não sujeição não implica sobreposição sobre os haveres daqueles credores, 
em quem ações de execução individuais, já tenham conseguido a penhora de bens para a 
satisfação dos seus direitos. 
Exceção a isso é quando mais de uma pessoa jurídica de direito publico é credora do 
mesmo devedor, por tal situação o CTN estabelece uma hierarquia entre as preferencias 
atribuída ao credito tributário, é o concurso de preferencias 
Tem preferencia, a união e suas autarquias, o estado e suas autarquias conjuntamente e 
pro rata e os municípios e suas autarquias conjuntamente e pro rata. 
3. Quitação 
A exigência de quitação de que os tributos foram pagas é exigida quando: 
• Sentença de extinção das obrigações do falido 
• Concessão de recuperação judicial 
• Sentença de adjudicação ou partilha 
• Aceitação de proposta em concorrência pública e celebração de contrato com a 
administração, salvo, quando está a dispensar a quitação 
XIII. Responsabilidade tributária 
A responsabilidade tributária define quem é responsável pelo pagamento do tributo. Essa 
responsabilidade pode ter dois sentidos, um amplo e um restrito. 
No sentido amplo, é a submissão de determinada pessoa (contribuinte ou não) ao direito 
do fisco de exigir a prestação da obrigação tributária (ou seja, o pagamento de 
determinado tributo). Essa responsabilidade pelo pagamento dos tributos (sentido amplo) 
corresponde à sujeição passiva em matéria tributária e abrange, nos termos do art. 121 do 
CTN, o contribuinte e o responsável (sentido estrito), O contribuinte é o sujeito passivo 
direto da obrigação tributária. Ele tem obrigação direta pelo pagamento do tributo. Sua 
capacidade tributária é objetiva, pois decorre da lei, não de sua vontade. 
No sentido estrito, o responsável é o sujeito passivo indireto da obrigação tributária. Ele 
não é vinculado diretamente com o fato gerador, mas por imposição legal, é obrigado a 
responder pelo tributo. Ainda que sua vinculação com o fatogerador não seja direta e 
pessoal (características do contribuinte), para que seja possível a responsabilização de 
terceiros há que existir uma relação deste com o fato gerador. 
Pré-requisitos para a atribuição de responsabilidade 
• É obrigatória sua veiculação em lei 
• Só pode ser atribuída a terceiro vinculado ao fato gerador da obrigação 
• Deve ser prevista expressamente 
• Não pode o tipo legal criado conflitar com aqueles previstos no CTN 
 
Direito Tributário 
 
 
21 
1. Tipologia da responsabilidade tributaria 
a) substituição: a lei desde logo põe o terceiro no lugar da pessoa que naturalmente seria 
tida por contribuinte; b) transferência: a obrigação de um devedor, é deslocada para 
outra pessoa em razão de algum evento. 
1.1 Gradação da responsabilidade 
a) solidária: quando mantem o devedor originário e o responsável num mesmo patamar 
de exigibilidade 
b) subsidiaria: quando o fisco cobra primeiro do contribuinte, e este sendo insolvente, o 
credito é obrado do responsável 
c) exclusiva: quando a cobrança recai somente sobre o responsável, afastando o devedor 
originário e o eximindo de qualquer obrigação perante o fisco 
1.2 Substituição tributária 
É uma imputação legal da responsabilidade por fato gerador praticado por terceiro, que 
arca com o ônus tributário de maneira própria. 
a) substituição tributária “para frente” 
É quando a lei impõe ao substituto – geralmente produtor de bebidas, cigarros, 
combustíveis, etc – a responsabilidade pelo recolhimento de obrigações oriundas de fatos 
geradores futuros, cujos acontecimentos, presume-se acontecerão no decorrer da cadeia 
de circulação do produto, é uma antecipação de recolhimento. 
b) substituição tributária para trás 
Ocorre quando o substituto que é um contribuinte direto (comerciante ou industrial) 
adquire mercadoria de outro contribuinte, em geral de produtores de pequeno porte, 
responsabilizando-se pelo pagamento do tributo substituto e pelo cumprimento das 
obrigações tributarias, é o adiantamento do recolhimento do tributo. 
2. Responsabilidade tributária no CTN 
2.1 Responsabilidade por sucessão 
É quando o credito tributário se constitui depois da obrigação tributaria 
a) adquirente de bem imóvel 
O comprador de um bem imóvel, em regra geral, sub-roga-se nos créditos devidos pelo 
alienante e será ele o responsável a pagar os tributos, exceção a isso é a prova de quitação 
(certidão negativa) ou se arrematados em hasta pública ou adquiridos por usucapião 
b) adquirente ou remitente de bem móvel 
O adquirente ou remitente é pessoalmente responsável pelos tributos relativos aos bens 
adquiridos ou remidos, essa norma é direcionada à adquirente de bens moveis 
 
 
Direito Tributário 
 
 
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c) sucessão causa mortis 
São responsáveis o sucesso e o cônjuge meeiro pelos tributos devido pelo de cujus até a 
data da partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão 
do legado ou da meação e o espólio pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da 
abertura da sucessão. 
d) sucessão empresarial 
A responsabilidade tributária recai para os sucessores da pessoa jurídica, são aquelas 
operações eu vertam patrimônio de empresa sucedida, total ou parcialmente, para outras 
pessoas jurídicas, nesse caso a empresa sucessora responde não só pelos tributos devidos 
pela sucedida, mas também as multas moratórias e punitivas referentes a fatos geradores 
ocorridas antes da sucessão. 
A responsabilidade também cai sobre o sócio remanescente da empresa jurídica que se 
extinguiu, desde que esse continue praticando a atividade que a empresa praticava. 
2.2 Responsabilidade de terceiros 
A responsabilidade de terceiros, funda-se no abuso de confiança e na falta de zelo elo 
patrimônio de outrem, é dívida em responsabilidade subsidiaria, exclusiva e pessoal. 
a) responsabilidade subsidiaria 
Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo 
contribuinte respondem, há a responsabilização do responsável. 
• No caso dos filhos menores a responsabilidade é dos pais 
• No caso do espolio é do inventariante 
• No caso da massa é do sindico e comissário 
• No caso de terceiro são os administradores 
• No caso de liquidação de sociedade de pessoas, são os sócios 
A responsabilidade se opera por uma transferência e depende da insolvência do 
contribuinte originário. 
b) responsabilidade pessoal 
São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondes a obrigações tributarias 
resultantes de atos praticados com excesso de poder ou infração a lei, contrato social ou 
estatutos, são os mandatários, prepostos, empregados, gerentes, etc, a responsabilidade 
nesse caso vai ser exclusiva e impede qualquer pretensão do fiscal contra o contribuinte 
originário. 
XIV. Impostos Federais 
1. IMPOSTO SOBRE A IMPORTAÇÃO DE PRODUTOS ESTRANGEIROS – II 
1.1 Fato Gerador 
O Fato gerador desse imposto é a entrada do produto estrangeiro em território nacional. 
 
Direito Tributário 
 
 
23 
1.2 Contribuintes e responsáveis 
• Importador, qualquer pessoa que promova a entrada estrangeira no brasil 
• O destinatário de remessa postal 
• Adquirente da mercadoria 
1.3 Base de calculo 
A base de cálculo do imposto será determinada de acordo com o tipo de alíquota utilizada, 
se especifica ou ad valorem, e quando levado a leilão a base de cálculo será o preço da 
arrematação. 
1.4 Alíquotas 
As alíquotas podem ser alteradas por decreto do executivo, o imposto de importação NÃO 
se submete ao princípio da anterioridade e da anterioridade nonagesimal assim como nos 
casos de benefícios fiscais que produzirão seus efeitos imediatos. 
1.5 Extrafiscalidade 
Tem caráter puramente extrafiscal, permitindo que o governo utilize ele para fomentar ou 
desestimular determinado setor da atividade econômica, mediante a elevação ou redução 
de alíquotas. 
1.6 Tributação exclusiva 
A exceção do ICMS, II e IE, nenhum outro imposto poderá incidir sobre operações 
relativas a: energia elétrica, serviços de telecomunicações, derivados de petróleo e 
combustíveis. 
2. IMPOSTO SOBRE A EXPORTAÇÃO – IE 
2.1 Fato Gerador 
O imposto de exportação tem como fato gerador a saída, para o exterior, de produtos 
nacionais ou nacionalizados 
2.2 Contribuintes 
O contribuinte do imposto é o exportado ou quem a lei a ele o equiparar, são responsáveis 
o depositário e o transportador. 
2.3 Base de cálculo 
• Alíquota especifica: unidade de medida adotada pela lei tributária 
• Alíquota ad valorem: o preço normal que o produto alcançaria ao tempo da exportação 
em uma venda em condições de livre concorrência 
2.4 Alíquotas. 
A alíquota do imposto tem um valor de 30% podendo ser alterada, para atingir os 
objetivos das políticas de comercio exterior e cambial 
 
 
Direito Tributário 
 
 
24 
2.5 Extrafiscalidade 
O imposto de exportação tem caráter puramente extrafiscal, uma vez que seu objetivo é 
servir como instrumento das politicas de comércio exterior e cambial. 
3. IMPOSTO SOBRE RENDA E PROVENTOS DE QUALQUER NATUREZA – 
IR 
3.1. Fato Gerador 
O fato gerador é a renda, ou seja, o produto do capital, do trabalho ou da combinação de 
ambos, e os proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais 
não compreendidos no conceito de renda. 
3.2 Contribuintes e responsáveis 
O contribuinte é o título da disponibilidade, pessoa física ou jurídica, a lei pode atribuir a 
fonte pagadora de renda ou dos proventos tributáveis a condição de responsável pelo 
imposto cuja retenção e recolhimento lhes caibam 
3.3 Base da calculo 
A base de cálculo é o montante da renda ou dosproventos tributáveis. 
Para as pessoas físicas incidirá sobre o rendimento bruto sem qualquer redução, com 
exceção das despesas relativas a saúde, educação, etc. 
As pessoas jurídicas têm como base de cálculo do imposto o lucro real ou o lucro 
presumido e nos casos previstos em lei o lucro arbitrado, o lucro real se dá através de uma 
série de deduções, exclusões, compensações. O lucro presumido a base de cálculo é 
determinado pela aplicação de percentuais sobre a receita, e o lucro arbitrado tem como 
base de cálculo quanto a pessoa jurídica tributada com base no lucro real deixar de 
cumprir obrigações acessórias, quando houver fraude na apuração da base de cálculo, etc. 
resumindo quando for impossível o lucro presumido e o lucro real 
3.4 Alíquotas 
As alíquotas para pessoas físicas são de 15% a 27,5% de acordo com o valor da base de 
cálculo, para as pessoas jurídicas tem-se a alíquota básica de 15%. 
3.5 Lançamento 
Para as pessoas físicas considera-se o fato gerador ocorrido no dia 31 de dezembro, 
devendo a verificação do valor ser recolhido até 30 de abril do ano subsequente, no IRPJ 
o período de apuração é trimestral podendo o contribuinte que pagar com base no lucro 
real optar pelo período de apuração anual, na apuração trimestral o fato gerador ocorre no 
fim de cada semestre e na apuração anual ocorre no dia 31/12 
4. IMPOSTOS SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS – IPI 
4.1 Fato gerador 
No desembaraço aduaneiro quando de procedência industrializado, saída do 
estabelecimento e arrematação quando apreendido ou abandonado e levado a leilão 
Direito Tributário 
 
 
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4.2 Contribuintes 
O importador e o industrial ou quem a lei a eles o equipararem, o comerciante de 
produtos sujeito ao imposto, que os forneça ao importador ou ao industrial e o 
arrematante de produtos apreendidos levados a leilão 
4.3 Base de calculo 
• Na importação de produtos industrializados: o valor que servir ou que servirá de 
base de cálculo dos tributos aduaneiros, por ocasião do despacho de importação, 
acrescido do montante desses tributos e dos encargos cambiais efetivamente pagos 
pelo importado ou dele exigíveis 
• No leilão de produtos apreendidos ou abandonados o preço da arrematação 
• Nas demais operações o preço da operação que caracteriza o fato gerador, 
representada pelo valor do produto acrescido do valor do frete e demais despesas 
adicionais cobradas do comprador ou destinatário. 
4.4 Alíquotas 
As alíquotas do IPI são proporcionais, sofrem variação de acordo com a natureza do 
produto tributado, a CF determina a seletividade da exação, que deve ser seguida de 
maneira obrigatória, sendo assim o imposto deve ser seletivo, incidindo de maneiras mais 
gravosa nos produtos não essenciais, tais como cigarros. 
O IPI pode ter suas alíquotas alteradas por ato do poder executivo e também não se sujeita 
ao princípio da anterioridade de exercício, mas se sujeita a anterioridade nonagesimal. 
4.5 Não cumulatividade 
A CF estabelece a não cumulatividade do IPI, determinando a compensação do imposto 
devido em cada operação com o montante cobrado nas operações anteriores 
4.6 Extrafiscalidade 
O IPI é essencialmente fiscal, representando um importante ingresso de receita nos cofres 
da União e exerce indiretamente função extrafiscal 
4.7 Imunidade 
O IPI não incide sobre produtos industrializados destinados ao exterior nem sobre: 
energia elétrica, telecomunicações, derivados do petróleo e combustíveis minerais 
5. IOF 
5.1 Fato gerador 
O fato gerador do IOF são as operações de: 
• Operação de credito, entrega ou colocação do montante a disposição do tomador 
• Operações de câmbio, constituem entrega de moeda nacional ou estrangeira 
• Operações de seguro, ocorre no momento do recebimento do premio 
• Operações relativas a títulos e valores mobiliários, ocorre com a aquisição, cessão, 
resgate, pagamento, etc. 
Direito Tributário 
 
 
26 
5.2 Contribuintes e responsáveis 
Contribuintes do IOF são as pessoas físicas ou jurídicas tomadoras de crédito. 
5.3 Base de calculo 
• Operação de credito, valor principal que constitua o objeto da obrigação 
• Operações de câmbio, montante em moeda nacional, recebido 
• Operações de seguro, valor do premio pago 
• Operações relativas a títulos e valores mobiliários, o valor da aquisição, resgate, 
cessão, repactuação, etc. 
5.3 Alíquotas 
Podem ser alteradas pelo executivo 
5.4 Extrafiscalidade 
Tem Função extrafiscal 
5.5 imunidades 
Não pode incidir sobre as operações de transferência de imóveis desapropriados para fins 
de reforma agrário 
5.6 não incidência 
• Autarquias e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; 
• Templos de qualquer culto; 
• Partidos políticos, inclusive suas fundações, entidades sindicais de trabalhadores e 
instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os 
requisitos da lei. 
6. ITR 
6.1 Fato Gerador 
O Fato gerador é a propriedade, localizada fora da zona urbana do município, aferível em 
1º de janeiro de cada ano 
6.2 Contribuintes 
Proprietário do imóvel rural e seus sucessores. 
6.3 Base de calculo 
A base de cálculo do ITR é o Valor da Terra Nua tributável, Terra nua é o imóvel por 
natureza ou acessão natural, compreendendo o solo com sua superfície e a respectiva mata 
nativa, floresta natural e pastagem natural 
6.4 Alíquotas 
Incidem sobre o valor da terra nua tributável, ainda há a progressividade das alíquotas 
6.5 Imunidade: Não incide sobre pequenas glebas rurais, quando as explore e o 
proprietário não possua outro imóvel 
Direito Tributário 
 
 
27 
XV. Impostos Estaduais 
1. ITCMD 
1.1 Fato gerador 
É a transmissão de quaisquer bens ou direitos recebidos em razão de: sucessão legitima 
ou testamentaria mesmo que provisória e doação. 
1.2 Contribuintes e responsáveis 
Nas doações, o donatário e nas transmissões por morte o herdeiro ou legatário e como 
responsável o doador. 
1.3 Base de calculo 
A base de cálculo do imposto é o valor venal dos bens, direitos e créditos, no momento 
da ocorrência do fato gerador do tributo 
1.4 Alíquotas 
Impõe a CF que as alíquotas do imposto tenham um tento definido pelo senado, hoje a 
alíquota máxima é de 8%, o imposto de transmissão “causa mortis” é devido pela alíquota 
vigente ao tempo da abertura da sucessão 
1.5 Lançamento 
Na transmissão causa mortis os bens são repassados mediante inventario, o inventario 
aguarda o deslinde, o lançamento será feito por declaração, nos casos de arrolamento e 
doação também será por homologação. 
1.6. Regras constitucionais especificas da competência 
• Bens imóveis e respectivos direitos, competência do estado da situação do bem 
• Bens moveis, títulos e créditos, competência do estado onde se processar o 
inventário ou arrolamento ou tiver domicilio o doador 
• Doação por pessoa que tenha domicilio ou residência no exterior, os bens 
deixados por de cujus residente ou domiciliado ou que teve seu inventario processado 
no exterior. 
2. IPVA 
2.1 Fato gerador do imposto 
É a propriedade do veículo automotor sendo a cobrança realizada anualmente 
2.2 Contribuintes e responsáveis 
Contribuinte é o proprietário do veículo, podendo ser considerada responsáveis outras 
pessoas como o adquirente 
2.3 Base de calculo 
É o valor venal do veículo, a fixação da base de cálculo do IPVA não se submete ao 
princípio da anterioridade nonagesimal 
Direito Tributário 
 
 
28 
2.4 Alíquotas 
O senado tem competência para fixação das alíquotas mínimas e prever a possibilidade 
de fixação de alíquotas diferencias em função do tipo e da utilização do veículo. 
3. ICMS3.1 Fato gerador 
• Circulação de mercadorias 
• Prestação de transporte de serviços interestadual 
• Prestação de serviços de transporte intermunicipal 
• Prestação de serviços de comunicação 
3.2 Contribuintes e responsáveis 
É qualquer pessoa física ou jurídica que realize com habitualidade ou em volume que 
caracterize intuito comercial, operações de circulação de mercadoria, transporte, etc. 
Substitutos podem ser o adquirente e o tomador de serviço 
3.3 Base da calculo 
A base de cálculo é o preço da venda e o da prestação do serviço, não compõe a base de 
cálculo os valores que não guardam relação com a operação mercantil tributável, como 
juros. 
3.4 Alíquotas 
• Alíquotas aplicáveis as operações e prestações, interestaduais e de exportação, 
estabelecidas por resolução do senado 
É facultado ao senado federal 
a) estabelecer alíquotas mínimas nas operações internas, mediante resolução de iniciativa 
de 1/3 e aprovada por maioria absoluta 
b) fixar alíquotas máximas nas mesmas operações para resolver conflito especifico que 
envolva interesse de estados, mediante resolução de iniciativa da maioria absoluta e 
aprovada por 2/3 dos seus membros 
• Em relação as operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final 
localizado em outro estado, adotar-se-á a alíquota interestadual e caberá ao estado do 
estado de localização do destinatário o imposto correspondente a diferença entre a 
alíquota interna do estado destinatário e a interestadual 
3.4 não cumulatividade 
A CF estabelece a não cumulatividade do ICMS, determinando a compensação do 
imposto devido em cada operação com o montante cobrado nas operações anteriores 
3.6 Lançamento 
O Lançamento se dá por homologação 
 
Direito Tributário 
 
 
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3.7 Imunidade 
• Operações que destinem mercadorias para o exterior 
• Serviços prestados a destinatários no exterior 
• Operações que destinem a outros estados petróleo e energia elétrica 
• Prestação de serviço de comunicação nas modalidades de radiodifusão sonora e de 
sons e imagens de recepção livre e gratuita. 
XVI. Impostos Municipais 
1. IPTU 
1.1 Fato Gerador 
O fato gerador do IPTU é a propriedade. 
1.2 Contribuintes e responsáveis 
São contribuintes do imposto: o proprietário do imóvel, o titular do seu domínio útil ou 
seu possuidor 
Para que seja considerada zona urbana tem que possuir os seguintes requisitos: 
• Meio-fio ou calçamento com canalização de aguas pluviais 
• Abastecimento de agua 
• Sistema de esgoto 
• Rede de iluminação publica 
• Escola primaria ou posto de saúde a uma distância máxima de 3km do imovel 
1.3 Base de calculo 
A base de cálculo do imposto é o valor venal do bem imóvel, não se considerando na 
determinação da vase de cálculo o valor dos bens dos moveis mantidos, a atualização do 
valor venal do imóvel por índices oficiais de correção representa majoração de base de 
cálculo do tributo, podendo ser realizada pelo próprio poder executivo mediante decreto, 
a fixação da base de cálculo do IPTU é uma exceção ao princípio da anterioridade 
nonagesimal. 
1.4 Alíquotas 
Hoje existem dois tipos de progressividade das alíquotas do IPTU, a progressividade em 
função do valor venal do imóvel e a progressividade no tempo, utilizada como forma 
de intervenção estatal 
1.5 Extrafiscalidade 
Quando a alíquota do IPTU fala do valor venal do imóvel ela terá caráter completamente 
fiscal mas quando se fala da alíquota progressiva no tempo tem ai um caráter extrafiscal 
porque o legislador faz isso para que o proprietário seja estimulado a dar uma função 
social a propriedade. 
 
 
Direito Tributário 
 
 
30 
2. ITBI 
2.1 Fato gerador 
▪ Transmissão onerosa de bem imóvel 
▪ Cessão de direitos reais 
▪ Transmissão de direitos reais, exceto os de garantia 
São exceções ao ITBI 
▪ Transmissão de direitos reais de garantia 
▪ Todas as operações que não sejam onerosas¸ tais como usucapião e desapropriação 
▪ Transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em 
realização de capital, 
▪ Transmissão de bens ou direitos decorrentes de fusão incorporação, cisão ou extinção 
da pessoa jurídica 
No caso dos dois últimos requisitos se a atividade preponderante do adquirente for a 
compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento 
mercantil vai incidir o ITBI 
2.2 Contribuintes e responsáveis 
É qualquer uma das partes da operação tributável, o adquirente ou alienante, o cedente ou 
cessionário. 
2.3 Base de cálculo: É o valor venal dos bens e dos direitos transmitidos 
2.4 Alíquotas: As alíquotas são proporcionais 
2.5 Lançamento: Por homologação 
3. ISS 
3.1 Fato Gerador: A prestação de serviços, é uma obrigação de fazer. 
Hipóteses de não incidência. 
▪ As exportações de serviços para o exterior do país 
▪ Prestação de serviços cm relação de emprego, dos trabalhadores avulsos, dos direitos 
e membros dos conselhos consultivos ou do conselho fiscal de sociedades, fundações, 
etc. 
▪ O Valor intermediado no mercado de títulos e valores mobiliários, o valor dos 
depósitos bancários 
3.2 Contribuintes e responsáveis: 
É o prestador de serviço, municípios podem atribuir a terceira pessoa vinculada ao fato 
gerador, o ISS é devido no local do estabelecimento do prestador 
3.3 Base de cálculo: É o preço do serviço 
3.4 Lançamento: Homologação 
 
Direito Tributário 
 
 
31 
XVII. Contribuições especiais 
São tributos instituídos privativamente pela União com exceção da contribuição para 
custeio da iluminação pública (COSIP) que é de competência dos municípios e da 
contribuição para o regime próprio de previdência dos servidores que é de competência 
comum e cabe ao ente que pertença ao servidor. 
Segundo o entendimento jurisprudencial as contribuições podem ter base de cálculo e 
fato gerador idênticos aos dos impostos. 
1. Contribuição para custeio da seguridade social 
a seguridade social, que na definição da própria Constituição, compreende um conjunto 
integrado de ações destinadas a assegurar direitos relativos à saúde, à previdência e à 
assistência social, representa a realização de uma parcela dos Direitos Sociais. 
As fontes de custeio da seguridade social estão previstas no art. 195 da Constituição 
Federal, que serão provenientes de recursos dos orçamentos da União, Estados, Distrito 
Federal e Municípios, e das chamadas contribuições sociais. 
Assim, o financiamento da seguridade social será imputado a toda sociedade de forma 
solidária. As pessoas que possuem capacidade contributiva irão contribuir diretamente 
através das contribuições sociais e as que não têm capacidade contributiva participarão 
indiretamente do custeio através dos orçamentos fiscais das unidades da federação. 
As contribuições de seguridade e previdência devem ser instituídas por lei ordinária, 
reservando a lei complementar apenas a definição da hipótese de incidência da base de 
cálculo e dos contribuintes dos impostos descriminados na constituição além disso as 
contribuições para o financiamento da seguridade social incidente sobre novas fontes de 
custeios que também se dá por lei complementar; 
Ela tem natureza parafiscal porque integra as receitas do INSS, entidade responsável pelas 
ações da seguridade social no brasil, ela se submete ao princípio da anterioridade (com 
regras próprias) e não incidem sobre as receitas decorrentes de exportação mas incidem 
sobre a importação de produtos estrangeiros, suas alíquotas pode ser ad valorem tendo 
por base o faturamento a receita bruta ou o valor da operação e no caso de importação o 
valor aduaneiro e especificas tendo por base a unidade da medida adotada.a) contribuição social do empregador 
São as contribuições do empregador, da empresa ou entidade a ela equiparada que 
incidem sobre o lucro, a receita ou faturamento e a folha de salários e demais rendimentos 
do trabalho pago ou creditado a pessoa física que lhe preste serviço mesmo sem vinculo 
empregatício. 
b) contribuição social do trabalhador e segurado 
Participam do custeio da previdência o próprio trabalhador e os demais segurados o 
objetivo é que o interessado paga um prêmio que no futuro lhe permita fazer jus as 
coberturas de eventuais imprevistos. 
▪ Valores decorres de aposentadorias e pensões são imunes a contribuição 
 
 
Direito Tributário 
 
 
32 
c) contribuição sociais de concursos prognósticos 
Concursos de prognósticos são modalidades de jogo ou aposta que a legislação brasileira 
só admite que sejam exploradas sob certas condições, então, loteria, mega-sena, paga 
contribuição 
d) contribuição social do importador e equiparados 
Incide contribuição social sobre o importado de bens ou serviços do exterior 
e) contribuição sobre resultado de produção 
O produtor, o parceiro, o meeiro, o arrendatário rural e pescador artesanal e seus cônjuges, 
exercendo suas atividades em regime de econômica familiar, sem empregados 
permanentes, recolhem contribuição social especifica calculada sobre o resultado da 
comercialização do produto. 
1.2 Regras constitucionais das contribuições sociais 
a) anterioridade nonagesimal 
As contribuições sociais só podem ser exigidas depois de decorridos 90 dias da data da 
publicação da lei que as houver instituído ou modificado 
▪ Não se aplicada o princípio da anterioridade, só o da anterioridade nonagesimal. 
b) isenção das entidades beneficentes de assistência social 
São isentas da contribuição social as entidades beneficentes de assistência social desde 
que atendam às exigências estabelecidas em lei 
c) vedação de remissão e anistia 
É vedado a concessão de remissão ou anistia do empregador incidentes sobre a folha de 
salários e demais rendimentos do trabalho e do trabalhador e demais segurados 
d) não cumulatividade 
Cabe a lei definir quais setores da econômica para os quais as contribuintes serão não 
cumulativas há também a não cumulatividade a quaisquer hipóteses de substituição da 
contribuição sobre a folha e demais pagamentos 
2. Contribuição do salário educação 
É uma contribuição social devida pelas empresas, destinada, exclusivamente, ao 
financiamento de ações voltadas ao desenvolvimento do Ensino Fundamental Público, é 
cobrada de qualquer firma individual, associação ou sociedade que assume o risco de 
atividade econômica, urbana ou rural, com fins lucrativos ou não, vinculadas à Seguridade 
Social. Também estão sujeitas à contribuição social do Salário-Educação as empresas 
públicas e as sociedades de economia mista. 
 
 
 
 
Direito Tributário 
 
 
33 
3. Contribuição do PIS/PASEP 
O PIS (Programa de Integração Social) e a COFINS (Contribuição para Financiamento 
da Seguridade Social) são contribuições federais incidentes sobre receita bruta auferida 
pela pessoa jurídica, disciplinadas por diversas leis e atos normativos. 
Os contribuintes do PIS e da COFINS são as pessoas jurídicas de direito privado em geral, 
inclusive as pessoas a elas equiparadas pela legislação do Imposto de Renda, exceto as 
microempresas e as empresas de pequeno porte submetidas ao regime do Simples Federal 
4. Contribuição ao “sistema S” 
São as contribuições aquelas pessoas jurídicas de direito privado, não integrantes da 
administração publica, sem fins lucrativos, instituídos por lei e fomentados por recursos 
públicos, são entes paraestatais com autonomia administrativa e financeira, 
desempenhado atividade privativa de interesse publico. 
5. Contribuição residual 
A união é permitido instituir outras contribuições sociais, que não aquelas 
especificamente destinadas ao custeio da seguridade social, para manter ou implementar 
a proteção dos direitos sociais em sentido amplo. 
A contribuição residual se dará por lei complementar, devem ter fato gerador e base de 
cálculo diferente das outras contribuições sociais, e ser não cumulativo, no entanto podem 
ter fato gerador e base de cálculo igual ao dos impostos. 
6. Contribuição de intervenção do domínio econômico – CIDE 
Objetiva carrear recursos que possibilitem a intervenção da União, que é o único ente 
político competente para cobrar a exação, essa intervenção na maior parte das vezes 
ocorre em forma de fomento de atividades que viabilizam desenvolver setores específicos 
da economia. União impõe a lei instituir contribuição de intervenção relativa as 
atividades de importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e 
seus derivados, álcool e combustíveis – cide combustíveis – o dever de destinar os 
recursos arrecadados para 
a) pagamento de subsídios a preços ou transportes de álcool combustível, gás natural e 
derivados de petróleo 
b) financiamento de programas de infraestrutura e esportes 
c) financiamento de projetos ambientes relacionados com a indústria do petróleo e gás 
▪ Incidem sobre importação, mas não sobre exportação 
7. Contribuições de interesses das categorias profissionais ou econômicas 
São vinculadas a entidades representativas de certos segmentos profissionais, com o 
objetivo de custeá-las para que possam fiscalizar e regulamentar o exercício das 
atividades profissionais ou econômicas, exemplo são as anualidades da OAB, CRM, 
CREA. 
São de caráter parafiscal pois o produto da arrecadação visa financiar órgãos autônomos 
que não integram a máquina administrativa, mas que exercem função de interesse público. 
 
Direito Tributário 
 
 
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8. Contribuição para custeio do regime próprio de previdência dos servidores 
públicos 
O regime próprio de previdência (dos servidores não estatutários) deve ser implementado 
em caráter contributivo e solidário e custeado com as seguintes fontes: contribuição do 
respectivo ente público, dos servidores ativos, inativos e pensionistas, a alíquota da 
contribuição não pode ser inferior a da contribuição cobrada dos servidores titulares de 
cargos efetivos da união. 
Incidirá contribuição sobre os proventos de aposentadorias e pensões concedidas pelo 
regime de que trata este artigo que superem o limite máximo estabelecido para os 
benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, com percentual 
igual ao estabelecido para os servidores titulares de cargos efetivos 
9. Contribuição para custeio da iluminação pública (COSIP) 
Sua competência foi atribuída aos municípios e ao DF, que devem respeitar os princípios 
da legalidade, anterioridade e anterioridade nonagesimal, é facultada sua cobrança na 
fatura de consumo de energia elétrica, mas pode ser paga ou impugnada separadamente.

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