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modelo Embargos a Execução Fiscal

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA FEDERAL DE EXECUÇÃO FISCAL DO ESTADO “X”
Processo nº: _
ABC, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob o nº..., com sede no endereço..., endereço eletrônico..., por meio de seu advogado, inscrito na OAB/... sob o número ..., informando que recebe intimações no endereço profissional ..., conforme instrumento de procuração em anexo, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fulcro no art. 16 da Lei de Execuções Fiscais (Lei 6.830/80) e art. 919, § 1º do CPC, tempestivamente, opor 
EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL
em face da UNIÃO (Fazenda Nacional), pessoa jurídica de direito público interno, inscrita no CNPJ/MF sob o nº..., com sede no endereço..., pelos fatos e fundamentos de direito a seguir expostos:
I – DAS PRELIMINARES
TEMPESTIVIDADE
Conforme os documentos anexos vê-se que esta embargante foi intimada da penhora há 15 dias. Portanto, tempestivo estes embargos nos moldes do art. 16, I da Lei 6.830/80.
GARANTIA DE JUÍZO
A Lei de Execução Fiscal, em seu art. 16, § 1º, corrobora que não serão admitidos embargos do executado previamente à garantia da execução. 
Portanto, como requisito de admissibilidade, a embargante garante o juízo nos termos do depósito judicial conforme comprovantes anexos.
CONCESSÃO DO EFEITO SUSPENSIVO
De acordo com o art. 919, § 1º do Código de Processo Civil, a requerimento do embargante, o juiz poderá conceder efeito suspensivo aos embargos “quando verificados os requisitos para a concessão da tutela provisória e desde que a execução já esteja garantida por penhora, depósito ou caução suficientes.”
Portanto, o Embargante faz jus à concessão do efeito suspensivo, tendo em vista que ambas as condições legais afiguram-se presentes na medida, pois a inconstitucionalidade da exação é flagrante (probabilidade do direito), e a execução fiscal lhe causa grandes ônus jurídicos e econômicos (perigo de dano).
II – DOS FATOS
Em 1º de janeiro de 2014, a União publicou lei ordinária instituindo Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico (CIDE) incidente sobre as receitas decorrentes de exportações de café, com alíquotas diferentes conforme o Estado de domicílio do contribuinte, visando fomentar a área educacional.
Ocorre que a embargante, pessoa jurídica ABC, exportadora de café, inconformada com a nova cobrança, não realizou o pagamento do referido tributo no exercício de 2014. Por tal razão, em 2015, a União ajuizou execução fiscal para a cobrança do valor inadimplido. o que passa a ser combatido nas razões do presente embargos. 
III – DAS RAZÕES DOS EMBARGOS 
Primeiramente, vê-se que o tributo exigido não está de acordo com o que estabelece a Constituição Federal, uma vez que o art. 149, §2º, inciso I, determina que as CIDE’s não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação, constituindo uma verdadeira imunidade tributária.
Desta forma, com base no referido dispositivo constitucional, a instituição de Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico (CIDE) incidente sobre as receitas decorrentes de exportações vai de encontro com a Constituição Federal, sendo incogitável qualquer exigência por parte da embargada do tributo sobre as exportações de café da embargante.
Além disso, verifica-se outra violação ao Texto Maior por parte da embargada. A Carta Magna institui no art. 151, inciso I, que é vedado à União instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional, ou que implique em preferências a alguns Estados em detrimento de outros.
Portanto, observa-se que a instituição dessa CIDE, por parte da embargada, viola o Princípio da Uniformidade da Tributação, criando distinções discriminatórias e vedadas pela própria Constituição Federal.
Por fim, destaca-se também afronta a Constituição ao destinar a arrecadação do tributo para fins que não se relacionam com os instrumentos de atuação de sua área.
Ao exigir a CIDE sobre exportações de café, ainda que inconstitucional, tal valor deveria ser aplicado nesta área da economia ou do agronegócio, conforme dispõe o art. 149, caput, da Constituição Federal, não no desenvolvimento do ensino fundamental que não guarda qualquer relação com a exportação de café.
Desse modo, diante dos argumentos expostos e à luz da ordem jurídica pátria resta evidenciada que a exigência fiscal é indevida.
IV – DOS PEDIDOS
Face o exposto, requer:
O recebimento dos presentes embargos à execução, sendo distribuídos por dependência à ação de execução;
Sejam os presentes embargos julgados totalmente procedentes para o fim específico de extinguir a execução fiscal epigrafada, com base na inconstitucionalidade da exação, determinando-se também o levantamento dos bens penhorados;
A condenação da Embargada em custas e honorários advocatícios, na forma da lei;
A concessão do pedido de efeito suspensivo arrolado em sede de preliminar.
Valor da Causa: R$ ...
Nestes Termos, 
Pede deferimento. 
Local, data.
ADVOGADO
OAB

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