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15.6.MACROECONOMIA E MICROECONOMIA

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ECONOMIA – Micro e Macro
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Marco Antonio Sandoval de Vasconcellos
Apresentação elaborada por:
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ECONOMIA – Micro e Macro
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ECONOMIA – Micro e Macro
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Capítulo 8: Fundamentos de Teoria e
Política Macroeconômica
Introdução
Metas de Política Macroeconômica
Estrutura da Análise Macroeconômica
Instrumentos de Política Macroeconômica
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ECONOMIA – Micro e Macro
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Definição: trata da evolução da economia como um todo, analisando a determinação e o comportamento dos agregados econômicos. Os principais agregados são:
Teoria e Política Macroeconômica: Introdução
Renda
Emprego
Produto Nacional
Desemprego
Investimento
Estoque de Moeda 
Poupança
Taxa de Juros
Consumo
Balanço de Pagamentos
Nível Geral de Preços
Taxa de Câmbio
Negligencia o comportamento das unidades econômicas individuais, porém permite estabelecer relações entre os agregados e melhor compreensão das interações entre estes. 
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ECONOMIA – Micro e Macro
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Teoria macroeconômica trata de questões de curto prazo, como por exemplo:
 Desemprego e estabilização do nível geral de preços
Teoria do desenvolvimento econômico cuida de questões de logo prazo, como:
 Progresso tecnológico e política industrial
Teoria e Política Macroeconômica: Introdução
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ECONOMIA – Micro e Macro
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1. Crescimento econômico sustentável (PIB)
	- aumento do bem estar material
	- aumento do nível de emprego
	
As políticas esconômicas procuram estimular o crescimento da capacidade produtiva da economia, ou seja, o aumento da quantidade de bens e serviços ofertados.
Importante:
Crescimento Econômico  Desenvolvimento Econômico
Crescimento econômico: crescimento da renda nacional
Desenvolvimento econômico: inclui melhoria nos indicadores sociais (pobreza, desemprego, meio ambiente, moradia etc.)
Teoria e Política Macroeconômica: Metas de Política Macroeconômica
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ECONOMIA – Micro e Macro
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2. Estabilidade do nível geral de preços (controle da inflação)
	- inflação controlada não significa inflação zero;
	- inflação alta acarreta distorções, principalmente, sobre as 		 classes baixas e sobre as expectativas.
	
	Tipos de inflação:
 demanda
 custos
 inercial
Inflação: aumento contínuo e generalizado do nível geral de preços.
Teoria e Política Macroeconômica: Metas de Política Macroeconômica
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ECONOMIA – Micro e Macro
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3. Equilíbrio Externo
Déficit externo mais forte, implica em perda de reservas, o que pode levar a uma moratória;
Superávit externo mais prolongado, o governo deve emitir moeda gerando inflação ou expansão da dívida interna (Risco).
4. Distribuição Eqüitativa de Renda
	 - política de longo prazo;
	 - aumento do poder de compra das classes mais baixas;
	 - desenvolvimento econômico.
Teoria e Política Macroeconômica: Metas de Política Macroeconômica
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ECONOMIA – Micro e Macro
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Os objetivos de política macroeconômica não são independentes, podendo ser conflitantes.
Crescimento
Econômico
e
Distribuição
de renda
Renda Aumenta
Aumenta a renda dos pobres, sem reduzir a dos ricos (abranda conflitos sociais).
Em países 
subdesenvolvidos 
(conflitante)
Aumenta-se a parte dos lucros e da poupança dos mais ricos na renda nacional (Teoria do Bolo).
Teoria e Política Macroeconômica: Metas de Política Macroeconômica (Inter-relações e conflitos entre objetivos)
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ECONOMIA – Micro e Macro
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 Metas de 
Redução de
 Emprego
e
Estabilidade 
de 
Preços
Com aumento
 de compras
Reduz-se o desemprego. 
Aproximando do pleno emprego, os recursos tendem a escassear, provocando um aumento dos custos de produção. Podendo aumentar a inflação (exceto, quando estiver ocorrendo um significativo aumento de produtividade).
Teoria e Política Macroeconômica: Metas de Política Macroeconômica (Inter-relações e conflitos entre objetivos)
O administrador público (policy-maker) tem de fazer escolhas quanto à ênfase a ser dada a diferentes objetivos. Cada combinação afeta diferentes grupos na sociedade de diferentes maneiras, e qualquer escolha estará sujeita à objeção política pelos representantes dos grupos para os quais a escolha alternativa é pior.
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ECONOMIA – Micro e Macro
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Teoria e Política Macroeconômica: Estrutura da Análise Macroeconômica
O governo deve atuar em duas frentes: i) na capacidade produtiva (Produção Agregada) e ii) nas despesas planejadas (Demanda Agregada) permitindo à economia operar a pleno emprego, com baixas taxas de inflação e distribuição justa de renda. 
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ECONOMIA – Micro e Macro
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Política Fiscal: decisões sobre a arrecadação e os gastos do governo;
Política Monetária: decisões sobre o volume de moeda na economia, a taxa de juros e o crédito;
Política Cambial e Comercial: combate a inflação x equilíbrio externo, saldo do BP equilibrado;
Política de Rendas: interferências na formação de Preços e Salários, desenvolvimento econômico.
Teoria e Política Macroeconômica: Instrumentos de Política Macroeconômica
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ECONOMIA – Micro e Macro
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Teoria e Política Macroeconômica: Instrumentos de Política Macroeconômica (Política Fiscal)
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ECONOMIA – Micro e Macro
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É a atuação do governo sobre a quantidade de moeda, de crédito e das tx. de juros. É uma política de curto prazo com o objetivo de estabilizar o nível geral de preços.
Os instrumentos:
Emissões de moeda
Reservas compulsórias (% sobre depósitos à vista dos bancos comerciais junto ao Banco Central)
Open market (compra/venda de títulos públicos)
Redescontos (empréstimo do Bacen aos bancos comerciais)
Regulamentação sobre crédito e tx. de juros.
Teoria e Política Macroeconômica: Instrumentos de Política Macroeconômica (Política Monetária)
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ECONOMIA – Micro e Macro
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Instrumentos
 disponíveis
Inibe Consumo 
e Investimento
Anti-
inflacionárias 
Estimula consumo 
 e Investimento
Maior 
Crescimento
Diminuir 
(Enxugar)
Aumento da tx.
Aumento 
do estoque
Diminuição da tx.
RESULTADO
Melhor Dist.
de Renda 
Solução mais 
complexa
Estoque 
monetário
Reservas 
compulsórias
Open Market
Venda de
 títulos
Compra 
de títulos
Teoria e Política Macroeconômica: Instrumentos de Política Macroeconômica (Política Monetária)
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ECONOMIA – Micro e Macro
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Política Fiscal 
Política Monetária
Como política
econômica pode...
Combinação
Combinação
Melhoria na
distr. de renda
Mais eficiente 
(tributação e gastos)
Mais difusa 
e genérica
Efeitos 
imediatos
Não tem. Depende de
mudança na Legislação e
Princípio da anterioridade.
Depende apenas de 
decisões diretas das
autoridades monetárias.
Teoria e Política Macroeconômica: Instrumentos de Política Macroeconômica (Política Fiscal X Política Monetária)
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ECONOMIA – Micro e Macro
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Política que atua sobre as variáveis relacionadas ao setor externo da economia.
Política Cambial 
Taxa de Câmbio (Fixo, flutuante etc.)
Controle do Governo
Política Comercial
Instrumentos de incentivo às exportações
e/ou estímulo/desestímulo às importações,
sejam fiscais, creditícios, seja estabeleci-
mento de cotas etc.
Teoria e Política Macroeconômica: Instrumentos de Política Macroeconômica (Política Cambial e Comercial)
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ECONOMIA – Micro e Macro
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Os agentes econômicos ficam proibidos de levar a cabo o
que fariam, em resposta a influências normais do mercado.
Normalmente, esses controles são utilizados como política
de combate a inflação.
Influenciam diretamente: salários, lucros, juros, aluguel.
Teoria e Política Macroeconômica: Instrumentos de Política Macroeconômica (Política de Rendas)
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ECONOMIA – Micro e Macro
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Definição: inflação é o aumento contínuo e generalizado no nível geral de preços.
Custos gerados pela inflação:
a distribuição de renda (concetração de renda);
o Balanço de Pagamentos (desequilíbrio interno e externo);
as expectativas (perda das expectativas);
o mercado de capitais (desestímulo a aplicação);
ilusão
monetária: ocorre principalmente quando a inflação é alta e estável, levando os agentes econômicos a tomarem decisões equivocadas.
Inflação: Conceito
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ECONOMIA – Micro e Macro
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Distribuição de Renda
Os que mais perdem são os trabalhadores de baixa renda (não mantêm aplicação financeira , pois tudo que ganham, gastam na subsistência).
Os empresários, que conseguem repassar os aumentos de custos provocados pela inflação, garantem os lucros.
O governo ganha via correção de impostos e tarifas públicas.
Balanço de Pagamentos
Elevadas taxas de inflação, em níveis superiores ao aumento de preços internacionais, encarecem o produto nacional relativamente ao produzido no exterior. Assim, provocam o estímulo às importações e desestímulo às exportações, diminuindo o saldo da balança comercial. 
Inflação: Distorções
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ECONOMIA – Micro e Macro
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Formação de Expectativas
O setor privado, em particular o setor empresarial, são bastante sensíveis com relação aos investimentos, dado a imprevisibilidade da economia e portanto dos lucros.
Mercado de Capitais
Em um processo inflacionário, o poder de compra da moeda deteriora-se e portanto há um estímulo na aplicação de bens de raiz (Terra, imóveis). E desestímulo na aplicação no mercado de capitais financeiros (No Brasil, a correção monetária minimizou esse desestímulo pois, os papéis públicos e caderneta de poupança, passaram a ser reajustados por um índice próximo ao crescimento da inflação).
Inflação: Distorções
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ECONOMIA – Micro e Macro
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Inflação: Tipos de inflação
Inflação de Demanda: excesso de demanda agregada em relação à produção disponível. Ocorre principalmente quando a economia estiver em pleno emprego. Abaixo do pleno emprego, um aumento na produção de bens e serviços, pela maior utilização de recursos antes desempregados, não, necessariamente, ocorrerá aumento generalizado de preços.
A curto prazo, a demanda agregada é mais sensível à alterações de política econômica que a oferta agregada (longo prazo). Assim, a política preconizada para combatela seria a que provocasse redução desta procura por bens e serviços. 
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ECONOMIA – Micro e Macro
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Inflação: Tipos de inflação
Inflação de Custos: inflação de OFERTA. O nível de demanda permanece o mesmo, mas os custos de certos insumos aumentam e são repassados aos preços dos produtos. Está associada, também, ao monopólio e oligopólio (de certas empresas) que conseguem elevar seus lucros acima da elevação dos custos de produção.
Também pode se causada por aumentos autônomos nos preços de matérias-primas básicas, os chamados choques de matérias-primas (crise do petróleo, choques agrícolas). Política adotada: Controle direto de preços (via política salarial rígida, fiscalização sobre os lucros dos oligopólios, controle de preços dos produtos). 
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ECONOMIA – Micro e Macro
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Inflação: Tipos de inflação
Inflação de Inercial: provoca a perpetuação das taxas de inflação anteriores, que são sempre repassados aos preços correntes. 
Inflação de Expectativas: estaria associada aos aumentos de preços provocados pelas expectativas dos agentes de que a inflação futura tende a crescer, e eles procuram resguardar suas margens de lucro.
Hiperinflação: os fatores que levam a uma hiperinflação são:
Crise orçamentária;
Governo não consegue se financiar via emissão de títulos;
Neste caso o governo começa a se financiar via emissão de moedas.
Como acabar com uma hiperinflação?
Fazer ajuste fiscal;
Regras que acabem com a monetização do déficit;
Reforma monetária;
Âncora cambial
Independência do BC (fim da monetização do déficit).
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ECONOMIA – Micro e Macro
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Sistema de Metas de Inflação (“Inflation Target”)
“Bandas” fixadas para a inflação futura, controladas pela política monetária, principalmente a partir da taxa de juros (SELIC);
IT atinge diretamente o objetivo de longo prazo da política monetária: transparência e também, consistente com visão moderna das limitações da política monetária (demanda por moeda é instável, assim como a relação entre moeda e inflação);
Elege objetivo de estabilidade de preços como prioritário e impõe a avaliação de impactos a longo prazo de ações a curto prazo
Núcleo da Inflação (“Core Inflation”)
Índice de preços que expurga variações associadas aos choques de oferta, que não representem pressões persistentes sobre os preços
Inflação: Política Monetária e Inflação
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ECONOMIA – Micro e Macro
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Receita para o Governo, devido ao monopólio que possui sobre as emissões de moeda (paga seus compromissos com a emissão de moeda a custo zero).
Recai com maior intensidade sobre as classes sociais mais baixas (imposto regressivo). Por não terem aplicações financeiras, não conseguem se defender sobre a taxação implícita. 
Sem Inflação (sem Imposto Inflacionário)
Elevação do consumo das
classes sociais mais baixas.
Inflação: Imposto Inflacionário e Senhoriagem
Senhoriagem: arrecadação implícita que o governo (Banco Central) obtém por ter o monopólio da emissão de moeda a custo praticamente zero.
Com taxas de inflação crescentes, governo perde receita por desvalorização da arrecadação  Aumento do déficit público (Efeito Oliveira-Tanzi)  Aumento das necessidades de arrecadação  Aumento da emissão  Aumento da inflação.
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ECONOMIA – Micro e Macro
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Trade-off entre inflação e desemprego;
O nível de produto está diretamente relacionado ao nível de emprego;
onde:
 = taxa de inflação
 = sensibilidade da inflação em relação à taxa de desemprego (quanto maior o beta, mais sensível a inflação em relação ao desemprego, e portanto, menor é a taxa de sacrificio)
N = taxa natural de desemprego (taxa de desemprego compatível com o pleno emprego)
Inflação: Inflação e Desemprego (Curva de Phillips)
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ECONOMIA – Micro e Macro
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Versão aceleracionista: os agentes se antecipam à inflação, remarcando seus preços sem alterar a produção. Isto implica em taxas de inflação crescentes, e neste caso:
1.  < N   e >  (inflação)
2.  = N   e =  (inflação inercial)
3.  > N   e <  (queda da inflação)
Conclusão: o nível de inflação está relacionado a um dado .
Inflação: Inflação e Desemprego (Curva de Phillips)
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ECONOMIA – Micro e Macro
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OBS: nem todo crescimento econômico afeta a taxa de desemprego, por exemplo:
crescimento populacional;
aumento da produtividade.
Istes fatores são chamados de taxa normal de crescimento (N). Sendo assim, a queda na taxa de desemprego deve ser feita através de outros fatores que superem a taxa normal de desemprego.
Inflação: Inflação e Desemprego (Curva de Phillips)
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ECONOMIA – Micro e Macro
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Abaixo de YPleno Emprego
Preços Rígidos (e aumento da Produção e Emprego) – Teoria Keynesiana
No YPleno Emprego
OBS: Na realidade, esse trade-off entre variações ou no preço ou na quantidade, não se mostra assim, tão claro.
Inflação: Inflação e Desemprego (Curva de Phillips)
As Variáveis reais (Produção e Emprego) não se alteram
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ECONOMIA – Micro e Macro
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Modelo de Expectativas Adaptadas ou Adaptativas: a inflação esperada para o próximo período é uma média ponderada da inflação observada nos últimos períodos. 
onde: 	 = taxa de inflação
 	e = inflação esperada (expectativa de inflação)
 	 = choques aleatórios (choques de oferta)
Inflação: Inflação e Desemprego (Curva de Phillips)
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ECONOMIA – Micro e Macro
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Modelo de Expectativas Racionais: considera que os agentes não olham somente o passado, mas também as informações disponíveis no presente. Assim, espera-se que os agentes maximizem o uso das informações, ou seja, não existem erros sistemáticos correlacionados.
Inflação: Inflação e Desemprego (Curva de Phillips)
Curva de Phillips para variações não antecipadas da oferta monetária
Curva de Phillips para variações antecipadas da oferta monetária
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ECONOMIA – Micro e Macro
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Inflação:
Inflação no Brasil e as Correntes Econômicas
Plan1
		
		
		
				Corrente				Causas Principais		Políticas Antiinflacionárias
		
				Liberais				Desequilíbrio do setor público (o déficit e a dívida pública provocam descontrole monetário, causando inflação de demanda)				Ajuste fiscal (para reduzir déficit e dívida pública, via reformas fiscal, previdenciária, privatização);
												Controle monetário (juros e moeda);
												Liberalização do comércio exterior (abertura comercial e valorização cambial)
		
				Inercialistas				Indexação generalizada (formal e informal)				Desindexação (para apagar a "memória ou inércia inflacionária", via congelamento de preços, salários e tarifas: Planos Cruzado, Bresser - ou troca de moeda: Plano Real)
		
				Estruturalistas				Conflitos distributivos (pressões de margens de lucro, pressões salariais, pressões de tarifas e preços públicos provocam inflação de custos)				Controle de preços de oligopólios
												Controle cambial
												Reformas estruturais
Plan2
		
Plan3
		
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ECONOMIA – Micro e Macro
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Capítulo 15: Política Fiscal e Déficit Público
O Crescimento da Participação do Setor Público na Atividade Econômica
As Funções Econômicas do Setor Público
Estrutura Tributária
Conceito de Déficit Público e Formas de Financiamento
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ECONOMIA – Micro e Macro
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Crescimento da renda per capita - gera um aumento da demanda de bens e serviços públicos (lazer, educação superior, medicina, etc.);
Mudanças Tecnológicas: maior demanda por rodovias e infra-estrutura;
Mudanças Populacionais – Com seu aumento, faz com que o Estado aumente sua despesa com educação, saúde, etc;
Efeitos de Guerra: a participação do Estado aumenta;
Mudanças da Previdência Social
Política Fiscal e Déficit Público: O Crescimento da Participação do Setor Público na Atividade Econômica
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ECONOMIA – Micro e Macro
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A evolução das economias mundiais no século XX levou ao desenvolvimento dos mercados financeiros, do comércio internacional,tornando mais complexas as relações econômicas adicionando incertezas e especulação.
Portanto, a economia (sistema de mercado) não tinha mais condições de regular-se automaticamente, ou seja, sem a atuação econômica do Setor Público. Ex.: O crack da Bolsa de Nova York, em 1929.
Função Alocativa
Função Distributiva
Função Estabilizadora
Política Fiscal e Déficit Público: O Crescimento da Participação do Setor Público na Atividade Econômica
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ECONOMIA – Micro e Macro
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Função Alocativa do governo está associada ao fornecimento de bens e serviços não oferecidos adequadamente pelo sistema de mercado (chamados bens públicos).
Bens Públicos: são bens de uso coletivo
Característica: impossibilidade de excluir determinados indivíduos de seu consumo, uma vez delimitado o volume à disposição do público. Ex.: meteorologia, defesa nacional e serviços de despoluição.
Política Fiscal e Déficit Público: As Funções Econômicas do Setor Público
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ECONOMIA – Micro e Macro
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Função Distributiva: depende da distribuição de renda que dependerá da produtividade de cada indivíduo no mercado de fatores de produção e também da influência das diferentes dotações iniciais de patrimônio. A atuação do Governo como agente redistribuidor se dá através:
Tributação Progressiva
Subsídios para consumidores de baixa renda
Gastos públicos para áreas mais pobres
Função Estabilizadora: relacionada com a intervenção do Estado na economia, para alterar o comportamento dos níveis de preços e emprego, já que o pleno emprego e a estabilidade de preços não ocorrem de maneira automática na economia.
Política Fiscal e Déficit Público: As Funções Econômicas do Setor Público
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ECONOMIA – Micro e Macro
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Princípio da Neutralidade: quando os tributos não alterarem os preços relativos, minimizando sua interferência nas decisões econômicas dos agentes de mercado.
Princípio da Eqüidade: distribuição de maneira justa do ônus entre os indivíduos. Pode ser dividida em dois tipos:
Princípio do Benefício: o indivíduo pagaria o tributo para igualar o preço do serviço recebido ao benefício marginal que ele recebe.
Problemas:
Identificação do benefício que cada um atribui a diferentes quantidades do bem ou serviço público;
As pessoas não teriam motivo para revelarem suas preferências (poderia aumentar sua contribuição), já que o bem é público.
Aplicação do Princípio: Taxas (transportes, energia)
Política Fiscal e Déficit Público: Estrutura Tributária – Princípios de Tributação
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ECONOMIA – Micro e Macro
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Princípio da Eqüidade (continuação…)
Princípio da Capacidade de Pagamento: os agentes devem contribuir de acordo com a sua capacidade de pagamento. Exemplo: Imposto de Renda.
Medidas utilizadas: Renda, consumo e patrimônio.
Renda: normalmente são impostos progressivos;
Consumo: abrangência global, logo, são normalmente regressivos;
Patrimônio: tem o problema de serem formados por fluxos de renda passados que já foram anteriormente tributados.
Política Fiscal e Déficit Público: Estrutura Tributária – Princípios de Tributação
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ECONOMIA – Micro e Macro
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Um dos objetivos do sistema tributário é não ter impactos negativos sobre a eficiência econômica. Sendo adequados, os impostos podem ser utilizados na correção de ineficiências do setor privado. Os impostos podem ser divididos em:
Diretos: incidem diretamente sobre a renda das pessoas;
Indiretos: incidem sobre o preços das mercadorias.
Específicos: valor fixo, independente do valor do bem;
Ad Valorem: alíquota fixa sobre o valor do bem.
Estrutura Tributária:
Progressiva: alíquota aumenta com o aumento da renda. Ex: I.R - Progressivo, logo, mais justo do ponto de vista fiscal);
Regressiva: quanto maior a renda, menor a tributação, em proporção à renda. Ex.: Impostos indiretos (vendas);
Proporcional (Neutra): todos pagam a mesma alíquota. 
Política Fiscal e Déficit Público: Efeitos da Política Tributária sobre a Atividade Econômica
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ECONOMIA – Micro e Macro
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Curva de Lafer: relação entre o total de arrecadação tributária e a taxa (alíquota) de impostos.
Política Fiscal e Déficit Público: Efeitos da Política Tributária sobre a Atividade Econômica
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ECONOMIA – Micro e Macro
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Política Fiscal e Déficit Público: Conceitos de Déficit Público e Formas de Financiamento
Juros nominais (serviço da dívida)
Déficit operacional (não é mais calculado oficialmente no Brasil)
Déficit Nominal 
(ou déficit total)
Correção monetária
Juros reais
Déficit primário
Fonte: Prof. Paulo Nogueira Batista Jr (REP-1989)
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ECONOMIA – Micro e Macro
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Déficit Primário = Gastos Públicos Correntes (G) – Receita Fiscal Corrente (T)
É medido excluindo, do Déficit Total, a correção monetária e os juros reais da dívida contraída anteriormente (É considerado o melhor método de avaliação da política fiscal, um a vez que elimina do déficit presente os efeitos dos déficits anteriores. 
Déficit Operacional = (G – T) + juros reais da dívida
É medido pelo déficit primário acrescido dos juros reais da dívida passada. Ou seja, é o déficit total ou nominal, excluindo a correção monetária e a cambial (É considerada a medida mais adequada para refletir as necessidades reais de financiamento do setor público). 
Déficit Nominal = (G – T) + juros reais + correção monetária e cambial da dívida = juros nominais da dívida pública
Essa medida indica o fluxo líquido de novos financiamentos, obtidos ao longo de um ano pelo setor público não financeiro em suas várias esferas: União, governos estaduais e municipais, empresas estatais e Previdência Social.
Política Fiscal e Déficit Público: Conceitos de Déficit Público e Formas de Financiamento
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ECONOMIA – Micro e Macro
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Política Fiscal e Déficit Público: Medindo a dívida pública
“Ativos” (só ativos líquidos)
“Passivos”
“Patrimônio Líquido”
Créditos do governo geral
-21% do PIB
Dívida Bruta do Setor Público
72% do PIB
Dívida Líquida do Setor Público
-51% do PIB
Dados referentes a junho/2006
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ECONOMIA – Micro e Macro
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Política Fiscal e Déficit Público: Evolução da composição da dívida mobiliária
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ECONOMIA – Micro e Macro
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Política Fiscal e Déficit Público: Financiamento do Déficit
G – T < 0  Déficit Primário  Financiado por:
Emissão de Moeda  Inflação de Demanda
	O Tesouro Nacional (União) pede emprestado ao BC. Forma Inflacionária (Imposto Inflacionário), mas não aumenta o endividamento público no setor privado. Também chamado de Monetização da dívida, ou seja, o BC cria moeda (base monetária) para financiar o Tesouro.
Aumento dos Impostos (T) e/ou Queda de (G)  Informalismo / Queda no nível de produto
Emissão de Títulos Públicos  Aumento da Dívida Pública
	Venda de Títulos da dívida pública ao setor privado (interno e externo). O governo troca títulos (ativo financeiro não monetário) por moeda, o que não gera inflação. No entanto, provoca elevação da dívida pública. E ainda, sim, precisa oferecer juros mais atraentes, elevando ainda mais o endividamento
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ECONOMIA – Micro e Macro
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Por que países que têm um déficit público, em relação ao PIB, mais elevado que o Brasil, como os Estados Unidos, Itália, Espanha, Coréia, têm taxas de inflação quase nulas ?
A resposta não está no montante ou valor do déficit, mas em seu horizonte de financiamento.
Países de moeda forte, as dívidas são distribuídas de forma uniforme ao longo de 20 ou 30 anos (investidores internacionais compram títulos de longo prazo, o que não ocorre no Brasil), pois, preferem investir em países que ofereçam menores riscos para suas aplicações.
Assim, para os países em desenvolvimento, além de prazos relativamente curtos, são obrigados a oferecer as maiores taxas de juros do mundo, para atrair capitais e externos. 
Política Fiscal e Déficit Público: Déficit Público e Inflação
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ECONOMIA – Micro e Macro
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Crescimento e Desenvolvimento
Fontes de Crescimento 
Financiamento do Desenvolvimento Econômico
Estratégias de Desenvolvimento
Modelo de Solow 
Definição do modelo
Variáveis do modelo
Exemplo numérico
Convergência
Capítulo 16: Noções de Crescimento e Desenvolvimento Econômico
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ECONOMIA – Micro e Macro
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Crescimento Econômico: é o crescimento contínuo da renda per capita ao longo do tempo. Procura dar ênfase a questões de curto prazo ou conjunturais, relacionadas com as chamadas políticas de estabilização (Nível de atividade, o emprego e preços)
Desenvolvimento Econômico: é um conceito qualitativo. Melhora dos indicadores de bem-estar econômico e social (pobreza, desemprego, desigualdade, condições de saúde, nutrição, educação e moradia). 
Estratégias de longo prazo para crescimento econômico equilibrado e auto-sustentado.
Dados internacionais indicam amplas diferenças de desempenho econômico. Por que? Quais são as fontes de crescimento? 
Noções de Crescimento e Desenvolvimento Econômico
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ECONOMIA – Micro e Macro
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Teoria do Crescimento e do Desenvolvimento
Suposição:
Recursos estejam plenamente empregados
(Análise do produto potencial, ou de pleno emprego)
Fontes de Crescimento: elementos que constituem a Função de Produção Agregada (Capital e Mão de Obra):
Aumento da força de trabalho (crescimento demográfico/imigração);
Aumento do estoque de capital (ou capacidade produtiva);
Melhoria na qualidade da mão-de-obra (via educação/treinamento);
Melhoria tecnológica, que aumenta a eficiência na utilização do capital;
Eficiência organizacional (interação eficiente dos insumos).
Noções de Crescimento e Desenvolvimento Econômico
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ECONOMIA – Micro e Macro
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Problema p/ países em desenvolvimento:
É extremamente difícil acumular fatores de produção, capital humano ou físico, com baixos níveis de renda.
O crescimento está limitado ao tempo que os fatores de produção levam para se acumularem.
Poupança Interna (Doméstica)
Poupança Externa
Noções de Crescimento e Desenvolvimento Econômico
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ECONOMIA – Micro e Macro
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Industrialização
Estratégia de Substituição de importações (?) Década de 50/60
Abertura Comercial, poupança extremamente elevada, investimento em educação e políticas fiscais bem cuidadosas, com o orçamento do governo permanecendo relativamente pequeno em relação ao PIB. (Ex.: Tigres Asiáticos – Coréia, Taiwan, Hong Kong e Cingapura)
Restrição do elevado crescimento populacional ( renda per capita )
Noções de Crescimento e Desenvolvimento Econômico: Estratégias de Desenvolvimento
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ECONOMIA – Micro e Macro
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Procura explicar como a poupança, o crescimento demográfico e o progresso tecnológico afetam o aumento do produto com o correr do tempo, além de identificar algumas razões da grande diversidade de padrões de vida encontrada entre países.
1. Este modelo foi desenvolvido pelo economista Robert Solow nas décadas de 50 e 60. Em 1987, Solow ganhou o Prêmio Nobel de Economia. O modelo originalmente foi publicado como “A contribution to the Theory of Economic Growth”, Quarterly Journal of Economics (February, 1956): 65-94.
Noções de Crescimento e Desenvolvimento Econômico: Modelo de crescimento econômico - modelo de Solow1
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ECONOMIA – Micro e Macro
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De que maneira a política econômica influencia o nível e o crescimento dos padrões de vida?
Que parcela do produto deveria ser consumida hoje e que parcela deveria ser poupada para o futuro?
A poupança nacional é direta e indiretamente influenciada pelas políticas governamentais?
Quais os custos e benefícios para a sociedade associados a taxas alternativas de poupança?
Em que condições o produto cresce de maneira sustentável ao longo do tempo?
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ECONOMIA – Micro e Macro
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As três principais variáveis que se combinam no modelo são:
Trabalho: é a mão de obra utilizada;
Capital: é o nível de investimento que eleva a capacidade produtiva da economia;
Tecnologia: é o conjunto dos métodos de produção que combinam trabalho e capital em uma determinada proporção, gerando como resultado determinado produto nacional.
Variáveis econômicas que afetam o modelo
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ECONOMIA – Micro e Macro
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A oferta de bens fundamenta-se em uma função de produção, sendo que existe perfeita substituição de fatores entre K e L;
A função de produção apresenta retornos constantes de escala;
A PMgK (produtividade marginal do capital) e PMgL (produtividade marginal do trabalho) é positiva e decrescente, ou seja, a taxa cresce, mas em quantidades cada vez menores.
Hipóteses básicas do modelo
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ECONOMIA – Micro e Macro
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A função de produção revela como a quantidade de capital por trabalhador k determina a quantidade de produto por trabalhador y=f(k). A declividade da curva é a produtividade marginal do capital: se k aumenta de uma unidade, y aumenta de PMgK unidades. A função de produção se aplana a medida que k aumenta, indicando uma produtividade marginal decrescente.
Hipóteses básicas do modelo
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ECONOMIA – Micro e Macro
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A taxa de lucro (r) em condições de equilíbrio será dada por:
Hipóteses básicas do modelo
onde: w = salário
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ECONOMIA – Micro e Macro
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A taxa de crescimento do trabalho é igual ao crescimento natural (n);
A poupança é uma fração da renda, ou seja, é o total da renda menos o consumo;
A variação do estoque de capital é dada por:
	 
Hipóteses básicas do modelo
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ECONOMIA – Micro e Macro
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Equilíbrio de Steady State: é aquele em que as variáveis do modelo (L, K, Y) crescem na mesma proporção, ou seja, na mesma taxa constante ao longo do tempo.
Se k aumenta é porque K cresce mais depressa que L e portanto a PMgK está aumentando.
Solução do modelo
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ECONOMIA – Micro e Macro
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Tanto y=f(k) e sy têm o mesmo formato, pois reflete a PMgK decrescente. No ponto k* o crescimento da economia se estabiliza. Cabe destacar que o
estado estacionário é um caso particular de Steady State onde a taxa de crescimento é zero, ou seja, (a taxa de crescimento não varia). 
Solução do modelo
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ECONOMIA – Micro e Macro
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Seja uma função de produção do tipo Cobb-Douglas Y=KL1- definida como Y=K0.5L0.5 
Neste caso a equação de crescimento de Solow para uma função Cobb-Douglas será:
Solução do modelo: exemplo
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ECONOMIA – Micro e Macro
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Supondo:
s = 0,2
n = 0,5
d = 0,05
 = 0.5
Solução do modelo: exemplo
Neste caso, no steady state, faz-se necessário 4 máquinas por trabalhador. Assim o produto per-capita de equilíbrio será:
Ou seja, no estado estacionário, esta economia utiliza-se de 4 máquinas por trabalhador para produzir 2 unidades de produto. Logo, o consumo per-capita (c) e o investimento per-capita (i) será:
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ECONOMIA – Micro e Macro
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Portanto, neste modelo todas as três taxa crescem à mesma proporção e não são explicados por fatores econômicos. Todos crescem a taxa n (taxa natural) que é uma variável exógena e não econômica. Em um novo equilíbrio, o nível das variáveis per-capita é maior, somente a taxa de crescimento que é nula.
Solução do modelo: exemplo
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ECONOMIA – Micro e Macro
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	Neste modelo sempre ocorrerá uma convergência para a situação de equilíbrio, sendo que esta convergência pode ser de dois tipos:
Absoluta: economias que possuem as mesmas características convergem para uma mesma renda de equilíbrio, porém as mais atrasadas crescem mais rapidamente, até “encontrar” as mais adiantadas e a partir deste momento caminham juntas;
Condicional: a convergência não ocorre para a mesma renda per-capita de equilíbrio, ou seja, cada país converge para o seu ponto de equilíbrio, pois suas estruturas econômicas são diferentes.
Convergência do Modelo
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