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A restrição ao glúten

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A restrição ao glúten: da prescrição ao modismo.
 Com o decorrer do tempo uma crescente população busca dietas isentas de glúten, esse interesse se deve por via da influência da mídia procurando seu ideal estético e a indústria de alimentos influenciando com produtos isentos de glúten no mercado (MARTINS, 2015).
 Segundo MARTINS (2015), Com essa restrição alimentar possuem várias inadequações nutricionais e tendem a ser bem mais caras e, frequentemente, inadequadas do ponto de vista nutricional em comparação a uma alimentação habitual.
 A dieta sem glúten, algumas vezes, é utilizada para emagrecer porque são eliminados da alimentação vários alimentos, como pão, bolachas ou bolos, por exemplo, por possuírem glúten e assim diminui o valor calórico ingerido, facilitando a perda de peso numa dieta de emagrecimento (BIERNATH, 2016).
 BIERNATH (2016), conta que no caso de um doente celíaco a eliminação do glúten envolve a leitura detalhada de todos os rótulos de alimentos e até componentes de remédios ou batons. Porque a ingestão, mesmo que pequena de vestígios de glúten nesses produtos pode desencadear um processo infamatório grave
 O real motivo da retirada do glúten, não é o controle de peso, nem a procura do ideal estético mas sim o controle de alguma doença que venha causar prejuízos ao bem-estar do indivíduo, mas vale lembrar que o uso retirado de dietas sem glúten, as quais nem sempre são necessárias é preciso verificar quais as condições para a restrição dietética, seja a doença celíaca, alergia ao glúten, insensibilidade ao glúten (MARTINS, 2015).
 A doença celíaca é uma intolerância permanente aos fragmentos polipeptídicos do glúten, proteína contida em cereais como trigo, cevada, aveia sendo mediadas pelos linfócitos T, também ocasionado por fatores genéticos, imunológicos e ambientais, a doença celíaca causa uma desordem autoimune envolvendo a resposta imune tanto inata como adaptativa a alimentos que contenham glúten em indivíduos pré-dispostos geneticamente, pode ainda surgir em qualquer idade e é caracterizada pela atrofia das vilosidades intestinais de forma total ou subtotal, consequentemente há baixa absorção de nutrientes(SILVA et al.,2006)
 Segundo, SILVA et al., (2006) A doença celíaca pode se manifestar de vários modos como clássica, não clássica, assintomática e latente. A clássica sendo a mais comum se manifesta diarreia crônica, irritabilidade, vômitos, distensão abdominal, dor, emagrecimento, anorexia, redução do tecido celular subcutâneo, déficit de crescimento, anemia, atrofia da musculatura glútea e fezes fétidas, gordurosas e volumosas.
 A não clássica se manifesta na infância, alguma dessas manifestações são: baixa estatura, anemia por deficiência de ferro refratária à ferroterapia oral, hipoplasia do esmalte, dentário, constipação intestinal, osteoporose, artralgia ou artrite e esterilidade.a hipoplasia do esmalte dentário é um sinal frequente em crianças e adolescentes celíacas não tratadas.A assintomática utiliza-se marcadores séricos específicos como os anticorpos antiendomisio (EmA)que reagem contra a substância que envolve as miofibrilas da musculatura lisa (endomísio), a qual pode corresponder a uma estrutura semelhante à reticulina ou a um componente da superfície das miofibrilas, e o padrão latente da enfermidade e caracterizado pela anormalidade fisiológica da mucosa, mesmo que o indivíduo faz o uso de uma dieta com glúten, porém tardiamente vem apresentar sintomas clássicos da doença em questão da atrofia das vilosidades intestinais, que com a retirada do glúten na dieta se remete a normalidade (MARTINS, 2015).
 O tratamento da doença é a exclusão do glúten da dieta durante a vida toda oferecendo substitutos visualizado a necessidade do indivíduo como: farinha de milho, amido de milho e fubá, farinha de arroz, fécula de batata, farinha de mandioca e polvilho (SILVA et al.,2006)
 A retirada do glúten da dieta em pacientes celíacos demonstrou reduzir o risco de várias malignidades. 
 Segundo, Fleury Medicina e Saúde(2015) A alergia ao glúten diferente da doença celíaca é mediada pela imunoglobulina E(IgE) e A (IgA), é uma manifestação rara, por isso menos conhecida. Pode aparecer independentemente da idade do indivíduo, pode estar associada a pratica do exercício físico após o consumo de cereais e que parece ser causa pelo tipo especifico de proteína dos grãos, pode ainda apresentar possibilidade de aparecimento de sintomas respiratórios, como asma e rinite, ou mesmo gastrointestinais, como diarreia, vômitos e dor abdominal.
 É comum a alergia do glúten está associada como alergia alimentar múltipla, somando a alergia ao glúten ao ovo e leite de vaca, a alergia ao glúten pode ser transitória e se resolver por si só na infância, O tratamento é a isenção do glúten na dieta.
 Existem vários motivos ao indivíduo ocasionar a restrição ao glúten, seja a uma alergia alimentar, intolerância e os celíacos, devido a manifestações das determinadas patologias somente o profissional está capacitado a restringir ou não o glúten da alimentação, uma maneira equivocada, seguindo “modinhas” pode trazer sérios comprometimentos a saúde, logo a dieta isenta de glúten deve ser seguida se algum benefício que já tenha sido comprovado cientificamente, ou o profissional esteja acompanhando o caso e analisou determinada patologia, do contrário a restrição alimentar decorrente da eliminação dos grãos e seus derivados pode causar mais prejuízos à saúde.
Referências:
Legislação brasileira sobre glúten e o entendimento do Superior Tribunal de Justiça. Disponível em: http://www.cpgls.pucgoias.edu.br/7mostra/Artigos/SAUDE%20E%20BIOLOGICAS/Legisla%C3%A7%C3%A3o%20brasileira%20sobre%20gl%C3%BAten%20e%20o%20entendimento%20do%20Superior%20Tribunal%20de%20Justi%C3%A7a.pdf.. Acesso em: 20/02/2017.
DOENÇA CELÍACA: REVISÃO. Disponível em: http://www.fenacelbra.com.br/acelpar/wp-content/uploads/2013/03/divulgacaodcdentistas.pdf. Acesso em: 23/02/2017.
Dieta sem glúten, qual sua real necessidade. Disponível em: http://bdm.unb.br/bitstream/10483/12882/1/2015_GustavoPaesBarretoMoreiraMartins.pdf. Acesso em: 20/02/2017.
Como fazer uma dieta sem glúten. Disponível em: https://www.tuasaude.com/como-fazer-uma-dieta-sem-gluten/. Acesso em: 22/02/2017. 
“Remover o glúten da dieta e ver o que acontece não é algo cientificamente correto”. Disponível em: http://saude.abril.com.br/bem-estar/remover-o-gluten-da-dieta-e-ver-o-que-acontece-nao-e-algo-cientificamente-correto/. Acesso em: 22/02/2017.

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