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UNIDADE 1
POLÍTICAS ECONÔMICAS
ObjETIvOS DE APrENDIzAgEM
 A partir desta unidade você será capaz de:
	reconhecer os tipos de políticas econômicas e sua importância no 
cenário nacional/internacional;
	compreender as ações do governo para atingir determinadas 
finalidades relacionadas com a situação econômica do país;
	identificar os agentes econômicos que compõem o mercado 
financeiro;
	estabelecer relações entre mercado financeiro e crescimento 
econômico.
TÓPICO 1 – ASPECTOS bÁSICOS DAS 
POLÍTICAS ECONÔMICAS
TÓPICO 2 – MErCADO FINANCEIrO E 
CrESCIMENTO ECONÔMICO
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em dois tópicos que visam ajudar 
você a ter uma noção básica das políticas econômicas e da importância 
do mercado financeiro para o crescimento econômico. Em cada tópico 
você encontrará atividades para uma melhor compreensão do assunto.
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ASPECTOS bÁSICOS DAS 
POLÍTICAS ECONÔMICAS
1 INTrODUÇÃO
2 POLÍTICAS ECONÔMICAS
2.1 POLÍTICA MONETÁRIA 
TÓPICO 1
UNIDADE 1
Nesta unidade o tema abordado será a política econômica em seus diversos segmentos, 
bem como sua importância no cenário nacional/internacional. Serão também estudados os 
instrumentos utilizados para atingir os seus objetivos, quais sejam: política monetária, fiscal, 
cambial e de rendas. 
 As políticas econômicas consistem no conjunto de ações do governo para atingir 
determinadas finalidades relacionadas à situação econômica de um país e seus principais 
objetivos são:
•	 promover o desenvolvimento da economia;
•	 garantir o pleno emprego;
•	 garantir a estabilidade de preços e o controle inflacionário;
•	 promover a distribuição de renda no país.
É o conjunto de medidas do governo que tem por objetivo controlar o volume de moeda 
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(dinheiro) em circulação e o montante de crédito disponível na economia. A moeda, na economia, 
é o meio de pagamento que pode ser representado pelo papel-moeda e pelos depósitos à vista 
dos bancos comerciais. Tanto as cédulas e moedas metálicas quanto os valores existentes 
nas contas de depósito à vista dos bancos representam os meios de pagamento. A política 
monetária, ao controlar os meios de pagamento, visa estabilizar o nível de preços geral da 
economia (controle da inflação). 
Quando há necessidade de se diminuir a taxa de inflação, o governo aumenta a taxa 
de juros, diminuindo a oferta de dinheiro. Esse mecanismo controla o nível de preços. 
Cabe ao Conselho Monetário Nacional (CMN) determinar a quantidade de moeda 
(dinheiro) na economia. Ao determinar a quantidade de dinheiro em circulação, tem-se a 
formação da taxa de juros, que nada mais é do que o preço do dinheiro. 
É função do Banco Central do Brasil (BACEN) fixar a taxa básica de juros que rege toda 
a economia. Desta forma, o Banco Central eleva a taxa de juros (preço do dinheiro), enxugando 
(diminuindo) a oferta monetária, e reduz a taxa atuando de forma inversa.
O Banco Central dispõe de quatro instrumentos clássicos para atuar na política 
monetária: 
a) DEPÓSITOS COMPULSÓrIOS
São depósitos sob a forma de reservas bancárias que cada banco comercial é obrigado 
a manter junto ao Banco Central. Os depósitos provêm de um percentual calculado sobre os 
depósitos à vista e a prazo e são recolhidos ao BACEN. Este montante fica depositado junto 
ao BACEN, não sendo possível aos bancos utilizá-lo para novos empréstimos. 
Para diminuir a liquidez do sistema financeiro, o Banco Central eleva a taxa dos depósitos 
compulsórios e então os bancos ficam com menos recursos para emprestar. Com isso, toda 
a economia é afetada, pois existe uma relação inversa entre depósito compulsório e a oferta 
de moeda.
 
b) OPErAÇÕES DE MErCADO AbErTO (open market)
São a compra e a venda de títulos públicos pelo Banco Central. O impacto sobre a 
liquidez na economia pode ser exemplificado de duas maneiras: 
•	 Quando o Banco Central compra esses papéis no mercado faz o pagamento em reais. Neste 
caso a oferta de moeda aumenta, pois o BACEN está retirando um ativo (títulos públicos) e 
fornecendo ao mercado (à economia) moeda, no caso, Real. Essa operação realizada em 
grande quantidade tem como objetivo aumentar a oferta de moeda e, consequentemente, 
diminuir a taxa de juros do mercado. 
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•	 Quando o Banco Central vende esses papéis no mercado, recebe o pagamento em reais. 
Ocorre o caso inverso, pois o BACEN está ofertando um ativo (títulos públicos) e retirando 
do mercado (da economia) moeda. Essa operação, realizada em grande escala, tem como 
finalidade diminuir a oferta de moeda, e consequentemente, aumentar a taxa de juros e com 
isso controlar o nível de preços. 
As operações de open market são o instrumento mais dinâmico da política monetária, 
por permitir o controle diário da oferta de moeda.
c) TAXA DE rEDESCONTO
É o mecanismo pelo qual o BACEN socorre as instituições financeiras. Quando um banco 
está com dificuldade para fechar seu caixa ao final do dia, solicita empréstimos a outros bancos, 
chamados de empréstimos interbancários. Havendo, ainda, necessidade de mais recursos, a 
instituição financeira deve solicitar empréstimo ao BACEN para cobrir eventuais problemas de 
liquidez. A taxa cobrada sobre esses empréstimos é chamada de taxa de redesconto.
Um aumento na taxa de redesconto indica que os bancos terão maiores custos, caso 
enfrentem problemas de liquidez. Neste caso, as instituições diminuirão a oferta de crédito, 
aumentando a taxa de juros.
d) CONTrOLE DO CrÉDITO
Trata-se de um instrumento não muito utilizado pelo BACEN. Refere-se ao controle direto 
sobre o crédito e pode estar relacionado ao volume, ao prazo e à destinação do crédito. Este 
instrumento pode levar a distorções no funcionamento do mercado de crédito e até desestimular 
a atividade de intermediação financeira.
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Reflexos da política monetária nas finanças das empresas 
e pessoas físicas:
1 O governo é o maior agente tomador de recursos (dinheiro) no 
mercado financeiro. Se o governo tiver dificuldade de captar 
esses recursos, os investidores exigirão cada vez maiores taxas 
para emprestar dinheiro. Com o governo pagando taxas mais 
elevadas para financiar a sua dívida, o custo do dinheiro sobe 
para todos os agentes da economia. 
2 Quanto menor for a liquidez do sistema, será mais difícil e mais 
caro contrair empréstimos.
3 Quanto mais elevadas forem as taxas de juros, mais os 
investidores serão atraídos a aplicar recursos no mercado 
financeiro, ficando mais caro o custo dos empréstimos. 
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A política monetária é utilizada para controlar o volume de dinheiro 
em circulação, influenciando a formação da taxa de juros, que nada 
mais é do que o preço do dinheiro.
LEITUrA COMPLEMENTAr 1
COPOM MANTÉM SELIC EM 8,75% PELA 3ª vEz SEgUIDA
Azelma Rodrigues
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu ontem manter a 
taxa de juros básica Selic em 8,75% ao ano, sem viés. O resultado era amplamente esperado 
pelo mercado. Os analistas consideram a possibilidade de um aumento nos juros no próximo ano.
A última vez em que o BC mexeu no juro básico foi em julho, quando o percentual 
foi cortado em 0,5 ponto, para 8,75%. Desde então, o Copom se reuniu mais três vezes (em 
setembro, outubro e agora em dezembro) e manteve a Selic nesse mesmo patamar. De janeiro 
a julho, a redução na taxa básicafoi de 5 pontos percentuais.
A justificativa do comitê para a decisão anunciada ontem foi a seguinte: “Tendo em vista 
as perspectivas para a inflação em relação à trajetória de metas, o Copom decidiu manter a 
taxa Selic em 8,75% ao ano, sem viés, por unanimidade. Levando em conta, por um lado, a 
flexibilização da política monetária implementada desde janeiro e, por outro, a margem de 
ociosidade remanescente dos fatores produtivos, entre outros fatores, o comitê avalia neste 
momento que esse patamar de taxa básica de juros é consistente com um cenário inflacionário 
benigno, contribuindo para assegurar a manutenção da inflação na trajetória de metas ao 
longo do horizonte relevante e para a recuperação não inflacionária da atividade econômica”. 
A próxima reunião do Copom ocorre nos dias 26 e 27 de janeiro de 2010.
FONTE: jornal valor On-line. Disponível em: <http://www.valoronline.com.br/?online/finanças/10/6075201/
copom-mantem-taxa-selic-em-8,75%-ao-ano>. Acesso em: 15 jan. 2010.
2.2 POLÍTICA FISCAL
É a política de receitas e despesas do governo, que consiste na elaboração do orçamento, 
a qual demonstra as fontes de arrecadação e os gastos públicos a serem efetuados em um 
determinado período (exercício). Envolve a definição e a aplicação da carga tributária exercida 
sobre os agentes econômicos. Quanto maior a carga tributária, menor a renda disponível para 
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o consumo. 
A política fiscal visa atingir a atividade econômica e assim alcançar dois objetivos:
•	 estimular a produção, isto é, o crescimento econômico;
•	 combater o desemprego.
O governo pode alterar as receitas e os gastos públicos através da cobrança de impostos 
e do controle dos seus gastos, utilizando-se dos seguintes instrumentos fiscais:
a) Impostos (receitas): os impostos podem ser classificados em duas categorias: 
•	 IMPOSTOS DIRETOS: incidem sobre a renda das empresas e das pessoas físicas (Imposto 
de Renda Pessoa Jurídica – IRPJ e Imposto de Renda de Pessoa Física – IRPF).
•	 IMPOSTOS INDIRETOS: são incorporados ao processo produtivo e incidem indiretamente 
sobre o contribuinte (consumidor). Por exemplo: ICMS, ISS, PIS, COFINS.
b) Despesas do governo (gastos): as despesas do governo podem ser divididas em:
•	 CONSUMO: gastos com salários, administração pública, funcionalismo civil e militar.
•	 TRANSFERÊNCIAS: benefícios pagos sob a forma de aposentadorias, bolsa família, FGTS.
•	 SUBSÍDIOS: pagamentos feitos pelo governo a empresas públicas ou privadas.
•	 INVESTIMENTOS: gastos com a aquisição de novas máquinas, equipamentos, construção 
de estradas, pontes, portos, aeroportos (infraestrutura).
c) Orçamento do governo: o resultado das receitas menos os gastos públicos representa o 
orçamento do governo. Este saldo pode ser classificado em:
•	 ORÇAMENTO EQUILIBRADO: quando o total das receitas de um determinado período for 
igual ao total dos gastos.
•	 ORÇAMENTO SUPERAVITÁRIO: quando o total das receitas de um determinado período 
supera os gastos.
•	 ORÇAMENTO DEFICITÁRIO: quando as receitas são menores que os gastos.
O resultado do setor público pode ser dividido em duas contas:
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•	 a) SUPERÁVIT/DÉFICIT primário ou fiscal: é o saldo positivo/negativo quando a receita do 
governo é superior/inferior aos seus gastos, antes do pagamento dos juros da dívida pública.
•	 b) DÉFICIT OPERACIONAL: é a Necessidade de Financiamento do Setor Público – NFSP. 
É calculado pelo resultado primário, acrescido do pagamento dos juros da dívida pública.
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Reflexos da política fiscal nas finanças das empresas e 
pessoas físicas:
1 – Os impostos incidem diretamente sobre a renda das empresas 
e pessoas físicas.
2 – O prazo de recolhimento dos impostos afeta o fluxo de caixa 
das empresas. 
3 – Há incidência de impostos nas operações de compra e venda 
de produtos e serviços.
4 – Os impostos incidem nas operações de abertura e 
encerramento das atividades da empresa.
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A política fiscal compreende as decisões dos governos federal, 
estadual e municipal referentes à tributação e à utilização dos 
recursos.
LEITUrA COMPLEMENTAr 2
rESULTADO QUESTIONA EFICÁCIA DE gASTO PÚbLICO
 
João Villaverde
O forte aumento de gastos públicos tem falhado em estimular um crescimento mais 
vigoroso da economia, levando a uma pequena expansão da produção e uma maior elevação 
de preços. A avaliação é do economista Juan Jensen, da Tendências Consultoria Integrada, 
ao examinar o resultado do PIB do terceiro trimestre deste ano. Segundo ele, os números 
divulgados pelo IBGE mostram que a expansão das despesas públicas tem elevado o PIB em 
termos nominais, mas não em termos reais (quando a inflação é descontada).
Jensen observa que, no terceiro trimestre, o PIB teve uma alta nominal de 2,3% sobre 
o mesmo período de 2008, enquanto o consumo do governo avançou 8,4% na mesma base 
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de comparação. Em termos reais, o PIB recuou 1,2% em relação ao terceiro trimestre do ano 
passado, ao passo que as despesas do governo subiram 1,6%. “Ou seja, o aumento dos gastos 
públicos tem elevado o PIB nominal, mas não o PIB real”, diz Jensen.
Para ele, o impacto pouco relevante sobre o crescimento se explica pelo fato de os 
gastos do governo se concentrarem no aumento de salários dos funcionários públicos e em 
novas contratações. “Isso não impacta diretamente a quantidade consumida pelo governo, mas 
afeta de forma significativa os seus preços”, diz Jensen. É uma evidência, segundo ele, de que 
a política fiscal expansionista teria sido melhor se tivesse focado no aumento do investimento. 
De janeiro a outubro, os gastos do governo federal com pessoal e encargos sociais cresceram 
18,4%, atingindo R$ 121,383 bilhões, cinco vezes mais do que os R$ 23,940 bilhões das 
despesas com investimentos.
O ex-diretor do Banco Central José Júlio Senna, sócio da MCM Consultores Associados, 
também critica a política fiscal adotada pelo governo. “Ela não faz sentido algum. Não tem 
absolutamente nada de anticíclica, ela é pró-cíclica, uma vez que a crise passou e a economia 
já dispensa estímulos.” Para Senna, já passou da hora de o país retirar os estímulos fiscais 
e diminuir os gastos daqui para frente. “O governo faz de maneira desorganizada, com 
desonerações a setores, empréstimos do Tesouro a bancos oficiais e ao BNDES, não há um 
critério claro e controlável.”
Ele observa que a despesa corrente do governo aumentou 1,8% do PIB nos primeiros 
dez meses deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, quando já estava num 
nível elevado. “Nós somos um país tão carente em infraestrutura, e tudo o que o setor público 
faz é ampliar custeio. Na medida em que isso persistir, o Banco Central será forçado a aumentar 
os juros de uma forma mais forte do que faria, ou deveria, caso tivesse ajuda da política fiscal.”
O economista-chefe da MB Associados, Sérgio Vale, teme que o resultado do PIB um 
pouco mais fraco do que se esperava no terceiro trimestre possa levar o governo a aumentar 
ainda mais os gastos públicos. “A visão simplista que pode vir do governo é que, se até agora 
a política fiscal não foi tão efetiva, há espaço para despesas adicionais mais fortes.” 
FONTE: jornal valor On-line. Disponível em: < http://www.fazenda.gov.br/resenhaeletronica/
MostraMateria.asp?cod=603154>. Acesso em: 24 jan. 2010.
2.3 POLÍTICA CAMBIAL
O mercado de câmbio (divisas) é formado por diversos agentes econômicos que 
compram e vendem moeda estrangeira, conforme suas necessidades. Quando as empresas 
vendem mercadorias para o exterior(exportam), recebem como pagamento moeda estrangeira 
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e, assim sendo, aumentam a oferta de moeda estrangeira, particularmente o dólar, que é a 
moeda mais utilizada comercialmente no mercado internacional. 
Quando as empresas compram mercadorias no exterior (importam), necessitam comprar 
moeda estrangeira para efetivar o pagamento das importações. O preço da moeda estrangeira 
em relação à moeda nacional é determinado nesse mercado e é chamado de taxa de câmbio 
(R$/US$).
A política cambial refere-se às ações do governo para controle da taxa de câmbio e 
das condições de ingresso e saída de capitais externos no país. As operações de importação 
e exportação são registradas na balança comercial. Se o país importa mais do que exporta, 
causa um desequilíbrio, chamado déficit, no balanço comercial, porque não se consegue atrair 
recursos (dólares) em quantidade suficiente para pagar as contas em dólar.
Um desempenho muito forte das exportações pode ter grande impacto monetário, 
porque o ingresso de divisas (dólares) significa conversão para reais e aumento do volume de 
moeda, que pode provocar efeito inflacionário futuro.
Caso o câmbio esteja a R$ 2,50 significa que são necessários R$ 2,50 reais para 
comprar um dólar. Se o dólar subir para R$ 3,00 ocorreu uma desvalorização do real frente ao 
dólar. O preço da moeda estrangeira elevou-se, pois precisa-se de mais reais para comprar a 
mesma quantidade de dólares.
Se o preço do dólar cai para R$ 2,00, diz-se que ocorreu uma valorização do real frente 
ao dólar, pois são necessários menos reais para comprar a mesma quantidade de dólares. 
Para o Brasil, uma boa política cambial deverá permitir um elevado volume de fluxo de moeda 
com o exterior nos dois sentidos (exportações e importações). Para as empresas brasileiras 
que participam do comércio internacional é de fundamental importância a taxa de câmbio.
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Reflexos da política cambial nas finanças das empresas e 
pessoas físicas:
1 – Avaliar o preço de suas exportações na moeda nacional.
2 – Acompanhar o custo das importações.
3 – Controlar suas dívidas em moeda estrangeira.
4 – Identificar os melhores momentos para remeter recursos 
para o exterior.
5 – Avaliar a taxa de câmbio para efetuar viagens ao exterior e 
adquirir produtos importados. 
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A política cambial refere-se às ações do governo para controle da 
taxa de câmbio e das condições de ingresso e saída de capitais 
externos no país.
LEITUrA COMPLEMENTAr 3
HÁ UMA OPOrTUNIDADE NO Ar
Ernesto Lozardo
Há uma discussão em torno da valorização do real que tem dificultado o entendimento 
das pessoas pouco familiarizadas com essa realidade. As premissas sobre a política cambial 
do passado ainda têm reflexos nas discussões do presente. No passado, o Brasil não adotava 
políticas monetária e fiscal que assegurassem o crescimento e a estabilidade dos preços. Isso 
porque o país não tinha orçamentos monetário e fiscal consistentes.
Daquela época guardamos a seguinte ideia-força, de Mário Henrique Simonsen: “A 
inflação mutila, mas o câmbio mata”. Nos dias atuais há quem afirme: “A atual valorização 
do câmbio é um problema real e pode prejudicar a economia” (Paul Krugman). Encontramos, 
também, alarmistas, para quem, por conta da alta do real, haverá desindustrialização. Isso já 
é demais.
Desde os tempos de Simonsen até os dias atuais, muita loucura foi feita em relação à 
política cambial. Nem por isso o setor exportador foi aniquilado. O foco da política econômica 
deve ser a competitividade da economia brasileira. Nesse sentido, precisa-se das reformas 
fiscais e de política de estímulo às exportações.
A valorização do câmbio resulta de vários fatores. Ela está atrelada à política monetária, 
especificamente à taxa de juros. Quanto mais elevados os juros, mais o real se aprecia, e, de 
forma oposta, quanto menores os juros, mais competitivo o real fica.
Os elevados juros resultam do alto gasto corrente do governo federal. Para financiar 
esse gasto, o governo precisa arrecadar mais recursos por meio de tributos. De modo que a 
grande carga tributária sobre a produção e sobre a renda do trabalhador reduz o lucro das 
empresas, o poder aquisitivo da sociedade e o nível de poupança. Para os bancos, esse risco 
está incorporado no elevado custo dos empréstimos.
A redução efetiva dos juros e, portanto, da valorização da moeda nacional, dependerá 
de ações concretas dos representantes do Congresso, impondo reduções nos gastos correntes 
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do governo, nos programas assistenciais e nas correções graduais no déficit da Previdência.
Uma das aberrações na política de exportações é o fato de o país exportar impostos. 
Independentemente do fato de a moeda estar valorizada, prejudicando a competitividade e a 
lucratividade do exportador, é inconcebível tributar a exportação.
A Fiesp propõe eliminar os tributos que incidem sobre os produtos exportados, 
modificando os mecanismos de compensações. A indústria brasileira paga em média 22,9% 
de impostos indiretos sobre o faturamento líquido. Desse total, 5,8% das receitas líquidas 
com exportações são créditos irrecuperáveis: o governo federal não paga ao exportador. Isso 
é crime. Mesmo assim, a entidade sugere que o calote do governo federal se transforme em 
moeda de troca no pagamento de qualquer tributo federal. É mais uma ginástica tributária do 
setor privado para lhe fazer justiça e amenizar a atual perda de receita. Essa alternativa não 
visa à competitividade do setor, mas, no momento, ela é necessária.
A inexistência de reformas fiscal e previdenciária tem dado margem a todo tipo de 
proposta, negando o saber de que a política cambial é parte da política macroeconômica. A 
política cambial não é a política industrial e muito menos a política de crescimento sustentável. 
Manter um câmbio competitivo dependerá das reformas apontadas que tornem o Brasil 
globalmente competitivo, estruturalmente equilibrado e receptivo ao capital, aumentem 
expressivamente a poupança pública e privada e fomentem o surgimento de ampla sociedade 
de consumo.
FONTE: jornal Folha de São Paulo. Disponível em: <https://conteudoclippingmp.planejamento.gov.
br/cadastros/noticias/2009/12/11/ha-uma-oportunidade-no-ar>. Acesso em: 24 jan. 2010.
2.4 POLÍTICA DE RENDAS
É o conjunto de medidas que visam a redistribuição de renda e a justiça social. São 
exemplos de política de rendas:
•	 SALÁRIO MÍNIMO: busca prover de renda mínima os trabalhadores e aposentados. O 
programa “Fome Zero” também é um exemplo de política de rendas.
•	 SUBSÍDIOS: ao conceder subsídios o governo busca incentivar a produção e consumo de 
determinados produtos através de alguma ajuda financeira ou isenção de impostos para 
um determinado setor da economia, para que este possa se desenvolver ou competir no 
mercado em que atua.
•	 INCENTIVOS FISCAIS: o governo procura fortalecer determinado setor ou região.
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Reflexos da política de rendas nas finanças das empresas 
e pessoas físicas:
1 – Aproveitar incentivos fiscais oferecidos por determinadas 
cidades para instalação de novas indústrias.
2 – Melhoria do poder aquisitivo da população através do 
crescimento da economia e implantação de políticas sociais 
por parte do governo.
LEITUrA COMPLEMENTAr 4
SObrE POLÍTICAS DE rENDAS
ECONOMISTA ANALISA IMPACTOS DA TrANSFErÊNCIA DE rENDA 
NA SOCIEDADE brASILEIrA
O impacto que os programas de transferência de rendaestão tendo no Brasil faz com 
que situações como concentração de produção e desigualdades sociais sejam minoradas. É um 
novo cenário social que se apresenta a partir dessa lógica de obtenção de renda. O Nordeste 
é prova disso. Lá, segundo Isabel Ruckert, “aumentou o mercado interno com incremento das 
economias locais”. Isabel analisa, nesta entrevista que concedeu à IHU On-Line, por e-mail, 
os programas de transferência de renda e as mudanças possibilitadas por eles. “O país tem 
registrado nos últimos anos redução na desigualdade e para isso têm contribuído os programas 
como o Bolsa Família e a política de aumento real do salário mínimo”, disse ela. Confira a 
entrevista:
 
IHU On-Line - Quais são as mudanças mais significativas nas realidades das famílias brasileiras 
em função da questão de transferência de renda?
 
Isabel ruckert - A renda recebida pelos beneficiários melhorou o consumo das famílias, 
elevando a demanda agregada, e, consequentemente, a situação econômica daqueles 
municípios mais pobres do país. Uma pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Análises Sociais 
e Econômicas (IBASE), em junho do ano passado, mostrou que os beneficiários do Bolsa 
Família utilizaram os recursos da transferência, sobretudo para comprar alimentos, material 
escolar, vestuário e remédios.
 
IHU On-Line - Essas políticas de transferência de renda também promoveram mudanças nas 
regiões? Que mudanças aparecem como estruturais?
 
Isabel ruckert - Certamente, dada a abrangência, sobretudo do Programa Bolsa Família, 
ocorreram mudanças nas regiões, principalmente no Nordeste, onde aumentou o mercado 
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interno com incremento das economias locais.
 
IHU On-Line - Quando analisamos os programas de transferência de renda é preciso atentar 
para quais pontos, ao observamos o caso brasileiro?
 
Isabel ruckert - O contexto socioeconômico no país apresenta grandes desigualdades 
regionais, tais como a concentração da produção e desigualdades sociais com elevados níveis 
de pobreza. Os programas de transferência de renda representam um importante recurso para 
minorar esta situação. O impacto que políticas públicas de transferência de renda têm nas 
condições de vida das populações mais pobres pode ser verificado pela melhora na distribuição 
de renda medida pelo índice de Gini [1].
 
Nota [1] - O Coeficiente de Gini é comumente utilizado para calcular a desigualdade de 
distribuição de renda, mas pode ser usado para qualquer distribuição.
FONTE: AGENDA PÚBLICA. Disponível em: <http://www.agendapublica.org.br/news/eco nomista%20
analisa%20impactos%20da%20transfer%C3%AAncia%20de%20renda%20na%20
sociedade%20brasileira/>. Acesso em: 24 jan. 2010.
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rESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico vimos os principais objetivos da política econômica, seus 
instrumentos e o impacto que causa nas relações econômicas. 
• Todos os países desenvolvidos ou em desenvolvimento buscam crescimento econômico, 
estabilidade de preços e distribuição de renda. Para alcançar e/ou manter esses objetivos 
os governos utilizam-se das políticas econômicas. 
• As quatro grandes políticas que afetam toda a economia são a esfera monetária, fiscal, cambial 
e de rendas. A política monetária refere-se ao controle da oferta de moeda e a política fiscal 
trata das receitas e despesas do governo, a política cambial preocupa-se com o controle 
da taxa de câmbio (valor da moeda local), e a política de rendas busca a redistribuição de 
renda e justiça social.
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1 Conceitue políticas econômicas e diga quais são os seus principais objetivos. 
2 As operações de open market são o instrumento mais dinâmico da política monetária, 
porque permitem o controle diário da oferta de moeda. Qual o objetivo do Banco 
Central quando ele atua no open market comprando papéis no mercado?
3 Quais são os reflexos da política monetária nas finanças das empresas e como ela 
afeta as pessoas físicas?
4 O que é superávit ou déficit primário ou fiscal?
5 Que política econômica trata das ações do governo para controle da taxa de câmbio 
e das condições de ingresso e saída de capitais externos no país?
6 Classifique as sentenças usando o código a seguir:
I- Política Fiscal. 
II- Política Fiscal Restritiva. 
III- Política Fiscal Expansiva. 
( ) É usada quando a demanda agregada supera a capacidade produtiva da economia.
( ) Usada quando há uma insuficiência de demanda agregada em relação à produção 
de pleno emprego.
( ) Manipulação dos tributos e dos gastos do governo para regular a atividade 
econômica.
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) II - III - I. 
b) ( ) III - I - II. 
c) ( ) II - I - III.
d) ( ) I - II - III.
7 O depósito compulsório é um mecanismo de que o Banco Central dispõe para regular 
os meios de pagamento no Sistema Financeiro Nacional. Sobre isso, é correto afirmar 
que:
a) ( ) É uma política monetária. 
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b) ( ) É política fiscal.
c) ( ) Diz respeito à procura por moeda no mercado.
d) ( ) Diz respeito à oferta por moeda no mercado.
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MErCADO FINANCEIrO E 
CrESCIMENTO ECONÔMICO
1 INTrODUÇÃO
2 MErCADO FINANCEIrO
TÓPICO 2
UNIDADE 1
Nesta unidade o tema abordado será o mercado financeiro, com destaque para o papel 
dos agentes superavitários, intermediários e deficitários, bem como os segmentos do mercado 
financeiro: monetário, de crédito, de capital e cambial e sua importância na transferência de 
recursos financeiros entre os agentes econômicos. Além disso, veremos também como é 
importante o mercado financeiro para o crescimento econômico.
A seguir, apresenta-se um percurso histórico do mercado financeiro. Acompanhe!
● Histórico: o sistema financeiro, como o conhecemos atualmente, é o substituto do escambo, 
pequenas peças de metal com peso e valor definidos contendo impressão de cunho oficial 
do império ou país, com datas de casamento do rei, imperador ou rainha, conquistas em 
olimpíadas etc. 
● Idade Média: as pessoas mais abastadas guardavam seus valores com “ourives”, que como 
garantia entregavam um recibo. Com o decorrer dos tempos esse recibo passou a ser usado 
nas trocas comerciais, dando origem ao “papel-moeda”.
● Brasil: a moeda oficial brasileira foi lançada pelo Banco do Brasil em 1810, depois da 
chegada da Família Imperial Portuguesa, que veio para o Brasil em 1808, quando Portugal 
foi invadido pelos franceses. 
● Modelo Bancário Brasileiro: o modelo trazido pelo Imperador D. João VI em 1808 foi o 
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Europeu, com serviços de depósitos e empréstimos (descontos). Os principais acontecimentos 
foram: 
● 1920 - Inspetoria geral dos bancos.
● 1950 - Existiam aproximadamente 500 Matrizes Bancárias funcionando no país.
● 1945 - Decreto-Lei no 7.293, foi criada a SUMOC – Superintendência da Moeda e 
do Crédito. 
● 1964 - Reforma Bancária (Lei no 4.595, de 31/12/1964). 
● 1965 - Reforma do Mercado de Capitais (Lei no 4.728, de 14/07/1965).
● 2010 - Aproximadamente 180 Casas Matrizes.
● Poupança: com a criação da moeda, uma parcela de renda não consumida começou a 
ser poupada, dando início às Poupanças. Essa capacidade de poupar, juntamente com o 
desejo e a oportunidade de poupar, facilita a geração de investimentos que, aplicadosem 
algo lucrativo, aumentam a riqueza.
● Funções da Moeda: no decorrer dos tempos, a moeda adquiriu importância entre os povos, 
dentre as quais podemos destacar: intermediação de trocas, medida de valor, reserva de 
valor, padrão de pagamentos.
Para o funcionamento da economia é necessário capital (dinheiro). Numa empresa, 
por exemplo, o capital é necessário para as suas atividades do dia a dia, como pagamento de 
salários, impostos, mão de obra, compra de matérias-primas, ou para financiar o crescimento 
da empresa, desenvolver e testar novos produtos etc.
 
As empresas e as pessoas podem, em determinados momentos, ter disponibilidades 
financeiras (sobrando dinheiro), ter uma situação de equilíbrio (situação equilibrada) ou 
necessitar captar recursos (faltando dinheiro). Esses agentes econômicos estão representados 
no quadro a seguir:
FONTE: Os autores
FIGURA 1 – AGENTES ECONÔMICOS
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O mercado financeiro faz a ligação entre as pessoas ou empresas que têm dinheiro e as 
pessoas ou empresas que precisam de dinheiro. Para que isto ocorra é preciso um intermediário 
– os bancos. O mercado financeiro leva o dinheiro de quem tem para quem necessita, cobrando 
uma taxa que chamamos de juros.
A transferência de recursos dos agentes superavitários para os agentes deficitários 
ocorre através de operações de captação e financiamento. O processo de transferir poupança 
para investimento é uma função básica e talvez a mais importante do sistema financeiro.
 
Existem dois métodos básicos para transferir fundos de poupadores para tomadores:
 
INvESTIMENTOS DIrETOS: ocorrem, por exemplo, quando alguém inicia seu próprio 
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1 Assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) As primeiras moedas não cunhadas no Brasil entraram em 
circulação nos anos de 1645, 1646 e 1654.
b) ( ) Moeda é uma unidade representativa de valor aceita como 
instrumento de troca numa comunidade.
c) ( ) Graças à moeda, as pessoas podem classificar uma transação 
comercial.
d) ( ) Hoje em dia, a moeda não parece uma coisa banal e sua 
descoberta não representou um notável avanço na história 
da humanidade.
2 Assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) A maioria dos clientes do BC sabe de todos os seus direitos 
e obrigações perante esse órgão privado.
b) ( ) O BC tem por finalidade o acompanhamento e o controle 
das políticas cambial, de crédito e de relações financeiras 
com o exterior.
c) ( ) O BC, na qualidade de prestador de serviços privados, 
tem por objetivo o atendimento das necessidades dos 
consumidores, o respeito à sua dignidade e a proteção de 
seus interesses econômicos.
d) ( ) O site do BC apoia-se em cinco pilares: Planejamento 
Financeiro; Economia; Operações Financeiras; BC e Meio 
Circulante.
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Onde é feito o controle da liquidez da economia, se negociam 
títulos emitidos pelo BACEN e pelo Tesouro Nacional (LBCs, LTNs, 
NTNs, CDBs e CDIs).
•	 MErCADO DE CrÉDITO: é formado por bancos comerciais/múltiplos. O objetivo desse 
mercado é cobrir as necessidades de recursos de curto e médio prazos dos agentes 
deficitários que necessitam de recursos para consumo ou capital de giro. Isso acontece 
através da concessão de crédito às pessoas físicas e concessão de empréstimos e 
financiamentos às empresas. As operações de crédito mais comuns são os empréstimos 
de capital de giro, desconto de títulos (duplicatas), conta garantida e financiamento de bens 
duráveis. Os recursos financeiros negociados nesse mercado originam-se basicamente de 
depósitos captados pelos bancos, CDBs e RDBs. O Banco Central do Brasil é o principal 
órgão responsável pelo controle, normatização e fiscalização deste mercado.
negócio e nele investe suas poupanças. Também ocorre um investimento direto quando títulos 
(ações) são vendidos pela primeira vez a investidores no chamado “mercado primário”, e os 
recursos vão para o caixa da empresa. 
INvESTIMENTOS INDIrETOS: fazem parte do chamado “mercado secundário”. Nestes, 
os títulos já se encontram no mercado e sua propriedade é transferida entre vários investidores. 
Os vendedores trocam seus títulos por dinheiro, e os compradores trocam dinheiro por títulos.
A transferência de recursos para investimentos de forma indireta se dá por meio de um 
intermediário financeiro, como um banco, uma corretora etc. Por exemplo, o agente superavitário 
empresta recursos ao banco (agente intermediário), e o banco empresta os recursos para o 
tomador final (agente deficitário).
Esse processo de tomar e emprestar é praticamente contínuo e é um componente 
essencial do sistema financeiro. O mercado financeiro é subdivido em quatro grandes segmentos 
de intermediação financeira:
•	 MErCADO MONETÁrIO: é o mercado onde se concentram as operações para controle 
da oferta de moeda e das taxas de juros de curto prazo com vistas a garantir a liquidez da 
economia. O Banco Central do Brasil atua neste mercado praticando a chamada Política 
Monetária. No mercado monetário são realizadas as operações de curto e curtíssimo prazos. 
Nesse mercado são negociados, principalmente, os papéis emitidos pelo Banco Central com o 
objetivo de atender à política monetária do governo. Também são negociados títulos emitidos 
pelo Tesouro Nacional com o objetivo de financiar as necessidades de dinheiro do governo.
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EMPRÉSTIMO SEM PREJUÍZO
Cinco dicas para recorrer ao financiamento sem afundar o caixa 
Carin Hommonay Petti e Fernanda Tambelini 
1- Analise suas dificuldades: antes de qualquer coisa é preciso 
certificar-se de que o financiamento é mesmo a melhor opção 
para sua empresa. Dinheiro emprestado não é para suprir 
deficiências crônicas de fluxo de caixa. Se o fluxo for deficitário, o 
empréstimo pode levá-lo direto à forca. Melhor mesmo é, antes de 
tudo, identificar a origem das dificuldades financeiras. 
2- Calcule sua rentabilidade: você está pensando em pedir 
empréstimos para modernizar ou ampliar seu negócio com novos 
equipamentos? Então é hora de calcular os lucros futuros. “É preciso 
prever o retorno do investimento. Não dá para financiar máquinas 
por modismo, só porque o concorrente tem uma igual”, diz o vice-
presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças 
(Anefac), Miguel de Oliveira. Além disso, as taxas de juros têm de 
ser menores do que a rentabilidade do negócio, alerta o consultor 
Paulo de Tarso, da Proinvest, especializada em finanças corporativas. 
3- Escolha a linha adequada: se crédito for mesmo a saída, 
procure identificar a melhor linha para suas necessidades, tanto 
em relação aos juros como aos prazos. Um tropeço corriqueiro é 
o financiamento do caixa com linhas para pessoas físicas. “Cair 
no cheque especial é suicídio”, afirma o gerente da assessoria de 
serviços financeiros do Sebrae, Fábio Campos. 
4- Organize as informações sobre o negócio: para determinar 
os juros, prazos e limite de crédito, os bancos analisam documentos 
como balanços, declarações de Imposto de Renda, listas de clientes 
e fornecedores e, no caso de repasses de recursos do BNDES, 
certidões negativas de dívidas com a Receita Federal, INSS e 
FGTS. “Quanto mais dados, melhores podem ser as condições do 
empréstimo para a empresa”, afirma o superintendente nacional de 
micro e pequenas empresas da Caixa Econômica Federal, Zaqueu 
Soares Ribeiro”. 
5- Dê atenção aos custos escondidos: ao calcular os custos de 
um financiamento, é importante considerar os encargos adicionais, 
capazes de aumentar bastante o custo da operação. O mais 
conhecido deles é a Tarifa de Aberturade Crédito (TAC). Alguns 
bancos também cobram seguro de crédito obrigatório, tarifas para 
elaboração de contrato ou caução de cheques. Diferentemente do 
que ocorre com as operações para pessoas físicas, os bancos não 
são obrigados a somar numa só taxa os juros e as outras despesas.
•	 MErCADO DE CAPITAIS: tem como objetivo canalizar recursos de médio e longo prazos 
para agentes deficitários, através das operações de compra e de venda de títulos e valores 
mobiliários, efetuadas entre empresas, investidores e intermediários (principalmente, o 
mercado de ações). 
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São títulos negociáveis de médio e longo prazos: ações, 
debêntures.
•	 MErCADO DE CÂMbIO: onde são negociadas as trocas de moedas estrangeiras por reais. 
O Banco Central do Brasil é o responsável pela administração, fiscalização e controle das 
operações de câmbio e da taxa de câmbio, atuando através de sua política cambial. Esse 
mercado engloba todos os agentes econômicos que realizam operações com o exterior, 
como importadores e exportadores, investidores e instituições financeiras. 
O mercado de capitais é a principal fonte de recursos para a economia e representa a 
ligação entre os agentes superavitários (que têm dinheiro sobrando) e os agentes deficitários 
(que precisam de dinheiro). 
O mercado de capitais atua no financiamento a longo prazo, captando recursos para os 
investimentos (capital fixo) e capital de giro das empresas. A existência de um forte mercado 
de capitais sinaliza o grau de desenvolvimento de uma economia, porque as pessoas físicas, 
as empresas e as instituições passam a ter maiores possibilidades de investir o seu dinheiro 
e, por outro lado, as empresas passam a ter fontes permanentes de captação de recursos 
financeiros a um custo mais competitivo. 
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é o principal órgão responsável pelo controle, 
normatização e fiscalização deste mercado.
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As moedas estrangeiras são convertidas em moeda nacional e 
vice-versa.
As funções sociais dos bancos são:
● captar recursos financeiros das Pessoas Físicas e Jurídicas com 
sobras de recursos -(Investidores/Passivos) e guardá-los em 
reservas à disposição do cliente; 
● aplicar esses recursos sob as mais diversas formas, juntamente 
com os clientes necessitados dos mesmos (Ativos);
● prestação de serviços;
● arrecadação de tributos; 
● pagamento de benefícios.
SEGMENTAÇÃO DO MERCADO FINANCEIRO
SEGMENTOS PRAZOS FINALIDADE
Monetário Curto/curtíssimo
Controle de liquidez 
monetária na economia
Crédito Curto/médio Consumo e capital de giro
Capitais Médio/longo
Capital fixo e capital de 
giro
Câmbio À vista/curto Conversão de moedas
FONTE: Os autores
O crescimento econômico depende do aumento da capacidade de produção, o que, por 
sua vez, exige investimentos. Existe uma relação positiva entre o grau de desenvolvimento do 
mercado financeiro e as taxas de crescimento da economia. O mercado financeiro aproxima 
poupadores (agentes superavitários) e tomadores (agentes deficitários), atendendo aos 
interesses de ambos, o que resulta em investimentos que contribuem com o aumento da 
produtividade, gerando, consequentemente, crescimento econômico. 
O crescimento econômico é mais acelerado quando os investimentos são direcionados 
para alternativas com maiores retornos econômicos. Isso provoca um círculo virtuoso, que vai 
do crescimento da poupança e transferência cada vez maior para os investimentos. 
O mercado de capitais, especificamente, também exerce importante papel no 
crescimento. A estabilização econômica no Brasil, ocorrida com a implementação do Plano Real, 
favoreceu a abertura da economia aos investimentos estrangeiros via aplicação no mercado 
de capitais. O mercado de capitais vem apresentando crescimento acentuado, havendo relação 
direta entre a capitalização das empresas que têm ações negociadas na Bolsa de Valores de 
São Paulo (BOVESPA) e o PIB acumulado nos últimos anos.
QUADRO 1 – SEGMENTAÇÃO DO MERCADO FINANCEIRO
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LEITUrA COMPLEMENTAr
MErCADO INTErNO ATrAI CAPITAL ESTrANgEIrO
Sergio Lamucci
Os setores da indústria que se beneficiam direta ou indiretamente da expansão do 
mercado doméstico foram os que mais atraíram o investimento estrangeiro direto em 2009, 
enquanto o financiamento interno do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e 
Social (BNDES) se concentrou mais na infraestrutura, quando descontados os R$ 25 bilhões 
destinados à Petrobras.
Segundo analistas, o tamanho e a perspectiva de crescimento do mercado interno são 
grandes atrativos para o capital externo, num momento em que se consolida a percepção 
de que o Brasil deverá crescer a taxas mais elevadas que a média do resto do mundo. O 
BNDES, por sua vez, é a grande fonte de financiamento para projetos de longa maturação no 
país, característica dos investimentos em infraestrutura, que têm prioridade no Programa de 
O grande volume de recursos injetados no mercado de capitais do Brasil refletiu 
positivamente nos indicadores, principalmente da produção industrial. Duas categorias 
que apresentaram forte crescimento foram as empresas produtoras de bens de consumo 
duráveis (automóveis, geladeiras, televisores) e as fabricantes de bens de capital (máquinas, 
equipamentos industriais).
Verifica-se, portanto, que a evolução recente do mercado de capitais no Brasil acompanha 
de perto o desempenho da economia. O dinheiro captado pelas empresas com a emissão de 
ações favorece a realização de projetos de investimentos financiados a custos mais baixos e 
por prazos mais longos. Ao mesmo tempo, o crescimento do nível de atividade das empresas 
e a estabilidade econômica favorecem o desenvolvimento do mercado de capitais, na medida 
que há maior atratividade pelas ações negociadas.
 
Dessa maneira, nota-se uma realimentação do processo, que consiste no ingresso 
de recursos na Bolsa de Valores, principalmente recursos externos, dando maior robustez ao 
sistema.
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O crescimento econômico depende do aumento da capacidade 
de produção, o que, por sua vez, exige investimentos. O grande 
volume de recursos injetados no mercado de capitais no Brasil 
refletiu positivamente na produção industrial. 
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Aceleração do Crescimento (PAC).
Depois do recorde atingido no ano passado, e do impacto da crise global, o volume de 
investimento externo para atividades produtivas recuou neste ano, mas a fatia abocanhada 
pela indústria cresceu significativamente. De janeiro a outubro, o setor ficou com 47,2% dos 
US$ 22,449 bilhões destinados para operações de participação no capital, acima dos 31,5% 
dos US$ 32,245 bilhões registrados no mesmo período de 2008.
A tendência também se observa nos empréstimos intercompanhias, realizados entre 
a matriz no exterior e a filial no Brasil, com valor acima de US$ 1 milhão. Nessas operações, 
a indústria abocanhou 58,2% dos US$ 15,625 bilhões desembolsados para esse fim, mais 
que os 46,1% dos US$ 19,757 bilhões de igual período de 2008. Os ingressos totais para a 
indústria atingiram US$ 19,7 bilhões de janeiro a outubro, valor muito próximo aos US$ 19,9 
bilhões do mesmo intervalo de 2008.
Os investimentos elevados no setor de veículos evidenciam o interesse do investidor 
estrangeiro nos segmentos ligados ao mercado interno, diz o economista-chefe da MB 
Associados, Sérgio Vale. De janeiro a outubro, o setor recebeu US$ 2,083 bilhões para 
operaçõesde participação no capital, mais que o dobro dos US$ 904 milhões do mesmo 
período de 2008.
O presidente da Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da 
Globalização (Sobeet), Luís Afonso Lima, diz que o Brasil vai se consolidando como o quinto 
maior mercado do mundo para o setor automotivo, num cenário marcado pelas perspectivas 
favoráveis nos próximos anos para a massa salarial e para a oferta de crédito.
“A dimensão e o potencial de crescimento do mercado interno são os grandes ímãs para 
o investimento estrangeiro direto vir para o Brasil”, diz Lima. Para ele, os números mostram 
que há grande interesse das empresas multinacionais em investir na indústria brasileira, ainda 
que o setor responda por apenas cerca de 30% do Produto Interno Bruto (PIB).
O setor de serviços, com mais de 60% do PIB, recebeu 39,9% dos investimentos diretos 
para participação no capital de janeiro a outubro, segundo números do Banco Central (BC). As 
inversões externas em infraestrutura, como em energia elétrica, estão incluídas nesse segmento.
O setor de veículos aparece com destaque também nas estatísticas de desembolso de 
recursos do BNDES, recebendo R$ 5,677 bilhões de janeiro a outubro deste ano, mais que 
os R$ 3,695 bilhões do mesmo período de 2008. Para o chefe do departamento de pesquisa 
econômica do BNDES, Fernando Puga, o segmento deverá ser um dos carros-chefe da indústria 
nos próximos anos, evidenciando o panorama positivo para o mercado interno.
Puga lembra ainda que as perspectivas favoráveis para o setor automotivo contribuem 
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para dinamizar outros segmentos da economia que atuam como seus fornecedores, como o 
de metalurgia (onde está a siderurgia) e o de produtos químicos. O segmento metalúrgico ficou 
com R$ 3,817 bilhões dos empréstimos do BNDES desembolsados de janeiro a outubro, mais 
que os R$ 2,637 bilhões do mesmo período de 2008.
Dos ingressos de investimentos estrangeiros diretos para participação no capital, a 
indústria metalúrgica ficou com US$ 3,450 bilhões, menos que os US$ 4,712 bilhões de igual 
intervalo do ano passado, mas ainda assim a maior fatia do total recebido pela indústria entre 
janeiro e outubro de 2009.
Para Vale, os investimentos em metalurgia também estão relacionados ao bom momento 
da construção civil e à exploração do petróleo na camada pré-sal. “A construção civil deverá 
ser nos próximos dez anos o que a indústria automobilística foi nos últimos dez anos”, diz 
Vale. Puga também vê a expectativa benigna para a construção como um dos motores para 
o investimento na metalurgia.
Outro destaque da indústria é o setor de produtos alimentícios, impulsionado pela 
expectativa de aumento da renda e do emprego ao longo dos próximos anos, como ressalta 
Vale. “A tendência é que haja um aumento do consumo de alimentos industrializados, num 
quadro de melhora da massa salarial.”
Dos R$ 106,496 bilhões de financiamentos concedidos pelo BNDES de janeiro a outubro, 
o setor de coque, petróleo e combustíveis ficou com a maior parcela - R$ 22,518 bilhões. Grande 
parte desse dinheiro foi para a Petrobras, que obteve um empréstimo de R$ 25 bilhões do 
banco neste ano. Segundo Puga, o banco tem um perfil de financiar “o investimento de prazos 
mais longos de maturação”, como é o caso dos projetos da Petrobras e de vários segmentos 
de infraestrutura. Não por acaso, o setor de infraestrutura ficou com 33,8% dos desembolsos 
do BNDES realizados de janeiro a outubro, mais do que a fatia obtida pela indústria, de 28,2%, 
quando se exclui o setor de coque, petróleo e combustíveis.
FONTE: jornal valor On-line. Disponível em: <http://www.valoronline.com.br/?impresso/caderno_ 
a/83/5994425/mercado-interno-promove-fusoes-e-atrai-investimento>. Acesso em: 24 jan. 
2010.
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rESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico conhecemos a importância das transferências de recursos 
financeiros entre poupadores e tomadores de recursos através do mercado financeiro. 
Estudamos também que o mercado financeiro é dividido em quatro grandes segmentos 
de intermediação financeira, como veremos a seguir.
•	 O mercado monetário: que serve para controlar a liquidez da economia atuando no curtíssimo 
e curto prazos. 
•	 O mercado de crédito: que tem a função de atender às necessidades de recursos financeiros 
das pessoas físicas e jurídicas no curto e médio prazos. 
•	 O mercado de capitais: representado pelo mercado de ações, que exerce o papel de maior 
fonte de recursos de longo prazo para a economia. 
•	 O mercado de câmbio: onde os agentes econômicos realizam operações de troca de moedas 
estrangeiras. 
Outrossim, verificamos como o desempenho do mercado financeiro tem influência direta 
no crescimento econômico do país. 
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1 Conceitue mercado financeiro.
2 Como é subdividido o mercado financeiro? 
3 Conceitue mercado monetário.
4 Como o mercado de crédito cobre as necessidades de recursos financeiros dos 
agentes deficitários? 
5 Conceitue mercado de capitais e mencione qual a sua importância para a economia.
6 Qual a importância do mercado de capitais para o crescimento econômico?
7 Das funções listadas a seguir, assinale qual não representa as de um sistema financeiro 
na economia:
a) ( ) Promover a poupança.
b) ( ) Solucionar problemas políticos. 
c) ( ) Arrecadar e concentrar a poupança em grandes volumes. 
d) ( ) Transformar a poupança em créditos especiais.
e) ( ) Encaminhar os créditos às atividades produtivas.
8 O Banco Central tem a responsabilidade de:
a) ( ) Promover a integração do mercado de capitais e dos órgãos reguladores envolvidos.
b) ( ) Estabelecer a meta de inflação.
c) ( ) Estabelecer medidas de prevenção ou correção de desequilíbrios econômicos.
d) ( ) Executar as políticas monetária e cambial.
9 O depósito compulsório é um mecanismo de que o Banco Central dispõe para regular 
os meios de pagamento no Sistema Financeiro Nacional. É CORRETO afirmar que:
a) ( ) É uma política monetária.
b) ( ) É política fiscal.
c) ( ) Diz respeito à procura por moeda no mercado.
d) ( ) Diz respeito à oferta por moeda no mercado.
e) ( ) Nenhuma das alternativas anteriores está correta.
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Prezado(a) acadêmico(a), agora que chegamos ao final da 
Unidade 1, você deverá fazer a Avaliação referente a esta unidade.
UNIDADE 1TÓPICO 232
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