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Características dos Capins Panicum e Cynodon

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CARACTERÍSTICAS DOS CAPINS PANICUM E CYNODON
Capim Panicum maximum
Sinônimos:                                                            
Urochloa maxima ,Panicum gongylodes,Panicum hirsutissimum ,Panicum jumentorum,Panicum laeve ,Panicum polygamum var. gongylodes,Panicum trichocondylum,Urochloa maxima var. trichoglumis.  
Nome comum:                                                     
capim-colonião ,capim-guiné ,capim-sempre-verde ,capim-da-colônia   ,capim-guaçu ,capim-murumbu ,capim-de-planta ,capim-de-cavalo ,capim-de-mula ,capim-de-corte ,milhã ,capim-coloninho,capim-tanzânia, buffalo grass,capim-tanganica,capim-makueni,capim-gatton-panic,capim-green-panic,capim guedes,capim-navalha,capim-murubu,hierba de india,privilegio,zacatón.                                                                   
Descrição morfofisiológica:
Planta perene, robusta, entouceirada, de colmos glaucos (com cerosidade esbranquiçada) nos entrenós, de 1 - 2 m de altura. A folhas são longas, finas e estreitas, envolvendo o colmo podendo ser de comprimento menor, igual ou maior que o dos entrenós; superfície lisa, com esparsa pilosidade, que é mais acentuada perto do colar. A inflorescência ocorre na parte terminal dos colmos, podendo ocorrer uma ou mais panículas secundárias a partir de nós superiores. Na base da panícula há uma bráctea assemelhada a uma lâmina foliar, porém mais curta. As panículas surgem envoltas por essa bráctea antes de se expandiram. Nas flores hermafroditas as anteras, em número de 3, maturam antes das anteras das flores masculinas. Os frutos são em formato elíptico, com base e ápice agudos, com 2 mm de comprimento por menos de 1 mm de largura, levemente achatadas de um lado; pericarpo liso, branqueacento e fosco. Os frutos (cariopses) são envoltos pelas glumas, que tem coloração ferrugínea na maturação. Facilmente levadas pelo vent, o que permite uma dispersão intensa. Um quilo de semntes encerra de 750.000 a 1.500.000 unidades, dependendo da variedade ou do cultivar. Colmos simples ou ramificados, eretos com até 3,50 de altura, cilíndricos, às vezes algo achatados na parte inferior, onde podem chegar a 1 cm de espessura, superfície lisa e glabra, de coloração verde-clara. Nós muito desenvolvidos, de coloração algo rosada, cobertos por densa vilosidade. Nos nós ocorrem gemas, que se mantém normalmente dormentes. O sistema basal apresenta rizomas curtos e robustos, dos quais se originam novos colmos, raízes fibrosas.
Dispersão:
Anemocórica
Ornitocórica
Hidrocórica
Rota de dispersão:
Agricultura
Outros
Vetor de Dispersão:
Água
Vento
Reprodução:
Sementes
Vegetativa
Forma biológica:
Gramínea
Herbácea
Introdução:
No Brasil as primeiras introduções foram feitas no tempo da escravatura. Através dos anos muitas variedades e cultivares tem sido introduzidos. Hoje plantas dessa espécie são encontradas em quase todo o território nacional, exceto nas regiões frias. Como existem preferências regionais pelos diversos tipos, como forrageiras, esses mesmos tipos tem importância regional como infestantes.
Uso econômico:
Largamente cultivada como forrageira pela enorme quantidade de massa verde que produz, durante todo o ano. Plantas novas chegam a conter 13% de proteínas. Na Amazônia essa forrageira é utilizada na alimentação do peixe-boi, quando em cativeiro. As sementes são muito apreciada por diversos tipos de pássaros.
Impactos ecológicos:
Panicum maximum forma densas aglomerados em campo aberto e áreas alteradas. Pode suprimir ou competir com a flora local em solos férteis, constituir uma biomassa perigosa quando ocorre o fogo. O capim-colonião pode resistir ao fogo e dominar a área após o fogo.
 A espécie é invasora agressiva capaz de deslocar até o próprio capim-gordura (Melinis minutiflora) e o capim-jaraguá ( Hyparrhenia rufa). Compete com sucesso com a flora nativa especialmente em solos de alta fertilidade e por isso é considerada um sério problema para a conservação de ecossistemas naturais.
Impacto econômico:
Pela agressividade e resistência é uma importante espécie infestante sendo que mais de 40 países consideram-na como tal. Há referências de que seja um problema em mais de 20 tipos de culturas. A cultura mais afetada é a da cana-de-açúcar. Existe uma certa semelhança entre plantas novas novas de colonião e de cana-de-açúcar, de modo que uma infestação pode passar desapercebida até que inicie a formação de panículas. Os prejuízos são de competição direta e de colheita, pois um canavial infestado é muito difícil de ser colhido. Outro aspecto negativo é que a espécie pode ser hospedeira alternativa do vírus da "folha-branca" do arroz. Pode acumular grande quantidade de glucosídios cianogênicos nas inflorescências, com efeito tóxico muito rápido. Animais intoxicados podem morrer sem que haja tempo de se notarem sintomas.
Controle mecânico:
O arranque manual é possível e trabalhoso, e o controle por pulverização de herbicida parece ser mais simples.
Controle químico:
Todo processo de controle deve ser realizado com equipamento de segurança e, no caso de uso de produtos químicos, seguindo a orientação do fabricante e observando cuidados para evitar impactos ambientais paralelos.
A espécie é susceptível ao glifosato e plantas novas são suscetíveis ao mata-mato seletivo.
Controle biológico:
As plantas sucumbem rápido a pastoreio intensivo, porém este método pode fazer com que a espécie se propague se não houver cuidado com o manejo do gado que tenha ingerido sementes. Esses animais só podem ser transportados a outros locais após cumprirem período mínimo de 72 horas em local onde irão contaminar o solo com sementes, até limparem o trato gastro-intestinal.
Capim Cynodon dactylon
Sinônimos:                                        
Cynodon linearis ,Digitaria dactylon ,Cynodon dactylon var. datylon ,Cynodon pascuus                               
Nome comum:                                                     
grama-seda ,capim-de-burro ,capim-da-bermuda ,mate-me embora ,grama-bermuda ,capim-coastcross                                                    
Descrição morfofisiológica:
Planta perene com vida muito longa, ereta ou ascendente, rizomatosa e estolonífera, de 30 - 50 cm de altura. As inflorescências situam-se sobre colmos eretos ou semi-eretos. A altura final depende de condições ambientais e, principalmente, das variedades. Os colmos são cilíndricos, finos, lisos e glabros, verdes ou com pigmentação purpurescente. Inicialmente ascendentes, assumem postura ereta após a floração. Apresentam algumas folhas. Os estolões desenvolvem-se sobre a superfície do solo, com um comprimento que vai de alguns centímetros até um metro. Achatados, glabros na maior parte, com entrenós curtos ocorrendo agrupamentos de nós, dos quais saem colmos ascendentes, frequentemente em tufos bem como raízes. Os estolões apresentam coloração verde ou verde-acinzentada. Os rizomas são bastante ramificados, duros, escamosos, pontiagudos. Encontram-se em níveis bastante superficiais, bem como profundos, no solo. Nos colmos encontram-se folhas normais, enquanto que nos estolões e rizomas encontram-se catáfilos. Folhas normais: bainhas curtas, com até 1,5 cm, achatadas, soltas e om margens sobrepostas, lisas, com esparcos tricomas na superfície e um tufo na parte terminal. Lígulas membrano-ciliadas, com cerca de 1 mm de altura. Aurículas presentes. Lâminas lanceoladas, saindo em ângulo quase reto em relação à bainha e colmo, com 2 - 15 cm de comprimento por 2 - 5 cmde largura; lisas na fase dorsal e ásperas na ventral; coloração glauca ou verde-acinzentada. Sendo os entrenós curtos, as folhas parecem opostas. Em cultivares melhorados ocorrem folhas mais longas e mais largas, que fornecem maior quantidade de massa verde. As folhas modificadas (catáfilos), são curtas e largas, grossas, com mais aparência de escamas que folhas. Do topo dos colmos ascendentes saem, de forma verticilada, de 3 a 7 (normalmente 5) racemos espiciformes finos, com 3 - 10 cm de comprimento, de coloraçãovermelho-violácea. Espiguetas sésseis, dispostas em duas fileiras, comprimidas e com pequenas superposição, de um só lado da raque.
Dispersão:
Anemocórica
Vetor de Dispersão:
Água
Animal vetor
Maquinário
Reprodução:
Sementes
Rizomas
Forma biológica:
Gramínea
Herbácea
Uso econômico:
Utilizável em pastejo ou fenação, na formação de gramados, em barrancos e em taludes de canais é usada para cobertura do solo.
Impactos ecológicos:
Trata-se de uma notável planta colonizadora, compete com espécies nativas e agrícolas por espaço, umidade e nutrientes, eliminando do solo o oxigênio que as plantas nativas necessitam para se estabelecer. Invade ambientes ripários alterados.
Impacto econômico:
A espécie é tradicional problema em culturas de algodão, amendoim, café, citrus, fumo e muitas outras, sendo que em cana uma alta infestação pode reduzir em até 80% a produção, além de reduzir o número de cortes e a vida útil do canavial.
Impacto na saúde:
O pólen de C. dactylon é alergênico, sendo que em regiões nos Estados Unidos é notório causador da "febre do feno".
Controle mecânico:
É necessário arrancar todas as partes da planta, incluindo raízes.
Controle químico:
Todo processo de controle deve ser realizado com equipamento de segurança e, no caso de uso de produtos químicos, seguindo a orientação do fabricante e observando cuidados para evitar impactos ambientais paralelos.
Uma vez estabelecidade a infestação, será necessário uma combinação de estratégias de controle, dependendo do tamanho da mesma, do tempo e das condições locais. Os herbicidas podem ser eficazes se aplicado no período de crescimento ativo da planta. Não se deve usar herbicidas  para etapas que antecedem a rebrota pois isto não afetaria o rizoma e sim poderia matar plantas nativas pioneiras. Para previnir novas invasões, deve-se enriquecer o lugar assim que as medidade de controle forem tomadas.
Bibliografia:
http://www.institutohorus.org.br/download/fichas

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