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Plano de Aula: RECURSOS EM ESPÉCIE II 
DIREITO PROCESSUAL PENAL II - CCJ0041 
Título 
RECURSOS EM ESPÉCIE II 
Número de Aulas por Semana 
Número de Semana de Aula 
12 
Tema 
Apelação - Artigo 593, CPP 
Objetivos 
O aluno deverá ser capaz de identificar os pressupostos objetivos e subjetivos para 
interposição da apelação; compreender os prazos e efeitos do recurso. Também deverá 
utilizar as terminologias adequadas (conhecimento, provimento, apelante, apelado, juízo 
a quo e ad quem). 
Estrutura do Conteúdo 
Cabimento do recurso de apelação (hipóteses do artigo 593, CPP e 82, Lei 
9.099/95). Legitimidade. Prazo para interposição e apresentação das razões. Efeitos da 
interposição do recurso. Apelação limitada (tantum devolutum quantum appellatum). 
Prequestionamento (Súmula 282, STF). Apelação da decisão do Tribunal do Júri (a 
soberania dos veredictos; hipóteses de cabimento; Súmula 713, STF). 
Aplicação Prática Teórica 
1- George foi pronunciado, na forma do art. 413 do CPP, pelo crime previsto no 
art. 121, § 2º, II do CP por, em tese, ter matado a vítima Leonidas Malta em 
uma briga na saída da boite TheNight. O processo tramitou regularmente na 
primeira fase do procedimento, com designação de AIJ para o dia 11 novembro 
de 2015, tendo sido o acusado pronunciado no dia 2 de março de 2016. Assim, 
o julgamento em Plenário ocorreu efetivamente no dia 9 de dezembro de 2016. 
Após a oitiva das testemunhas arroladas para o julgamento em Plenário, como 
tese defensiva, o acusado, orientado por seu advogado, optou por exercer a 
garantia constitucional prevista no art. 5º, LXIII da CRFB/88. Em sede de 
debates orais o MP sustentou a acusação nos limites da denúncia, sendo certo 
que a defesa técnica sustentou a tese de legítima defesa e a ausência de 
provas nos autos que comprovassem o que fora sustentado pela acusação. Em 
réplica, o ilustre membro do Parquet apontou para o acusado e sustentou para 
os jurados que se o acusado fosse inocente ele não teria ficado calado durante 
o interrogatório, que não disse nada porque não tem argumentos próprios para 
se defender e que, portanto, seria efetivamente o responsável pela morte da 
vítima, pois, afinal, quem cala consente. A defesa reforçou seus argumentos de 
defesa em tréplica, contudo, George foi condenado pelo Conselho de Sentença 
e o Juiz Presidente fixou a reprimenda estatal em 15 anos de reclusão em 
regime inicialmente fechado por homicídio qualificado por motivo fútil (art.121, 
§2º, II, CP). 
Na condição de advogado de George, adote a medida cabível para 
impugnar a decisão utilizando todos os argumentos cabíveis, e indique o 
último dia do prazo. 
 
2- Em 20/05/2016, Cláudio foi preso em flagrante pela prática do crime previsto 
no artigo 33 da Lei 11.343/2006. Regularmente processado, ao fim da instrução 
criminal o mesmo foi condenado com fulcro no art. 33 § 4º da referida lei, a 
pena base de 05 anos, que foi reduzida em 2/3 em razão do § 4º, sendo a pena 
final de 01 anos e 08 meses de reclusão, em regime semiaberto. Somente o 
Ministério Público recorreu da decisão, buscando afastar a aplicação do § 4º do 
art. 33 da Lei 11.343/2006. O Tribunal de Justiça, ao julgar o referido recurso, 
proferiu a seguinte decisão: Nego provimento ao recurso e abrando o regime 
prisional para o aberto, com expedição do alvará de soltura , substituindo a 
pena privativa de liberdade por restritivas de direitos, a ser fixada pelo juízo da 
execução. Diante essa situação hipotética, mencione: 
 
a) qual foi o recurso interposto pelo Ministério Público? 
b) a decisão proferida pelo Tribunal de Justiça está correta? Justifique sua 
resposta. 
Exercício Suplementar 
 
(Magistratura DF/2007) Técio, submetido a julgamento pelo Tribunal do Júri de 
Brasília, foi condenado, por incursão no artigo 121, § 2º, II, do Código Penal 
(homicídio qualificado por motivo fútil), à pena privativa de liberdade mínima, 
vale dizer, de 12 (doze) anos de reclusão. Com fundamento no artigo 593, III, 
"d", do Código de Processo Penal, interpôs recurso de apelação para uma das 
Turmas Criminais do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, limitando-se a 
sustentar que a decisão dos jurados, no que concerne ao motivo fútil, foi 
manifestamente contrária à prova dos autos. A posição prevalente é a de que, 
reconhecendo que, efetivamente, a decisão dos jurados é manifestamente 
contrária à prova dos autos, que não ampara o motivo fútil, a Turma Criminal: 
 
a) deve dar provimento ao recurso para anular o julgamento, determinando a 
submissão de Técio a novo julgamento pelo Tribunal do Júri. E desse novo 
julgamento, em que poderá Técio ser novamente condenado pelo Tribunal do 
Júri por homicídio qualificado por motivo fútil, não se admitirá, pelo mesmo 
motivo, segunda apelação; 
b) deve dar provimento ao recurso para anular o julgamento, determinando a 
submissão de Técio a novo julgamento pelo Tribunal do Júri. E desse novo 
julgamento, em que poderá Técio ser novamente condenado pelo Tribunal do 
Júri por homicídio qualificado por motivo fútil, se admitirá, pelo mesmo motivo, 
segunda apelação; 
c) deve dar provimento ao recurso para anular a sentença condenatória do 
juiz presidente do Tribunal do Júri, determinando que ele profira nova, excluído 
o motivo fútil; 
d) deve dar provimento ao recurso, excluindo o motivo fútil, desde logo 
condenando Técio por incursão no artigo 121, caput, do Código Penal, 
homicídio, fixando a pena mínima privativa de liberdade de 6 (seis) anos de 
reclusão.

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