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Bubalino Manejo Reprodutivo

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Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Instituto de Zootecnia
Departamento de Produção Animal
Almira Biazon França
Manejo Reprodutivo
BUBALINOCULTURA
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INTRODUÇÃO
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A reprodução é a atividade biológica mais importante pois apartir dela são originados os indivíduos da próxima geração:
Produção de leite
Crias
Manejo reprodutivo – sucesso da atividade
Manejo nutricional e sanitário
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Características e parâmetros reprodutivos
X
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DIFERENÇAS ANATÔMICAS E FISIOLÓGICAS
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A BÚFALA
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1.1 Puberdade
Primeiro cio com OVULAÇÃO
Ocorre mais tarde: média 26 meses
Raça / Cruzamentos / Manejo / Seleção
Fêmea: 15 meses Murrah / 30 meses Carabao
Vacas Holandezas: 12 meses
Vida produtiva mais longa
1. Búfala
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1.2 Cio
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Duração 8 a 32 horas
Ovulação: 10 a 16h após fim do cio
Intervalo de 21 dias
Poliéstrica Estacional de dias curtos (outono/inverno)
INCIDÊNCIA NOTURNA= variável clima
1. Búfala
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Poliestral contínuo
Poliestral sazonal 
(CIOS NO OUTONO)
Poliestral sazonal 
(CIOS NO OUTONO)
Significa que em dias longos as búfalas inibem manifestações de cio
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CARACTERÍSTICAS REPRODUTIVAS
Fonte: Vale et al (1984)
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1.2.1 Detecção de Cio
Não há comportamento homosexual
Cio silencioso: problemas alimentares
Rufião: custo (cirurgia/manutenção), desvio de pênis, vasectomia; búfala androgenizada (testosterona)
Relação: 1/30♀
Búfala
2 observações diárias
40 min
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Rufião com colar marcador identificando ACEITAÇÃO DE MONTA.
NÃO ACEITAÇÃO DE MONTA.
CIOS NOTURNOS!
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Rufião da Laguna: desvio lateral de pênis.
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Fonte: Barusselli (1990)
Quadro 1- Frequência da sintomatologia do primeiro cio comportamental pós parto em búfalas no Vale do Ribeira – SP. 
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1.3 Idade à primeira cobertura
Primeira cobertura: 1 ano e 350-400 kg PV
 À campo: 2 anos /400 kg
Diagnóstico gestação: 60 dias (toque retal), 30 d ultrasson
1.4 Idade ao primeiro parto
Búfala
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2 anos /PV = 435kg (3 a 4 anos)
 Gestação: 1 mês a mais que bovinos (10,5 m), 60%=noite
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1.5. Peso parição
MAGRAS
 - Escore < 3,5.
Balanço Energético –
 Perda de Peso.
 Prejudica Lactação.
 Doenças Metabólicas.
 Atraso no cio.
GORDAS
Escore > 4,0.
 Problemas metabólicos.
 Problemas no parto.
Ideal
Escore 4
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	1.6 Período de Serviço
VACA
Intervalo entre o parto e o primeiro cio fértil
Longo Período: Longo IEP= < tx. nascimentos
Reinício da atividade ovariana pós-parto
Presença de touros no pós-parto: acelera atividade reprodutiva
Média:2 meses
(ótimo manejo)
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Período de serviço 
Búfala
GESTAÇÃO
GESTAÇÃO
310 a 330
PARTO
INVOLUÇÃO UTERINA
PERÍODO DE CONCEPÇÃO
COMCEPÇÃO
PARTO
PERÍODO DE SERVIÇO
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	1.7 Período Seco
Período que antecede a parição: 60d
“Fase do prejuízo”: falta de visão
Momento de formação reserva corporal
Reserva metabólica: próxima lactação e serviço
Recuperação tecidos gl. Mamária
LONGO: reduz período lactação
CURTO: compromete condição corporal
Período Lactação: 
9 meses (270 d).
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	1.8 Intervalo de parto
Consituído dos períodos de serviço e de gestação
 Ideal 12 meses – 1 Bufalinho/ano
Aceitável 2 bufalinhos a cada 3 anos
Búfala
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	1.9 Vida Útil Produtiva
Quanto cada búfala produziu ao longo de sua vida
	2.0 Sazonalidade Reprodutiva
80% partos: janeiro a abril
Relação com o Equador e manifestações cio
Búfala
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Distribuição dos partos de búfalas durante o ano.
 Brasil, 1975 a 2000 (Baruselli et al., 2001).
Partos: Verão
Monta: Inverno
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	2.1 Eficiência reprodutiva
 
É o fator primário que afeta a produtividade 
É prejudicada pela demora para atingir a puberdade, sazonalidade e pelo longo intervalo de partos
IEP observado
ER = IEP esperado x 100
Búfala
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REPRODUTOR
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2. Macho Reprodutor
2.1 Eficiência
Permanência: 3 a 4 anos (9 anos = MÁXIMO)
Consangunidade: caracteres indesejáveis
Mortalidade bufalinhos
Redução peso ao nascer
Redução taxa fertilidade
Queda produção leite
Queda taxa crescimento animais.
EFEITOS
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2.2 Relação touro:búfala
Capacidade de cobrição e fecundação 
Puberdade: 9 meses / Maturidade sexual: 18 a 20 meses.
Tipo de criação.
Extensivo: 1 touros/30 búfalas (idem bovino).
Intensivo: 1 /50 búfalas.
Reprodutor
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Relação idade do macho e número de fêmeas a serem cobertas
GARCIA, 2006.
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Reprodutor
2.3 Exame andrológico
Exame físico: aprumos, condição corporal, etc;
Trato reprodutivo (pênis, prepúcio, e escroto);
Avaliação seminal (motilidade, vigor, patologia);
Capacidade de monta (relação touro/vaca).
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Nobre da Laguna: 
 Pescoço e quartos anterior e posterior aprovados pela ABCB.
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Macau da Laguna: 
Testado e aprovado 
pela ABCB.
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Reprodutor
2.3 Biometria Testicular
Dados escassos: ausência de padrão
Não deve ser parametro único: andrológico completo
Correlação POSITIVA: peso corporal
Atividade Espermatogênica Testicular: 24 meses
Maturidade sexual: 20 meses + 480 kg e circunferência escrotal de 30 cm + 100 células espermáticas.
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Touro Lambourguini/Fazenda Laguna: circunferência escrotal de 31cm. 
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Exame clínico: conformidade testicular. 
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SISTEMAS DE ACASALAMENTO
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3. Monta Natural
 Cópula em liberdade, sem interferência do homem
a) Vantagens:
• economia mão-de-obra; melhor aproveitamento dos cios
b) Desvantagens:
• dificulta a anotação do dia de cobertura
• diminui a vida útil do touro pelo excesso de montas
• + acidentes com o touro
• transmissão de doenças da reprodução
• baixo número de ♀/♂, que serve 30 búfalas por ano
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4. Monta Controlada
 Levar a fêmea em cio ao macho (separado rebanho)
 2 cobrições: evitar esgotamento do macho
a) Vantagens da monta natural controlada:
• facilita a anotação do dia de cobertura
• aumenta a vida útil do touro; menos acidentes
• possibilita o controle de reprodução
• melhor aproveitamento do touro que serve 100 ♀/ano
b) Desvantagens da monta natural controlada:
• aumenta gastos com mão-de-obra
• requer maiores gastos com instalações
• problemas na detecção do cio
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 Reunir reprodutores e matrizes
 Concentrar a cobertura e nascimentos
 Produção lotes homogêneos
 Uma estação de monta por ano
 Deve obedecer a estacionalidade natural da espécie
5. Estação de Monta
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1ª Monta
MAI
JUN
JUL
AGO
SET
OUT
NOV
JAN
DEZ
ABR
FEV
MAR
Gestação: 10,5 meses
Serviço
MAI
Parto
Período Serviço: do parto até o 1o cio fértil 
Intervalo de Parto: serviço + gestação (12 meses).
Secagem: 60 dias antes da parição;
2ª Monta
Estação de Monta: Vale do Ribeira/SP.
80% dos partos
Secagem
Primavera: aumento luz dia
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6. Inseminação Artificial
DESVANTAGENS:
Detecção do cio
Manejo dos animais
Exige pessoal habilitado e equipamentos.
VANTAGENS:
Sêmen de reprodutores de alto potencial genético
Monta natural: 50 bufalinhos/ano. I.A. : 5000
 Evita consanguinidade.
 Maior controle sanitário
Fonte: www.cptcursospresenciais.com.br
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6.1 Momento da I.A
 Variação na duração de cio: 6 a 18h
 Inseminar: não houver mais aceitação monta
 Cio de manhã: inseminar à tarde
MÉDIA: 17 h APÓS ACEITAÇÃO MONTA!
Fonte: www.cptcursospresenciais.com.br
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6.2 Resultados da I.A
Tabela 1. Taxa de concepção de búfalas no Vale do Ribeira – SP, segundo o período de realização da inseminação artificial
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6.3. Inseminação Artificial Tempo Fixo - IATF
 Inseminação
de várias fêmeas mesmo dia
 Elimina o problema de cio discreto
 Produção de 1 bufalinho/vaca/ano
 Indução da ovulação: protocolo hormonal
 Concentração de partos em épocas propícias
 Padronização do rebanho
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1ml GnRH
(liberador gonadotrofinas)
Ovulacao
Recrutamento
Folicular
1ml PGF2α
Prostaglandina
Inibe o Corpo Luteo
1ml GnRH
OVULACAO
Novo foliculo
Dominante
6.3 Sincronização da Ovulação
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Distribuição das Parições
Ocorre maior concentração de partos em determinada época do ano, segundo locais e condições de manejo e alimentação, com redução das atividades sexuais geralmente, nos meses mais secos e de temperatura mais elevada. Esse quadro pode mudar desde que exista fatores compensatórios de manejo. Como por exemplo o fato de existir nos meses de estiagem e maiores temperaturas, áreas inundáveis, onde nessa época ocorre abundância de forragem nas pastagens nativas, com suprimento de água suficiente para ingestão e banho. Por exemplo, Nascimento & Moura Carvalho (1978) verificaram que 89,3% das parições ocorreram de abril a maio.
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Distribuição das Parições
Ocorre maior concentração de partos em determinada época do ano, segundo locais e condições de manejo e alimentação, com redução das atividades sexuais geralmente, nos meses mais secos e de temperatura mais elevada. Esse quadro pode mudar desde que exista fatores compensatórios de manejo. Como por exemplo o fato de existir nos meses de estiagem e maiores temperaturas, áreas inundáveis, onde nessa época ocorre abundância de forragem nas pastagens nativas, com suprimento de água suficiente para ingestão e banho. Por exemplo, Nascimento & Moura Carvalho (1978) verificaram que 89,3% das parições ocorreram de abril a maio.
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PUBERDADE
A puberdade na fêmea pode ser definida como o período em que se estabelece a primeira ovulação, com a formação de um corpo lúteo de vida normal. Existe grande variação com relação ao momento em que a fêmea bubalina atinge a puberdade, devendo-se levar em consideração não somente os aspectos ligados ao manejo e alimentação, mas também o fato de existirem variações entre búfalos do tipo leiteiro e do Carabao, sendo este último mais tardio, mesmo quando comparado ao tipo leiteiro. Variações entre 10 a 36 meses são citadas na literatura.
POLIÉSTRICA ESTACIONAL DE DIAS CURTOS: significa que dias longos as búfalas inibem manifestações de cio. Ou seja, seus cios são mais evidentes durante a época fria (OUTONO-INVERNO). Semelhantes a ovinos e caprimos. Devido a esta característica, no centro-sul do país, onde existe variação anual na duração de horas de luz conforme a estação do ano, é observada uma concentração maior das manifestações de cio no período do outono. 
Os búfalos, quando criados em localidades distantes da região equatorial, têm um comportamento reprodutivo influenciado positivamente pela diminuição de horas de luz do dia (Zicarelli, 1990). 
CIOS NOTURNOS: está relacionado com a época do ano em que ocorrem as manifestações. No Outono (temp. amenas) os búfalos não sofrem com estresse térmico, prejudicando menos as manifestações diurnas de cio.
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PUBERDADE
A puberdade na fêmea pode ser definida como o período em que se estabelece a primeira ovulação, com a formação de um corpo lúteo de vida normal. Existe grande variação com relação ao momento em que a fêmea bubalina atinge a puberdade, devendo-se levar em consideração não somente os aspectos ligados ao manejo e alimentação, mas também o fato de existirem variações entre búfalos do tipo leiteiro e do Carabao, sendo este último mais tardio, mesmo quando comparado ao tipo leiteiro. Variações entre 10 a 36 meses são citadas na literatura.
POLIÉSTRICA ESTACIONAL DE DIAS CURTOS: significa que dias longos as búfalas inibem manifestações de cio. Ou seja, seus cios são mais evidentes durante a época fria (OUTONO-INVERNO). Semelhantes a ovinos e caprimos. Devido a esta característica, no centro-sul do país, onde existe variação anual na duração de horas de luz conforme a estação do ano, é observada uma concentração maior das manifestações de cio no período do outono. 
Os búfalos, quando criados em localidades distantes da região equatorial, têm um comportamento reprodutivo influenciado positivamente pela diminuição de horas de luz do dia (Zicarelli, 1990). 
CIOS NOTURNOS: está relacionado com a época do ano em que ocorrem as manifestações. No Outono (temp. amenas) os búfalos não sofrem com estresse térmico, prejudicando menos as manifestações diurnas de cio.
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- O rufião deve ser colocado perto da fêma somente no momento da observação; os que ficam juntos direto dificultam a onservação.
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Este índice está intimamente relacionado à idade e concepção à primeira cobertura. A boa criação dos animais jovens e a eliminação de todos os fatores que interferem negativamente no crescimento e desenvolvimento das novilhas, contribuem para diminuir a idade ao primeiro parto. Do ponto de vista econômico, o primeiro parto marca o início do retorno dos investimentos com alimentação, sanidade e manejo das novilhas. É conveniente reduzir esta idade ao mínimo, dentro das condições reprodutivas e produtivas. Os dados de pesquisa colhidos na Estação de Zootecnia do Vale do Ribeira durante 5 anos de observações, referentes à idade ao primeiro parto de novilhas da raça Murrah criadas a campo com bom manejo nutricional, encontram-se na Tabela 8. A média observada foi de 1069,0 ± 171 dias, variando de 991 a 1198. Deve-se destacar que 5 novilhas (12%) foram descartadas do rebanho por permanecerem vazias após a estação de monta. 
 O peso ao primeiro parto destas novilhas foi em média de 506,9 ± 57,9 Kg, variando de 432 a 594 Kg A distribuição destes pesos encontra-se na Tab. 9. Observa-se que houve um ganho de peso de aproximadamente 100 Kg entre o peso à primeira cobertura e o peso ao primeiro parto. É importante que novilhas prenhes tenham boa alimentação e condições de crescimento para tornarem-se gestantes com maior rapidez, após o primeiro parto. A categoria das primíparas apresenta a menor eficiência reprodutiva do rebanho. 
 Vários fatores podem afetar a idade ao primeiro parto de fêmeas bubalinas. As condições ambientais, manejo nutricional, raça, época de nascimento, idade à maturidade sexual, taxa de concepção, duração da gestação, entre outros, interferem neste índice. 
Outro parâmetro zootécnico para avaliar a produtividade dos rebanhos é a idade à primeira cria. Este índice está intimamente relacionado com a idade à concepção e à primeira cobertura. Segundo Silveira (2001), a puberdade é atingida por ocasião do primeiro estro, seguido de uma fase luteal normal, enquanto a maturidade sexual ocorre quando o animal atinge a fertilidade funcional, fisiológica e comportamental, que em rebanho Nelore foi alcançada aos 41,93 meses, e foi influenciada pelo mês e pelo ano de nascimento. Marques et al. (1985) afirma que o principal fator que afeta a característica é o manejo nutricional do rebanho, havendo uma variação muito grande entre os outros fatores.
O peso ao parto de vacas pluríparas da raça Murrah (a partir do 2º parto), criadas a campo na Estação de Zootecnia do Vale do Ribeira, encontra-se na Tabela 10. A média de peso do rebanho durante 3 anos de observações foi de 583,3 ± 50,3 kg, variando de 424 a 739 kg Observa-se que ocorre um ganho de aproximadamente 80 kg entre o peso ao primeiro parto e a média de peso das pluríparas. 
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 O período de serviço é definido como o intervalo entre o parto e o primeiro cio fértil (concepção). Este período é um componente importante da eficiência reprodutiva pois influencia diretamente o intervalo entre partos. Vários fatores interferem na duração deste período, entre eles, o fator nutricional (búfalas com carências alimentares apresentam período mais prolongado), a idade da búfala (novilhas tendem a apresentar maior período), fatores ambientais e genéticos, entre outros. O efeito do período de serviço sobre
o intervalo entre partos e a taxa de nascimento podem ser melhor visualizados na Tabela 15. Observa-se que com a duração da gestação dos bubalinos fixada em torno de 10 meses, o intervalo entre partos é diretamente influenciado pela duração do período de serviço. Quanto maior o tempo que uma búfala leva para se tornar gestante, maior será o intervalo entre partos e menor será a taxa de nascimentos do rebanho. Na tabela é possível notar com facilidade a importância da búfala ficar prenhe até dois ou três meses pós-parto, para obtenção de boa taxa de nascimento. Este resultado não é fácil de ser alcançado. É necessário um trabalho sério, organizado, minucioso, dentro de todas as normas técnicas recomendadas. 
Alguns cuidados são necessários para evitar que o período de serviço se alongue, causando prejuízos ao criador. Existem dois fatores importantes que interferem diretamente no período de serviço, influenciando a nova gestação. As búfalas devem apresentar uma rápida involução uterina e um rápido reinício da atividade ovariana pós-parto para se tornarem gestantes novamente, sem atrasos nos índices reprodutivos.  
 
O útero, devido a gestação anterior, deve involuir à posição normal sem infecções puerperais e, restabelecer o epitélio interno para que ocorra a nidação (fixação do embrião na parede do útero) para possibilitar o desenvolvimento da nova gestação. Esta involução uterina sofre interferências e variações conforme o manejo nutricional, a raça, idade das búfalas, número de partos, infecções puerperais e distúrbios nutricionais, principalmente. 
Observa-se que as fêmeas bubalinas apresentam rápida involução uterina (média de 25,2 ± 5,4 dias), desde que criadas adequadamente. Além da involução uterina, as búfalas devem apresentar rápido reinício da atividade do ovário após o parto. O anestro pós-parto (falta de manifestações de cio) representa um dos principais problemas reprodutivos que interferem negativamente na fertilidade. Uma das causas mais importantes que contribuem para o atraso do reinício desta atividade é a alimentação insuficiente do rebanho. Para que este reinício não sofra atrasos é fundamental que as búfalas tenham uma boa condição corporal ao parto, como já discutido anteriormente, que deve ser mantida até dois meses pós-parto. A amamentação contínua é outro fator que inibe o reinício da atividade ovariana e aumenta o período de serviço. Búfalas que são mantidas o tempo todo com os bezerros apresentam um período de serviço mais longo, quando comparadas com búfalas que são submetidas a restrições da mamada durante o dia. Dependendo do manejo da propriedade pode-se adotar técnicas de desmames interrompidos, temporários ou definitivos para aumentar a eficiência reprodutiva. O efeito touro também é importante na redução do período de serviço. Existem trabalhos italianos mostrando que rebanhos sem a presença do macho sofreram atrasos na manifestação das atividades reprodutivas após o parto. Recomenda-se manter sempre a presença do macho inteiro no período pós-parto. Essas condições são essenciais e indispensáveis para um rápido reinício da atividade ovariana pós-parto, que juntamente com a involução uterina, interferem no período de serviço e conseqüentemente, no intervalo entre partos. O reinício da atividade ovariana de búfalas criadas na Estação de Zootecnia do Vale do Ribeira foi de 36,6 dias.
O aparecimento do primeiro cio pós-parto é outro fator importante na avaliação do período de serviço. Quanto mais rápido a búfala manifesta cio após o parto, menor será o período de serviço. Este índice também sofre variações conforme o manejo geral da propriedade. Na Tabela 18 pôde-se observar a variação deste parâmetro, na mesma propriedade, em anos subseqüentes, conforme aumentou a carga animal por hectare. Os dados referentes ao aparecimento do primeiro cio pós-parto, durante três anos de observações na Estação de Zootecnia do Vale do Ribeira, encontram-se na Tab.18. A média do período foi de 64,3 ± 22,7 dias, variando de 19 a 140. 
A taxa de concepção do primeiro cio pós-parto e subseqüentes, também é importante na redução do período de serviço. Animais que manifestam estro após o parto dentro do prazo previsto, mas que depois de cobertos ou inseminados artificialmente não se tornam gestantes, acarretarão queda na fertilidade. A taxa de concepção de búfalas criadas na Estação de Zootecnia do Vale do Ribeira, submetidas à monta natural controlada durante três anos de observações, encontra-se na Tabela 19. Neste mesmo período o número de serviços por concepção foi de 1,32. 
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Após um período de produção de leite, a vaca necessita de um período de descanso ou período seco para se recuperar do desgaste físico e constituir sua reserva metabólica para a próxima lactação e período de serviço. Entretanto, considerando que o ideal é um IEP de 12 meses e que o período de gestação é fixo, um aumento acentuado no período seco implicaria numa redução do período de lactação, o que poderia comprometer a produção total da lactação corrente. Assim, o máximo rendimento líquido é obtido com 50-60 dias de período seco, possibilitando um bom descanso para a vaca, o que propiciará uma rápida involução uterina e retorno do cio pós-parto.
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A variação na quantidade diária de luz sinaliza a época do ano para sistema neuro-endócrino dos animais e reativa o sistema reprodutivo no período favorável a reprodução, dividindo-os em espécies fotoperiodo negativo (aumento da fertilidade no Outono e Inverno) e fotoperiodo positivo (aumento da fertilidade na Primavera e Verão).
INTERVALO DE PARTO:
O intervalo entre partos é muito importante tanto para produção de carne quanto para a produção de leite. Do ponto de vista econômico, o ideal é que esse intervalo seja igual a um ano. Em bovinos, Faria & Corsi (1979) consideram que a prenhez deva ocorrer no máximo 85 dias após o parto, objetivando a obtenção de um intervalo entre partos próximo a 365 dias. Em búfalas, alguns autores também consideram esse índice como um dos mais importantes parâmetros para se medir a eficiência reprodutiva, com uma média mundial da espécie ao redor de 14,5 meses (Sampaio Neto et al., 2001). Marques et al. (1991) relataram que esta característica é bastante influenciada pela duração da lactação, pois alguns produtores, buscando maior produção de leite, evitam o encerramento da lactação, o que ocasiona o aumento do intervalo entre partos e conseqüente diminuição na eficiência reprodutiva. Em virtude das condições precárias de manejo nos sistemas de criação extensivos de búfalos no
Brasil, a duração média do intervalo entre partos é de quinze meses. Um manejo adequado poderá reduzir este intervalo médio para doze meses, que seria o ideal (Marques, 2000). Não foi encontrado qualquer trabalho sobre o primeiro intervalo entre partos de búfalas, nem seu valor ideal ou os fatores que o influenciam. 
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A variação na quantidade diária de luz sinaliza a época do ano para sistema neuro-endócrino dos animais e reativa o sistema reprodutivo no período favorável a reprodução, dividindo-os em espécies fotoperiodo negativo (aumento da fertilidade no Outono e Inverno) e fotoperiodo positivo (aumento da fertilidade na Primavera e Verão).
INTERVALO DE PARTO:
O intervalo entre partos é muito importante tanto para produção de carne quanto para a produção de leite. Do ponto de vista econômico, o ideal é que esse intervalo seja igual a um ano. Em bovinos, Faria & Corsi (1979) consideram que a prenhez deva ocorrer no máximo 85 dias após o parto, objetivando a obtenção de um intervalo entre partos próximo a 365 dias. Em búfalas, alguns autores também consideram esse índice como um dos mais importantes parâmetros para se medir a eficiência reprodutiva, com uma média mundial da espécie ao redor de 14,5 meses (Sampaio Neto et al., 2001). Marques et al. (1991) relataram que esta característica é bastante influenciada pela duração da lactação, pois alguns produtores, buscando maior produção de leite, evitam o encerramento da lactação,
o que ocasiona o aumento do intervalo entre partos e conseqüente diminuição na eficiência reprodutiva. Em virtude das condições precárias de manejo nos sistemas de criação extensivos de búfalos no
Brasil, a duração média do intervalo entre partos é de quinze meses. Um manejo adequado poderá reduzir este intervalo médio para doze meses, que seria o ideal (Marques, 2000). Não foi encontrado qualquer trabalho sobre o primeiro intervalo entre partos de búfalas, nem seu valor ideal ou os fatores que o influenciam. 
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A variação na quantidade diária de luz sinaliza a época do ano para sistema neuro-endócrino dos animais e reativa o sistema reprodutivo no período favorável a reprodução, dividindo-os em espécies fotoperiodo negativo (aumento da fertilidade no Outono e Inverno) e fotoperiodo positivo (aumento da fertilidade na Primavera e Verão).
INTERVALO DE PARTO:
O intervalo entre partos é muito importante tanto para produção de carne quanto para a produção de leite. Do ponto de vista econômico, o ideal é que esse intervalo seja igual a um ano. Em bovinos, Faria & Corsi (1979) consideram que a prenhez deva ocorrer no máximo 85 dias após o parto, objetivando a obtenção de um intervalo entre partos próximo a 365 dias. Em búfalas, alguns autores também consideram esse índice como um dos mais importantes parâmetros para se medir a eficiência reprodutiva, com uma média mundial da espécie ao redor de 14,5 meses (Sampaio Neto et al., 2001). Marques et al. (1991) relataram que esta característica é bastante influenciada pela duração da lactação, pois alguns produtores, buscando maior produção de leite, evitam o encerramento da lactação, o que ocasiona o aumento do intervalo entre partos e conseqüente diminuição na eficiência reprodutiva. Em virtude das condições precárias de manejo nos sistemas de criação extensivos de búfalos no
Brasil, a duração média do intervalo entre partos é de quinze meses. Um manejo adequado poderá reduzir este intervalo médio para doze meses, que seria o ideal (Marques, 2000). Não foi encontrado qualquer trabalho sobre o primeiro intervalo entre partos de búfalas, nem seu valor ideal ou os fatores que o influenciam. 
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Distribuição das Parições
Ocorre maior concentração de partos em determinada época do ano, segundo locais e condições de manejo e alimentação, com redução das atividades sexuais geralmente, nos meses mais secos e de temperatura mais elevada. Esse quadro pode mudar desde que exista fatores compensatórios de manejo. Como por exemplo o fato de existir nos meses de estiagem e maiores temperaturas, áreas inundáveis, onde nessa época ocorre abundância de forragem nas pastagens nativas, com suprimento de água suficiente para ingestão e banho. Por exemplo, Nascimento & Moura Carvalho (1978) verificaram que 89,3% das parições ocorreram de abril a maio.
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- SÊMEN SEXADO SOMENTE NAS PESQUISAS…
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SOB QUE FORMA DE CRIAÇÃO? Ver no artigo…
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HÁ CORRELAÇÃO ENTRE TAMANHO DE TESTÍCULOS E FERTILIDADE!
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Distribuição das Parições
Ocorre maior concentração de partos em determinada época do ano, segundo locais e condições de manejo e alimentação, com redução das atividades sexuais geralmente, nos meses mais secos e de temperatura mais elevada. Esse quadro pode mudar desde que exista fatores compensatórios de manejo. Como por exemplo o fato de existir nos meses de estiagem e maiores temperaturas, áreas inundáveis, onde nessa época ocorre abundância de forragem nas pastagens nativas, com suprimento de água suficiente para ingestão e banho. Por exemplo, Nascimento & Moura Carvalho (1978) verificaram que 89,3% das parições ocorreram de abril a maio.
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Os búfalos, quando criados em localidades distantes da região equatorial, têm um comportamento reprodutivo influenciado positivamente pela diminuição de horas de luz do dia (Zicarelli, 1990). 
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RAZÕES PARA ESTAÇÃO DE MONTA:
Concentrar a lactação no período de estiagem (mexe com o preço);
 Aproveita-se a temperatura mais amena (PARTO NO VERÃO E MONTA NO INVERNO).
Estudos sobre a distribuição de partos em búfalas demonstram que essa característica depende significativamente de fatores ambientais locais. 
Estes dados indicam que, para se obter sucesso no emprego de biotécnicas da reprodução em bubalinos, as atividades devem ser concentradas nos meses de março a agosto. Fora desse período, os resultados têm apresentado menor eficiência. A estacionalidade condiciona uma concentração das parições. 
Outono - 20 de março a 20 de junho
Inverno - 21 de junho a 22 de setembro
Primavera - 23 de setembro a 21 de dezembro
Verão - 22 de dezembro a 19 de março
a espécie bubalina apresenta fator sazonal de reprodução, concentrando os partos no verão,
além do fator nutricional relacionado com a disponibilidade de alimento em cada estação.
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