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SUINOS_producaao_de_suinos_quiosque3

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Produção de Suínos:
Prof. José Francisco Crespi Coll
Programa:
Considerações sobre a exploração de suínos;Origem e domesticação;Caracteres gerais;Modificações do gênero Sus; Situação atual da suinocultura no Brasil e no mundo; Desfrute; Finalidades da exploração; Vantagens e desvantagens;
Principais raças
Instalações e equipamentos
Manejo geral dos suínos
Principais medidas profiláticas
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Bibliografia:
Suinocultura intensiva, produção, manejo e saúde do rebanho. Ed.EMBRAPA, autores diversos,496 pág. 1998.
Suinocultura dinâmica. Sergito Souza Cavalcanti, Ed.FED-MVZ, 494pág., 1998.
Suínos- Coleção 500 perguntas, 500 respostas. Editores Lucimar Pereira Bonetti e Cícero Juliano Morticelli. Embrapa, 243 pág.,1997
www.suino.com.br
www.porkworld.com.br
www.cnpsa.embrapa.br
www.abraves.com.br
www.abcs.com.br
www.abipecs.com.br
www.suinoculturaindustrial.com.br
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Origem e domesticação do suíno:
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Origem e domesticação do suíno:
Únicos artiodáctylos monogástricos, apareceram na terra a mais de 40 milhões de anos e pertencem ao gênero Sus, que teve sua origem nos ungulados primitivos do cretáceo.
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Os fósseis mais antigos do suíno doméstico foram encontrados nas palafitas da suíça(Sus scrofa palustris, muito semelhante ao Sus vitatus).
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DAS RAÇAS DOMÉSTICAS DISTINGUEM-SE TRÊS TIPOS:
Suíno Celta: derivado do Sus scrofa ferus- javalí da Europa, difundido na Europa, Àsia e norte da Àfrica.
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Suíno Asiático: derivado do Sus vitatus ou índicos- javalí da Índia: difundido na Índia, Indochina e China.
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Suíno Ibérico ou Napolitano: Sus mediterraneus (cruzamento entre as duas espécies anteriores), difundido na península Ibérica e Itálica. 
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Introdução dos suínos no Brasil:
No Brasil os primeiros suínos foram trazidos por Martim Afonso (1532) da Península Ibérica das raças Galega, Beiroa, Bizarra, Alentejana e Transtagana.
 
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Posteriormente vieram as raças Large Black, Berkshire, Tamworth, Wessex, Landrace, Yorkshire , Large White e Pietrain.
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Domesticação:
A domesticação que antes era creditada aos Chineses (5000 anos AC), hoje as pesquisas mais recentes mostram que os suínos já eram domesticados a 10 000 anos AC por habitantes do leste da Turquia.
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CLASSIFICAÇÃO ZOOLÓGICA DO SUÍNO:
Reino: Animal
Ramo ou Filo: Chodata
Classe: Mammalia
Ordem: Artiodactyla
Sub-Ordem: Ungulados
Familia: Suidae
Sub-Familia:Tajassuinae (Dicotyles) Cateto e queixada
Babirossuinae (babirussa)
Suínae (Sus)
Gênero: Sus
Espécie: Sus scrofa, Sus vitatus e Sus mediterraneus.
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PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO GÊNERO SUS (SUÍNO DOMÉSTICO):
Animais Difiodontes: duas dentições uma de leite com 32 dentes e outra permanente com 44 dentes tuberculados.
Caninos mais desenvolvidos nos machos.
São cosmopolitas.
Focinho longo e resistentes.
São Multíparas.
Onívoros.
Monogástricos.
Intestino volumoso.
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Mais características...
Panículo adiposo espesso.
Apresentam até 9 pares de tetas.
Testículos localizados na região perineal.
Aparelho termo-regulador pouco desenvolvido.
Glândulas sudoríparas atrofiadas.
Movimentos respiratórios: 15 a 20/min.
Batimentos cardíacos: 70 a 80/min.
Temperatura corporal: 39,5°C adultos e 40,5°C leitões.
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Características da carne de suíno:
Carne nutritiva, saudável e saborosa;
Não merece ser alvo de preconceito;
Nos últimos anos houve uma redução de:
31% no nível de gordura;
14% no nível de calorias
10% no nível de colesterol
Rica em vitaminas do Complexo B e minerais essenciais
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Composição da carne suína
Água 72%
Proteína 20%
Gordura 7%
Minerais 1%
Carboidratos <1%
Colesterol 65 mg/100g
Energia 140kcal/100g 
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Teores de colesterol das carnes mg/100g
Suíno
Lombo 69
Pernil 80
Frango
Carne branca 75
Carne escura 108
Bovino
Contra file 66
Músculo 70 
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Evolução ocorrida com os suínos
Conformação
Prolificidade
Conversão alimentar
Precocidade
Rendimento de carne
Espessura de toucinho
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O suíno no Mundo e no Brasil
População
Consumo
Desfrute
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Cálculo da taxa de desfrute de um rebanho suíno
Taxa de Desfrute=Taxa de Crescimento + Taxa de Abate (TD=TC+TA)
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Causas do baixo desfrute do rebanho suíno brasileiro
Baixo número de partos/porca/ano (1)
Baixa taxa de concepção (<70%)
Baixo número de leitões nascidos/porca/parto (< 8)
Baixo número de desmamados/porca/parto (<6)
Elevada idade ao abate (10 meses)
Elevada mortalidade do nascer até o abate (>20%) 
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Causas do baixo desfrute do rebanho suíno brasileiro (cont.)
Medidas profiláticas e sanitárias deficientes
Falta de melhoramento genético e seleção
Manejo precário e deficiente
Instalações inadequadas
Alimentação deficiente em qualidade e quantidade
Mão de obra não qualificada
Falta de apoio dos orgãos governamentais
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Estrutura do Sistema de Produção de Suínos no Brasil:
Sistema Confinado de Alta Tecnologia e Eficiência
-característica empresarial com instalações sofisticadas.
-animais de alto potencial genético.
-alta taxa de reposição.
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Sistema Confinado Tradicional de Baixo Custo e/ou Baixa Tecnologia
- Caracteriza-se por não ser uma atividade principal
- Instalações mais simples
- Reposição às vezes com animais próprios
- Machos adquiridos de outras granjas
- As modernas técnicas de manejo são aceitas ou não
Diferencia-se do anterior através do acesso controlado ou não a piquetes para machos, fêmeas de reposição, vazias, em gestação e/ou lactação com os leitões
- Crescimento e terminação confinados
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Estrutura do Sistema de produção....
Sistema de Criação ao Ar Livre (SISCAL)
-fases de reprodução, maternidade e creche em piquetes com pequenas edificações com rotação das áreas ocupadas
-terminação, confinados
Sistema Extensivo
-todas as fases de produção em piquetes (cobertura, gestação, aleitamento, crescimento e terminação)
-criações com baixa tecnologia e produtividade, encontram-se nas regiões Norte, Nordeste e áreas do Centro-Oeste
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Finalidades da criação:
Produção de suínos em ciclo completo;
Produção de leitões;
Produção de terminados;
Produção de reprodutores;
Produção para industrialização;
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Vantagens da criação de suínos:
Grande transformador de alimentos em carne e gordura.
Excelente rendimento ao abate.
Cerca de 75 a 80%
Rápida reversão de capital.
- Curto ciclo reprodutivo-1º parto 10 a 11 meses.
- Alta prolificidade- mais de 20 leitões/fêmea/ano.
- Animal precoce- 90 a 100kg aos 140 a 150 dias.
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Vantagens...
Requer pequena área.
-1 há de 300 a 500 suínos.
Pequeno capital inicial.
Mercado fácil.
Alimentação variada. 
Produzem carne macia, suculenta e saborosa de alto valor nutricional.
Grandes fornecedores de proteína e energia as populações rurais.
Os animais descartados da reprodução alcançam bons preços de venda.
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Limitações à criação de suínos:
Por serem monogástricos, necessitam de alimentos balanceados.
Alta mortalidade quando jovens (sensíveis ao frio).
Alta mortalidade embrionária e fetal(40%). 
Exigem cuidados higiênicos e sanitários.
Aparelho termo regulador pouco desenvolvido
-Quando jovens, sentem frio- perdem calor.
-Quando adultos, sentem calor- dificuldade de perda de calor.
Alto custo de produção e de instalações.
Grande capacidade de poluir o meio ambiente.
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Instalações para suínos:
Assumem papel importante para o sucesso da atividade suinícola.
Devem se caracterizar por oferecer:
-Funcionabilidade, conforto e bem estar.
-Temperatura
interior adequada.
-Umidade relativa do ar compatível.
-Pureza de ar.
-Ventilação e luminosidade.
-Facilidade de higienização e manejo.
-Economia de mão de obra, energia e água.
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No dimensionamento das instalações devemos observar:
Composição do rebanho e índices zootécnicos.(parâmetros reprodutivos /produtivos, espaço útil por animal).
Dados de clima da região (temperatura, ventos dominantes,insolação,umidade relativa do ar). 
Modelo profilático a adotar.
Futuras ampliações.
Projeto de destino dos dejetos.
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Localização: (direção dos ventos,
radiação solar, barreiras naturais, topografia levemente ondulada e afastamento entre instalações).
Orientação.
Largura.
Pé direito.
Comprimento.
Cobertura (lanternim). 
Áreas circundantes.
Sombreamento
PRINCÍPIOS BÁSICOS PARA MANTER A TEMPERATURA INTERNA DA INSTALAÇÃO DENTRO DA ZONA DE CONFORTO TÉRMICO DOS SUÍNOS:
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INSTALAÇÕES
Pré-cobrição e gestação 
Baias coletivas- fêmeas de reposição até o primeiro parto e as porcas até 28 dias de gestação.
Baias individuais- fêmeas desmamadas até 28 dias de gestação.
Os machos ficarão em baias individuais.
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ÁREAS RECOMENDADAS PARA AS FASES DE GESTAÇÃO PRÉ-COBRIÇÃO E MACHO.
Baias área recomendada
 (m²/animal)
Gestação individual 1,32 
Leitoas em baias coletivas 2,0
Porcas em baias coletivas 3,0
Machos 6,0
 número de animais por baia
Gestação coletiva/reposição/pré-cobrição 6 a10
Área de piquete por fêmea 200 m²
 
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MATERNIDADE
TIPOS :
Em piquetes 200 m²/ fêmea (cabanas tipo IGLÚ com l,50 x 3,0 x 1,10m). 
Em baias convencionais 6 a 8 m²/fêmea e leitegada com protetor contra esmagamento e escamoteador (creep).
Em celas ou gaiolas individuais 
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MATERNIDADE
Áreas recomendadas para a parição:
Cela parideira:
 área superior a 3,96 m²
 espaço para a porca 0,60 m x 2,20 m
 espaço para leitões 0,60 m x 2,20 m de
 cada lado
 altura da cela parideira 1,10 m
 altura das divisórias 0,50 m
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MATERNIDADE
Baia convencional:
 área de piso 6 a 8 m²
 altura do protetor 0,20 m
 distância do protetor 0,15 m
Escamoteador 
 área mínima de piso 0,70 m²
Largura mínima do corredor 1,0 m 
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Creche:
 Tipos: 
- suspensas em módulos com piso totalmente ou parcialmente ripado e área de 0,35 m²/leitão, sendo 1 a 2 leitegadas por módulo.
- em piso com área de 0,40 m²/leitão e declive de 5%
As instalações podem ser abertas, com cortinas e forro como isolante térmico para amenizar o estresse calórico. 
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Crescimento e terminação:
 Instalação destinada aos animais desde a saída da creche até a comercialização.
 O piso das baias pode ser:
 totalmente ripado, 
 parcialmente ripado 
 totalmente compactado com declive de 3 a 5%.
 As áreas por animal são:
0,7 a 0,8 m² para totalmente ripado
0,8 a 1,0 m² para parcialmente ripado
1,0 a 1,2 m² para totalmente compactado.
 As baias podem ter:
 de 20 a 30 animais (em baias convencionais).
100 a 200 animais (em cama sobreposta)

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