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relatório ESTAGIO 1

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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA
CAMPUS CABO FRIO
 CURSO DE PSICOLOGIA 
Psicologia do Desenvolvimento da Infância e Adolescência. 
PROFa. Sueli de Avila.
RELATÓRIO DO ESTÁGIO BÁSICO
 SUPERVISIONADO I 
 POR
ALICE LAVAQUIAL, FLORA CESCHIN E KAYANY NEVES.
 Rio de Janeiro 
 
 maio de 2017
 2017- 1º semestre
 Alice Lavaquial da Silva 20171108141
 Flora Ceschin Celjar 20171100676
 Kayany Mesquita Neves 20161101355
 
RELATÓRIO DO ESTÁGIO
BÁSICO SUPERVISIONADO I
Trabalho apresentado ao curso de
Psicologia do Desenvolvimento 
da Infância e Adolescência, do
Instituto de Ciências da Saúde da
Universidade Veiga de Almeida,
em cumprimento das exigências
do estágio básico supervisionado.
 Prof a: Sueli de Avila
 Rio de Janeiro
 maio de 2017 
 2017, 1º semestre
 Sumário
1.0 Introdução
2.0 Descrições das observações articuladas com a fundamentação teórica
3.0 Descrições das entrevistas
4.0 Considerações finais 
5.0 Referências bibliográficas
 
Introdução
 O presente relatório tem como proposta descrever as atividades de estágio básico, no qual foi feito duas observações. A primeira, concluída no Colégio Manoel Couto, foi de uma criança na 1ª infância, Fábio de quatro anos. A outra foi de uma na 2ª infância, Francisco de sete anos, finalizado na residência do mesmo.
 O objetivo destas observações foi analisar e registrar o crescimento na infância, tal como a vida psíquica dessas crianças, tendo como fundamentação as fases de desenvolvimento e comportamento propostas pelos seguintes teóricos: Sigmund Freud, Jean Piaget, Erik Erikson, Lawrence Kohlberg e Lev Vigotsky.
 Ademais, usando como base também a Psicologia da Gestação, foi feita uma entrevista com a mãe de Francisco, de forma que fosse possível perceber a estrutura familiar em que a criança está inserida, sua relação com parentes e amigos, seu processo de crescimento e comportamentos diante de situações comuns do dia-a-dia. Foi feita também uma análise a respeito dos métodos de criação utilizados pelos responsáveis, que podem ou não vir a acarretar complicações na socialização da criança, no desenvolvimento psíquico e no seu rendimento. 
Descrições das observações articuladas com a fundamentação teórica
 Nesta primeira observação, ao chegarem no Colégio Municipal Manoel Mendes, localizado na cidade de Cabo Frio, as alunas se apresentaram e pediram permissão para iniciar o trabalho de observação de alunos de primeira infância. Foram encaminhadas para a sala em que se encontrava a turma de pré 2, tendo aula de matemática com a professora Adriana. Haviam 3 mesas e 17 crianças sentadas. No que tange aos funcionários, todos foram receptivos desde o início. 
 A intenção inicial desta observação, ao entrarem em sala, era de observar a turma como um todo. Analisar as relações entre as crianças, seus comportamentos e expressões. Toda via, no exato momento em que passamos pela porta, um menino iniciou uma interação com as estudantes, diferente dos outros alunos que permaneceram apenas olhando curiosos para saber quem eram e o motivo de estarem ali. Sentaram ao fundo da sala e a atenção foi, de certa forma, automaticamente para ele, Fábio de 5 anos, que ao entrarem já as apelidou.
 Fábio se encontrava em uma mesa com outras cinco crianças. Estava muito agitado e não parava de contar histórias para quem estava do lado, mesmo que o colega não estivesse prestando atenção. Conforme Piaget, um dos precursores da Psicologia Cognitiva, Fábio está no período pré-operacional: não tem predomínio de pensamento lógico e possui tendência lúdica, misturando realidade com fantasia. Pode-se levar em consideração também o egocentrismo apresentado por Piaget e observado na linguagem e na fala de Fábio, o que na visão piagetiana é chamado de linguagem egocêntrica, enquanto que para Vigotsky é a fala egocêntrica. Sobre isso, esclarece a prof.ª Cristiane Amorim:[1: AMORIM, Cristiane. DEBATE ENTRE PIAGET E VIGOTSKY: AS RELACÕES ENTRE LINGUAGEM E PENSAMENTO. Fundação Edson Queiroz, univ. de Fortaleza. ]
A linguagem egocêntrica, por sua vez, se divide em três ramificações: Repetição, monólogo e monólogo coletivo. A repetição ocorre quando a criança expressa de maneira repetitiva sílabas ou palavras, sem contexto. No monólogo a fala da criança é dirigida a si mesma. No monólogo coletivo ocorre o mesmo, sua fala é dirigida pra si, porém em uma situação de interação social, mas sem preocupar-se em ser ouvida por aqueles que os cercam. 
 
 No entanto, ao contrário do que Piaget descreve no período pré-operacional, Fábio não respeitou a autoridade (heteronomia), ou seja, não respeitou a moral do responsável, no caso sua professora. 
 Porém, em determinado momento, foi observada a seguinte situação: a professora pediu para que todos sentassem em um círculo no chão para que começassem a aula. Fábio, com toda sua agitação, sentou-se por poucos minutos. Logo levantou, foi até sua mochila pegar um caderno e voltou a se sentar no círculo. Adriana mandou guardar o caderno, e ele não obedeceu. Como já foi apresentado, ele não obedece à autoridade. Em seguida, contudo, a professora afirmou que o deixaria de castigo caso não o fizesse, então Fábio imediatamente o guardou. 
 Lawrence Kohlberg é agora lembrado, diante deste quadro. De acordo com o mesmo, os estágios de desenvolvimento moral estão divididos em três níveis. O primeiro, pré-convencional, normalmente característico da maioria das crianças com menos de 9 anos, é o mais baixo nível da teoria. Neste, o indivíduo não mostra a internalização de valores morais. 
 Segundo os autores Nelson Piletti, Solange Rossato e Geovanio Rossat: ”E quando o fazem é em razão da possibilidade de punições e o ato moral pode ser visto como instrumento para satisfação do prazer pessoal.”, como foi o caso da criança em observação. [2: ROSSATO, S.M. Psicologia do Desenvolvimento. São Paulo: Contexto, 2014: p.55.]
 Ao conversar com Adriana, nos foi relatado que Fábio às vezes age de forma muito agressiva, chegando certa vez a dizer que gostaria de estudar em uma escola que pudesse “socar”. O menino só começou a melhorar quanto a esse jeito quando a professora passou a tratá-lo com mais carinho, sendo mais atenciosa que o normal. Ela pensou até que, talvez, ele possa não receber muita atenção dos pais deixando carência nesse quesito. 
 Somado a isso, a criança apresentava machucados embaixo de ambos os olhos. Parecia ser terçol, mas depois, em um dialogo com a professora, ela contou que aqueles machucados já existiam há quase um ano. E que aparentemente vem piorando. Isso as levou a considerar que poderia haver certa negligência dos responsáveis de Fábio. 
 Neste sentido, a pesquisadora da área de Psicologia histórico-cultural, Renata da Silva preleciona:[3: SILVA, R. A biologização das emoções e a medicalização da vida: contribuições das psicologia histórico-cultural para a compreensão da sociedade contemporânea. Maringá:2011, p. 244.]
 Na perspectiva de Freud, os afetos e emoções advêm de processos inconscientes, os quais se estabelecem por conta das tentativas do superego de dominar os impulsos do id e atender às exigências postas na sociedade. A partir desse conflito de interesses, são desencadeadas tensões e sentimentos insatisfatórios, decorrentes da agressividade e da resistência do indivíduo. 
 
 Tendo essas informações em vista, o aspecto social no desenvolvimento humano pode e deve ser abordado. Esse aspecto é relativo aos modos como o sujeito reage em situações que envolvem outras pessoas, em concordância com a cultura e a realidade econômica, por exemplo. Não deixando, é claro, de considerar as diferentes realidades do Brasil, o que atrapalha ou até impossibilita o desenvolvimento da infância. 
 Um estudo feito pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), publicado no Caderno Brasil, revela que:[4: Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef); Caderno Brasil, 9 p, 2008. Disponível em: <https://www.unicef.org/lac/cadernobrasil2008.pdf> Acesso: 18/05/2017. ]
 As crianças são especialmente vulneráveis às violações de direitos, à pobreza e à iniquidade no País. As crianças negras, por exemplo, têm quase 70% mais chance de viver na pobreza do que as brancas; o mesmo pode ser observado para as crianças que vivem em áreas rurais. 
 Quanto ao teórico psicanalista e discípulo de Freud, Erik Erikson considera a influência dos fatores sociais, sugerindo que o ambiente também participa da construção da personalidade do indivíduo. 
 
 
 A segunda observação deu-se início na residência de Francisco, de 7 anos, na qual pôde-se observar que a criança convive não apenas com os pais e sua irmã, mas também com a presença diária da secretária do lar. E também com os seus avós, que moram em outra casa, situada no mesmo terreno.
 No começo Francisco encontrava-se em seu quarto, assistindo desenho animado. Foi possível observar a presença de aparelhos eletrônicos, como televisão, IPad e um computador, que, segundo a mãe, todos esses itens são de uso exclusivo de Francisco.
 Segundo a médica psiquiatra Evelyn Eisenstein: 
Além da compulsão e dependência ao mundo virtual, o uso contínuo do computador pode também estimular ou corroborar transtornos de ansiedade; transtornos obsessivo-compulsivos (TOC); distúrbios de comportamentos ou condutas antissociais, depressão e suicídio. Especialmente no caso de crianças e adolescentes, vale ressaltar que toda a parafernália tecnológica atual, muitas vezes, é utilizada como fuga ou válvula de escape. Frequentemente, o envolvimento excessivo nada mais é do que a sinalização de dificuldades preexistentes.
 Francisco, em seu período escolar, passou a apresentar dificuldades de adaptação e desenvolvimento. Seus pais percebendo a mudança investigaram o problema até que descobriram que seu filho estava com indícios de TDAH ( Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade). 
 De acordo com Vigotsky (2006:110), toda aprendizagem da criança tem uma pré-história: “Aprendizagem e desenvolvimento não entram em contato pela primeira na idade escolar, portanto, mas estão ligados entre si desde os primeiros dias de vida da criança.”
 Após o diagnóstico foi receitado o uso de Ritalina (metilfenidato é a alternativa medicamentosa mais comum para TDAH), conhecido por ser um remédio tarja preta, e não muito indicado para crianças. Percebeu-se um comportamento fora do comum, no qual Francisco, enquanto assistia televisão, “chupava” o dedo.
 Ao comentar com a responsável sobre o que foi notado, relatou que estava alerta à possíveis diferentes comportamentos em Francisco, por conta da Ritalina que pode vir a desenvolver TOC (Transtornos Obsessivos Compulsivos). 
 Por conta da sua dificuldade de aprendizagem, Francisco não foi alfabetizado como deveria, estendendo a problemática para a série seguinte. A responsável por sua vez entrou em contato com a diretoria da escola para solicitar que seu filho fosse adiante, portanto repetisse a série. A escola alegou que o melhor seria ele seguir com o andamento da turma, pois já estava adaptado com o meio social da mesma. 
 Vale ressaltar que a partir do ensino fundamental as crianças costumam ter como principal atividade o estudo. Ocorre uma mudança significativa na rotina da escola, havendo assim uma importante alteração no lugar social da criança. Para psicologia histórico-cultural de Vigotsky, ”a escola tem papel primordial no processo de apropriação, de objetificação da cultura humana constituída historicamente, no processo de humanização de nossas crianças.”[5: Rossato, Geovanio. Psicologia do Desenvolvimento. São Paulo: Contexto, 2014, p. 146.]
Diferente de Freud e Piaget, Vigotsky destaca a existência de características pertinentes as diferentes idades. No caso da criança em observação, pode –se a apresentar a crise dos 7 anos. O teórico esclarece: 
[6: VYGOTSKY, 1996, p. 377]
A idade escolar, como todas as outras idades, começa por uma etapa de crise ou de viragem, descrita pelos cientistas, antes que as demais, como a crise dos sete anos. Sabe-se há muito tempo que a criança, ao passar da idade pré-escolar para a escolar, muda sensivelmente e é mais difícil educá-la. Trata-se de um período de transição, a criança já não é um pré-escolar, mas ainda não é um escolar.
Em determinado momento Francisco subiu na bancada da cozinha para pegar algo no armário. Sua mãe apenas observou, e informou que seu filho nunca dependeu tanto dela para os afazeres do dia-a-dia. Sempre soube quais são suas obrigações, e as faz sem reclamar. 
 Dentre os estágios de Erik Erikson, o estágio construtividade vs. inferioridade exemplifica bem essas características de Francisco. Quando encorajada pelos pais e professores, a criança desenvolve um sentimento de competência, passando a ser mais responsável admitindo tarefas. 
Descrições da entrevista
 Na entrevista com Isabelle, mãe do Francisco de sete anos, foi relatado que a sua gestação não havia sido planejada, porém a mesma ocorreu de forma tranquila, sem nenhuma ocorrência fora do comum, com a opção de parto sendo a cesárea.
 O processo de amamentação foi normal, e permaneceu até os sete meses de vida do Francisco. Quanto a esse processo natural e importante para o desenvolvimento do bebê, Geovanio Rossato (2014: 125) explica: “O bebê, então, ao ser amamentado se alimenta com o leite, com a voz, com o olhar, com o amor da mãe; o bebê se nutre da mãe.”. [7: ROSSATO, Geovanio. Psicologia do Desenvolvimento. São Paulo: Contexto, 2014.]
 Francisco possui uma irmã mais velha (Clara), de oito anos. Atualmente, a irmã apresenta certa agressividade em relação a ele. Contudo, existe companheirismo entre eles ao compartilhar tanto bens materiais, quanto histórias do dia a dia. 
 O mesmo vive com os pais, porém a casa dos avós se localiza no mesmo quintal. O relacionamento do Francisco é bom com todos da família, pois é uma criança carinhosa.
 Os responsáveis não possuem o mesmo método de educação. A mãe (Isabelle) coloca-se na posição de ser a mais rígida e severa quanto às tarefas e obrigações do filho, enquanto o pai (Wildenberg) é mais calmo e compreensivo. Porém, costumam manter uma conciliação quanto às medidas de correção (por exemplo, quando Francisco deve ficar de castigo). 
 A relação afetiva do casal é dita como boa. Ambos trabalham fora, e as crianças ficam com a secretária do lar, a qual também preserva uma relação saudável. Além disso, Francisco é amigável com pessoas de fora do âmbito familiar, não tendo problemas de socialização. 
 De acordo com os estágiosda teoria do desenvolvimento moral de Lawrence Kohlberg, somado ao que foi exposto sobre Francisco, foi possível concluir que ele está no nível I da teoria citada a cima. A moralidade pré-convencional (nível I) persiste na ideia de que o individuo não mostra a internalização de valores morais. A criança tem em mente que, caso não obedeça às regras, terá castigo/punição. 
 O emocional da criança faz com que ele se irrite com facilidade, mas não chegando ao extremo. Porém o mesmo lida muito bem frente a uma resposta negativa, sendo um tanto compreensivo. Foi relatado ainda que ele sempre foi muito independente, o que parece ter aliviado um pouco a tensão dos pais por ter que conciliar seus empregos e obrigações com a criação de dois filhos de quase a mesma idade.
 
 A mãe (Isabelle) relata que Francisco iniciou seu período escolar na creche com 10 meses, e sua adaptação foi ótima. Contou que ele fez amizades rápidas, mas que não há uma dependência de terceiros para brincar, ele o faz bem tanto sozinho quanto acompanhado.
 Seu desenvolvimento e rendimento escolar eram bons, até que houvesse uma decorrência de notas baixas. Preocupados, seus pais conversaram com os responsáveis no colégio e optaram por leva-lo para fazer alguns exames, já que havia passado a ser um menino mais agitado e distraído.
 Na visão histórico-cultural de Vigotsky, a escola tem papel primordial no processo de humanização das crianças, sendo de grande importância para o desenvolvimento da mesma. Porém, deve-se lembrar de que a aprendizagem da criança se inicia muito antes da aprendizagem escolar. 
 Tendo isso em vista, Daniil Elkonin (1987: 119) apud Geovanio Rossato (2014: 146) realça: [8: ELKONIN, 1987 apud ROSSATO, 2014. Psicologia do desenvolvimento, São Paulo: Contexto, 2014: 146p.]
 A importância primordial da atividade de estudo está determinada, ademais, porque através dela se mediatiza todo o sistema de relações da criança com os adultos que a circulam, incluindo a comunicação pessoal da família. 
 Francisco foi diagnosticado com TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade). Rotta Barkley (2006) o define como: “Uma síndrome neurocomportamental caracterizada por padrão persistente de desatenção e/ou hiperatividade-impulsividade.” Hoje, apesar de tomar remédios controlados, ainda tem dificuldade para escrever e principalmente para ler.[9: ROTTA, 2006 apud SENA; SOUZA, 2008. Transtorno da atenção: Desafios teóricos e metodológicos na pesquisa psicológica sobre TDAH.]
Segundo Isabelle, seu filho sempre foi acostumado a dormir sozinho no próprio quarto, e não houve problemas quanto a isso. Quando há necessidade, como em dias que ele está doente e mais carente, é aberta uma exceção pelos pais. O sono de Francisco foi definido como normal. 
Em relação a isso, baseado na teoria de Freud (especificamente na fase oral), G. Crespin (2004) apud Geovanio Rossato (2014: 126) esclarece: 
[10: CRESPIN (2004) apud ROSSATO. Psicologia do Desenvolvimento. São Paulo: Contexto, 2014: p.126.]
Sinais positivos de desenvolvimento em relação ao sono do bebê relacionam-se ao fato de que seus intervalos sejam diferenciados, indiferentes de sua duração, de maneira a ter um repouso suficiente, para que também esteja bem em seu estado de vigília, ou seja, consiga estar atento e disponível ao contato com o mundo exterior.
 
A mãe considera que a rotina de seus filhos, toda pensada e planejada, tendo horário para todas as tarefas pontualmente, facilita a vida de todos.
Ao fim, ao ser questionada sobre como é ser mãe, a mesma respondeu: “Ser mãe é ficar cansada o dia inteiro e ainda ter coisa para fazer e resolver, mas é a maior felicidade que eu já pude ter na minha vida.”
 
Considerações finais e individuais
Por Alice Lavaquial:
 Inicialmente a psicologia do desenvolvimento estuda aspectos do desenvolvimento humano cognitivo, afetivo, social, moral e motor, se perguntando sobre a interferência do tempo de vida da criança, tais processos são o de conhecimento, socialização, e de progresso.
 Assim como, ao longo do tempo a criança deverá adquirir mais capacidades e ao longo do processo de desenvolvimento a criança irá desenvolver a sua maturação, dentro de cada teoria detalhada no presente relatório.
Algumas considerações foram feitas sobre a maturação orgânica do individuo, e suas bases genéticas e a outra influência do ambiente. Busca entender as diversas interações que ocorrem e como se dá o desenvolvimento humano. Assim como, promove a pesquisa e a elaboração de intervenções no âmbito educacional e da saúde, contribuindo assim com o processo educacional que visa promover o desenvolvimento e a aprendizagem.
Esse estágio, que nos colocou no papel de observadores, teve como intuito nos ajudar a obter uma percepção e consciência quanto à ligação das teorias ensinadas em aula e o desenvolvimento infantil na prática, no seu mais real e puro sentido. 
Por Kayany Neves:
 O estágio nos deu uma visão mais expansiva e ampla da Psicologia do Desenvolvimento, sendo o estudo científico das mudanças progressivas psicológicas que ocorrem nos seres humanos com a idade. Este campo examina mudanças através de uma ampla variedade de tópicos, incluindo habilidades motoras, habilidades em soluções de problemas, entendimento conceitual, aquisição de linguagem, entendimento da moral e formação da identidade. 
 O objetivo em si das nossas pesquisas e observações foi analisar e compreender a importância do estudo do desenvolvimento humano. Estudar o desenvolvimento humano significa conhecer as características comuns de uma faixa etária. Planejar o que e como ensinar implica saber quem é o educando. Existem formas de perceber, compreender e se comportar diante do mundo, próprias de cada faixa etária.
 Diante de toda base em que tivemos, observar o comportamento de duas crianças completamente distintas, nos proporcionou diversas opiniões tanto similares quanto divergentes em relação a situação, ou melhor, a história de cada uma delas, fazendo com que pudéssemos de fato comprovar todas as teorias que analisamos.
Por Flora Celjar: 
 A matéria de Psicologia do Desenvolvimento tem como objetivo inicial entender as mudanças ocorridas na vida humana, tanto mudanças sociais e culturais quanto modificações físicas. E, ainda, explicar uma série de fatores que estão sempre levando às constantes transformações e construções do ser humano. 
 Afinal, segundo Vigotsky: “A história da sociedade e o desenvolvimento do homem caminham juntos.”. 
 O procedimento do trabalho foi observar e analisar comportamentos, hábitos e peculiaridades de duas crianças de idades distintas, uma de primeira infância e outra de segunda. Sabendo que suas respectivas características se distinguem (devido a fase em que a criança se encontra, seu desenvolvimento, história e meio social), articulamos tudo o que foi absorvido no processo com as teorias da matéria em questão. 
 Após o que foi percebido e exposto neste relatório, venho por meio do mesmo relatar a enorme bagagem de conhecimento que nos foi proporcionado, tanto na parte teórica, nas aulas e nas orientações, como também na inesquecível vivência, que possibilitou uma maior compreensão do conteúdo dado. 
 
 
 
Referências Bibliográficas 
AMORIM, Cristiane. DEBATE ENTRE PIAGET E VIGOTSKY: AS RELACÕES ENTRE LINGUAGEM E PENSAMENTO. Fundação Edson Queiroz, univ. de Fortaleza. Resumido por Nayara Fontenele. Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAABsCYAH/debate-sobre-psicologia-cognitiva-vygotsky-piaget>ROSSATO, S.M. Psicologia do Desenvolvimento. São Paulo: Contexto, 2014: p.55. 
SILVA, R. A biologização das emoções e a medicalização da vida: contribuições das psicologia histórico-cultural para a compreensão da sociedade contemporânea. 244 p, Maringá:2011. Disponível em: <http://www.ppi.uem.br/arquivos-para-links/teses-e-dissertacoes/2011/renata>
Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef); Caderno Brasil, 9 p, 2008. Disponível em: <https://www.unicef.org/lac/cadernobrasil2008.pdf> 
ROSSATO, Geovanio. Psicologia do Desenvolvimento. São Paulo: Contexto, 2014: p.125. 
ELKONIN, Daniil (1987) apud ROSSATO, Geovanio. Psicologia do desenvolvimento. São Paulo: Contexto, 2014: 146p.
ROTTA, 2006 apud SENA; SOUZA, 2008. Transtorno da atenção: Desafios teóricos e metodológicos na pesquisa psicológica sobre TDAH. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-389X2008000200008> Acessado em 22/05/2017.
CRESPIN, G. A clínica precoce: o nascimento humano. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2004. (Coleção 1ª infância) apud ROSSATO, Geovanio. Psicologia do Desenvolvimento. São Paulo: Contexto, 2014: p.126.
CARPIGIANI, Berenice. Teoria do desenvolvimento psicossocial. Ed. 7, 2010: p.15. Disponível em: <http://www.carpsi.com.br/Newsletter_7_ago-10.pdf> Acesso em: 28/05/2017
AZEVEDO, Tiago. As 8 fases de desnevolvimento psicossocial de Erik Erikson. Disponível em: <http://psicoativo.com/2016/08/as-8-fases-do-desenvolvimento-psicossocial-de-erik-erikson.html> Acesso em: 29/05/2017.
VIGOTSKI, L. S. A crise dos sete anos. Traduzido de: VIGOTSKI, L. S. Madrid: Visor y A. Machado Libros, 2006. p. 377‐386. Disponível em: <http://evoluireducacional.com.br/wp-content/uploads/2012/08/A-crise-dos-sete-anos-Vigotski.pdf> Acesso em: 29/05/2017.

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