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RESUMO CONSTITUCIONAL

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Giuliana Carmesini Baladi – 2C – TIA: 31714897
Konrad Hesse em seu texto contrapõe-se às ideias de Lassalle e dispõe as suas concepções de constituição e o que vem a ser constitucional. Para Lassalle, a Constituição é a que decorre dos fatores reais de poder que regem a sociedade. Estas devem ser baseadas na realidade política e social. Como citado no texto, se elas não fossem baseadas na realidade, não passaria de uma mera folha de papel. Hesse por sua vez, afirma que se a constituição formal se submete a uma constituição real (político, econômico, histórico, etc) que tende a se descaracterizar como ciência normativa. Ou seja, Hesse quer demonstrar que ao lado de uma constituição que representa as relações fáticas de poder, existe uma constituição formal, uma forca própria e ordenadora da vida do Estado.
A partir disso, o autor faz três análises. A primeira é acerca do condicionamento recíproco existente entre a Constituição jurídica e a realidade político-social. Para o mesmo, a ordenação jurídica só pode ser contemplada se tanto a Constituição jurídica, quanto a realidade forem consideradas recíprocas. Assim, para aquele que contempla apenas a ordenação jurídica, a norma está em vigor ou está revogada. Logo, quem considera exclusivamente a realidade política e social não ocorrerá em uma das duas alternativas: ou não consegue perceber o problema na sua totalidade, ou será levado a ignorar o significado da ordenação jurídica. A segunda análise consiste em discutir sobre os limites de atuação da Constituição Jurídica, onde esta toma forma partir da construção de uma consciência coletiva supraconstitucional que transfira poderes reais a ela. E de acordo com Hesse a eficácia de uma constituição jurídica se estabelece na realidade do Estado, portanto aquelas construídas sobre um mecanismo sem base na realidade são falhas. A terceira análise é sobre os pressupostos da eficácia da Constituição, em outras palavras, os requisitos que permitem à constituição desenvolver sua força normativa. O autor discorre sobre dois pressupostos: quanto mais o conteúdo de uma constituição corresponde à natureza singular do presente, mais seguro é o desenvolvimento de sua fora normativa, e o poder normativo de uma Constituição não depende somente de seu conteúdo, mas também de sua práxis.
Na terceira parte da obra, Hesse afirma, em síntese, que a Constituição jurídica está condicionada pela realidade histórica. Ela não pode ser separada da realidade concreta de seu tempo. Ou seja, a pretensão de eficácia da Constituição somente pode se realizar se a realidade histórica é levada em conta. Por fim, na quarta parte do texto, Hesse alerta que não se deve esperar que as tensões entre ordenação constitucional e realidade política e social venham a deflagrar um conflito.

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