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3/17/2017 1 Aula 1: UNIDADE I – Introdução à Genética Leis de Mendel e ligação gênica. Experimentos de Mendel Fundamentos moleculares para genética mendeliana GENÉTICA – SDE 00289 • EMENTA • Introdução à Genética. • Conhecimento das Leis de Mendel e seus experimentos. • Noções sobre estrutura do DNA, cromossomos humanos, expressão gênica, mutação e gametogênese. • Conhecimento das Tecnologias do DNA recombinante, da importância dos experimentos utilizando transformação de Escherichia coli, reação em cadeia da polimerase, clonagem e sequenciamento do DNA. 3/17/2017 2 • EMENTA • Noções sobre padrões de herança monogênica e padrões atípicos de herança. • Reconhecimento da importância da citogenética clínica e como é possível determinar os tipos de anormalidades. • Noções sobre genética do desenvolvimento, imunogenética, farmacogenética e DNA. • Noções sobre padrões de monogênica e padrões atípicos de herança. • Reconhecimento da importância da citogenética clínica e como é possível determinar os tipos de anormalidades. • Noções sobre genética do desenvolvimento, imunogenética, farmacogenética e Farmacogenômica. • OBJETIVOS GERAIS • Compreender os princípios da genética e aplicação, entendendo a relevância desta área de conhecimento para a formação científica, técnica e pedagógica do profissional da área de saúde. 3/17/2017 3 • OBJETIVOS ESPECÍFICOS • 1. Compreender as Leis de Mendel; • 2. Entender a estrutura do DNA e identificar as características do cromossomo; • 3. Definir gene e entender a expressão gênica; • 4. Reconhecer a importância das tecnologias do DNA recombinante, além da transformação de Escherichia coli e da reação em cadeia da polimerase, para a área de saúde; • 5. Reconhecer a importância da clonagem molecular e do sequenciamento do DNA para a área de saúde; • 6. Entender os padrões de herança monogênica; • OBJETIVOS ESPECÍFICOS • 7. Diferenciar os padrões de herança monogênica dos padrões atípicos de herança; • 8. Entender os tipos de anormalidades cromossômicas; • 9. Compreender a participação do gene no desenvolvimento; • 10. Reconhecer a importância da genética para a resposta imunológica; • 11. Relacionar oncogenes com o desenvolvimento do câncer, hereditariedade e exposição às variáveis no ambiente; • 12. Entender a importância do estudo da variação genética para a farmacocinética e a Farmacodinâmica; • 13. Entender os princípios da terapia gênica e suas limitações. 3/17/2017 4 • Unidade 1 - Introdução à Genética Humana: • 1.1 As Leis de Mendel e da ligação genética; • 1.2 Gregor Mendel e a história da genética; • 1.3 Experimentos de Mendel; • 1.4 Fundamentos moleculares para a genética mendeliana; • 1.5 A estrutura do DNA; • 1.6; Bases cromossômicas da hereditariedade; • 1.7 Organização dos cromossomos humanos; • 1.8 Ploidia e ciclo celular; • 1.9 Mitose; • 1.10 O cariótipo humano; • 1.11 Meiose; • 1.12. Gametogênese; • 1.13 Espermatogênese; • 1.14 Ovogênese ou oogênese; • 1.15 Importância médica da mitose e da meiose. Unidade 2 - Genoma Humano: 2.1 Aspectos históricos; 2.2 Definição de gene; 2.3 Projeto genoma humano; 2.4 Estrutura química do DNA; 2.5 Aspectos gerais sobre a replicação (ou Duplicação) do DNA; 2.6 Teorias de replicação do DNA; 2.7 Moléculas de RNA e processamento do RNA 3/17/2017 5 Unidade 3 - Padrões de herança monogênica: 3.1 Padrões de herança monogênica; 3.2 Heredograma; 3.3 Herança autossômica e ligada ao cromossomo X; 3.4 Padrões de herança pseudo-autossômica; 3.5 Herança ligada ao cromossomo Y; 3.7 Caracteres limitados ao sexo e influenciados pelo sexo; 3.8 Herança mitocondrial; 3.9 Padrões atípicos de herança; Unidade 3 - Padrões de herança monogênica 3.10 Citogenética Clínica: Distúrbios dos autossomos e dos cromossomos sexuais; 3.11 Tipos de anormalidades cromossômicas numéricas envolvem a ganho ou perda de cromossomos inteiros; 3.12 Síndrome de Down; 3.13 Consequências clínicas; 3.14 Síndromes de deleção autossomal; 3.15 Síndrome de Cri du chat (miado do gato); 3.16 Desordens genômicas: Síndromes de microdeleções e duplicações; 3.17 Desordens gonadais e do desenvolvimento sexual 3/17/2017 6 Unidade 4 - Tópicos avançados em Genética: 4.1 Genética do desenvolvimento; 4.2 Imunogenética; 4.3 Genética do Câncer Unidade 5 - Farmacogenética e Farmacogenômica: 5.1 Farmacogenética; 5.2 Variações no metabolismo da Fase II; 5.3 Variação na resposta farmacodinâmica; 5.4 Farmacogenômica • Avaliação • Três etapas • Avaliação 1 (AV1) – prova teórica de grau 8 e prova prática ou outros trabalhos grau 2 • Avaliação 2 (AV2) – prova teórica de grau 10 • Avaliação 3 (AV3) – prova teórica de grau 10 • Atingir resultado igual ou superior a 6,0, calculado a partir da média aritmética entre os graus das avaliações • Apenas as duas maiores notas obtidas dentre as três etapas de avaliação (AV1, AV2 e AV3). • A média aritmética obtida será o grau final do aluno na disciplina. • Obter grau igual ou superior a 4,0 em, pelo menos, duas das três avaliações. • Frequentar, no mínimo, 75% das aulas ministradas. 3/17/2017 7 BIBLIOGRAFIA MICAS, Andre F. Genética. 1a ed. SESES, 2015. NUSSBAUM, Robert L.; MCINNES, Roderick R.; WILLARD, Huntington F. Thompson e THOMPSON. Genética Médica. 7ª ed. Elsevier, 2008. KORF, Bruce R. Genética Humana e Genômica. 3ª ed. Guanabara Koogan, 2008. 3/17/2017 8 • Genética • É o estudo dos genes e sua transmissão para as gerações futuras. • Dividida em: • Genética Clássica Mendel (1856 – 1865) • Genética Moderna Watson e Crick (1953) • Mendel 1856 - hibridização de ervilhas para entender como as características se manifestavam • Conceito do gen, 1865 - não a palavra – Unidades independentes herdáveis ao longo das gerações – Determinavam o aparecimento das características hereditárias 3/17/2017 9 ESCOLHA DE MENDEL : ERVILHAS 3/17/2017 10 • Por que as ervilhas? • trata-se de uma planta de fácil cultivo em canteiros • apresenta uma série de características bem contrastantes e de fácil observação • plantas de ciclo vital curto • produzem grande número de sementes (descendentes) por exemplar • Por que as ervilhas? • é possível estudar várias gerações de plantas em um tempo relativamente curto • as flores de ervilhas reproduzem-se predominantemente por autofecundação, pois são bissexuais, e seus órgãos reprodutores encontram- se protegidos no interior das pétalas 3/17/2017 11 AA aa Aa Aa AA Aa Aa aa 3/17/2017 12 Geração parental – linhagens puras de sementes amarelas F1 – Somente ervilhas amarelas F2 – Sementes amarelas e verdes – 3:1. • Como ficou definida a dominância e recessividade, o heterozigoto e o homozigoto? • F1: todas sementes amarelas, filhos de plantas puras de sementes amarelas e de plantas puras de sementes verdes; – Característica amarela – dominante – Característica verde - recessiva, pois ela não se manifestou em F1; – Característica verde voltou a se manifestar em F2 - não foi destruída em F1 - presente, mas apenas não se manifestava; – Todos os indivíduos de F1 eram híbridos. 3/17/2017 13 Genótipo Fenótipo Lei da pureza dos gametas, Lei da Segregação dos fatores ou Monoibridismo. “Cada caráter é condicionado por 2 fatores (alelos), que se separam na formação dos gametas, passando apenas um fator (alelo) por gameta”. 3/17/2017 14 • Após o estudo detalhado e individual de cada um dos caracteres em ervilhas, Mendel passou a estudar dois pares de caracteres de cada vez; • Cruzamentos para os caracteres cor (amarela e verde) e forma (lisa e rugosa) das sementes, que já haviam sido estudados, individualmente, concluindo que o amarelo e liso eram caracteres dominantes;AABB aabb AABB aabb AaBb AB aB Ab ab AB ab 3/17/2017 15 A B a B A b a b A B a B A b a b AABB AaBB AABb AaBb AaBB aaBB AaBb aaBb AABb AaBb AAbb Aabb AaBb aaBb Aabb aabb B b A B A b a B a b 3/17/2017 16 Nome da lei: Segunda lei de Mendel ou Lei da Segregação independente ou Diibridismo. “As características são condicionadas por pares de fatores (alelos) que se segregam independentemente na formação dos gametas, sendo que o fator (alelo) de uma característica independe do fator (alelo) de outra característica, ou seja, as características se manifestam independentemente uma da outra”. - Gen - Conceitos - Genética Clássica é a unidade fundamental da hereditariedade. - Genética Moderna e é uma sequência de nucleotídeos do DNA que pode ser transcrita em uma versão de RNA - O gene é um segmento de um cromossomo a que corresponde um código distinto, uma informação para produzir uma determinada proteína ou controlar uma característica, por exemplo, a cor dos olhos. 3/17/2017 17 • Ludvig Johannsen - botânico dinamarquês, fisiologista vegetal e geneticista. Em 1909 criou o termo gene • Em 1856 Mendel intuiu a existência do gene. • O genoma humano possui entre 20 000 e 25 000 genes. • Um gene é um segmento de DNA que leva à produção de uma cadeia polipeptídica – proteínas. • Inclui regiões que antecedem e que seguem a região codificadora • Sequências que não são traduzidas (íntrons) que se intercalam aos segmentos codificadores individuais (éxons), que são traduzidos. 3/17/2017 18 3/17/2017 19 • Genótipo - É a constituição gênica do indivíduo, isto é, são os genes que ele possui em suas células e que foram herdados dos seus pais. • Representado por letras. – Ex.: A, z, T, b ... • Fenótipo - São as características manifestadas por um indivíduo. • São características morfológicas, fisiológicas ou comportamentais. • É determinado pelo genótipo, mas pode ser modificado pelo ambiente. 3/17/2017 20 Biodiversidade • Então: • F = G + A • Ou seja: • Fenótipo é igual ao genótipo do indivíduo mais a ação do ambiente. • Ex.: cor de pele, textura do cabelo, tipo sanguíneo, etc. Parar aqui 3/17/2017 21 • Cariótipo • grego: cários, "nó" e , tipós "tipo“ • é o conjunto cromossómico ou a constante cromossómica diploide (2n) de uma espécie. • Representa o número total de cromossomas de uma célula somática (do corpo). • Cariótipo é o conjunto de cromossomas dentro de um núcleo de uma célula. • A representação do cariótipo – Cariograma - imagem dos cromossomas ou – Idiograma - esquema dos cromossomas 3/17/2017 22 Par sexual XX (F) e Par sexual XY (M) 3/17/2017 23 • Célula germinativa - haplóide – 23 cromossomos – 22 (autossomo) + 1 (sexual) • Resultado da meiose – Variabilidade genética – crossovers – Distribuição ao acaso de cromossomos – N haplóide de cromossomo/gameta • Resultado da Fertilização – Restauração do nº diplóide (46 • Cromossomos Homólogos – São cromossomos que apresentam genes para as mesmas características nas mesmas posições. – Presentes nas células somáticas – Um homólogo veio do pai e outro da mãe. 3/17/2017 24 Célula germinativa feminina Ovócito n Célula germinativa masculina Espermatozóide n Célula somática Zigoto 2n Tamanho do Pé Cor de Cabelo Tipo Sanguíneo Temperamento Tamanho do Pé Cor de Cabelo Tipo Sanguíneo Temperamento 3/17/2017 25 • Genes Alelos - Genes presentes nos mesmos locais nos cromossomos homólogos. P c IA a P C IB a Genes alelos 3/17/2017 26 • Homozigose • Os alelos presentes em um locus genético são idênticos. • Seres diplóides apresentam duas cópias de cada gene cada um em um cromossomo homólogo. • O indivíduo homozigoto apresenta dois alelos de um gene iguais, sejam eles genes dominantes ou recessivos. – Ex: AA, bb, ZZ, pp. Cromossomo 9 materno Cromossomo 9 paterno 3/17/2017 27 • Heterozigose • Ocorre quando dois alelos diferentes do mesmo gene em cromossomas homólogos. • Indivíduos que apresentam dois alelos diferentes de um gene são chamados heterozigotos. – Ex.: Aa, Bb, Pp, IA IB, Zz...... Cromossomo 9 materno Cromossomo 9 paterno b Heterozigoto 3/17/2017 28 • Dominância • Alelos que se expressam da mesma forma nas condições homozigótica e heterozigótica são chamados dominantes. – Ex: Indivíduos RR e Rr para o fator Rh são Rh+. • Recessividade • Alelos que não se expressam na condição heterozigótica são denominados recessivos. – Ex.: o alelo r, uma vez que um indivíduo rr é Rh-. 3/17/2017 29 • Gene Dominante – O caráter se expressa mesmo quando só está presente um alelo – Letra maiúscula • Gene Recessivo – O caracter só se expressa ou só produz a sua característica quando o seu alelo está presente nos dois pares de cromossomos homólogos - só se manifesta na ausência do gene dominante – Letra minúscula Aa Aa Aa aa aa aa (A) Alelo dominante (a) Alelo recessivo 3/17/2017 30 • Produção de Gametas • Que tipo de gametas um indivíduo Aa pode produzir? A a Ovogônia (2n) A a Gametas • Cruzamentos • A partir dos cruzamentos os geneticistas podem prever a transmissão dos genes em uma família. • É utilizado o “quadro de Punnett”. 3/17/2017 31 Gametas produzidos pelo pai Gametas produzidos pela mãe Descendentes 3/17/2017 32 3/17/2017 33 Como fazer um cruzamento? 1. Leia com cuidado o enunciado e faça uma legenda respondendo a pergunta: qual é a característica em questão? 2. Destaque qual característica é condicionada pelo gene dominante e qual é pelo gene recessivo. 3. Descubra qual é o genótipo dos pais (caso não tenha sido dito no problema). 4. Descubra quais tipos de gametas os pais podem produzir. Como fazer um cruzamento? 5. Coloque os gametas produzidos pelos pais no quadro de Punnett. 6. Faça o cruzamento. 7. Monte o genótipo. 8. Monte o fenótipo (a legenda te ajuda nesse passo) 9. Responda a questão. 3/17/2017 34 • Um homem normal dominante, filho de pai normal e mãe albina (recessiva), casou-se com uma mulher normal heterozigota. • Qual a probabilidade de nascerem filhos albinos nesse casamento? • Heredograma • É também chamado do pedigree ou genealogia. • Representa as relações de parentesco entre indivíduos. • Representa o padrão de certa herança em uma família. 3/17/2017 35 Símbolos Homem normal Mulher normal Homem afetado Mulher afetada Casamento Filhos Sexo indeterminado Gêmeos verdadeiros Gêmeos falsos ou dizigóticos Como montar um heredograma? Como fica esse heredograma? • Um homem normal, cujo pai era afetado e a mãe era normal, casa-se com uma mulher normal cujos pais também eram normais. Esse casal tem seis filhos: duas mulheres e um homem afetados, uma mulher normal, um homem e uma mulher afetados nessa ordem. 3/17/2017 36 Afetados Normais 3/17/2017 37 GAMETOGÊNESE Gametogênese masculina 3/17/2017 38 Espermatogênese • Sequência de eventos pelos quais as células germinativas primitivas se transformam em espermatozóides, • Início na puberdade – quando o organismo começa a secretar altos níveis de testosterona • Intensa produção até a velhice • Ocorre no interior dos túbulos seminíferos Espermiogênese E s p e rm a to c it o g ê n e s e 3/17/2017 39 GAMETOGÊNESEFEMININA 3/17/2017 40 – Produção de gametas (ovócitos) – Desenvolvimento embrionário e fetal – Produção de hormônios 2° mês: 600.000 oogônias 5° mês: 7 milhões 1°- 3° mês de vida embrionária AO NASCIMENTO meiose incompleta (ovócitos I em prófase I) FECUNDAÇÃO (ovócitos II completam a divisão meiótica) • Em RecemNascido = aprox 2 milhões de ovócitos I • Permanecem na adolescência = aprox 40 mil • Aprox 400 tornam-se ovócitos II OVULAÇÃO – PUBERDADE meiose incompleta (ovócitos II em metáfase II) 3/17/2017 41 Diferenças • Ovócito - célula grande imóvel / espermatozóide – microscópico altamente móvel • Ovócito maduro com abundante citoplasma / espermatozóide pouco • 2 tipos de espermatozóides normais (X e Y) / 1 tipo de ovócito secundário normal (X) • A espermatogênese é um processo contínuo (velhice) / ovogênese - ciclo reprodutivo da mulher (menopausa) • Espermatogênese → 4 espermatozóides / Ovogênese → 1 ovócito secundário Alguns milhões 300 mil Recém-nascida Puberdade 450 Liberados Ovócitos ANORMALIDADES NUMÉRICAS 2n = 46 (células somáticas); n = 23 (gametas) 3/17/2017 42 Acabou! Que pena!!!!
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