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1 Resumo O texto de Rostow e os estágios para o desenvolvimento propõe uma dinâmica de produção baseada na observação de sociedade realmete existente, nascido na Persia em 1916, foi historiador economico que buscava alternativa a teoria Marxista sobre os rumos do Capitalismo. Após a segunda guerra, os paises procuram acelerar o crescimento economico, aumentar a renda e diminuir a pobreza por meio de medidas de industrialização compulsória. Nessa perpectiva, o autor postula que, na análise da sociedade em geral para resolver o problema do determinismo econômico ao mesmo tempo tentar obter uma nova ordem capitalista em nivel nacional, assim a teoria Rostowiana aponta que, ao impulsionar o desenvolvimento para demais países. Buscava a introdução visualizando a sociedade com um todo entre seus componentes econômicos e não econômicos. Assim criou as cincos etapas do desenvolvimento de Rostow são: Sociedade Tradiciobal As precondições para o arranco ou a descolagem O arranco A marcha para a maturidade A era do consumo em massa Suas teorias foram alvos de muitas criticas por ter caracterizado o processo de modernização. O modelo Rostowiano serviu para a ideologia do progresso tomada por inúmeros países que passaram a se espelhar no padrão considerado desenvolvidos e ainda hoje a ideologia de Rostow permeia nas discussões sobre desenvolvimento, porém a teoria de Rostow tornou-se fragil na medida em que ela se revela muito ideológica do que cientifica. Ela aponta evidencias de um processo universal, embora ela possa ter produzido algum resultado positivo, fundamentalmente no que se refere ao crecimento econômico, os reflexos negativos foram o aumento do endividamento externo e o agravamento das disparidades sociais. 2 Com relação ao texto de Schumpeter, ele era considerado um dos maiores economistas de sua época e suas obras eram bem conhecidas. O economista apresenta em sua obra sobre a Teoria do desenvolvimento Econômico, que o processo de inovação é importantíssimo para o crescimento econômico, gerando assim mais empregos e mais renda, para ele o desenvolvimento é impulsionado pelo progresso técnico e seus projetos de inovação podem alavancar toda a economia, sendo que as novações constantes se tornam fundamentais para o desenvolvimento econômico e retorno totalmente produtivo. Em sua visão, o desenvolvimento é um fenômeno distinto, uma mudança que inova o meio econômico. Para ele, a inovação significa fazer as coisas diferentes no meio econômico. O progresso material está na inovação, e muitas vezes, alguns negócios por não realizarem inovações, acabam por abrirem falência. Tudo que é inovador consegue ir além das chamadas concorrências. Schumpeter coloca que o empreendedor ao criar suas inovações, pode ser imitado por vários não inovadores que buscam se apropriar da criatividade alheia para terem sucesso, e assim competirem no novo cenário econômico, pois a chance de sobrevivência do empreendedor é a inovação, e essa inovação acarreta no aumento do emprego e a elevação na capacidade de financiamento das empresas. O deslocamento no equilíbrio original acarretado pelas inovações leva a destruição das condições passadas e assim os levam a criações de novas produções chamando-as de DESTRUIÇÃO CRIATIVA. O autor destaca o papel do empreendedor que procura a inovação como meio de sobrevivência econômica. De acordo com Schumpeter, o empresário não assume os riscos na procura da inovação, pois quem concede o credito são os capitalistas como os agentes da inovação, por sua vez concedem empréstimos para assim viabilizar a ação do empresário. Porém, a chave da longevidade dos empreendedores é o crédito barato, e os mesmos tornam-se financistas, rigorosos com relação ao risco e atentos às novas oportunidades e de novos negócios. No modelo Schumpeteriano existem as chamadas ONDAS DE DESENVOLVIMENTO, onde se coloca que o desenvolvimento não se produz de maneira uniforme no tempo, mas sim por meio de ondas de surtos inovadores, 3 levando a indicadores econômicos altos e mais empregos, ligados a introdução de novos processos e identificando quatro fazes nesse mesmo, eles são: Ascenção, recessão, depressão e por final a recuperação. Este que pode ser expandido por longas datas e em diferentes momentos históricos. Então, a grande contribuição de Schumpeter para o processo de desenvolvimento econômico foi determinar os limites à relação existente entre o nível de investimento explicado pelo movimento inovador, e assim, transformar- se em prosperidade, empregos, renda, além do estabelecimento de um novo paradigma no meio sócio econômico e empresarial. Com base no texto de Celso Furtado verifica-se que ele traz suas significativas contribuições relacionadas a economia política do desenvolvimento Latino americano, sendo ele alguém muito comprometido com a luta pela superação da dependência e da democratização Latino-americana. O autor em apreço tinha o objetivo de entender as mazelas do subdesenvolvimento na América Latina, as possibilidades de superação e reformar o capitalismo. Desse modo Celso Furtado e outros autores intelectuais vinculados à Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (CEPAL), sentia a necessidade de interpretar e analisar o processo econômico dos países centrais (periféricos) levando em consideração as características históricas de formação social dessas economias. Sendo assim, realizam uma análise periférica, considerando suas diferenças e suas distintas formas de se inserir no sistema capitalista global. Os autores se apoderaram de diferentes determinantes teóricos como: o Marxismo, Keynesianismo, Estruturalismo para dar existência a um método estruturalismo histórico e um conjunto de conceitos e categorias analíticas como relações centro-periferia, subdesenvolvimento, heterogeneidade estrutural, padrões de desenvolvimento desigual para servir de base para uma consistente construção analítica O autor busca entender porque o Brasil é tão atrasado, sendo que é um país que possui tanta riqueza e recursos, sendo assim pode-se dizer que a apropriação desigual da riqueza é algo que está totalmente ligado a mais valia absoluta e relativa inerente a exploração da força de trabalho pois, a riqueza é 4 gerada da matéria prima e se acumula a partir da detenção do poder, ou seja, de quem possui os meios de produção e sobre tudo da força de trabalho. De acordo com o que foi exposto, pode-se dizer que o autor Celso Furtado trouxe uma vasta contribuição teórica de intervenção a partir da análise sobre o Brasil e a América Latina. Sendo que é relevante mencionar que os países não estão na mesma condição pois a realidade é totalmente antagônica na medida em que há países desenvolvidos e subdesenvolvidos. Dessa forma parte da explicação para reprodução do subdesenvolvimento pode ser encontrada nas relações desiguais entre o centro e a periferia. Furtado, destaca como componente na interpretação do subdesenvolvimento a dimensão cultural. Cabe ressaltar, que existe uma relação de dependência histórica e cultural, porém isso está agregado desde quando fomos colonizados, reproduzindo formas de pensar, agir e de nos portarmos em determinadas situações, muitas vezes reforçando o chamado “jeitinho brasileiro”. Mas o autor concede importância à dimensão cultural como fator decisivo na mudança social, ou seja, no processo de desenvolvimento. Dessa forma crescimento econômico não é capaz de gerar desenvolvimento sozinho se este não tiver o acompanhamento de uma mudança no âmbito dos valorese da cultura. No texto sobre a teoria de desenvolvimento percebe-se que a mesma surgiu com o objetivo de identificar os grandes obstáculos que surgiram com a modernidade e a industrialização, porém a mesma entrou em crise, e em consequência disso surgiu a teoria da dependência. A teoria da dependência surgiu na tentativa de explicar o desenvolvimento socioeconômico, a partir da fase de industrialização. Ela relaciona a economia dos países centrais e os países periféricos, na qual os países centrais obtêm o centro da economia mundial e os países periféricos ficam dependentes da economia dos países centrais, e com ela surgiram duas correntes teóricas, a Weberiana e a Marxista. 5 A visão Weberiana da dependência tem seu surgimento com uma crítica a Teoria da Desenvolvimento. Sendo que Fernando Henrique Cardoso e Enzo Faletto trazem suas teorias em relação às importações e projeto. Em suas concepções sobre o desenvolvimento econômico nos países periféricos dependia do sistema produtivo, sendo que os problemas sociais não teriam uma solução efetiva e sua liberdade sobre a política e a economia. Contudo a modernidade caminhava a passos lentos, deixando o tradicional entrar em um processo de característico dos países desenvolvidos. Houve tentativa da integração social das classes e grupos condicionantes preparando uma análise. Visto que o processo de modernização, teve fatores externos e internos que levaram a sua aplicação. O interesse material tem como característica o surgimento socioeconômico, sendo que com os grupos e classes o interesse também se mostrar como dominação. A política compõe o processo econômico como processos sociais. A formação as classes se apresenta como dominantes e dominadas e submissão da periferia deixa claro que os grupos externos demonstravam interesse como a dominação, e assim as classes ficam visível a sua divisão. Assumindo assim, um papel importante na política. O desenvolvimento seria concentrado, onde o Estado tendo uma gestão contraditória com os agentes internacionais. A burguesia teve como fator a transferência para o capital externo, liderando os produtores de bens primários e de consumo não-duráveis. A distribuição de renda não é feita como deveria visto que a precarização na distribuição de renda onde o trabalho é oferecido valores abaixo de sua mão de obra, mais o trabalho é se apresenta como forte detentor de capital e exploração da classe trabalhadora. A teoria Marxista refere –se a super exploração da força de trabalho e relações desiguais entre a classe burguesa e a do proletariado, ou seja, os exploradores e explorados. O desenvolvimento do capital é baseado na exploração absoluta e na exploração relativa, na qual a mais –valia absoluta consiste na intensificação do ritmo de trabalho, aumentando a jornada de trabalho dos trabalhadores, com objetivo de aumentar a produção e o acumulo do capital. E a mais-valia relativa é referente ao avanço cientifico, ou seja, o 6 aumento da produção por meios tecnológicos para acelerar o processo de produção e aumentar a quantidade de mercadoria produzida, no qual os trabalhadores passam a ser substituídos pelas maquinas tecnológicas, resultando na melhoria de processo de trabalho e aumentando a produção em tempo mínimo. Portanto, o subdesenvolvimento em que o autor Mauro Marine se relaciona é exatamente a ausência de desenvolvimento, pois o que ocorre é a relação de subordinação entre as nações, no qual os países centrais dominam economicamente os países periféricos. E isso resulta no uso de nossos territórios e de nossas economias para expansão do mercado exterior, na apropriação dos nossos recursos naturais para acumulação do capital externo, nas relações sociais desiguais, na intensificação do processo de trabalho e no aumento do capital apenas para a classe dominante. Com base no texto sobre a teoria do desenvolvimento desigual e combinado, Segundo Michael Lowy é interessante não apenas por sua contribuição à reflexão sobre o imperialismo, mas também como uma das tentativas de romper com o evolucionismo, a ideologia do progresso linear e o euro-centrismo. Neste texto não se trata de formas pertencentes a modos de produção diferente, mas ramos distintos da produção. Portanto o tipo de dominação que o capital exerce nas formações sociais onde subsistem relações pré-capitalistas, para Marx- é uma tentativa de explicar estas ‘’modificações” e, por consequência, de dar conta da lógica das contradições econômicas e sócias dos países do capitalismo periférico ou dominados pelo imperialismo. O que distingue, do ponto de vista metodológico, o marxismo de Trotsky daquele dominante na Segunda Internacional é, antes de tudo, a categoria da totalidade – segundo Lukács, o princípio revolucionário por excelência no domínio do conhecimento. Isto é o ponto de partida, já sugerido num escrito de junho de 1905, era este: Ligando todos os países entre as pelo seu modo de produção e seu comércio, o capitalismo faz do mundo inteiro um só organismo econômico e político. A formação social russa era tomada como 7 um subconjunto periférico do capitalismo mundial, que formava, de forma determinante, sua estrutura econômica. A análise não é somente econômica, mas também social e cultural todos os estágios da civilização desde a selvageria primitiva das florestas setentrionais onde alimentavam-se de peixe de mandiocas onde alimentavam-se de peixe cru e faziam suas preces diante de um peço de madeira, até as novas condições sociais da vida capitalista, onde o operário socialista se considera como participante ativo da política mundial. O capital europeu criou a indústria russa em algumas dezenas de anos e está por sua vez criou as cidades modernas, no interior da quais as funções essenciais da produção são asseguradas pelo proletariado. Desenvolvimento social e econômico conhecem uma mudança qualitativa o capitalismo (...) preparou e, num certo sentido, realizou a universalidade e a permanência do desenvolvimento da humanidade. Por isto está excluída a possibilidade de uma repetição das formas de desenvolvimento de diversas nações. A desigualdade do ritmo, que é a lei mais geral do processo histórico, manifesta-se com o máximo de vigor e de complexidade no destino dos países atrasados. Desta lei universal da desigualdade dos ritmos decorre uma outra lei que, na falta de uma denominação mais apropriada, chamaremos lei do desenvolvimento combinado, no sentido da reaproximação de diversas etapas, da combinação de fases distintas, do amálgama de formas arcaicas com as mais modernas. Conclui-se a combinação das formas tradicionais de economia, de família e de ritos com as novas relações econômicas e sociais impostas pelo capitalismo, ela mostra como as mulheres tentam combinar a sua participação no regime assalariado moderno com formas de resistência ‘’tradicionalista’’ ao desenvolvimento do capitalismo que subverte o sistema matrilinear tradicional. O texto Por uma política nacional de desenvolvimento regional traz a história do desenvolvimento industrial no Brasil no sec. XX, quando surgiu no pais as primeiras fabricas e se instaurou o modo de produção capitalista, uma 8 vez que o Brasil ainda era constituído de modo rural, escravocrata e primário exportador. Embora, o país seja vasto em seu espaço territorial a priori o desenvolvimento na era industrial deu se predominantemente na região Sudeste. Onde concentrava mais de 80% das atividades industriais no Brasil na década de 70, dando destaque ao estado de São Paulo que produzia 58% da produçãoindustrial brasileira. Pouco a pouco essa concentração de industrias foram se dissipando e migrando para as outras regiões brasileiras. Com a descentralização das regiões, no mercado industrial, ocorre o crescente diferencialmente entre as macrorregiões brasileiras que resultou em uma espécie de diferenciação do espaço nacional dando surgimento as chamadas ‘ilhas da prosperidade’ como disse o autor PACHECO 1998. Já no contexto mundial, o mercado econômico nos anos 90 sofre por grandes mudanças, onde pode se destacar uma política de abertura comercial interna, a priorização integrada competitiva, reformas mais profundas na ação do Estado e implantações de programas de estabilização, com o avanço das medidas para a descentralização espacial, o setor econômico visava favorecer o forte exportador, mudanças tecnológicas para a redução de custos de investimentos, e isso tudo com o apoio de Estado. Em contrapartida da descentralização, havia um grupo que atuava no sentido da concentração de investimentos, nas já dinâmicas e competitivas regiões do pais, visando a melhor a melhor oferta de recursos humano qualificado, proximidade com outros centros de produção de conhecimento e tecnologia e a infraestrutura econômica. Investimentos tanto do setor público quanto de setor privado são de grande importância para todas as regiões em desenvolvimento, porem cerca de 60% dos investimentos previstos para o setor econômico industrial do ano de 2000 eram destinados a região Sudeste, quanto para as demais regiões apenas lhe cometia uma pequena parcela dos investimentos onde a região Norte ficara com 4,5%e no Nordeste mais especificamente a Bahia ficaria com 9% de investimentos para seu desenvolvimento. Isso porque ao especialista fazem estude de relevância de investimentos que pesam na hora de decidir a quem favorecer. 9 No contexto atual, o ponto de partida deverá constituir se na definição urgente de uns lócus de discussão da questão regional brasileira. O que se propõem, de saída é a criação de um Conselho Nacional de Políticas Regionais, presidido pelo Presidente da República. Esse local de decisão seria integrado por representantes do governo e do parlamento, com a participação também de representantes não governamentais, afim de serem tomadas decisões mais relevantes que digam respeito ao se tratar de questões regional brasileira; Dando continuidade ao processo de desenvolvimento econômico, o texto sobre o globo e o regional se define por grandes projetos desigualdades regionais e lutos sociais no Maranhão passado 30 anos da instalação do projeto Grande Carajás, o Maranhão conceituado um dos Estados mais pobres do Brasil, mostrando indicadores Sociais baixíssimo, mais altos índices de concentração de terras, riquezas e poder político. No final dos anos 1960, com a promulgação da lei de terras instituída entre 1966 e 1970 pelo governo Sarney estabeleceu-se um vigoroso mercado regional de terra, responsável por um conjunto de transformações nas relações Sociais no Campo, onde foram atraídos vários grupos econômicos de dentro e fora do Estado, onde houve confrontos entre trabalhadores e latifundiários. Pois a violência da grilagem cartorial foi um mecanismo de expropriação, no qual o produto da pequena unidade camponesa passou a morar entre as rodovias e as cercas de arame farpado e se completou com a criação de gado na baixada maranhense. No entanto foi criado novas categorias como a companhia maranhense de colonização-COMARCO (1971) que tinha como tarefa promover as negociações de terras no mercado regional, onde tinha como propósito ocupar racionalmente as terras improdutivas e devolutas do Estado. No plano político foi criado o SUDEMA que se tornou o espaço de convergência das várias ações do governo por meio de infraestrutura moderna “transporte, construção de porto e modernização da estrutura fundiária” O maranhão em negociata foi o processo a partir do qual a grilagem assentou o pé no Estado do Maranhão. Com o esgotamento do milagre econômico (1973) o Maranhão voltava a se integrar na estratégia dos militares 10 para solucionar as crises brasileiras, através da movimentação do padrão de industrialização. No qual o polo industrial do Programa Grande Carajás era localizado: São Luís, Polo Barcarena, Paragominas, Carajás, Tucuruí, Marabá, São Félix, tinha o propósito de mudar o eixo dinâmico da economia de bem de consumo duráveis para os setores de bens de intermediários. Com o fortalecimento das empresas nacionais, ampliando o setor produtivo estatal, sobre o comando do sistema Eletrobrás, Petrobrás e suas subsidiárias. Onde o centro decisório estava o Conselho de Desenvolvimento Econômico ( CDE ) teve o ll PND que estabeleceu um amplo programa centrado na substituição de importações de bens intermediários. O Projeto Grande Carajás, foi pensado naquela conjuntura, como estratégia de Salvação Nacional, condicionado a realização de grandes investimentos públicos, coordenados pelo tripé capital estatal e capital privado nacional e privado internacional. Durante toda a década de 1970 o ocorreu a chamada integração econômica dessas regiões a economia nacional, através de grandes projetos, num momento em que a economia mundial vivenciava uma fase de declínio, marcado pela estagnação econômica, no qual o esforço de desenvolvimento integrado, voltados para espaços econômicos regionais articula-se a uma demanda do Capital internacional. O programa Grande Carajás foi uma proposta formulada autoritariamente, sem qualquer participação da sociedade Brasileira. A proposta preliminar da companhia Vale do Rio Doce ( CVRD) a Amazônia Oriental, foi um projeto nacional de expansão, concebido como instrumento de política econômica para resolver os problemas do endividamento externo dos País, onde em 24 de novembro de 1980, o decreto Lei 1.813, criou o Conselho Interministerial do Programa Grande Carajás. No qual o objetivo do programa Carajás era atrair investimento de grandes empresas multinacionais, funcionando como a fonte geradora de divisas, para fazer o equilíbrio do balanço de pagamento em meio de uma conjuntura marcado pelo refluxo dos créditos internacionais. Em dezembro de 1980, o programa grande Carajás foi aprovado pelo governo brasileiro através do Decreto Lei 1.813. Já em 1974 a AMZA se instalou em São Luís. A área de referência abrangendo cerca de 2.221 hectares, regime de aforamento, a Amazônia mineração pelo governo federal. A década de 1980 foi, 11 portanto de redefinição da economia maranhense no processo de acumulação capitalista. De produtora de alimento a economia local passava a ser produtora de divisas, o programa Carajás teve a implantação do consórcio ALCOAS.A/Billington Metais S.A, para a industrialização da bauxita. Se tratando das nobres formas de acumulação no espaço regional, 1985 teve a inauguração da estrada de ferro Carajás e expansão capitalista do Maranhão, transformações sócio econômica, ambientais e espaciais e diferentes processos de ocupação e disputa pela posse da propriedade da terra. Onde no município de São Luís o distrito industrial é composto entre outras empresas pela Alumar - (ALACOA). O autor Davi Pereira aponta a sequência de atos ilegais, como a destruição dos marcos tradicionais, devastação das áreas de plantio, abertura ilegal de estradas no qual ao privilegiarem o mercado de commodities, operam no sentido da acumulação de lucros numa escala sempre mais ampliada incorporando regiões ricas em recursos naturais. Portanto vale ressaltar que o Maranhão continua sendo um dos estados mais pobres do Brasil, ostentando indicadores sociaisbaixíssimos e altos índices de concentração de terras, riquezas e poder político. 12 Referências ARAÚJO, Tânia Bacelar de. Por uma Política Nacional de Desenvolvimento regional, p. 144-161. BARBOSA, Zulene Muniz. O global e o regional: a experiência de desenvolvimento do Maranhão contemporâneo. São Luís – MA, p. 113-128. CARUSO, Cíntia de Oliveira; NIEDERLE, Paulo; PIVOTO, Dieisson. Shumpeter e a teoria do desenvolvimento econômico, p.17-27. CASSOL, Abel; NIEDERLE, Paulo. Celso Furtado e a economia política do desenvolvimento latino-americano, p. 28-36. CONCEIÇÃO, Ariane Fernandes da; OLIVEIRA, Cintia Gonçalves de; SOUZA, Dércio Bernardes de. Rostow e os estágios para o desenvolvimento, p.11-16. DUARTE, Pedro Henrique Evangelista; GRACIOLLI, Edílson José. A teoria da dependência: interpretações sobre o (sub) desenvolvimento na américa latina, p. 1- 10. LÖWY, Michael. A teoria do desenvolvimento desigual e combinado. Paris, França, p. 73-80, 1998.
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