SUCESSAO ecologica

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA FLORESTAL
DISCIPLINA: ECOLOGIA FLORESTAL A
ASSUNTO
 SUCESSÃO ECOLÓGICA
INTRODUÇÃO	
	AS UNIDADES BIOLÓGICAS DAS MAIS SIMPLES PARA AS MAIS COMPLEXAS 
ESTÃO EM AJUSTES CONSTANTES ENTRE SI E COM O AMBIENTE.
2. DEFINIÇÕES
2.1. CLEMENTS (1916)
 “SEQUÊNCIA DE COMUNIDADES DE PLANTAS MARCADAS POR MUDANÇAS
	 DE FORMAS DE VIDA DE SIMPLES PARA COMPLEXAS.”
2.2. BEGON (1996)
 “PADRÃO DE COLONIZAÇÃO E EXTINÇÃO PROMOVIDO POR POPULAÇÕES
 DE ESPÉCIES EM UMA DETERMINADA ÁREA
LOGO:
SUCESSÃO ECOLÓGICA É A
SUBSTITUIÇÃO ORDENADA ENTRE COMUNIDADES INSTÁVEIS CULMINANDO COM 
O ESTABELECIMENTO DE COMUNIDADES ECOLOGICAMENTE SUPERIOR ESTÁVEL
3. ORIGEM
 3.1. CLEMENTS (1916)
	 A SUCESSÃO DECORRE DA:
 AÇÃO
	HABITAT (CLIMA, SOLO, OROGRAFIA) CONDICIONA A BIOCENOSE
 REAÇÃO
	 BIOCENOSE (BIOTA) INFLUI E MODIFICA O HABITAT.
 PODE SER:
MODIFICADORA 
	GERAÇÃO DE MICROCLIMAS FAVORÁVEIS PARA A BIOCENOSE POR 
 AÇÃO DE INDIVÍDUOS DOMINANTES
 EDIFICADORA
	RESÍDUOS ACUMULADOS POR ANIMAIS E VEGETAIS FORMANDO
 A NECROMASSA
 DESTRUIDORA
 A BIOCENOSE DESTROI O HABITAT (CUPINS SUBTERRÂNEOS)
 COAÇÃO
 INTERAÇÃO BENÉFICA OU MALÉFICA ENTRE ORGANISMOS DA
 COMUNIDADE (SUCESSÃO BIOLÓGICA) 
4. CARACTERÍSTICAS
 AUMENTA A DIVERSIDADE DE ESPÉCIES E A COMPLEXIDADE ESTRUTURAL 
 E FUNCIONAL DO ECOSSISTEMA
 AUMENTA A BIOMASSA (FITOMASSA E ZOOMASSA)
 IMPLEMENTA DIFERENTES ESTÁGIOS DA SUCESSÃO:
 INICIAL = ATIVIDADE AUTOTRÓFICA > QUE HETEROTRÓFICA: P/R>1
 CLIMÁCICO = ATIVIDADE AUTOTRÓFICA EQUILIBRADA COM A 
 HETEROTRÓFICA: P/R = 1 
 REDUZ A VARIABILIDADE DAS CONDIÇÕES AMBIENTAIS
5. CLASSIFICAÇÃO
5.1. QUANTO ÀS FORÇAS DIRECIONAIS QUE REGEM O PROCESSO SUCESSIONAL
5.1.1. AUTOGÊNICAS
 SUCESSÃO CONDICIONADA POR PROCESSOS BIOLÓGICOS INTERNOS REPETIDOS 
 DENTRO DO SISTEMA, RESULTA DO PROCESSO DE COAÇÃO ESTABELECIDO 
 PELAS POPULAÇÕES QUE ESTRUTURAM A BIOCENOSE.
5.1.2. ALOGÊNICAS
 SUCESSÃO CONDICIONADA POR FORÇAS EXTERNAS AO SISTEMA (INCÊNDIOS, 
 TEMPESTADES, INUNDAÇÕES, PROCESSOS GEOLÓGICOS...) 
 5.1.2.1. SUCESSÃO CLIMÁTICA
	DECORRE DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS ALÉM DOS LIMITES DE
 TOLERÂNCIA DA COMUNIDADE
5.1.2.2. SUCESSÃO FISIOGRÁFICA
 RESULTA DAS ALTERAÇÕES QUE OCORREM NA SUPERFÍCIE DA TERRA
 (INUNDAÇÕES, VULCANISMOS... )
5.1.2.3. SUCESSÃO GEOLÓGICA
 OCORRE EM FUNÇÃO DAS ERAS GEOLÓGICAS 
5.2. QUANTO À NATUREZA DO SUBSTRATO 
5.2.1. SUCESSÃO PRIMÁRIA (PRISSERE) 
 INICIAM-SE EM ÁREAS ESTÉREIS NÃO PREVIAMENTE OCUPADAS POR
 ORGANISMOS: AFLORAMENTOS ROCHOSOS, AREIA, ARGILA, ÁGUA, 
 LAVA VULCÂNICA RECÉM SOLIDIFICADA
 
5.2.2. SUCESSÃO SECUNDÁRIA (SUBSERE)
 INICIA-SE EM AMBIENTES CUJA COMUNIDADE FOI ELIMINADA PARCIAL OU 
 TOTALMENTE POR INCÊNDIOS, INUNDAÇÕES, DESMATAMENTOS, MUDANÇAS
 GLACIAIS...PORTANTO, CONTENDO MATÉRIA ORGÂNICA VIVA E/OU MORTA.
 (CLAREIRAS, ÁREAS DESMATADAS, FUNDOS EXPOSTOS DE COLEÇÕES HÍDRICAS)
5.2.3. SUCESSÃO AUTOTRÓFICA
 INICIA-SE PELOS SERES AUTÓTROFOS EM LOCAIS INORGÂNICOS
 (LIQUENS EM ROCHAS NUAS) 
5.2.4. SUCESSÃO HETEROTRÓFICA
 INICIA-SE EM LOCAIS ORGÂNICOS (RIO POLUÍDOS OU RESTOS DE
 PLANTAS E ANIMAIS). BIOMASSA ELEVADA NO INÍCIO DA SUCESSÃO, 
 DECLINANDO NO PROCESSO EVOLUTIVO.
 ESTABILIDADE ALCANÇADA COM ADICIONAMENTO DE MATÉRIA ORGÂNICA OU
 INSTALAÇÃO DE AUTOTRÓFICOS.
5.2.4. SUCESSÃO HETEROTRÓFICA
 INICIA-SE EM LOCAIS ORGÂNICOS (RIOS POLUÍDOS OU RESTOS DE
 PLANTAS E ANIMAIS). BIOMASSA ELEVADA NO INÍCIO DA SUCESSÃO, 
 DECLINANDO NO PROCESSO EVOLUTIVO.
 ESTABILIDADE ALCANÇADA COM ADICIONAMENTO DE MATÉRIA ORGÂNICA OU
 INSTALAÇÃO DE AUTOTRÓFICOS.
5.3.1. DINÂMICA DA SUCESSÃO
 MUDANÇAS DOS ELEMENTOS ABIÓTICOS (CLIMÁTICOS/
 EDÁFICOS) E BIÓTICOS (INIMIGOS NATURAIS E CAPACIDADE 
 COMPETITIVA DAS ESPÉCIES) PROMOVEM EVOLUÇÃO DA SERE
PIONEIRAS
COMUNIDADES 
PIONEIRAS (ECESIS):
INICIAM A SUCESSÃO 
SERAIS
COMUNIDADES INTERMEDIÁRIAS 
 TEMPORÁRIAS (INSTÁVEIS)
CLÍMAX
ENCERRAMENTO RELATIVO DA SUCESSÃO,
 INDICA: 
INDICA MATURIDADE DO ECOSSISTEMA;
ESTABILIDADE DA BIOCENOSE;
 INDIVÍDUOS SENIS MORREM,
 CEDENDO LUGARES PARA PROGÊNIES
5.3. ESTÁGIOS
SUBSTRATO ABERTO
VARIABILIDADE DAS CONDIÇÕES AMBIENTAIS
 COMPLEXIDADE ESTRUTURAL E 
 FUNCIONAL DO ECOSSISTEMA
ORGANISMOS SE ESTABELECEM
NOVOS ORGANISMOS SE ESTABELECEM
PIONEIROS
SERAIS
 ALTERAÇÕES NAS CONDIÇÕES AMBIENTAIS
ESTABILIZAÇÃO DA COMUNIDADE
 E DAS CONDIÇÕES DO MEIO
CLÍMAX
18
5.3.1.1. TIPOS DE CLÍMAX
CLIMÁTICO OU MONOCLÍMAX (CLEMENTS, 1916, 1936)
 COMUNIDADE EM EQUILÍBRIO COM O CLIMA REGIONAL, 
 DEFININDO UM CLÍMAX REGIONAL ÚNICO 
MATA DE TERRA FIRME
MATA ATLÂNTICA
19
POLICLÍMAX (TANSLEY, 1935) 
 REGIÃO COM DIFERENTES TIPOS DE SOLOS APRESENTAMPASTEJO ANIMAL
 
 E FOGO , VARIA DE ACORDO COM A DIVERSIDADE AMBIENTAL
DISCLÍMAX
 SITUAÇÃO EM QUE A COMUNIDADE É ESTRUTURALMENTE IMPEDIDA
 POR ALGUM FATOR AMBIENTAL ALCANÇAR O CLÍMAX VERDADEIRO. 
 EXEMPLOS: 
 FOGO SAZONAL NO CERRADO INIBINDO QUE A BIOCENOSE
 EVOLUA PARA UMA VEGETAÇÃO MAIS DENSA DE INDIVÍDUOS ARBÓREOS
ETAPAS
PB
PL
BIOMASSA
BIODIVERSIDADE
ECESIS
PEQUENA
ELEVADA
PEQUENA
PEQUENA
SERAIS
AUMENTA
DIMINUI GRADUALMENTE
AUMENTA GRADUALMENTE
AUMENTA GRADUALMENTE
CLÍMAX
ELEVADA
PEQUENA
ELEVADA
ELEVADA
5.3.2. VIAS DA SUCESSÃO
SUCESSÃO
PRISSERE
SUBSERE
ORIGEM
HIDROSSERE
HALOSSERE
LIMNOSSERE
XEROSSERE
LITOSSERE
PSAMOSSERE
EM FLORESTA
EM LAGO RECÉM FORMADO
EM DUNAS DE AREIA
NUDAÇÃO, MIGRAÇÃO E ECESIS:
FORMAÇÃO DO NOVO
SUBSTRATO E IMPLANTAÇÃO
DAS ESPÉCIES PIONEIRAS
CONCORRÊNCIA E REAÇÃO:
COMUNIDADE PIONEIRA É SUBSTITUÍDA POR ESPÉCIES INTERMEDIÁRIAS, GERANDO ALTERAÇÕES NO AMBIENTE E PROPICIANDO A IMPLANTAÇÃO DAS ESPÉCIES TARDIAS. SÃO SERES DE TRANSIÇÃO
ESTABILIZAÇÃO:
O MEIO ATINGE A COMUNIDADE
CLÍMAX. O ECOSSISTEMA ATINGE
SEUS EQUILÍBRIO. 
 VARIABILIDADE DAS CONDIÇÕES AMBIENTAIS
 COMPLEXIDADE ESTRUTURAL E FUNCIONAL DO ECOSSISTEMA
VIAS DA SUCESSÃO ECOLÓGICA
 C
23
PIONEIRAS
SECUNDÁRIAS INICIAIS
SECUNDÁRIAS TARDIAS
CLÍMACES
IDADES DAS COMUNIDADES (ano)
1 - 3
5 - 15
20 - 50
> 100
ALTURA (m)
5 - 8
12 – 20
20 - 30
30 – 45
Nº DE ESPÉCIESMADEIREIRAS
1 - 5
1– 10
30- 60
> 100
COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA
EUPHORBIACEA,Cecropia,Ochroma,Trema
Cecropia,Ochroma,Trema,Heliocarpus
MISTURADA PREDOMINANDOMELIACEA, BOMBACACEAE, TILIACEAE
MISTURADA
DISTRIBUIÇÃO NATURAL
MUITA AMPLA
MUITO AMPLA
AMPLA
RESTRITA
NÚMERO DE ESTRATOS
UM, MUITO DENSO
DOIS,BEM DIFERENCIADOS
TRÊS, FACILITANDO A DIFERENCIAÇÃOCOM O TEMPO
QUATRO A CINCO, DIFÍCIL DE DIFERENCIAR
DOSSEL
HOMOGÊNEO, DENSO
RAMOS VERTICULADOS, COPAS FINAS E HORIZONTAIS
HETEROGÊNEO
FORMAS DASCOPAS MUITO VARIÁVEIS
ESTRATOINFERIOR
DENSO, EMARANHADO
DENSO, MUITO HERBÁCEOS
RELATIVAMENTE RARO
RAROS, COM ESPÉCIES TOLERANTES
CRESCIMENTO
MUITORÁPIDO
MUITO RÁPIDO
RÁPIDO, OUTROS LENTOS
LENTO OU MUITO LENTO
LONGEVIDADE (ANO)
MUITO CURTA, ABAIXODE 10
CURTA DE 10 – 25
NORMALMENTE ENTRE 40 - 100
MUITO LONGA DE 100 A 1000
TOLERÂNCIA
MUITOINTOLERANTE
MUITO INTOLERANTE
TOLERANTENO ESTÁGIO JUVENIL, DEPOIS INTOLERANTE
TOLERANTE, EXCETO NO ESTÁGIOADULTO
REGENERAÇÃO
MUITO RARA
PRATICAMENTE AUSENTE
AUSENTE OU ABUNDANTE,COM GRANDE MORTALIDADE NOS PRIMEIROS ANOS
ABUDANTE
DISSEMINAÇÃO DE SEMENTES
PÁSSAROS, MORCEGOS EVENTOS
PÁSSAROS,MORCEGOS E VENTOS
PRINCIPALMENTE VENTOS
GRAVIDADE,PÁSSAROS, ROEDORES E MAMÍFEROS
MADEIRA E FUSTE
MUITO LEVE,PEQUENO DIÂMETRO
MUITOLEVE, DIÂMETRO ABAIXO DE 60 cm
LEVEA MEDIAMENTE PESADA, ÀS VEZES FUSTES MUITO GROSSOS
PESADOS,FUSTES GROSSOS
TAMANHO DAS SEMENTES
PEQUENAS
PEQUENAS
PEQUENAS A MÉDIAS
GRANDES
VIABILIDADEDE SEMENTES
LONGA,LATENTE NO SOLO SEMPRE VERDES
LONGA, LATENTE NO SOLO
CURTA A MÉDIA
CURTA
FOLHAS
SEMPRE VERDES
SEMPREVERDES
MUITO DECÍDUAS
SEMPRE VERDES
EPÍFITAS
AUSENTES
POUCAS
MUITAS,MAS POUCAS ESPÉCIES
MUITAS ESPÉCIES E FORMAS DE VIDA
CIPÓS
ABUNDANTES, HERBÁCEOS
ABUNDANTES, HERBÁCEOS
ABUNDANTES, ALGUNS COMPRIDOS
ABUNDANTES,COMPRIDOS
ARBUSTOS
MUITOS, MAS POUCAS ESPÉCIES
RELATIVAMENTYE ABUNDANTES, MAS POUCAS ESPÉCIES
POUCOS
POUCO EM NÚMERO, MAS MUITAS ESPÉCIES
GRAMÍNEAS
ABUNDANTES
ABUNDANTES OURARAS
RARAS
RARAS
FONTE:Budowski(1965)