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Aulas 03 a 05

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DIREITO PREVIDENCIÁRIO 
Dir. Previdenciário – Começando do Zero 
Frederico Amado 
1 
SEGURADOS DO RGPS, FILIAÇÃO E 
INSCRIÇÃO 
 
 
Vale salientar que a regra é a adoção do 
Princípio da Territorialidade da Filiação, ou 
seja, quem exercer atividade laborativa 
remunerada no território do Brasil e não for 
servidor público efetivo ou militar vinculado a 
RPPS, será segurado obrigatório do RGPS. 
 
Contudo, há hipóteses legais que serão vistas 
em que pessoas que trabalham no Brasil não 
serão seguradas do RGPS, bem como existirão 
segurados obrigatórios do RGPS trabalhando 
fora do país. 
 
SEGURADOS OBRIGATÓRIOS DO RGPS 
ARTIGO 11, LEI 8213/91. 
 
Empregado (art. 11, I, da Lei 8.213/91) 
 
a) aquele que presta serviço de natureza 
urbana ou rural à empresa, em caráter não 
eventual, sob sua subordinação e mediante 
remuneração, inclusive como diretor 
empregado; 
 
b) aquele que, contratado por empresa de 
trabalho temporário, definida em legislação 
específica, presta serviço para atender a 
necessidade transitória de substituição de 
pessoal regular e permanente ou a acréscimo 
extraordinário de serviços de outras empresas; 
 
c) o brasileiro ou estrangeiro domiciliado e 
contratado no Brasil para trabalhar como 
empregado em sucursal ou agência de 
empresa nacional no exterior; 
 
 
d) aquele que presta serviço no Brasil a missão 
diplomática ou a repartição consular de carreira 
estrangeira e a órgãos a ela subordinados, ou 
a membros dessas missões e repartições, 
excluídos o não-brasileiro sem residência 
permanente no Brasil e o brasileiro amparado 
pela legislação previdenciária do país da 
respectiva missão diplomática ou repartição 
consular; 
 
e) o brasileiro civil que trabalha para a União, 
no exterior, em organismos oficiais brasileiros 
ou internacionais dos quais o Brasil seja 
membro efetivo, ainda que lá domiciliado e 
contratado, salvo se segurado na forma da 
legislação vigente do país do domicílio; 
 
f) o brasileiro ou estrangeiro domiciliado e 
contratado no Brasil para trabalhar como 
empregado em empresa domiciliada no 
exterior, cuja maioria do capital votante 
pertença a empresa brasileira de capital 
nacional; 
 
g) o servidor público ocupante de cargo em 
comissão, sem vínculo efetivo com a União, 
Autarquias, inclusive em regime especial, e 
Fundações Públicas Federais; 
 
CONSTITUIÇÃO: 
 
§ 13 - Ao servidor ocupante, exclusivamente, 
de cargo em comissão declarado em lei de livre 
nomeação e exoneração bem como de outro 
cargo temporário ou de emprego público, 
aplica-se o regime geral de previdência social. 
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 
15/12/98) 
 
h) o exercente de mandato eletivo federal, 
estadual ou municipal, desde que não 
vinculado a regime próprio de previdência 
social;”(SUSPENSO PELA RESOLUÇÃO 
26/2005, DO SENADO) 
 
 O STF, no RE 351.717, julgou 
inconstitucional esta alínea “h”, pois restou 
instituída uma nova fonte de custeio não 
prevista no artigo 195, da CRFB, que exige lei 
complementar para tanto: 
 
 I. - A Lei 9.506/97, § 1º do art. 13, 
acrescentou a alínea h ao inc. I do art. 12 da 
 
 
 
 
 
 
 
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DIREITO PREVIDENCIÁRIO 
Dir. Previdenciário – Começando do Zero 
Frederico Amado 
2 
Lei 8.212/91, tornando segurado obrigatório do 
regime geral de previdência social o exercente 
de mandato eletivo, desde que não vinculado a 
regime próprio de previdência social. 
 
II. - Todavia, não poderia a lei criar figura nova 
de segurado obrigatório da previdência social, 
tendo em vista o disposto no art. 195, II, C.F.. 
Ademais, a Lei 9.506/97, § 1º do art. 13, ao 
criar figura nova de segurado obrigatório, 
instituiu fonte nova de custeio da seguridade 
social, instituindo contribuição social sobre o 
subsídio de agente político. 
 
A instituição dessa nova contribuição, que não 
estaria incidindo sobre "a folha de salários, o 
faturamento e os lucros" (C.F., art. 195, I, sem 
a EC 20/98), exigiria a técnica da competência 
residual da União, art. 154, I, ex vi do disposto 
no art. 195, § 4º, ambos da C.F. É dizer, 
somente por lei complementar poderia ser 
instituída citada contribuição. 
III. - Inconstitucionalidade da alínea h do inc. I 
do art. 12 da Lei 8.212/91, introduzida pela Lei 
9.506/97, § 1º do art. 13. IV. - R.E. conhecido e 
provido”. 
Posteriormente, o Senado suspendeu a sua 
eficácia erga omnes ao editar a Resolução 
26/2005: 
“Art. 1º É suspensa a execução da alínea "h" 
do inciso I do art. 12 da Lei Federal nº 8.212, 
de 24 de julho de 1991, acrescentada pelo § 1º 
do art. 13 da Lei Federal nº 9.506, de 30 de 
outubro de 1997, em virtude de declaração de 
inconstitucionalidade em decisão definitiva do 
Supremo Tribunal Federal, nos autos do 
Recurso Extraordinário nº 351.717-1 – Paraná”. 
 
i) o empregado de organismo oficial 
internacional ou estrangeiro em funcionamento 
no Brasil, salvo quando coberto por regime 
próprio de previdência social; 
 
j) o exercente de mandato eletivo federal, 
estadual ou municipal, desde que não 
vinculado a regime próprio de previdência 
social; (Incluído pela Lei 10.887/2004) 
 
Empregado doméstico (art. 11, II, da Lei 
8.213/91): 
 
 
 
II - como empregado doméstico: aquele que 
presta serviço de natureza contínua a pessoa 
ou família, no âmbito residencial desta, em 
atividades sem fins lucrativos; 
• Trabalhador avulso (art. 11, VI, da Lei 
8.213/91): 
• VI - como trabalhador avulso: quem 
presta, a diversas empresas, sem vínculo 
empregatício, serviço de natureza urbana ou 
rural definidos no Regulamento. 
• De acordo com o art. 9º, VI, do Decreto 
3.048/99, é o trabalhador sindicalizado ou não, 
que presta serviço por intermédio de órgão 
gestor de mão-de-obra ou do sindicato da 
categoria. 
 
• Segurado especial (art. 11, VII, da Lei 
8.213/91): 
• VII – como segurado especial: a pessoa 
física residente no imóvel rural ou em 
aglomerado urbano ou rural próximo a ele que, 
individualmente ou em regime de economia 
familiar, ainda que com o auxílio eventual de 
terceiros, na condição de: 
a) produtor, seja proprietário, usufrutuário, 
possuidor, assentado, parceiro ou meeiro 
outorgados, comodatário ou arrendatário rurais, 
que explore atividade: 
• 1. agropecuária em área de até 4 
(quatro) módulos fiscais; 
• 2. de seringueiro ou extrativista vegetal 
que exerça suas atividades nos termos do 
inciso XII do caput do art. 2o da Lei no 9.985, de 
18 de julho de 2000, e faça dessas atividades o 
principal meio de vida; 
b) pescador artesanal ou a este assemelhado 
que faça da pesca profissão habitual ou 
principal meio de vida; e 
c) cônjuge ou companheiro, bem como filho 
maior de 16 (dezesseis) anos de idade ou a 
este equiparado, do segurado de que tratam as 
alíneas a e b deste inciso, que, 
comprovadamente, trabalhem com o grupo 
familiar respectivo. 
 
7o O grupo familiar poderá utilizar-se de 
empregados contratados por prazo 
determinado ou de trabalhador de que trata a 
alínea g do inciso V do caput, à razão de no 
máximo 120 (cento e vinte) pessoas por dia no 
ano civil, em períodos corridos ou intercalados 
ou, ainda, por tempo equivalente em horas de 
trabalho, não sendo computado nesse prazo o 
 
 
 
 
 
 
 
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DIREITO PREVIDENCIÁRIO 
Dir. Previdenciário – Começando do Zero 
Frederico Amado 
3 
período de afastamento em decorrência da 
percepção de auxílio-doença. (Redação dada 
pela Lei nº 12.873, de 2013) 
12. A participação do segurado especial em 
sociedade empresária, em sociedade simples, 
como empresário individual ou como titular de 
empresa individual de responsabilidade 
limitada de objeto ou âmbito agrícola, 
agroindustrial ou agroturístico, considerada 
microempresa nos termos daLei 
Complementar no 123, de 14 de dezembro de 
2006, não o exclui de tal categoria 
previdenciária, desde que, mantido o exercício 
da sua atividade rural na forma do inciso VII do 
caput e do § 1o, a pessoa jurídica componha-se 
apenas de segurados de igual natureza e 
sedie-se no mesmo Município ou em Município 
limítrofe àquele em que eles desenvolvam suas 
atividades. (Incluído pela Lei nº 12.873, de 
2013) 
 
ARTIGO 11, §8º-LEI 8.213/91. 
§ 8o Não descaracteriza a condição de 
segurado especial: 
I – a outorga, por meio de contrato escrito de 
parceria, meação ou comodato, de até 50% 
(cinqüenta por cento) de imóvel rural cuja área 
total não seja superior a 4 (quatro) módulos 
fiscais, desde que outorgante e outorgado 
continuem a exercer a respectiva atividade, 
individualmente ou em regime de economia 
familiar; 
II – a exploração da atividade turística da 
propriedade rural, inclusive com hospedagem, 
por não mais de 120 (cento e vinte) dias ao 
ano; 
III – a participação em plano de previdência 
complementar instituído por entidade classista 
a que seja associado em razão da condição de 
trabalhador rural ou de produtor rural em 
regime de economia familiar; e 
IV – ser beneficiário ou fazer parte de grupo 
familiar que tem algum componente que seja 
beneficiário de programa assistencial oficial de 
governo; 
V – a utilização pelo próprio grupo familiar, na 
exploração da atividade, de processo de 
beneficiamento ou industrialização artesanal, 
na forma do § 11 do art. 25 da Lei no 8.212, de 
24 de julho de 1991; e 
 
 
VI – a associação em cooperativa 
agropecuária. 
VII - a incidência do Imposto Sobre Produtos 
Industrializados - IPI sobre o produto das 
atividades desenvolvidas nos termos do § 12. 
§ 9o Não é segurado especial o membro de 
grupo familiar que possuir outra fonte de 
rendimento, exceto se decorrente de: 
I – benefício de pensão por morte, auxílio-
acidente ou auxílio-reclusão, cujo valor não 
supere o do menor benefício de prestação 
continuada da Previdência Social; 
II – benefício previdenciário pela participação 
em plano de previdência complementar 
instituído nos termos do inciso IV do § 8o deste 
artigo; 
III – exercício de atividade remunerada em 
período não superior a 120 (cento e vinte) dias, 
corridos ou intercalados, no ano civil, 
observado o disposto no § 13 do art. 12 da Lei 
no 8.212, de 24 julho de 1991; 
IV – exercício de mandato eletivo de dirigente 
sindical de organização da categoria de 
trabalhadores rurais; 
V – exercício de mandato de vereador do 
Município em que desenvolve a atividade rural 
ou de dirigente de cooperativa rural constituída, 
exclusivamente, por segurados especiais, 
observado o disposto no § 13 do art. 12 da Lei 
no 8.212, de 24 de julho de 1991; 
VI – parceria ou meação outorgada na forma e 
condições estabelecidas no inciso I do § 8o 
deste artigo; 
VII – atividade artesanal desenvolvida com 
matéria-prima produzida pelo respectivo grupo 
familiar, podendo ser utilizada matéria-prima de 
outra origem, desde que a renda mensal obtida 
na atividade não exceda ao menor benefício de 
prestação continuada da Previdência Social; e 
VIII – atividade artística, desde que em valor 
mensal inferior ao menor benefício de 
prestação continuada da Previdência Social. 
Contribuinte individual (art. 11, V, da Lei 
8.213/91): 
a) a pessoa física, proprietária ou não, que 
explora atividade agropecuária, a qualquer 
título, em caráter permanente ou temporário, 
em área superior a 4 (quatro) módulos fiscais; 
ou, quando em área igual ou inferior a 4 
(quatro) módulos fiscais ou atividade 
pesqueira, com auxílio de empregados ou por 
intermédio de prepostos; ou ainda nas 
hipóteses dos §§ 10 e 11 deste artigo; 
 
 
 
 
 
 
 
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DIREITO PREVIDENCIÁRIO 
Dir. Previdenciário – Começando do Zero 
Frederico Amado 
4 
b) a pessoa física, proprietária ou não, que 
explora atividade de extração mineral - 
garimpo, em caráter permanente ou 
temporário, diretamente ou por intermédio de 
prepostos, com ou sem o auxílio de 
empregados, utilizados a qualquer título, ainda 
que de forma não contínua; 
c) o ministro de confissão religiosa e o membro 
de instituto de vida consagrada, de 
congregação ou de ordem religiosa; 
d) Revogado. 
e) o brasileiro civil que trabalha no exterior para 
organismo oficial internacional do qual o Brasil 
é membro efetivo, ainda que lá domiciliado e 
contratado, salvo quando coberto por regime 
próprio de previdência social; 
f) o titular de firma individual urbana ou rural, o 
diretor não empregado e o membro de 
conselho de administração de sociedade 
anônima, o sócio solidário, o sócio de indústria, 
o sócio gerente e o sócio cotista que recebam 
remuneração decorrente de seu trabalho em 
empresa urbana ou rural, e o associado eleito 
para cargo de direção em cooperativa, 
associação ou entidade de qualquer natureza 
ou finalidade, bem como o síndico ou 
administrador eleito para exercer atividade de 
direção condominial, desde que recebam 
remuneração; 
g) quem presta serviço de natureza urbana ou 
rural, em caráter eventual, a uma ou mais 
empresas, sem relação de emprego; 
h) a pessoa física que exerce, por conta 
própria, atividade econômica de natureza 
urbana, com fins lucrativos ou não; 
• Além destas hipóteses genéricas de 
segurados contribuintes individuais, outras são 
contempladas especificamente no artigo 9º, 
inciso V e §15, ambos do RPS, a exemplo: 
• do cooperado de cooperativa de produção 
que, nesta condição, presta serviço à 
sociedade cooperativa mediante remuneração 
ajustada ao trabalho executado; 
• do Micro Empreendedor Individual - MEI de 
que tratam os arts. 18-A e 18-C da Lei 
Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 
2006, que opte pelo recolhimento dos impostos 
e contribuições abrangidos pelo Simples 
Nacional em valores fixos mensais; 
 
 
 
• do notário ou tabelião e o oficial de 
registros ou registrador, titular de cartório, que 
detêm a delegação do exercício da atividade 
notarial e de registro, não remunerados pelos 
cofres públicos, admitidos a partir de 21 de 
novembro de 1994; 
• do médico residente de que trata a Lei 
nº 6.932, de 7 de julho de 1981; 
• do bolsista da Fundação Nacional do 
Exército contratado na forma da Lei 6.855/80; 
• do árbitro e seus auxiliares que atuam 
em conformidade com a Lei nº 9.615, de 24 de 
março de 1998; 
• do membro de conselho tutelar de que 
trata o art. 132 da Lei nº 8.069, de 13 de julho 
de 1990, quando remunerado 
 
Artigo 11, Lei 8.213/91: 
 
§ 4º O dirigente sindical mantém, durante o 
exercício do mandato eletivo, o mesmo 
enquadramento no Regime Geral de 
Previdência Social-RGPS de antes da 
investidura. 
 
SEGURADOS FACULTATIVOS DO RGPS 
 
ARTIGO 13, LEI 8213/91. 
 
Art. 13. É segurado facultativo o maior de 14 
(quatorze) anos (atenção) que se filiar ao 
Regime Geral de Previdência Social, mediante 
contribuição, desde que não incluído nas 
disposições do art. 11. 
 
Objetivando conferir a maior cobertura 
possível, especificamente em favor das 
pessoas que não estão exercendo atividade 
laborativa remunerada, o artigo 14, da Lei 
8.212/91, faculta aos maiores de 14 anos de 
idade a filiação ao RGPS na condição de 
segurados facultativos. 
 
Entretanto, de acordo com o artigo 11, do RPS, 
a idade mínima para a filiação do segurado 
facultativo é de 16 anos de idade, sendo este o 
posicionamento dominante na doutrina e 
administrativo do INSS . 
 
Artigo 9º, da IN INSS PRES 45/2010. 
• Eis um rol exemplificativo: Artigo 
11, §1º, do RPS. 
• I - a dona-de-casa; 
 
 
 
 
 
 
 
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DIREITO PREVIDENCIÁRIO 
Dir. Previdenciário – Começando do Zero 
Frederico Amado 
5 
• II - o síndico decondomínio, quando 
não remunerado; 
• III - o estudante; 
• IV - o brasileiro que acompanha cônjuge 
que presta serviço no exterior; 
• V - aquele que deixou de ser segurado 
obrigatório da previdência social; 
• VI - o membro de conselho tutelar de 
que trata o art. 132 da Lei nº 8.069, de 13 de 
julho de 1990, quando não esteja vinculado a 
qualquer regime de previdência social; 
 VII - o bolsista e o estagiário que prestam 
serviços a empresa de acordo com a Lei nº 
6.494, de 7 de dezembro de 1977; 
• VIII - o bolsista que se dedique em 
tempo integral a pesquisa, curso de 
especialização, pós-graduação, mestrado ou 
doutorado, no Brasil ou no exterior, desde que 
não esteja vinculado a qualquer regime de 
previdência social; 
• IX- o presidiário que não exerce 
atividade remunerada nem esteja vinculado a 
qualquer regime de previdência social; 
X- o brasileiro residente ou domiciliado no 
exterior, salvo se filiado a regime previdenciário 
de país com o qual o Brasil mantenha acordo 
internacional; e 
XI- o segurado recolhido à prisão sob regime 
fechado ou semi-aberto, que, nesta condição, 
preste serviço, dentro ou fora da unidade 
penal, a uma ou mais empresas, com ou sem 
intermediação da organização carcerária ou 
entidade afim, ou que exerce atividade 
artesanal por conta própria (inserido pelo 
Decreto 7.054/2009). 
• Frise-se que até o advento do 
Decreto 7.054/2009 o segurado recolhido à 
prisão sob regime fechado ou semi-aberto, 
que, nesta condição, prestasse serviço, dentro 
ou fora da unidade penal, a uma ou mais 
empresas, com ou sem intermediação da 
organização carcerária ou entidade afim, ou 
que exercesse atividade artesanal por conta 
própria, era considerado contribuinte individual. 
Entretanto, esse ato regulamentar alterou o 
RPS, que passou a enquadrá-lo como 
segurado facultativo, opção que aparentemente 
se afigura ilegal, pois este segurado não deve 
exercer atividade laborativa remunerada. 
 
 
 
É que se o preso trabalha para uma empresa 
sem vínculo de emprego ou por conta própria, 
ele deveria ser segurado obrigatório na 
condição de contribuinte individual, e não 
facultativo. 
 
Ademais, de acordo com o artigo 2º, da Lei 
10.666/03, “o exercício de atividade 
remunerada do segurado recluso em 
cumprimento de pena em regime fechado ou 
semi-aberto que contribuir na condição de 
contribuinte individual ou facultativo não 
acarreta a perda do direito ao recebimento do 
auxílio-reclusão para seus dependentes”. 
 
Destaque-se que o servidor público participante 
de RPPS não poderá se filiar como segurado 
facultativo do RGPS, ante a vedação contida 
no §5º, do artigo 201, da CRFB, inserida pela 
Emenda 20/98. 
 
§ 5º É vedada a filiação ao regime geral de 
previdência social, na qualidade de segurado 
facultativo, de pessoa participante de regime 
próprio de previdência. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
 
FILIAÇÃO 
 
Decreto 3048/99 
 
Art. 20. Filiação é o vínculo que se estabelece 
entre pessoas que contribuem para a 
previdência social e esta, do qual decorrem 
direitos e obrigações. 
§ 1o A filiação à previdência social decorre 
automaticamente do exercício de atividade 
remunerada para os segurados obrigatórios, 
observado o disposto no § 2o, e da inscrição 
formalizada com o pagamento da primeira 
contribuição para o segurado facultativo. 
 A filiação é a relação jurídica que liga 
uma pessoa natural à União, através do 
Ministério da Previdência social, bem como ao 
Instituto Nacional do Seguro Social, que tem o 
condão de incluí-la no Regime Geral de 
Previdência Social na condição de segurada, 
tendo a eficácia de gerar obrigações (a 
exemplo do pagamento das contribuições 
previdenciárias) e direitos (como a percepção 
dos benefícios e serviços). CURSO DE 
DIREITO E PROCESSO PREVIDENCIÁRIO, 
ED. JUSPODIVM 
 
 
 
 
 
 
 
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DIREITO PREVIDENCIÁRIO 
Dir. Previdenciário – Começando do Zero 
Frederico Amado 
6 
 
 
O reconhecimento de filiação é o direito do 
segurado de ter reconhecido, em qualquer 
época, o tempo de exercício de atividade 
anteriormente abrangida pela Previdência 
Social. 
Artigo 58, da Instrução Normativa INSS PRES 
45/2010. 
 Normalmente, a nacionalidade do 
trabalhador não tem relevância para fins de 
filiação, salvo as expressas exceções legais. 
 Em regra, para os segurados 
obrigatórios, a filiação será automática e 
decorrerá do exercício de atividade laborativa 
remunerada (sendo considerado o seu termo 
inicial), com a idade mínima de 16 anos (salvo 
atividades insalubres, perigosas ou noturnas) 
ou excepcionalmente de 14 anos, na condição 
de aprendiz. 
Artigo 20, do RPS. 
Na forma do art. 7º, XXXIII, da CRFB, com 
redação dada pela EC 20/1998. 
 Caso o empregador viole a idade 
mínima o segurado não poderá ser 
prejudicado, contando-se o tempo de 
contribuição, conforme entendimento do STJ: 
- Ainda que mereça todo o repúdio o trabalho 
exercido por crianças menores de 14 anos de 
idade, ignorar tal realidade, ou entender que 
esse período não deverá ser averbado por falta 
de previsão legal, esbarra no alcance 
pretendido pela lei. Ao estabelecer o limite 
mínimo de 14 anos, o legislador o fez em 
benefício do menor, visando a sua proteção, 
não em seu prejuízo, razão pela qual o período 
de trabalho prestado antes dos 14 anos deverá 
ser computado como tempo de serviço para 
fins previdenciários. AgRg no REsp 504.745 / 
SC, 6ª Turma, de 01.03.2005. 
 De acordo com o entendimento 
administrativo do INSS, a atividade sujeita à 
filiação obrigatória exercida com idade inferior 
à legalmente permitida, será considerada como 
tempo de contribuição, a contar de doze anos 
de idade, desde que comprovada mediante 
documento contemporâneo em nome do 
próprio segurado. 
Artigo 76, da Instrução Normativa INSS PRES 
45/2010. 
 A idade mínima para a filiação dos 
segurados obrigatórios variou bastante ao 
longo das últimas décadas, podendo ser 
traçado o seguinte histórico, com base no 
artigo 30, da Instrução Normativa INSS PRES 
45/2010: 
I - até 14 de março de 1967, véspera da 
vigência da Constituição Federal de 1967, 
quatorze anos; 
II - de 15 de março de 1967, data da vigência 
da Constituição Federal de 1967, a 4 de 
outubro de 1988, véspera da promulgação da 
Constituição Federal de 1988, doze anos; 
III - a partir de 5 de outubro de 1988, data da 
promulgação da Constituição Federal de 1988 
a 15 de dezembro de 1998, véspera da 
vigência da Emenda Constitucional nº 20, de 
1998, quatorze anos, exceto para menor 
aprendiz, que conta com o limite de doze anos, 
por força do art. 7º inciso XXXIII da 
Constituição Federal; e 
IV - a partir de 16 de dezembro de 1998, data 
da vigência da Emenda Constitucional nº 20, 
de 1998, dezesseis anos, exceto para menor 
aprendiz, que é de quatorze anos, por força do 
art. 1º da referida Emenda, que alterou o inciso 
XXIII do art. 7º da Constituição Federal de 
1988. 
Parágrafo único. A partir de 25 de julho de 
1991, data da publicação da Lei nº 8.213, de 
1991, não há limite máximo de idade para o 
ingresso no RGPS”. 
• Frise-se que a mera pactuação 
contratual para a prestação de serviços já 
gerará a filiação, não sendo necessariamente 
exigível o efetivo começo do trabalho. 
• Contudo, no caso dos segurados 
especiais, a filiação iniciar-se-á com o exercício 
de atividade campesina ou pesqueira artesanal 
individualmente ou em regime de economia 
familiar para fins de subsistência, pois 
normalmente não há atividade laborativa com 
percepção de remuneração. 
 
 
 
 
 
 
 
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7 
 Outrossim, para os contribuintes 
individuais que trabalhempor conta própria, 
não bastará o simples exercício de atividade 
laborativa remunerada para que ocorra a 
filiação, que é condicionada ao efetivo 
recolhimento das contribuições previdenciárias, 
pois inexiste empresa ou empregador para ser 
o responsável pela arrecadação, competindo 
aos próprios contribuintes individuais fazê-lo. 
Nesse sentido, o pacífico entendimento da 
Turma Nacional de Uniformização de 
Jurisprudência: 
2- Não é possível a concessão do benefício de 
pensão por morte aos dependentes do 
segurado falecido, contribuinte individual, que 
não efetuou o recolhimento das contribuições 
respectivas à época, não havendo amparo 
legal para a dita inscrição post mortem ou para 
que sejam descontadas as contribuições 
pretéritas, não recolhidas pelo de cujus, do 
benefício da pensão por morte percebido pelos 
herdeiros.(Processo nº 2005.72.95.013310-7, 
Relator Juiz Federal Marcos Roberto Araújo 
dos Santos, DJ de 21/05/2007). 
 
3 - Incidente de uniformização conhecido e 
improvido. (PEDILEF 200670950069697, de 
17.12.2007)”. 
Por sua vez, para o segurado facultativo, a 
filiação apenas ocorrerá com a inscrição 
formalizada (mero cadastro de dados na 
Previdência Social) e o efetivo pagamento da 
primeira contribuição previdenciária, 
decorrendo necessariamente da sua 
manifestação de vontade, pois não é 
compulsória. 
 
De acordo com o artigo 14, da Lei 8.212/91, a 
idade mínima para a filiação como segurado 
facultativo será de 14 anos de idade. 
 
Contudo, o artigo 11 do RPS prevê a idade 
mínima de 16 anos de idade para a filiação 
como segurado facultativo, disposição 
regulamentar aparentemente desprovida de 
fundamento legal, vez que a Constituição 
Federal veda o trabalho do menor de 16 anos, 
em regra, dispositivo que não alcança o 
segurado facultativo, pois este não trabalha. 
 
 
Vale ressaltar que a doutrina 
majoritária e o próprio INSS 
entendem que a idade mínima para a filiação 
do segurado facultativo é de 16 anos de idade. 
Artigo 9º, da IN INSS PRES 45/2010. 
Questão interessante é saber se o 
desenvolvimento de atividade clandestina 
enseja a filiação como segurado obrigatório do 
RGPS, a exemplo da pessoa que se sustenta 
do produto dos roubos que pratica 
habitualmente. 
PARA O CESPE APENAS A ATIVIDADE 
LABORAL LÍCITA GERA A FILIAÇÃO 
 
INSCRIÇÃO 
LEI 8.213/91 
Art. 17. O Regulamento disciplinará a forma de 
inscrição do segurado e dos dependentes. 
§ 1o Incumbe ao dependente promover a sua 
inscrição quando do requerimento do benefício 
a que estiver habilitado. (Redação dada pela 
Lei nº 10.403, de 8.1.2002) 
 
§ 2º O cancelamento da inscrição do cônjuge 
se processa em face de separação judicial ou 
divórcio sem direito a alimentos, certidão de 
anulação de casamento, certidão de óbito ou 
sentença judicial, transitada em julgado 
§ 4o A inscrição do segurado especial será 
feita de forma a vinculá-lo ao seu respectivo 
grupo familiar e conterá, além das informações 
pessoais, a identificação da propriedade em 
que desenvolve a atividade e a que título, se 
nela reside ou o Município onde reside e, 
quando for o caso, a identificação e inscrição 
da pessoa responsável pela unidade 
familiar. (Incluído Lei nº 11.718, de 2008) 
§ 5o O segurado especial integrante de grupo 
familiar que não seja proprietário ou dono do 
imóvel rural em que desenvolve sua atividade 
deverá informar, no ato da inscrição, conforme 
o caso, o nome do parceiro ou meeiro 
outorgante, arrendador, comodante ou 
assemelhado. (Incluído Lei nº 11.718, de 2008) 
 
 Atualmente a inscrição é feita no 
Cadastro Nacional de Informações Sociais – 
CNIS, um sistema responsável pelo controle 
das informações de todos os segurados e 
contribuintes da Previdência Social, criado em 
1989. 
 A pessoa física é identificada no CNIS 
por intermédio de um NIT – Número de 
Identificação do Trabalhador, que poderá ser 
NIT Previdência ou NIT PIS/PASEP/SUS ou 
 
 
 
 
 
 
 
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8 
outro NIS – Número de Identificação Social, 
emitido pela Caixa Econômica Federal - CEF. 
 
 
 
DECRETO 3048/99 
Art. 18. Considera-se inscrição de segurado 
para os efeitos da previdência social o ato pelo 
qual o segurado é cadastrado no Regime Geral 
de Previdência Social, mediante comprovação 
dos dados pessoais e de outros elementos 
necessários e úteis a sua caracterização, 
observado o disposto no art. 330 e seu 
parágrafo único, na seguinte forma: 
I - o empregado e trabalhador avulso - pelo 
preenchimento dos documentos que os 
habilitem ao exercício da atividade, formalizado 
pelo contrato de trabalho, no caso de 
empregado, observado o disposto no § 2o do 
art. 20, e pelo cadastramento e registro no 
sindicato ou órgão gestor de mão-de-obra, no 
caso de trabalhador avulso; 
§ 1º A inscrição do segurado de que trata o 
inciso I será efetuada diretamente na empresa, 
sindicato ou órgão gestor de mão-de-obra e a 
dos demais no Instituto Nacional do Seguro 
Social. 
II - empregado doméstico - pela apresentação 
de documento que comprove a existência de 
contrato de trabalho; 
III - contribuinte individual - pela apresentação 
de documento que caracterize a sua condição 
ou o exercício de atividade profissional, liberal 
ou não; 
IV - segurado especial - pela apresentação de 
documento que comprove o exercício de 
atividade rural; e 
V - facultativo - pela apresentação de 
documento de identidade e declaração 
expressa de que não exerce atividade que o 
enquadre na categoria de segurado obrigatório. 
§ 2º A inscrição do segurado em qualquer 
categoria mencionada neste artigo exige a 
idade mínima de dezesseis anos. E O 
APRENDIZ MENOR ??? 
§ 3º Todo aquele que exercer, 
concomitantemente, mais de uma atividade 
remunerada sujeita ao Regime Geral de 
Previdência Social será obrigatoriamente 
inscrito em relação a cada uma delas. 
§ 5º Presentes os pressupostos da filiação, 
admite-se a inscrição post mortem do segurado 
especial. 
§ 6o A comprovação dos dados pessoais e de 
outros elementos necessários e úteis à 
caracterização do segurado poderá ser exigida 
quando da concessão do benefício. 
§ 7o A inscrição do segurado especial será 
feita de forma a vinculá-lo ao seu respectivo 
grupo familiar e conterá, além das informações 
pessoais, a identificação da forma do exercício 
da atividade, se individual ou em regime de 
economia familiar; da condição no grupo 
familiar, se titular ou componente; do tipo de 
ocupação do titular de acordo com tabela do 
Código Brasileiro de Ocupações; 
da forma de ocupação do titular vinculando-o à 
propriedade ou embarcação em que trabalha, 
da propriedade em que desenvolve a atividade, 
se nela reside ou o município onde reside e, 
quando for o caso, a identificação e inscrição 
da pessoa responsável pelo grupo familiar. 
§ 8o O segurado especial integrante de grupo 
familiar que não seja proprietário do imóvel 
rural ou da embarcação em que desenvolve 
sua atividade deve informar, no ato da 
inscrição, conforme o caso, o nome e o CPF do 
parceiro ou meeiro outorgante, arrendador, 
comodante ou assemelhado 
 
PARTE III 
CUSTEIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL-RGPS 
SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO 
Salário de contribuição é a base de cálculo 
sobre a qual incidirá a contribuição 
previdenciária do segurado empregado, 
doméstico, avulso, contribuinte individual e 
facultativo, assim como da cota patronal do 
empregador doméstico, normalmente formado 
por parcelas remuneratórias do labor, ou, no 
caso do segurado facultativo, o valor por ele 
declarado, observados os limites mínimos e 
máximos legais. 
 
 
 
 
 
 
 
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Dir. Previdenciário – Começando do Zero 
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9 
I - parao empregado e trabalhador avulso: a 
remuneração auferida em uma ou mais 
empresas, assim entendida a totalidade dos 
rendimentos pagos, devidos ou creditados a 
qualquer título, durante o mês, destinados a 
retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua 
forma, inclusive as gorjetas, os ganhos 
habituais sob a forma de utilidades e os 
adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, 
quer pelos serviços efetivamente prestados, 
quer pelo tempo à disposição do empregador 
ou tomador de serviços nos termos da lei ou do 
contrato ou, ainda, de convenção ou acordo 
coletivo de trabalho ou sentença normativa. 
II - para o empregado doméstico: a 
remuneração registrada na Carteira de 
Trabalho e Previdência Social, observadas as 
normas a serem estabelecidas em regulamento 
para comprovação do vínculo empregatício e 
do valor da remuneração; 
III - para o contribuinte individual: a 
remuneração auferida em uma ou mais 
empresas ou pelo exercício de sua atividade 
por conta própria, durante o mês; 
IV - para o segurado facultativo: o valor por ele 
declarado. 
 
LIMITES DO SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO 
O limite mínimo do salário de contribuição 
corresponde ao piso salarial, legal ou 
normativo, da categoria ou, inexistindo este, ao 
salário mínimo, tomado no seu valor mensal, 
diário ou horário, conforme o ajustado e o 
tempo de trabalho efetivo durante o mês. 
De acordo com o artigo 1º, da Lei 
Complementar 103/2000, os estados e o 
Distrito Federal ficam autorizados a instituir, 
mediante lei de iniciativa do Poder Executivo, o 
piso salarial de que trata o inciso V, do artigo 
7o, da Constituição Federal, para os 
empregados que não tenham piso salarial 
definido em lei federal, convenção ou acordo 
coletivo de trabalho, podendo abarcar os 
empregados domésticos. 
O limite máximo fixado pela Emenda 20/1998 
foi de R$ 1.200,00, posteriormente majorado 
pela Emenda 41/2003 para R$ 2.400,00. 
2014 – R$ 4.390,24– Portaria MPS/MF 19/2014 
Em regra, o salário de contribuição será 
composto pelas parcelas remuneratórias 
decorrentes do labor, inclusive abarcando a 
gratificação natalina (13º 
salário), conforme 
referendado pela Súmula 688 do STF, É 
legítima a incidência da contribuição 
previdenciária sobre o 13º salário. 
Inclusive, após a Lei 8.620/93, é válida a 
incidência da contribuição previdenciária em 
separado sobre a gratificação natalina, 
conforme entendimento pacificado pelo STJ 
(REsp 1066682, de 09.12.2009). 
Horas extras: “inf. 514 - DIREITO 
PREVIDENCIÁRIO. INCIDÊNCIA DE 
CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SOBRE 
O ADICIONAL DE HORAS EXTRAS. 
Incide contribuição previdenciária sobre os 
valores pagos a título de horas extras. A 
incidência decorre do fato de que o adicional 
de horas extras integra o conceito de 
remuneração. Precedentes citados: AgRg no 
REsp 1.311.474-PE, DJe 17/9/2012, e AgRg no 
AREsp 69.958-DF, DJe 20/6/2012. AgRg no 
REsp 1.222.246-SC, Rel. Min. Humberto 
Martins, julgado em 6/12/2012”. 
• O salário-maternidade é considerado 
como salário de contribuição. 
• O total das diárias de viagem integrará 
o salário de contribuição, se excedentes a 50% 
da remuneração mensal. 
• Havia se formado uma controvérsia 
sobre a legalidade ou não da contribuição 
previdenciária incidente sobre a quantia paga a 
título de terço de férias gozadas, se 
posicionando o STF e o STJ pela 
impossibilidade da cobrança, haja vista não 
serem incorporadas na aposentadoria do 
trabalhador.STF, AI 712.880 AgR, de 
26.05.2009.STJ, Pet 7.296 / PE, de 
28.10.2009. 
De acordo com a Súmula 458, do STJ, “a 
contribuição previdenciária incide sobre a 
comissão paga ao corretor de seguros”, por se 
tratar de verba remuneratória do labor, 
devendo compor o salário de contribuição. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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10 
NÃO INTEGRAM O SC (§9º)- 
A) Os benefícios da previdência social, exceto 
o salário maternidade; 
B) As ajudas de custo e o adicional mensal 
recebidos pelo aeronauta nos termos da Lei nº 
5.929, de 30 de outubro de 1973 (hipóteses de 
transferência provisória ou permanente); 
C) A parcela "in natura" recebida de acordo 
com os programas de alimentação aprovados 
pelo Ministério do Trabalho e da Previdência 
Social, nos termos da Lei nº 6.321, de 14 de 
abril de 1976; 
O STJ, NO FINAL DE 2010, MUDOU O SEU 
POSICIONAMENTO: 
1. O valor concedido pelo empregador a título 
de vale-alimentação não se sujeita à 
contribuição previdenciária, mesmo nas 
hipóteses em que o referido benefício é pago 
em dinheiro. REsp 1185685 , DE 17.12.2010 
D) As importâncias recebidas a guisa de aviso 
prévio indenizado, férias e terço indenizados, 
licença-prêmio indenizada, incentivo à 
demissão e multa de 40% sobre o FGTS, pois 
ostentam natureza indenizatória; 
“STJ - AVISO PRÉVIO INDENIZADO. 
CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA A Turma 
reafirmou que não há incidência de 
contribuição previdenciária sobre a verba paga 
ao trabalhador a título de aviso prévio 
indenizado, tendo em vista sua natureza 
indenizatória. Ressaltou-se que o salário de 
contribuição é o valor da remuneração, 
considerados os rendimentos destinados a 
retribuir o trabalho (art. 28 da Lei n. 
8.212/1991), 
o que não se verifica na verba em questão, 
pois, durante o período que corresponde ao 
aviso prévio indenizado, o empregado não 
presta trabalho algum, nem fica à disposição 
do empregador. REsp 1.221.665-PR, Rel. Min. 
Teori Albino Zavascki, julgado em 8/2/2011”. 
Terço de férias gozadas – STF e STJ 
 “O Supremo Tribunal Federal, em 
sucessivos julgamentos, firmou entendimento 
no sentido da não incidência de contribuição 
social sobre o adicional de um terço (1/3), a 
que se refere o art. 7º, XVII, da Constituição 
Federal” (STF, RE 587.941 AgR, de 
30.09.2008). 
 
 
 
“As Turmas que compõem a Primeira Seção do 
STJ consolidaram o entendimento no sentido 
de afastar a contribuição previdenciária do 
terço de férias também de empregados 
celetistas” (STJ, EDcl no AgRg no AREsp 
85.096, de 26.06.2012). 
E) As importâncias referentes ganhos 
eventuais e os abonos expressamente 
desvinculados do salário; indenização por 
tempo de serviço, anterior a 05 de outubro de 
1988, do empregado não optante pelo Fundo 
de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS; 
F) A parcela recebida a título de vale-
transporte, na forma da legislação própria. 
Contudo, de acordo com o STJ (AgRg no REsp 
1.079.978, de 20.10.2008), se for pago em 
dinheiro, integrará o salário de contribuição; 
 Entrementes, em 2010, ao julgar 
o RE 478.410 (Informativo 578), o STF tomou 
posição diversa da do STJ, afirmando que 
mesmo o vale-transporte pago em dinheiro não 
integrará o salário de contribuição, por não 
afetar o caráter não salarial da verba, sendo 
esta a posição a ser adotada atualmente. 
Posição atual do STJ - 3. Em razão do 
pronunciamento do Plenário do STF, 
declarando a inconstitucionalidade da 
incidência da contribuição previdenciária sobre 
as verbas referentes a auxílio-transporte, 
mesmo que pagas em pecúnia, faz-se 
necessária a revisão da jurisprudência do STJ 
para alinhar-se à posição do Pretório Excelso. 
4. Recurso Especial parcialmente conhecido e, 
em parte, provido” (REsp 1.194.788, de 
19.08.2010). 
G) A ajuda de custo, em parcela única, 
recebida exclusivamente em decorrência de 
mudança de local de trabalho do empregado, 
na forma do art. 470 da CLT; 
H) As diárias para viagens, desde que não 
excedam a 50% (cinqüenta por cento) da 
remuneração mensal; 
I) A importância recebida a título de bolsa de 
complementação educacional de estagiário, 
quando paga nos termos da Lei nº 6.494, de 07 
de dezembro de 1977; 
 
J) A participação nos lucros ou resultados da 
empresa, quando paga ou creditada de acordo 
com lei específica; 
Valeressaltar que o artigo 2º, da Lei 
10.101/2000, exige que a participação nos 
lucros ou resultados seja objeto de negociação 
 
 
 
 
 
 
 
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entre a empresa e seus empregados, através 
de comissão ou acordo/convenção coletiva. 
 
K) O abono do Programa de Integração Social-
PIS e do Programa de Assistência ao Servidor 
Público-PASEP; 
L) Os valores correspondentes a transporte, 
alimentação e habitação fornecidos pela 
empresa ao empregado contratado para 
trabalhar em localidade distante da de sua 
residência, em canteiro de obras ou local que, 
por força da atividade, exija deslocamento e 
estada, observadas as normas de proteção 
estabelecidas pelo Ministério do Trabalho; 
Dica importante: 
Em vários casos abaixo, o legislador valeu-se 
da seguinte premissa: se a parcela paga é 
extensível a todos os empregados e dirigentes 
da empresa, não irá compor o salário de 
contribuição. Caso limitada a alguns, a 
contrario sensu, irá integrar o salário de 
contribuição, pois será uma remuneração 
disfarçada. 
M) A importância paga ao empregado a título 
de complementação ao valor do auxílio-
doença, desde que este direito seja extensivo à 
totalidade dos empregados da empresa; 
N) As parcelas destinadas à assistência ao 
trabalhador da agroindústria canavieira, de que 
trata o art. 36 da Lei nº 4.870, de 1º de 
dezembro de 1965; 
O) O valor das contribuições efetivamente pago 
pela pessoa jurídica relativo a programa de 
previdência complementar, aberto ou fechado, 
desde que disponível à totalidade de seus 
empregados e dirigentes, observados, no que 
couber, os arts. 9º e 468 da CLT; 
P) O valor relativo à assistência prestada por 
serviço médico ou odontológico, próprio da 
empresa ou por ela conveniado, inclusive o 
reembolso de despesas com medicamentos, 
óculos, aparelhos ortopédicos, despesas 
médico-hospitalares e outras similares, desde 
que a cobertura abranja a totalidade dos 
empregados e dirigentes da empresa; 
Q) O valor correspondente a vestuários, 
equipamentos e outros acessórios fornecidos 
ao empregado e utilizados no local do trabalho 
para prestação dos respectivos serviços; 
 
 
 
R) O ressarcimento de despesas pelo uso de 
veículo do empregado e o reembolso creche 
pago em conformidade com a legislação 
trabalhista, observado o limite máximo de seis 
anos de idade, quando devidamente 
comprovadas as despesas realizadas; 
Vale ressaltar que, na forma da Súmula 310, 
do STJ, “o auxílio-creche não integra o salário 
de contribuição”. 
S) o valor relativo a plano educacional, ou 
bolsa de estudo, que vise à educação básica 
de empregados e seus dependentes e, desde 
que vinculada às atividades desenvolvidas pela 
empresa, à educação profissional e tecnológica 
de empregados, nos termos da Lei no 9.394, de 
20 de dezembro de 1996, e: (Redação dada 
pela Lei nº 12.513, de 2011) 
 1. não seja utilizado em substituição de 
parcela salarial; e (Incluído pela Lei nº 
12.513, de 2011) 
• 2. o valor mensal do plano educacional 
ou bolsa de estudo, considerado 
individualmente, não ultrapasse 5% 
(cinco por cento) da remuneração do 
segurado a que se destina ou o valor 
correspondente a uma vez e meia o 
valor do limite mínimo mensal do 
salário-de-contribuição, o que for maior. 
• T 
T) A importância recebida a título de bolsa de 
aprendizagem garantida ao adolescente até 
quatorze anos de idade, de acordo com o 
disposto no art. 64 da Lei nº 8.069, de 13 de 
julho de 1990; 
 
U) Os valores recebidos em decorrência da 
cessão de direitos autorais; 
 
V) O valor da multa prevista no § 8º do art. 477 
da CLT. 
X) o valor correspondente ao vale-cultura; Lei 
12.761/2012 
 
CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS 
 
1) do trabalhador e demais segurados da 
previdência social, não incidindo contribuição 
sobre as aposentadorias e pensões do RPGS, 
na forma do artigo 195, inciso II, da CRFB; 
2) do empregador, da empresa e da entidade 
equiparada na forma da lei, incidente sobre a 
folha de salários, e demais rendimentos do 
trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, 
 
 
 
 
 
 
 
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DIREITO PREVIDENCIÁRIO 
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12 
à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo 
sem vínculo empregatício, consoante previsão 
do artigo 195, inciso I, “a”, da CRFB. 
 As contribuições previdenciárias 
constituem modalidade de contribuição para o 
custeio da seguridade social, afetadas ao 
pagamento dos benefícios do Regime Geral de 
Previdência Social, conforme determina o 
artigo 167, inciso XI, da CRFB. 
 Esses recursos ingressarão no fundo 
previsto no artigo 250, da CRFB, instituído pelo 
artigo 68, da Lei Complementar 101/2000, 
sendo denominado de Fundo do Regime Geral 
de Previdência Social, vinculado ao Ministério 
da Previdência Social e gerido pelo INSS, com 
a finalidade de prover recursos para o 
pagamento dos benefícios desse regime 
previdenciário. 
É prevalente na doutrina a natureza tributária 
das contribuições previdenciárias, espécie de 
contribuição para o custeio da seguridade 
social, entendimento ratificado pelo Supremo 
Tribunal Federal em inúmeros julgados 
• De acordo com artigo 43, §2º, da 
Lei 8.212/91, inserido pela Lei 
11.941/2009, artigo que trata das 
contribuições previdenciárias a serem 
arrecadadas na Justiça do Trabalho, 
considera-se ocorrido o fato gerador 
das contribuições sociais na data da 
prestação do serviço. 
Assim sendo, se ainda havia qualquer dúvida 
acerca do momento da ocorrência do fato 
gerador em concreto das contribuições 
previdenciárias patronais e dos trabalhadores 
em geral, agora é indene de dúvida que a 
hipótese de incidência tributária se realiza na 
data da prestação do serviço, e não do seu 
pagamento ou de outro marco qualquer. 
 Assim sendo, o aspecto material da 
hipótese de incidência das contribuições 
previdenciárias é a prestação do serviço 
remunerado pelos trabalhadores (exceto para 
os segurados facultativos), enquanto o aspecto 
temporal se realiza na data da prestação da 
atividade, apuradas mês a mês, concedendo-
se um prazo para pagamento. 
 Vale frisar que, por força do Princípio da 
Solidariedade e da regra do artigo 12, §4º, da 
Lei 8.212/91, o aposentado pelo Regime Geral 
de Previdência Social que estiver exercendo ou 
que voltar a exercer atividade 
abrangida por este Regime é 
segurado obrigatório em relação a essa 
atividade, ficando sujeito às contribuições 
previdenciárias para fins de custeio da 
Seguridade Social, mesmo sem poder gozar de 
nova aposentadoria neste regime 
previdenciário (SOBRE A REMUNERAÇÃO, E 
NÃO SOBRE A APOSENTADORIA). 
• CONTRIBUIÇÕES DOS 
TRABALHADORES 
• Empregado, trabalhador avulso e 
empregado doméstico – ART. 20, LEI 
8212/91: 
• 
• SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO (R$) 
• ALÍQUOTA PARA FINS DE 
RECOLHIMENTO 
• até 1.317,07- 8,00% 
• de 1.317,08 até 2.195,12 - 9,00% 
• de 2.195,13 até 4.390,24 - 11,00% 
 Nestes casos (segurado empregado, 
trabalhador avulso e empregado doméstico), a 
responsabilidade tributária pelo recolhimento 
da contribuição previdenciária não será dos 
segurados e sim das empresas, empregadores 
e equiparados, que deverão perpetrar os 
descontos e repassar à Secretaria de Receita 
Federal do Brasil as respectivas quantias, 
sendo uma hipótese de substituição tributária 
originária, na forma do artigo 30, incisos I e V, 
da Lei 8.212/91. 
 Com relação ao segurado empregado e 
ao trabalhador avulso, haverá presunção 
absoluta de desconto das suas contribuições 
previdenciárias pelo empregador, empresa ou 
equiparado, que deverá responder 
exclusivamente pelo pagamento, caso não 
tenha retido os valores ou não os repassadoà 
União, na forma do artigo 33, §5º, da Lei 
8.212/91 
LEI 8212/91, ARTIGO 33: § 5º O desconto de 
contribuição e de consignação legalmente 
autorizadas sempre se presume feito oportuna 
e regularmente pela empresa a isso obrigada, 
não lhe sendo lícito alegar omissão para se 
eximir do recolhimento, ficando diretamente 
responsável pela importância que deixou de 
receber ou arrecadou em desacordo com o 
disposto nesta Lei. 
Lei 8213/91 - Art. 35. Ao segurado empregado 
e ao trabalhador avulso que tenham cumprido 
todas as condições para a concessão do 
benefício pleiteado mas não possam 
comprovar o valor dos seus salários-de-
 
 
 
 
 
 
 
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13 
contribuição no período básico de cálculo, será 
concedido o benefício de valor mínimo, 
devendo esta renda ser recalculada, quando da 
apresentação de prova dos salários-de-
contribuição. 
 O mesmo não ocorre com os 
empregados domésticos, que foram 
discriminados pela legislação previdenciária, 
pois não gozam da mencionada presunção 
absoluta de recolhimento das suas 
contribuições previdenciárias, apesar de ser de 
responsabilidade dos empregadores 
domésticos. Contudo, paga-se o benefício no 
valor mínimo: 
LEI 8213/91, ARTIGO 36: Para o segurado 
empregado doméstico que, tendo satisfeito as 
condições exigidas para a concessão do 
benefício requerido, não comprovar o efetivo 
recolhimento das contribuições devidas, será 
concedido o benefício de valor mínimo, 
devendo sua renda ser recalculada quando da 
apresentação da prova do recolhimento das 
contribuições. 
 No caso dos empregados e avulsos, as 
empresas deverão fazer os recolhimento até o 
dia 20 ao do mês subsequente ao da 
competência ou, se não for dia útil bancário, no 
imediatamente anterior, conforme inovação da 
Lei 11.933/2009, ao passo que o empregador 
doméstico terá até o dia 15 do mês seguinte ao 
da competência para recolher a contribuição 
descontada do empregado doméstico, ou o dia 
útil imediatamente posterior. 
Nova redação do artigo 30, inciso I, da Lei 
8.212/91. 
CONTRIBUINTE INDIVIDUAL E SEGURADO 
FACULTATIVO 
Art. 21. A alíquota de contribuição dos 
segurados contribuinte individual e facultativo 
será de vinte por cento sobre o respectivo 
salário-de-contribuição; 
 No caso destes segurados, em regra, a 
alíquota da contribuição previdenciária foi 
fixada em 20% sobre o salário de contribuição, 
cabendo ao próprio segurado promover 
diretamente o recolhimento tempestivo do 
tributo, sob pena de não se filiar ao RGPS, até 
o dia 15 ao do mês seguinte ao da 
competência, ou no dia útil imediatamente 
posterior. 
 
 
 
Artigo 21, da Lei 8.212/91. 
RECOLHIMENTO SIMPLIFICADO - art 21 
§ 2o No caso de opção pela exclusão do direito 
ao benefício de aposentadoria por tempo de 
contribuição, a alíquota de contribuição 
incidente sobre o limite mínimo mensal do 
salário de contribuição será de: 
I - 11% (onze por cento), no caso do segurado 
contribuinte individual, ressalvado o disposto 
no inciso II, que trabalhe por conta própria, sem 
relação de trabalho com empresa ou 
equiparado e do segurado facultativo, 
observado o disposto na alínea b do inciso II 
deste parágrafo; 
II - 5% (cinco por cento): (Incluído pela Lei nº 
12.470, de 2011) 
a) no caso do microempreendedor individual, 
de que trata o art. 18-A da Lei Complementar 
no 123, de 14 de dezembro de 2006; e (Incluído 
pela Lei nº 12.470, de 2011) (Produção de 
efeito) 
b) do segurado facultativo sem renda própria 
que se dedique exclusivamente ao trabalho 
doméstico no âmbito de sua residência, desde 
que pertencente a família de baixa renda. 
§ 3o O segurado que tenha contribuído na 
forma do § 2o deste artigo e pretenda contar o 
tempo de contribuição correspondente para fins 
de obtenção da aposentadoria por tempo de 
contribuição ou da contagem recíproca do 
tempo de contribuição a que se refere o art. 94 
da Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991, deverá 
complementar a contribuição mensal mediante 
recolhimento, sobre o valor correspondente ao 
limite mínimo mensal do salário-de-contribuição 
em vigor na competência a ser 
complementada, da diferença entre o 
percentual pago e o de 20% (vinte por cento), 
acrescido dos juros moratórios de que trata o § 
3o do art. 5o da Lei no 9.430, de 27 de 
dezembro de 1996. (Redação dada pela Lei nº 
12.470, de 2011) (Produção de efeito) 
§ 4o Considera-se de baixa renda, para os fins 
do disposto na alínea b do inciso II do § 2o 
deste artigo, a família inscrita no Cadastro 
Único para Programas Sociais do Governo 
Federal - CadÚnico cuja renda mensal seja de 
até 2 (dois) salários mínimos. 
• Por força do artigo 4º, da Medida 
Provisória 83/2002, convertida na Lei 
10.666/03, a partir da competência de 
abril de 2003, o contribuinte individual 
prestador de serviços à pessoa jurídica 
 
 
 
 
 
 
 
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14 
deixou de ser o responsável tributário 
pelo recolhimento da sua contribuição 
previdenciária, que passou a ser de 
responsabilidade da pessoa jurídica 
tomadora do serviço, à razão de 11% 
sobre o salário de contribuição, e não 
mais de 20%, conforme explicitado no 
artigo 216, §26, do RPS. 
• SEGURADO ESPECIAL 
• ARTIGO 25, LEI 8.212/91: I - 2% da 
receita bruta proveniente da 
comercialização da sua produção; 
• II - 0,1% da receita bruta proveniente da 
comercialização da sua produção para 
financiamento das prestações por 
acidente do trabalho. 
• ART. 195, §8º, CF: “§ 8º O produtor, o 
parceiro, o meeiro e o arrendatário 
rurais e o pescador artesanal, bem 
como os respectivos cônjuges, que 
exerçam suas atividades em regime de 
economia familiar, sem empregados 
permanentes, contribuirão para a 
seguridade social mediante a aplicação 
de uma alíquota sobre o resultado da 
comercialização da produção e farão 
jus aos benefícios nos termos da lei”. 
ARTIGO 25, LEI 8212/91: 
§ 1º O segurado especial de que trata este 
artigo, além da contribuição obrigatória referida 
no caput, poderá contribuir, facultativamente, 
na forma do art. 21 desta Lei (COMO SE 
FOSSE CONTRIBUINTE INDIVIDUAL). 
 Em regra, não caberá ao segurado 
especial a responsabilidade pelo recolhimento 
da sua contribuição previdenciária, e sim ao 
adquirente da produção, salvo se 
comercializada no exterior, diretamente no 
varejo a pessoa física, a produtor rural pessoa 
física ou a outro segurado especial, até o dia 
20 do mês subsequente ao da competência ou 
no dia útil imediatamente anterior se não 
houver expediente bancário. 
 
 
 
 
 
 
 
EMPRESA E EQUIPARADO 
 Art. 15. Considera-se: (LEI 8212/91) 
 I - empresa - a firma individual ou 
sociedade que assume o risco de atividade 
econômica urbana ou rural, com fins lucrativos 
ou não, bem como os órgãos e entidades da 
administração pública direta, indireta e 
fundacional; 
 Parágrafo único. Equipara-se a 
empresa, para os efeitos desta Lei, o 
contribuinte individual em relação a segurado 
que lhe presta serviço, bem como a 
cooperativa, a associação ou entidade de 
qualquer natureza ou finalidade, a missão 
diplomática e a repartição consular de carreira 
estrangeiras 
 Incluem-se na base de cálculo da 
contribuição previdenciária da empresa e 
equiparada as parcelas remuneratórias do 
trabalho, excluindo-se as de cunho 
indenizatório, a exemplo das listadas no §9º, 
do artigo 28, da Lei 8.212/91. 
 
 
 
 
 
 
 
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15 
 Por sua vez, não se considera como 
remuneração direta ou indireta, os valoresdespendidos pelas entidades religiosas e 
instituições de ensino vocacional com ministro 
de confissão religiosa, membros de instituto de 
vida consagrada, de congregação ou de ordem 
religiosa em face do seu mister religioso ou 
para sua subsistência desde que fornecidos em 
condições que independam da natureza e da 
quantidade do trabalho executado. Artigo 22, § 
13, da Lei 8.212/91. 
 De seu turno, ao contrário do que 
ocorre com o salário de contribuição, que limita 
o valor das contribuições previdenciárias dos 
segurados do RGPS, inexiste teto para o 
pagamento das contribuições previdenciárias 
devidas pelas empresas e equiparadas. 
 Deverá a empresa promover o 
recolhimento até o dia 20 do mês subsequente 
ao da competência respectiva, conforme 
inovação da Lei 11.933/2009, ou no dia útil 
imediatamente anterior, se não houver 
expediente bancário, pois antes o prazo era até 
o dia 10 (Lei 11.488/2007) ou o dia 02 (Lei 
9.063/95) no regime mais antigo. 
 
CONTRIBUIÇÕES DAS EMPRESAS E 
EQUIPARADAS 
• Art. 22. A contribuição a cargo da 
empresa, destinada à Seguridade 
Social, além do disposto no art. 23, é 
de: 
• I - vinte por cento sobre o total das 
remunerações pagas, devidas ou 
creditadas a qualquer título, durante o 
mês, aos segurados empregados e 
trabalhadores avulsos que lhe prestem 
serviços, destinadas a retribuir o 
trabalho, qualquer que seja a sua 
forma, inclusive as gorjetas, os ganhos 
habituais sob a forma de utilidades e os 
adiantamentos decorrentes de reajuste 
salarial, quer pelos serviços 
efetivamente prestados, quer pelo 
tempo à disposição do empregador ou 
tomador de serviços, nos termos da lei 
ou do contrato ou, ainda, de convenção 
ou acordo coletivo de trabalho ou 
sentença normativa 
 
 
 
II - para o financiamento do benefício previsto 
nos arts. 57 e 58 da Lei no 8.213, de 24 de 
julho de 1991, e daqueles concedidos em 
razão do grau de incidência de incapacidade 
laborativa decorrente dos riscos ambientais do 
trabalho, sobre o total das remunerações 
pagas ou creditadas, no decorrer do mês, aos 
segurados empregados e trabalhadores 
avulsos (CONTRIBUIÇÃO SAT): 
a) 1% (um por cento) para as empresas em 
cuja atividade preponderante o risco de 
acidentes do trabalho seja considerado leve; 
b) 2% (dois por cento) para as empresas em 
cuja atividade preponderante esse risco seja 
considerado médio; 
c) 3% (três por cento) para as empresas em 
cuja atividade preponderante esse risco seja 
considerado grave. 
LEI 10666/03 
 Art. 10. A alíquota de contribuição de 
um, dois ou três por cento, destinada ao 
financiamento do benefício de aposentadoria 
especial ou daqueles concedidos em razão do 
grau de incidência de incapacidade laborativa 
decorrente dos riscos ambientais do trabalho, 
poderá ser reduzida, em até cinqüenta por 
cento, ou aumentada, em até cem por cento, 
conforme dispuser o regulamento, em razão do 
desempenho da empresa em relação à 
respectiva atividade econômica, apurado em 
conformidade com os resultados obtidos a 
partir dos índices de freqüência, gravidade e 
custo, calculados segundo metodologia 
aprovada pelo Conselho Nacional de 
Previdência Social. 
 A matéria vem regulada pelo artigo 202-
A, do RPS, com redação alterada pelo Decreto 
6.957/2009, que criou o FAP – Fator 
Acidentário de Prevenção, consistente em 
multiplicador variável (entre 0,5000 e 2,0000) 
que procederá à discriminação do desempenho 
da empresa, dentro da respectiva atividade 
econômica, a partir da criação de um índice 
composto pelos índices de gravidade, de 
frequência e de custo dos valores dos 
benefícios acidentários. 
 
SÚMULA 351 DO STJ 
 
 Súmula: 351- A alíquota de contribuição 
para o Seguro de Acidente do Trabalho (SAT) 
é aferida pelo grau de risco desenvolvido em 
cada empresa, individualizada pelo seu CNPJ, 
 
 
 
 
 
 
 
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16 
ou pelo grau de risco da atividade 
preponderante quando houver apenas um 
registro. 
ADICIONAL SAT – CUSTEIO DA 
APOSENTADORIA ESPECIAL 
 A teor do artigo 57, §6º, da Lei 
8.213/91, as alíquotas da contribuição SAT 
ainda poderão ser acrescidas de 6%, 9% ou 
12% (adicional SAT), se o segurado 
empregado ou trabalhador avulso desenvolva 
atividade enquadrada como especial, que leva 
a uma aposentadoria diferenciada com apenas 
25, 20 ou 15 anos de contribuição. 
 As instituições financeiras deverão 
ainda pagar um adicional de 2,5%, perfazendo 
um total de 22,5%, em razão do maior lucro e 
automação do setor, na forma do artigo 22, 
§1º, da Lei 8.212/91, discrímen validado pelo 
STF no julgamento da medida cautelar na ação 
cível 1.109, de 31.05.2007, com fulcro no artigo 
195, §9º, da CRFB, que admite a 
progressividade das alíquotas das 
contribuições para a seguridade social. 
 III - vinte por cento sobre o total das 
remunerações pagas ou creditadas a qualquer 
título, no decorrer do mês, aos segurados 
contribuintes individuais que lhe prestem 
serviços; 
 No caso das cooperativas de produção, 
esta deverá recolher uma contribuição 
adicional de 6%, 9%, ou 12% (adicional SAT) 
para o custeio da aposentadoria especial de 
25, 20 ou 15 anos, respectivamente, caso se 
trate de atividade enquadrada como especial 
desenvolvida pelo cooperado (contribuinte 
individual) e que gere a citada aposentadoria 
com menos anos de contribuição, como prevê 
o artigo 1º, §2º, da Lei 10.666/2003. 
 Também neste caso as instituições 
financeiras deverão ainda pagar um adicional 
de 2,5%, em razão do maior lucro e 
automação, com base no artigo 22, §1º, da Lei 
8.212/91. 
 IV - quinze por cento sobre o valor bruto 
da nota fiscal ou fatura de prestação de 
serviços, relativamente a serviços que lhe são 
prestados por cooperados por intermédio de 
cooperativas de trabalho. 
 
 
 
 
Esta contribuição poderá ainda sofrer 
um acréscimo de 5, 7 ou 9% para o custeio da 
aposentadoria especial de 25, 20 ou 15 anos, 
respectivamente, no caso de cooperado 
exposto a agentes nocivos à sua saúde cuja 
atividade se enquadrar como especial, a cargo 
da empresa tomadora de serviços – LEI 
10666/03, ARTIGO 1º, §1º. 
 Entende-se como cooperativa de 
trabalho, espécie de cooperativa também 
denominada cooperativa de mão-de-obra, a 
sociedade formada por operários, artífices, ou 
pessoas da mesma profissão ou ofício ou de 
vários ofícios de uma mesma classe, que, na 
qualidade de associados, prestam serviços a 
terceiros por seu intermédio. 
Artigo 209, da Instrução Normativa RFB 
971/2009. 
Esta disposição que afasta a regra geral dos 
20% sobre o total das remunerações pagas ou 
creditadas. 
Artigo 201, §19, do RPS. 
EMPREGADOR DOMÉSTICO 
 ARTIGO 15, II, LEI 8.212/91: 
empregador doméstico - a pessoa ou família 
que admite a seu serviço, sem finalidade 
lucrativa, empregado doméstico. 
 Art. 24. A contribuição do empregador 
doméstico é de 12% (doze por cento) do 
salário-de-contribuição do empregado 
doméstico a seu serviço. 
Deverá ser recolhida até o dia 15 do mês 
subsequente ao da competência, ou, se não for 
dia útil, no primeiro imediatamente posterior, 
juntamente com a contribuição descontada do 
salário do empregado, valendo ressaltar que se 
cuida da única contribuição patronal que 
incidirá sobre o salário de contribuição, tendo, 
destarte, um teto. 
• Será possível o recolhimento 
trimestral das contribuições 
previdenciárias pelo empregador 
doméstico, caso o salário de 
contribuição seja de um salário mínimo. 
• O empregador doméstico poderá 
recolher a contribuição do segurado 
empregado a seu serviço e a parcela a 
seu cargo relativas à competência 
novembro até o dia 20 de dezembro, 
juntamente com a contribuição referente 
à gratificação natalina - décimo terceiro 
salário - utilizando-sede um único 
 
 
 
 
 
 
 
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17 
documento de arrecadação. Artigo 216, 
§16, do RPS. 
 
INOVAÇÃO DA LEI 12.470/2011 
ARTIGO 24, LEI 8212/91 
Parágrafo único. Presentes os elementos da 
relação de emprego doméstico, o empregador 
doméstico não poderá contratar 
microempreendedor individual de que trata o 
art. 18-A da Lei Complementar no 123, de 14 
de dezembro de 2006, sob pena de ficar sujeito 
a todas as obrigações dela decorrentes, 
inclusive trabalhistas, tributárias e 
previdenciárias.” (NR) 
 
 
 
 
 
CONTRIBUIÇÕES SUBSTITUTIVAS DA COTA 
PATRONAL TIMES DE FUTEBOL 
PROFISSIONAL: Art. 22- 
§ 6º A contribuição empresarial da associação 
desportiva que mantém equipe de futebol 
profissional destinada à Seguridade Social, em 
substituição à prevista nos incisos I e II deste 
artigo, corresponde a cinco por cento da receita 
bruta, decorrente dos espetáculos desportivos 
de que participem em todo território nacional 
em qualquer modalidade 
desportiva, inclusive jogos internacionais, e de 
qualquer forma de patrocínio, licenciamento de 
uso de marcas e símbolos, publicidade, 
propaganda e de transmissão de espetáculos 
desportivos. 
 Frise-se que esta contribuição não 
substituirá a incidente sobre as remunerações 
dos contribuintes individuais prestadores de 
serviços à associação desportiva, mas apenas 
no que concerne aos empregados e avulsos. 
 
 Por sua vez, caberá a entidade 
promotora do espetáculo a responsabilidade 
tributária de efetuar os descontos e repassar à 
União os recursos até 02 dias úteis após a 
realização do evento esportivo. 
 No caso de a associação desportiva 
receber recursos a título de patrocínio, 
licenciamento de uso de marcas e símbolos, 
publicidade, propaganda e transmissão de 
espetáculos, caberá à empresa pagadora a 
responsabilidade de reter e recolher o 
percentual de 5% da receita bruta decorrente 
do evento, inadmitida qualquer dedução, até o 
dia 20 do mês subsequente ao da 
competência. 
• De acordo com o atual regramento, esta 
contribuição substitutiva beneficiará as 
associações desportivas que 
mantenham equipe de futebol 
profissional e atividade econômica 
organizada para a produção e 
circulação de bens e serviços e que se 
organize regularmente, segundo um 
dos tipos disciplinados nos artigos 
1.039 a 1.092, do Código Civil. 
• Antes, por força da Medida Provisória 
358/2007, que alterou a redação do 
§11, do artigo 22, da Lei 8.212/91, era 
preciso que se tratasse de sociedade 
empresarial para gozar desta 
contribuição substitutiva, mas este 
dispositivo foi excluído da Lei de 
conversão (11.505/2007). 
 PRODUTOR RURAL PESSOA FÍSICA 
(art. 25, Lei 8.212/91): 2,0% sobre a receita 
bruta proveniente da comercialização da sua 
produção, sofrendo um acréscimo de 0,1% 
para financiamento das prestações por 
acidente do trabalho (SAT), o que perfaz um 
total de 2,1%. 
 Em 03.02.2010, no julgamento do RE 
363.852, noticiado pelo Informativo 573, o 
 
 
 
 
 
 
 
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Dir. Previdenciário – Começando do Zero 
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18 
Plenário do STF pronunciou a sua 
inconstitucionalidade incidental, em razão de 
se caracterizar como nova fonte de custeio, o 
que demandaria a edição de lei complementar, 
dentre outros fundamentos. 
“CONTRIBUIÇÃO SOCIAL - 
COMERCIALIZAÇÃO DE BOVINOS - 
PRODUTORES RURAIS PESSOAS 
NATURAIS - SUB-ROGAÇÃO - LEI Nº 
8.212/91 - ARTIGO 195, INCISO I, DA CARTA 
FEDERAL - PERÍODO ANTERIOR À EMENDA 
CONSTITUCIONAL Nº 20/98 - UNICIDADE DE 
INCIDÊNCIA - EXCEÇÕES - COFINS E 
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL - PRECEDENTE - 
INEXISTÊNCIA DE LEI COMPLEMENTAR. 
Ante o texto constitucional, não subsiste a 
obrigação tributária sub-rogada do adquirente, 
presente a venda de bovinos por produtores 
rurais, pessoas naturais, prevista nos artigos 
12, incisos V e VII, 25, incisos I e II, e 30, inciso 
IV, da Lei nº 8.212/91, com as redações 
decorrentes das Leis nº 8.540/92 e nº 9.528/97. 
Aplicação de leis no tempo – considerações”. 
 
PRODUTOR RURAL PESSOA JURÍDICA: 
 Artigo 25, da Lei 8.870/94 
 A alíquota da contribuição será 2,5% 
sobre a receita bruta proveniente da 
comercialização da sua produção, sofrendo um 
acréscimo de 0,1% para financiamento das 
prestações por acidente do trabalho (SAT), o 
que perfaz um total de 2,6%. 
 
 
 
 
 
 
 
ARRECADAÇÃO DAS CONT. 
PREVIDENCIÁRIAS 
 Desde o advento da Lei 11.457/2007, a 
tributação, a fiscalização, a arrecadação, a 
cobrança e o recolhimento de todas as 
contribuições para a seguridade social 
passaram a ser da competência da Secretaria 
da Receita Federal do Brasil, órgão da União, 
integrante da estrutura do Ministério da 
Fazenda, nova denominação dada à antiga 
Secretaria da Receita Federal, após a extinção 
da Secretaria de Receita Previdenciária, que 
integrava o Ministério da Previdência Social, na 
forma do artigo 39, da Lei 8.212/91, na antiga 
redação dada pela Lei 11.098/2005. 
LEI 8212/91 - Art. 33. À Secretaria da Receita 
Federal do Brasil compete planejar, executar, 
acompanhar e avaliar as atividades relativas à 
tributação, à fiscalização, à arrecadação, à 
cobrança e ao recolhimento das contribuições 
sociais previstas no parágrafo único do art. 11 
desta Lei, das contribuições incidentes a título 
de substituição e das devidas a outras 
entidades e fundos. (Redação dada pela Lei nº 
11.941, de 2009). 
§ 1o É prerrogativa da Secretaria da Receita 
Federal do Brasil, por intermédio dos 
Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil, 
o exame da contabilidade das empresas, 
ficando obrigados a prestar todos os 
esclarecimentos e informações solicitados o 
segurado e os terceiros responsáveis pelo 
recolhimento das contribuições previdenciárias 
e das contribuições devidas a outras entidades 
e fundos. 
§ 2o A empresa, o segurado da Previdência 
Social, o serventuário da Justiça, o síndico ou 
seu representante, o comissário e o liquidante 
de empresa em liquidação judicial ou 
extrajudicial são obrigados a exibir todos os 
documentos e livros relacionados com as 
contribuições previstas nesta Lei. § 3o 
Ocorrendo recusa ou sonegação de qualquer 
documento ou informação, ou sua 
apresentação deficiente, a Secretaria da 
Receita Federal do Brasil pode, sem prejuízo 
da penalidade cabível, lançar de ofício a 
importância devida 
§ 4o Na falta de prova regular e formalizada 
pelo sujeito passivo, o montante dos salários 
pagos pela execução de obra de construção 
civil pode ser obtido mediante cálculo da mão 
de obra empregada, proporcional à área 
 
 
 
 
 
 
 
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construída, de acordo com critérios 
estabelecidos pela Secretaria da Receita 
Federal do Brasil, cabendo ao proprietário, 
dono da obra, condômino da unidade 
imobiliária ou empresa corresponsável o ônus 
da prova em contrário. 
§ 5º O desconto de contribuição e de 
consignação legalmente autorizadas sempre se 
presume feito oportuna e regularmente pela 
empresa a isso obrigada, não lhe sendo lícito 
alegar omissão para se eximir do recolhimento, 
ficando diretamente responsável pela 
importância que deixou de receber ou 
arrecadou em desacordo com o disposto nesta 
Lei. 
§ 6º Se, no exame da escrituração contábil e 
de qualquer outro documento da empresa, a 
fiscalização constatar que a contabilidade não 
registra o movimento real de remuneração dos 
segurados a seu serviço, do faturamento e do 
lucro, serão apuradas, por aferição indireta, as 
contribuições efetivamente devidas, cabendo à 
empresa o ônus da prova em contrário. 
 Ademais, com a promulgação daEmenda 20/98 e posteriormente da Emenda 
45/2004, que incluiu o inciso VIII, no artigo 114, 
da CRFB, a Justiça do Trabalho passou a ter 
competência para executar, de ofício, as 
contribuições previdenciárias patronais e dos 
trabalhadores, inclusive os respectivos 
acréscimos legais, decorrentes das sentenças 
que proferir. 
Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho 
processar e julgar: 
VIII a execução, de ofício, das contribuições 
sociais previstas no art. 195, I, a , e II, e seus 
acréscimos legais, decorrentes das sentenças 
que proferir; (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 45, de 2004) 
 
De acordo com o STF, a mencionada 
competência da Justiça do Trabalho restringe-
se às decisões condenatórias de verbas 
trabalhistas, não devendo haver arrecadação 
das contribuições previdenciárias caso a 
sentença seja meramente declaratória do 
vínculo de emprego: 
1. O Supremo Tribunal Federal fixou 
entendimento no sentido de que a competência 
da Justiça do Trabalho restringe-se à 
execução, de ofício, das contribuições 
previdenciárias decorrentes 
de sentenças condenatórias e 
não alcança, assim, aquela relativa ao vínculo 
empregatício reconhecido na sentença, mas 
sem condenação ou acordo sobre o 
pagamento das verbas trabalhistas que 
possam servir como base de cálculo. [RE n. 
569.056, Plenário, Relator o Ministro Menezes 
Direito, DJ de 12.12.08]. 
Art. 43. Nas ações trabalhistas de que resultar 
o pagamento de direitos sujeitos à incidência 
de contribuição previdenciária, o juiz, sob pena 
de responsabilidade, determinará o imediato 
recolhimento das importâncias devidas à 
Seguridade Social. 
 
§ 1o Nas sentenças judiciais ou nos acordos 
homologados em que não figurarem, 
discriminadamente, as parcelas legais relativas 
às contribuições sociais, estas incidirão sobre o 
valor total apurado em liquidação de sentença 
ou sobre o valor do acordo 
homologado. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 
2009). 
§ 2o Considera-se ocorrido o fato gerador das 
contribuições sociais na data da prestação do 
serviço. 
§ 3o As contribuições sociais serão apuradas 
mês a mês, com referência ao período da 
prestação de serviços, mediante a aplicação de 
alíquotas, limites máximos do salário-de-
contribuição e acréscimos legais moratórios 
vigentes relativamente a cada uma das 
competências abrangidas, 
devendo o recolhimento ser efetuado no 
mesmo prazo em que devam ser pagos os 
créditos encontrados em liquidação de 
sentença ou em acordo homologado, sendo 
que nesse último caso o recolhimento será feito 
em tantas parcelas quantas as previstas no 
acordo, nas mesmas datas em que sejam 
exigíveis e proporcionalmente a cada uma 
delas. 
§ 4o No caso de reconhecimento judicial da 
prestação de serviços em condições que 
permitam a aposentadoria especial após 15 
(quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos 
de contribuição, serão devidos os acréscimos 
de contribuição de que trata o § 6o do art. 57 
da Lei no 8.213, de 24 de julho de 
1991. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009). 
 
§ 5o Na hipótese de acordo celebrado após ter 
sido proferida decisão de mérito, a contribuição 
 
 
 
 
 
 
 
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DIREITO PREVIDENCIÁRIO 
Dir. Previdenciário – Começando do Zero 
Frederico Amado 
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será calculada com base no valor do 
acordo. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009). 
 
De acordo com entendimento do TST, este §5º 
abarca, inclusive, os acordos homologados 
após o trânsito em julgado de sentença 
condenatória trabalhista, pois a conciliação é 
objetivo a ser buscado pelo Poder Judiciário 
(CPC, art. 125, IV, e 448; CLT, art. 846), 
cabendo, no processo trabalhista, a qualquer 
momento (PROCESSO Nº TST-AIRR-9741-
66.2007.5.03.0016, 3ª Turma, de 28/04/2010). 
No entanto, o acordo deverá respeitar a 
proporcionalidade entre as parcelas 
remuneratórias e as indenizatórias fixadas na 
decisão condenatória, nos termos da 
Orientação Jurisprudencial 376 do TST, 
publicada em 19/04/2010: 
“OJ 376. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. 
ACORDO HOMOLOGADO EM JUÍZO APÓS O 
TRÂNSITO EM JULGADO DA SENTENÇA 
CONDENATÓRIA. INCIDÊNCIA SOBRE O 
VALOR HOMOLOGADO. É devida a 
contribuição previdenciária sobre o valor do 
acordo celebrado e homologado após o trânsito 
em julgado de decisão judicial, respeitada a 
proporcionalidade de valores entre as parcelas 
de natureza salarial e indenizatória deferidas 
na decisão condenatória e as parcelas objeto 
do acordo”. 
§ 6o Aplica-se o disposto neste artigo aos 
valores devidos ou pagos nas Comissões de 
Conciliação Prévia de que trata a Lei no 9.958, 
de 12 de janeiro de 2000. 
No caso de condenação de empresa ao 
pagamento de verbas trabalhistas devidas ao 
prestador de serviços sem vínculo de emprego 
(contribuinte individual), a condenação deverá 
ser de 20% referente à cota da empresa e de 
11% da parte do segurado. 
Nesse sentido, a Orientação Jurisprudencial 
398, da Seção de Dissídios Individuais 1 do 
TST: 
 
“OJ-SDI1-398. CONTRIBUIÇÃO 
PREVIDENCIÁRIA. ACORDO HOMO-
LOGADO EM JUÍZO SEM 
RECONHECIMENTO DE VÍNCULO DE EM-
PREGO. CONTRIBUINTE INDIVIDUAL. 
RECOLHIMENTO DA ALÍ-QUOTA DE 20% A 
CARGO DO TOMADOR E 11% A CARGO DO 
PRESTADOR DE SERVIÇOS. (DEJT 
divulgado em 02, 03 e 04.08.2010) 
Nos acordos homologados em juízo em que 
não haja o reconhecimento de vínculo 
empregatício, é devido o recolhimento da 
contribuição previdenciária, mediante a 
alíquota de 20% a cargo do tomador de 
serviços e de 11% por parte do prestador de 
serviços, na qualidade de contribuinte 
individual, sobre o valor total do acordo, 
respeitado o teto de contribuição. Inteligência 
do § 4º do art. 30 e do inciso III do art. 22, 
todos da Lei n.º 8.212, de 24.07.1991”. 
Inclusive, não será necessária a Certidão de 
Dívida Ativa para a habilitação do crédito 
previdenciário reconhecido pela Justiça do 
Trabalho em juízo falimentar: 
 
“INFORMATIVO 530 STJ- DIREITO 
PROCESSUAL CIVIL. HABILITAÇÃO DE 
CRÉDITO PREVIDENCIÁRIO EM PROCESSO 
DE FALÊNCIA. 
É desnecessária a apresentação de Certidão 
de Dívida Ativa (CDA) para habilitação, em 
processo de falência, de crédito previdenciário 
resultante de decisão judicial trabalhista. Com 
efeito, a constituição do crédito tributário pela 
via administrativa do lançamento, da qual 
resulta a CDA, título executivo extrajudicial 
conforme o art. 585, VII, do CPC, não se 
confunde com o crédito materializado no título 
executivo judicial no qual foi reconhecida uma 
obrigação tributária, nascida com o fato 
gerador, cuja ocorrência se dá "na data da 
prestação do serviço“ ... 
(art. 43, § 2º, da Lei n. 8.212/1991). 
Efetivamente, a sentença da justiça laboral que 
condena o empregador a uma obrigação de 
caráter trabalhista e, por consequência, 
reconhece a existência do fato gerador da 
obrigação tributária insere-se na categoria 
geral de sentença proferida no processo civil 
que reconhece a existência de obrigação de 
fazer, não fazer, entregar coisa ou pagar 
quantia (art. 475-N, CPC). Desse modo, a 
sentença consubstancia, ela própria, título 
executivo judicial no qual subjaz o crédito para 
a Fazenda Pública. REsp 1.170.750-SP, Rel. 
Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 
27/08/2013”. 
 Caso a sentença trabalhista tenha 
discriminado o recolhimento de contribuições 
previdenciárias indevidas ou além do valor 
 
 
 
 
 
 
 
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Dir. Previdenciário – Começando do Zero 
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correto, a Justiça Laboral não detém 
competência para julgar a ação de repetição do 
indébito tributário, e sim a Justiça Federal: 
1. O art. 114 da Constituição Federal, alterado 
com a Emenda Constitucional 45/04, que 
promoveu a reforma do Poder Judiciário e 
ampliou a competência da Justiça do Trabalho, 
atribui

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