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10S - DA - Direito Ambiental

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Direito Ambiental
Profa. Regina Célia Martinez
1. Considerações Iniciais:
	1.1. Avaliação continuada: 20/03. Dois testes com justificativa;
	1.2 Questionário: não obrigatório, valendo 20 horas aula;
	1.3 Trabalho: obrigatório, valendo 30 horas aula, entrega impreterivelmente dia 10/04. Consiste em 4 temas, em 3 páginas cada um, manuscritas. No dia da entrega haverá debate. Uma das perguntas da avaliação continuada, a ser escolhida pelo aluno, será um desses temas. Temas:
		a) Proteção do meio ambiente artificial;
		b) Proteção do meio ambiente cultural;
		c) Aspectos da tutela pré-processual do meio ambiente;
		d) Aspectos da tutela processual do meio ambiente.
	1.4 Bibliografia:
		- Curso de Direito Ambiental Brasileiro
		Celso Antonio Pacheco Fiorillo
		- Direito do Ambiente
		Édis Milaré
		- Direito Ambiental Brasileiro
		Paulo Affonso Leme Machado
		- Meio ambiente e cidadania
		Maria Celia Martinez
Direito Ambiental.
1. A preocupação universal com a tutela do meio ambiente:
	A partir do momento em que os conhecimentos sobre ecologia foram associados ao Direito, o meio ambiente passou a se caracterizar como um sistema que engloba o conjunto de organismos de uma dada área (comunidade biótica) e os fatores abióticos a ela associados (clima, solo, recursos hídricos, dentre outros) com todas as suas possíveis inter-relações, chamado ecossistema.
	Até bem pouco tempo, o patrimônio natural era considerado como fonte de recursos inesgotáveis, mas atualmente percebe-se seu caráter finito vindo a incorporar-se preocupações gerais da opinião pública nacional e internacional, bem como medidas governamentais de vulto no sentido da conservação e preservação, além de medidas educacionais.
	Nas duas últimas décadas, a preocupação ambiental vem se acentuando através do ecodesenvolvimento, ou seja, da conciliação entre a preservação ecológica, o desenvolvimento e a melhoria da qualidade de vida do ser humano chamado de desenvolvimento sustentável ou meio ambiente ecologicamente equilibrado.
	A preocupação universal com o meio ambiente está atrelada aos direitos humanos, na medida em que se concretizam a sadia qualidade de vida e o desenvolvimento sustentável.
	No âmbito do Direito Internacional Público foram estudadas declarações, convenções e protocolos de conteúdo ambiental (análise curriculum vertical).
	Na análise do curriculum horizontal, Direito Ambiental e Direito Internacional Privado, tem importância, dentre outros fatores, pelo contrato internacional entre empresas com selo verde, de sustentabilidade ou tenham ISO 14.000.
	O Direito Ambiental no âmbito internacional possui tratados e acordos internacionais dos quais destacamos:
•	Declaração do Rio sobre meio ambiente e desenvolvimento (1992);
•	Convenção do quadro das Nações Unidas sobre mudança do clima;
•	Protocolo de Kyoto;
•	Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) entre outros;
•	Declaração sobre o meio ambiente humano – Estocolmo (1972).
2. Conceito de meio ambiente (art. 3º, I, da Lei 6.938/81):
	Meio ambiente é o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas.
3. Meio ambiente natural:
	É aquilo que é proporcionado pela própria natureza. É formado pelo solo, flora, fauna, água, ar atmosférico etc (art.225, §1º, inciso I e VII da CF);
4. Meio ambiente artificial:
	É aquele em que a intervenção humana modificou sua estrutura, não preservando assim suas características iniciais.	É tudo o que o homem adiciona natureza. É formado pelos espaços urbanos, incluindo as edificações que são os espaços urbanos fechados, como por exemplo, um prédio residencial e os equipamentos públicos urbanos abertos, como uma via pública, uma praça, dentre outros. Apresenta-se, por fim, como a ocupação gradativa dos espaços naturais, transformando-os em espaços urbanos artificiais.
	Via de regra, o meio ambiente artificial tem seus olhos voltados para a cidade, o que em absoluto, não quer significar aversão ao rural, posto que no conceito de cidade está implícita a ideia relativa a espaços habitáveis, como um todo. 
	O Estatuto da Cidade (Lei 10.257/2001) é o instrumento que disciplina a propriedade urbana, contendo as principais diretrizes do meio ambiente artificial, fundado no equilíbrio ambiental (parágrafo único do art. 1.º do Estatuto da Cidade) e em face do tratamento jurídico descrito nos artigos 182 e 183 da Constituição Federal. 
	Assim, o meio ambiente artificial deixa de ser apenas individualizado em seus aspectos, como tutela mediata nos termos do artigo 225 da Constituição Federal (Do Meio Ambiente), mas também se torna regulamentado nos artigos 182 e 183 (Da Política Urbana), como tutela imediata, sendo praticamente impossível desvincular da execução da política urbana o conceito de direito à sadia qualidade de vida, assim como o direito à satisfação dos valores da dignidade da pessoa humana e a própria vida. 
5. Meio ambiente cultural :
	O meio ambiente cultural é aquele que vincula a cultura de um determinado Estado. Considera-se, portanto, o patrimônio cultural nacional, incluindo as relações culturais, turísticas, arqueológicas, paisagísticas e naturais. Ele traduz a história de um povo, a sua formação, cultura e, portanto, os próprios elementos identificadores de sua cidadania.
	A lei admite que seja promovida a defesa em juízo dos interesses de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico por meio de ação civil publica, ação popular e ação de responsabilidade movida diretamente pelos próprios lesados.
	Em resumo, o direito ambiental constitucional, no que se refere ao meio ambiente cultural, garante a tutela jurídica do patrimônio cultural do povo brasileiro, protegendo, dentre outros direitos, as línguas, as religiões, as convicções filosóficas, as convicções políticas, a música, a literatura, o teatro, o cinema, a escultura, a dança, a pintura, a arquitetura, mas manifestações desportivas, como bens representativos com seu conteúdo estabelecido no art. 216 da CF.
6. Meio ambiente do trabalho:
	É a disciplina que estuda as condições de trabalho, que engloba a proteção do trabalhador em seu local de trabalho dentro das normas de segurança, com o intuito de fornecer-lhe qualidade de vida (art.200, inciso VIII da CF).
7. Meio ambiente digital:
	É aquele conjunto de manifestação de pensamento, criação, expressão e informação realizados pela pessoa humana com a ajuda de computadores, do rádio, da TV, bem como, dos demais meios de comunicação existentes no século XXI, conforme assegura a Constituição Federal nos artigos 220 e 224. Trata-se de um direito fundamental a ser garantido pela tutela jurídica de nosso meio ambiente cultural “principalmente em face do abismo digital que ainda vivemos no Brasil”, aponta Fiorillo.
8. Educação ambiental: 
	Dá-se por meio de abordagens multidisciplinares e interdisciplinares. 
	A natureza possui regras e essas regras são passadas de geração a geração. Por exemplo, os pais ensinarem que quando chove não é para entrar ou permanecer no mar, ficar embaixo de árvores.
9. Política Nacional do Meio Ambiente (Lei nº 6.938/81)
	9.1 Conceitos:
	O art. 3º foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988 e traz os conceitos jurídicos de meio ambiente, poluição, entre outros. 
	Trata de matéria inter e multidisciplinar.
Art. 3º - Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por:
I - meio ambiente, o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas;
	A natureza mostra o problema e até onde podemos ir. O ser humano deve ter o devido cuidado com a natureza.
II - degradação da qualidade ambiental, a alteração adversa das características do meio ambiente;
	A degradação do meioambiente é demonstrada por peixes que aparecem mortos no rio, provavelmente sendo envenenados. No entanto, peixes são alimentos e com o envenenamento, contamina a água, tornando-a imprópria para banho.
III - poluição, a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente:
	Abrange tanto a poluição do ar, quanto poluição da água.
a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população;
	Envolve a sadia qualidade de vida. 
	Atualmente tem ocorrido de famílias, fazerem piqueniques, passearem com cachorros nos cemitérios, por falta de ambiente para o lazer (meio ambiente cultural). As famílias vão até o cemitério para distração, no entanto, estão em local contaminado, pois há decomposição de corpos.
	As gerações atuais têm cada vez mais começado a reparar aquilo que faz e o que poderá fazer em benefício ao meio ambiente.
b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas;
c) afetem desfavoravelmente a biota;
d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente;
e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos;
IV - poluidor, a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental;
	O Estado também pode ser poluidor.
V - recursos ambientais: a atmosfera, as águas interiores, superficiais e subterrâneas, os estuários, o mar territorial, o solo, o subsolo, os elementos da biosfera, a fauna e a flora.  
	O inciso V tem como foco o meio ambiente natural.
	O artigo em questão trata basicamente do meio ambiente natural, mas abrange todos os outros meios ambientes (artificial, cultural etc), pois envolve a sadia qualidade de vida e desenvolvimento sustentável.
	O poder público deve ter a previsibilidade com o meio ambiente. Deve-se ter a visão de acontecimentos que podem ocorrer, por exemplo, galhos que caem em vias públicas quando chove. Aqui há um fato natural que tem impacto no mundo jurídico, na sadia qualidade de vida, pois com a queda do galho, influencia na sadia qualidade de vida. Envolve também o direito administrativo, com o princípio da eficiência do Poder Público.
	9.2 Princípios: previsto no art. 2º, da Lei nº 6.938/81.
	O objetivo da Política Nacional do Meio Ambiente é preservar (intimamente relacionado com a educação ambiental), melhoria (condições de melhoria, possível a recuperação apesar do custo elevado) e recuperação da qualidade ambiental.
Art. 2º. A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento sócio econômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana, atendidos os seguintes princípios:
I - ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando o meio ambiente como um patrimônio público a ser necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo;
	A ação governamental é importante para o equilíbrio ecológico. O poder público deve prever antes do ocorrido, cabendo também ao operador do direito avisá-lo.
II - racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar;
	Racionalizar é aprender a usar.
III - planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais;
IV - proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas representativas;
	Deve-se acompanhar o ecossistema, a cadeia alimentar. Por exemplo, presença de ratos, ratazanas, escorpiões.
V - controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente poluidoras;
VI - incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o uso racional e a proteção dos recursos ambientais;
VII - acompanhamento do estado da qualidade ambiental;
VIII - recuperação de áreas degradadas; (Regulamento)
IX - proteção de áreas ameaçadas de degradação;
X - educação ambiental a todos os níveis do ensino, inclusive a educação da comunidade, objetivando capacitá-la para participação ativa na defesa 
	A Lei nº 6.938/81, no art. 2º dispõe sobre os princípios. Várias leis dispõe de princípios próprios e específicos em seu conteúdo. Por exemplo, o art. 4º, da Lei nº 9.795/99 (Lei de Educação Ambiental).
	9.3 Objetivos:
Art. 4º - A Política Nacional do Meio Ambiente visará:
I - à compatibilização do desenvolvimento econômico social com a preservação da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico;
	Excesso de animais, sinônimo de desequilíbrio ecológico.
II - à definição de áreas prioritárias de ação governamental relativa à qualidade e ao equilíbrio ecológico, atendendo aos interesses da União, dos Estados, do Distrito Federal, do Territórios e dos Municípios;
	A prioridade é o direcionamento da política e da verba.
III - ao estabelecimento de critérios e padrões da qualidade ambiental e de normas relativas ao uso e manejo de recursos ambientais;
	Estabelecer o nível razoável de poluição, seja da água, do ar.
IV - ao desenvolvimento de pesquisas e de tecnologia s nacionais orientadas para o uso racional de recursos ambientais;
	É o uso racional. Ter um limite de até onde se pode ir. Não esperar as ações somente do poder público, que não deve esperar as ações do povo.
V - à difusão de tecnologias de manejo do meio ambiente, à divulgação de dados e informações ambientais e à formação de uma consciência pública sobre a necessidade de preservação da qualidade ambiental e do equilíbrio ecológico;
	Conscientização pública deve vir de cada um. Atualmente só damos “um jeito”, quando devemos ter conscientização.
VI - à preservação e restauração dos recursos ambientais com vistas á sua utilização racional e disponibilidade permanente, concorrendo para a manutenção do equilíbrio ecológico propício à vida;
VII - à imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos causados, e ao usuário, de contribuição pela utilização de recursos ambientais com fins econômicos.
	Deve haver uma punição, cobrando um ressarcimento tanto da pessoa física, quanto da pessoa jurídica.
9.4 Sistema Nacional do meio Ambiente - SISNAMA (art. 6º, Lei nº 6.938/81):
Art. 6º Os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, bem como as fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade ambiental, constituirão o Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, assim estruturado:
I - órgão superior: o Conselho de Governo, com a função de assessorar o Presidente da República na formulação da política nacional e nas diretrizes governamentais para o meio ambiente e os recursos ambientais;  
II - órgão consultivo e deliberativo: o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), com a finalidade de assessorar, estudar e propor ao Conselho de Governo, diretrizes de políticas governamentais para o meio ambiente e os recursos naturais e deliberar, no âmbito de sua competência, sobre normas e padrões compatíveis com o meio ambiente ecologicamente equilibrado e essencial à sadia qualidade de vida; 
III - órgão central: a Secretaria do Meio Ambiente da Presidência da República, com a finalidade de planejar, coordenar, supervisionar e controlar, como órgão federal, a política nacional e as diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente;  
IV - órgãos executores: o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - Instituto Chico Mendes, com a finalidade de executar e fazer executar a política e as diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente, de acordo com as respectivas competências; (Redação dada pela Lei nº 12.856, de 2013)
V - Órgãos Seccionais: os órgãos ou entidades estaduais responsáveis pela execução de programas, projetos e pelo controle e fiscalização de atividades capazes de provocar a degradação ambiental;  
VI - Órgãos Locais: os órgãos ou entidadesmunicipais, responsáveis pelo controle e fiscalização dessas atividades, nas suas respectivas jurisdições; 
 
	Resumindo, 
			I – Órgão superior: Conselho de Governo;
II – Órgão consultivo e deliberativo: CONAMA (Conselho Nacional do meio Ambiente;
III – Órgão central: Secretaria do Meio Ambiente da Presidência da República;
IV – Órgão executor: IBAMA;
V – Órgãos seccionais (órgãos ou entidades): estaduais;
VI – Órgãos locais: órgãos ou entidades municipais.
	9.5 Conselho Nacional do Meio /ambiente - CONAMA (art. 8º e 9º, da Lei nº 6.938/81):
Art. 8º Compete ao CONAMA:  
I - estabelecer, mediante proposta do IBAMA, normas e critérios para o licenciamento de atividades efetiva ou potencialmente poluídoras, a ser concedido pelos Estados e supervisionado pelo IBAMA; 
II - determinar, quando julgar necessário, a realização de estudos das alternativas e das possíveis conseqüências ambientais de projetos públicos ou privados, requisitando aos órgãos federais, estaduais e municipais, bem assim a entidades privadas, as informações indispensáveis para apreciação dos estudos de impacto ambiental, e respectivos relatórios, no caso de obras ou atividades de significativa degradação ambiental, especialmente nas áreas consideradas patrimônio nacional.  
IV - homologar acordos visando à transformação de penalidades pecuniárias na obrigação de executar medidas de interesse para a proteção ambiental; (VETADO);
V - determinar, mediante representação do IBAMA, a perda ou restrição de benefícios fiscais concedidos pelo Poder Público, em caráter geral ou condicional, e a perda ou suspensão de participação em linhas de fiananciamento em estabelecimentos oficiais de crédito; 
VI - estabelecer, privativamente, normas e padrões nacionais de controle da poluição por veículos automotores, aeronaves e embarcações, mediante audiência dos Ministérios competentes;
VII - estabelecer normas, critérios e padrões relativos ao controle e à manutenção da qualidade do meio ambiente com vistas ao uso racional dos recursos ambientais, principalmente os hídricos.
		Preocupação com a água.
Parágrafo único. O Secretário do Meio Ambiente é, sem prejuízo de suas funções, o Presidente do Conama.  
9.6 Instrumentos (art. 9º, da Lei nº 6.938/81):
Art. 9º - São Instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente:
I - o estabelecimento de padrões de qualidade ambiental;
II - o zoneamento ambiental; (Regulamento)
Plano ideal da cidade, tudo separado (hospital, residência). Não é adequado ter hospital, residência, restaurante, clínica perto uma das outras.
III - a avaliação de impactos ambientais;
		Os corredores de ônibus impactam o ambiente.
IV - o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras;
Em um prédio que há de um lado escritório de advocacia e do outro um consultório de dentista, que utilizará raio-x.
V - os incentivos à produção e instalação de equipamentos e a criação ou absorção de tecnologia, voltados para a melhoria da qualidade ambiental;
VI - a criação de espaços territoriais especialmente protegidos pelo Poder Público federal, estadual e municipal, tais como áreas de proteção ambiental, de relevante interesse ecológico e reservas extrativistas;  
		Área de preservação permanente não é negociável.
VII - o sistema nacional de informações sobre o meio ambiente;
VIII - o Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumento de Defesa Ambiental;
IX - as penalidades disciplinares ou compensatórias ao não cumprimento das medidas necessárias à preservação ou correção da degradação ambiental.
		Penalidades: crimes de leis ambientais
X - a instituição do Relatório de Qualidade do Meio Ambiente, a ser divulgado anualmente pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis - IBAMA;  
XI - a garantia da prestação de informações relativas ao Meio Ambiente, obrigando-se o Poder Público a produzí-las, quando inexistentes;  
XII - o Cadastro Técnico Federal de atividades potencialmente poluidoras e/ou utilizadoras dos recursos ambientais.  
XIII - instrumentos econômicos, como concessão florestal, servidão ambiental, seguro ambiental e outros
10. Princípios Constitucionais Ambientais
	10.1 Desenvolvimento sustentável: 
	Tem por conteúdo a manutenção das bases vitais da produção e reprodução do homem e de suas atividades, garantido igualmente uma relação satisfatória entre os homens e destes com o meio ambiente para que as futuras gerações também tenham oportunidade de desfrutar dos mesmos recursos que temos hoje à nossa disposição. 
	Está baseado na Declaração Conferência Mundial de Meio Ambiente de 1972, Estocolmo (Direito Internacional Público).
	Atualmente, há conscientização de que há necessidade de desenvolvimento e sustentabilidade, pois percebeu-se que os recursos naturais são finitos, havendo disputa sobre eles.
	Por exemplo, Carnaval no Rio de Janeiro (meio ambiente cultural no meio ambiente artificial) há impacto ambiental (lixo). 
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações.
	A CF ao dizer “todos” não exclui ninguém do direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. A simples presença humana desequilibra o meio ambiente.
	“Impondo-se ao Poder Público e à coletividade”, impõe a responsabilidade para ambos.
	“Dever de defendê-los e preservá-los para as presentes e futuras gerações”: defesa à proteção, atividade preventiva, de pesquisa.
	Deve-se estudar o art. 225 combinado com o art. 170:
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:
VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação;  
	10.2 Poluidor pagador: aquele que polui, paga.
	Impõe a internalização, pelo próprio poluidor, dos custos necessários à diminuição, à eliminação ou à neutralização do dano, realizado no processo produtivo ou na execução da atividade (art.16 da Declaração do Rio 92).
	Neste assunto temos duas óticas importantes:
Caráter preventivo - visa assegurar a não ocorrência de dano ambiental (medidas preventivas). Ex. vazamento de gás na região central da cidade de SP, com deslocamento da Comgas, policiais etc. 
Caráter repressivo - ocorrido o dano, tem que ter a reparação configurada juridicamente como tal. Ex. empresa que joga substâncias poluidoras em um rio.
Art.225, §3º da CF – “as condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados”.
	Há necessidade de educar para as presentes e futuras gerações.
 
	Responsabilidade objetiva com prioridade da reparação específica do dano ambiental (vide art. 3º e 4º da Lei 6938/81, conhecida também como PNMA – Política Nacional do Meio Ambiente). Dano material, moral, imagem em face dos bens ambientais. Solidariedade para suportar os danos causados ao meio ambiente.
	10.3 Princípio da Participação: a titularidade do poder pertence ao povo (art.1º, parágrafo único e art.18 da CF), logo, preleciona esse princípio a participação ativa da coletividade nas decisões ambientais, pressupõe educação, informação e consciência ambiental.
	Baseia-se na CF art. 225, 182 e 216.
	Concretização do art. 225, da CF: a responsabilidade não é só do Poder Público, mas de toda a sociedade.
	Os três itens abaixo devem se perpetuar, sendo uma ação sequencial constante:a) Informação ambiental: a informação deve ser processada para gerar conhecimento e ação.
	b) Educação ambiental: em nível formal e não formal.
	c) Política Nacional de Educação Ambiental (Lei nº 9.795/99): os arts. 1º e 2º trata, sobre a educação ambiental.
Art. 1o Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.
Art. 2o A educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal.
	10.4 Princípio da Precaução e da Prevenção: são aqueles que se antecipam à ocorrência do dano ambiental. 
	O princípio da precaução determina que os perigos ao meio ambiente sejam eliminados antes mesmo da comprovação científica do nexo de causalidade entre o risco e o dano ambiental. Esse preceito recomenda um comportamento indubio pro ambiente (art.15, Declaração do Rio 92). 
	O princípio da prevenção assegura a eliminação dos perigos cientificamente já comprovados, isto é, risco concreto e conhecido pela ciência. Atua quando existe certeza científica quanto aos perigos e riscos ao meio ambiente, determinando obrigações de fazer ou de não fazer. Ex. licenciamento ambiental e o estudo prévio de impacto ambiental.
	Assim, a prevenção se preocupa com o todo, com tudo que pode gerar o dano e suas consequências gerais. Já a precaução, está inscrita na prevenção, assegurando as medidas necessárias para evitar-se o dano.
	10.5 Princípio da Ubiquidade:
	“Pensar global, agir local.”
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