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O Presidente da República edita medida provisória estabelecendo novo projeto de ensino para a educação federal no País, que, dentre outros pontos, transfere o centenário Colégio Pedro II do Rio de Janeiro para Brasília, pois só fazia sentido que estivesse situado na cidade do Rio de Janeiro enquanto ela era a capital federal.
Muitas críticas foram veiculadas na imprensa, sendo alegado que a medida provisória contraria o comando contido no Art. 242, § 2º, da CRFB/88. Em resposta, a Advocacia-Geral da União sustentou que não era correta a afirmação, já que o mencionado dispositivo da Constituição só é constitucional do ponto de vista formal, podendo, por isso, ser alterado por medida provisória.
 
Considerando a situação hipotética apresentada, responda, de forma fundamentada, aos itens a seguir.
A)       Segundo a Teoria Constitucional, qual é a diferença entre as denominadas normas materialmente constitucionais e as normas formalmente constitucionais?
RESPOSTA: As normas materiais possuem status constitucional em razão do seu conteúdo, pois estabelecem normas referentes à estrutura organizacional do Estado, à separação dos Poderes e aos direitos e as garantias fundamentais, enquanto as normas em sentido formal só possuem o caráter de constitucionais porque foram elaboradas com o uso do processo legislativo próprio das normas constitucionais. 
B)        O entendimento externado pela Advocacia-Geral da União à imprensa está correto, sendo possível a alteração de norma constitucional formal por medida provisória?
RESPOSTA:  O entendimento externado pela Advocacia Geral da União à imprensa está incorreto, pois, independentemente da essência da norma, todo dispositivo que estiver presente no texto constitucional, em razão da rigidez constitucional, só poderá ser alterado pelo processo legislativo solene das emendas constitucionais, tal qual previsto no Art. 60 da CRFB/88.
CASO 8; Foi promulgada e publicada, pelo presidente da República, lei federal, de iniciativa do Poder Executivo, estabelecendo valor do salário mínimo claramente insuficiente para atender às necessidades vitais básicas e os valores protegidos no art. 7.º, inciso IV, da Constituição Federal, que determina ser direito dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social, salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim estabelecido.
Em face dessa situação hipotética e considerando que o escritório de advocacia em que você trabalhe seja contratado para questionar a constitucionalidade dessa lei, indique, com a devida fundamentação, a ação mais adequada ao caso.
R)( a resposta –e daqui) Será a ADO – Ação direta de inconstitucionalidade por Omissão, pois há uma omissão legislativa e o STF já se pronunciou na Ação Direta de Inconstitucionalidade nº1.458-7 DISTRITO FEDERAL, Relator Ministro Celso de Melo: (até aqui)
“A insuficiência do valor correspondente ao salário mínimo, definido em importância que se revele incapaz de atender as necessidades vitais básicas do trabalhador e dos membros de sua família, configura um claro descumprimento, ainda que parcial, da Constituição da República, pois o legislador, em tal hipótese, longe de atuar como o sujeito concretizante do postulado constitucional que garante à classe trabalhadora um piso geral de remuneração (CF, art. 7.º, IV), estará realizando, de modo imperfeito, o programa social assumido pelo Estado na ordem jurídica.
CASO 7 O Estado de Santa Catarina editou a Lei Complementar n. 212, que estabelece a precedência da remoção de juízes às promoções por antiguidade ou merecimento na magistratura daquele estado. No julgamento da ADI 2494, ocorrido em abril de 2006, o STF declarou a referida lei inconstitucional, por violação ao art. 93 da CF.
Em 2007, o Estado de Pernambuco editou uma lei complementar com teor idêntico ao da referida Lei Complementar n. 212/SC, o que levou um magistrado prejudicado com o novo dispositivo legal pernambucano a ingressar com uma Reclamação dirigida ao STF, com fundamento no art. 102, inciso I, alínea “l”, alegando que o legislador pernambucano ofendeu a autoridade da decisão do STF proferida na ADI 2494.
Pergunta-se: é cabível a Reclamação em tela, ajuizada diretamente por terceiro prejudicado no STF, ou seria necessário que a lei pernambucana fosse impugnada pela via da ação direta de inconstitucionalidade?
R) Não é  cabível é inadmissível , pois uma lei declarada inconstitucional pelo STF ela sai do mundo jurídico , causando efeitos ex tunc e erga ommes , portanto vincula todo o judiciário e a administração publica direta   e indireta , sendo assim o Estado de PE não poderá argir essa reclamação , pois a referida lei de SC não existe mais.
CASO 6: Em decorrência de aparente inconstitucionalidade encontrada em norma legal integrante do ordenamento jurídico do Distrito Federal, decidiu o Governador do Estado de Tocantins pela propositura de ação direta de inconstitucionalidade ao Supremo Tribunal Federal. Tendo em consideração o balizamento do instituto à luz da dogmática constitucional bem como da jurisprudência da Corte Suprema, discorra acerca dos limites e das possibilidades concernentes ao objeto da ação e à legitimação para a sua propositura. A resposta deverá ser integralmente fundamentada.
RESPOSTA:
Os legitimados para a propositura da ADI estão estabelecidos no art. 103 da CF. Dentre eles, existe a previsão do Governador de Estado poder propor ao STF uma ADIN acerca de algum ato ou lei.         Trata se de lei distrital ente hibrido, tanto de competência de município quanto de estado art 32 §1º CF. pode o governador do estado de Tocantins propor ADIN contra um alei distrital feita delo distrito federal desde que prove a pertinência temática, se aquela lei distrital de alguma forma influenciar o estado dele ele poderá propor ADIN, mas ele terá que provar a pertinência temática, pois governador é legitimado especial. Com relação ao objeto da ação cabe ADIN de lei distrital uma vez que essa lei distrital regular assunto cuja a competência é do estado, logo o ministro relator recebera a ADIN, pois a lei foi feita na competência ESTADUAL. Se fosse municipal não poderia.
CASO 5: O Procurador Geral da República ajuizou uma Ação Direta de Inconstitucionalidade em face da Lei distrital n. 3.669/2005, que cria a carreira de atividades penitenciárias e respectivos cargos no quadro de pessoal do Distrito Federal. Alega, em síntese, que o DF teria usurpado competência da União (arts. 21, XIV c/c 32, § 4°, CRFB/88), que atribui a responsabilidade pelas funções exercidas por tal carreira aos agentes penitenciários integrantes da carreira da polícia civil.                                           
 Citado na forma do art. 103, § 3°, CRFB/88, o Advogado Geral da União manifestou-se pela procedência da ação, pedindo, consequentemente, a declaração de inconstitucionalidade da referida lei distrital. Diante de tal situação, responda, justificadamente: Poderia o AGU ter deixado de proceder à defesa do ato normativo impugnado?
Resposta: Sim, eventualmente poderia, existem 2 entendimento quanto a essa questão, no entendimento mais resttrito a AGU funciona como curador de defesa e segundo o entendimento mais recente a AGU poderia deixar de proceder a defesa opinando pela procedência da ADIN desde que esta seja mais favorável a União, ou seja a AGU está ali para defender a União e não o ato normativo.
Um fazendeiro descobriu que sua mulher o havia traído com um cidadão de etnia indígena que morava numa reserva próxima à sua fazenda. No mesmo instante em que tomou ciência do fato, o fazendeiro dirigiu- se à reserva indígena e disparou três tiros contra o índio, que, no entanto,sobreviveu ao atentado. Com base nesse cenário, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso. 
a) A quem compete julgar esse caso? Por se tratar de crime doloso contra a vida, o caso deverá ser julgado pelo Tribunal do Júri, da justiça estadual comum. Embora a vítima seja um índio, o caso não está relacionado a disputa de direitos indígenas, razão pela qual não seria competência da Justiça Federal (art. 109, XI). 
b) Qual é o fundamento do art. 109, IX, da Constituição da República? (Valor: 0,40) 2. 
A atribuição à Justiça Federal da competência para julgar disputas sobre direitos 
indígenas decorre da competência atribuída à União Federal para proteção da cultura indígena, seus bens e valores (art. 231, CRFB). É por esta razão que a competência, nestas hipóteses, será da Justiça Federal, independentemente do Estado onde o caso tenha ocorrido. 
c) Caso o juiz f ederal entendesse ser incompetente para julgar esse caso e 
encaminhasse os autos ao juiz de direito e este também entendesse ser incompetente, 
a quem caberia decidir qual o juízor competente? Por quê? (Valor: 0,40) A 
competência, neste caso, será do STJ, pois se trata de conflito negativo de 
competência entre órgãos vinculados a tribunais diversos (art. 105, I, d, CRFB).
O Estado do Rio de Janeiro, diante das crescentes taxas de violência, decide elaborar 
uma lei ordinária estadual que prevê a majoração das penas de diversos crim es e a 
redução da maioridade penal para 16 anos. Robson Braga, deputado estadual de 
oposição, decide consultá-lo(a), na qualidade de advogado(a), acerca da 
constitucionalidade da referida lei. Formule a resposta a ser dada a Robson, 
destacando se há vício de inconstitucionalidade e, em caso afirmativo, como ele 
pode ser classificado. 
O Estado do Rio de Janeiro, diante das crescentes taxas de violência, decide elaborar 
uma lei ordinária estadual que prevê a majoração das penas de diversos crim es e a 
redução da maioridade penal para 16 anos. Robson Braga, deputado estadual de 
oposição, decide consultá-lo(a), na qualidade de advogado(a), acerca da 
constitucionalidade da referida lei. Formule a resposta a ser dada a Robson, 
destacando se há vício de inconstitucionalidade e, em caso afirmativo, como ele 
pode ser classificado.
O Estado do Rio de Janeiro, diante das crescentes taxas de violência, decide elaborar 
uma lei ordinária estadual que prevê a majoração das penas de diversos crim es e a 
redução da maioridade penal para 16 anos. Robson Braga, deputado estadual de 
oposição, decide consultá-lo(a), na qualidade de advogado(a), acerca da 
constitucionalidade da referida lei. Formule a resposta a ser dada a Robson, 
destacando se há vício de inconstitucionalidade e, em caso afirmativo, como ele 
pode ser classificado.
O Estado do Rio de Janeiro, diante das crescentes taxas de violência, decide elaborar 
uma lei ordinária estadual que prevê a majoração das penas de diversos crim es e a 
redução da maioridade penal para 16 anos. Robson Braga, deputado estadual de 
oposição, decide consultá-lo(a), na qualidade de advogado(a), acerca da 
constitucionalidade da referida lei. Formule a resposta a ser dada a Robson, 
destacando se há vício de inconstitucionalidade e, em caso afirmativo, como ele 
pode ser classificado.
O Estado do Rio de Janeiro, diante das crescentes taxas de violência, decide elaborar 
uma lei ordinária estadual que prevê a majoração das penas de diversos crim es e a 
redução da maioridade penal para 16 anos. Robson Braga, deputado estadual de 
oposição, decide consultá-lo(a), na qualidade de advogado(a), acerca da 
constitucionalidade da referida lei. Formule a resposta a ser dada a Robson, 
destacando se há vício de inconstitucionalidade e, em caso afirmativo, como ele 
pode ser classificado.
O Estado do RJ diante da crescente taxa de viol~encia,decide elaborar uma lei ordinária estadual que prevê a majoração das penas de diversos crimes e a redução da maioridade penal para 16 anos. Robson braga, deputado estadual de oposição, decide consultá-lo, na qualidade de advogado,acerca da constitucionalidade da referida lei. Formule a resposta,se há vício de inconstitucionalidade.
Resp. Diante o caso concreto, é claro existência de um vicio de constitucionalidade 
formal e material, pois vejamos, segundo o artigo 22,I da constituição federal é 
competência privativa da união legislar sobre matéria penal, logo jamais uma lei 
estadual poderá regular esse tipo de assunto. Em segundo lugar a menoridade penal 
pode-se ser considerada cláusula pétrea, pois segundo o artigo 60, parágrafo 4º,inciso 
IV os direitos e garantias individuais não poderão ser projetos de proposta legislativas 
que diminuam ou possam abolir. Contudo, a seguinte lei estadual possui 
flagrantemente vícios de inconstitucionalidade de cunho material e formal. 
Sendo assim, ressalta-se que por sua vez, surge quando os procedimentos adotados na 
elaboração de um ato se chocam com a Constituição, ainda que seu conteúdo final 
possa ser compatível. O nível formal inclui não apenas vícios no procedimento em si, 
mas também vícios de competência: se uma norma for criada por alguém que a Lei 
Maior não disse ser competente para tanto, temos aí também uma 
inconstitucionalidade formal.
Plano de aula 5 
O Procurador Geral da Repúbli ca ajuizou uma A ção Direta de Inconstitucionalidade 
em face da Lei distr ital n. 3. 66 9/2005, que cria a carreira de atividades penitenciárias 
e respectivos cargos no qu adro de pessoal do Distrito Federal. Alega, em síntese, que 
o DF teria usurpado competência d a União (arts. 21, XIV c/c 32, § 4°, CRFB/88 ), que 
atribui a r esponsabilidade pel as fu nções exercidas por tal carreir a aos agentes 
penitenciários integrantes da carreira da polícia civil. 
O Procurador Geral da Repúbli ca ajuizou uma A ção Direta de Inconstitucionalidade 
em face da Lei distr ital n. 3. 66 9/2005, que cria a carreira de atividades penitenciárias 
e respectivos cargos no qu adro de pessoal do Distrito Federal. Alega, em síntese, que 
o DF teria usurpado competência d a União (arts. 21, XIV c/c 32, § 4°, CRFB/88 ), que 
atribui a r esponsabilidade pel as fu nções exercidas por tal carreir a aos agentes 
penitenciários integrantes da carreira da polícia civil.
O Procurador Geral da República ajuizou uma Ação Direta de Inconstitucionalidade em face de Lei distrital Nº 3.669/2005, que cria a carreira de atividades penitenciárias e respectivos cargos no quadro de pessoal do Distrito Federal. Alega , em síntese, que o DF teria usurpado competência da União que atribui a responsabilidade pelas funções exercidas por tal carreira aos agentes penitenciários integrantes da polícia civil.
Citado n a forma do art. 103, § 3°, CRFB/88, o Advogado Gera l da União manifestou –se pela procedência da ação, pedindo, consequentemente, a declaração de 
inconstitucionalidade da referida lei distrital. Diante de tal situação, responda, 
justificadamente: 
Poderia o AGU ter deixado de proceder à defesa do ato normativo impugnado? 
RESPOSTA: O procurador geral da republica vai atuar de acordo com sua convicção, o advogado geral da união deve defender o ato de acordo com a constituição, pois ele atua como curador da presunção de constitucionalidade das leis. A jurisprudência atual evoluiu no tocante que o AGU atua de acordo com suas convicções nos termos da constituição. 
Embora o art 103 §3 da CF afirme quando o Supremo Tribunal Federal aprecia a 
inconstitucionalidadeem tese de norma legal o ato normativo citara previamente, o 
advogado geral da união, que defendera o ato ou texto impugnado, entendimento do 
STF de acordo com o informativo nº 562 que o 103 §3 da CF concede a AGU o direito de manifestação haja vista que exigir d ela defesa em favor do ato impugnado em casos como o presente, em que o interesse da Uniao coincide com o interesse autor, 
implicaria retira-lhe sua função primordial que é defender os interesses da União ao 
(CF art 131). Alem disso o despeito de reconhecer que nos outros casos a AGU devesse 
exercer esse papel de contraditória no processo objetivo, constatou -se um problema 
de ordem pratica, qual seja a falta de competência da corte para impor-lhe qualquer 
sanção quando assim não procede em razão d a inexistência de previsão constitucional 
para tanto. 
O deputado federal Alfredo Rodrigues apresentou projeto de lei prevendo o 
estabelecimento de penas de prisão perpétua e de trabalhos forçados para os 
condenados pela prática de crimes considerados hediondos pela legislação brasileira. 
Outro deputado, Silmar Correa, decide consultá-lo(a) acerca da possibilidade de 
questionar perante o Poder Judiciário uma suposta inconstitucionalidade do referido 
projeto de lei antes mesmo que ele venha a ser submetido a votação pelo Congresso 
Nacional. Como deverá ser respondida a consulta?
O deputado federal Alfredo Rodrigues apresentou projeto de lei prevendo o estabelecimento de penas de prisão perpétua e de trabalhos forçados para os condenados pela prática de crimes considerados hediondos pela legislação brasileira. Outro deputado, Silmar Correa, decide consultá-lo(a) acerca da possibilidade de questionar perante o Poder Judiciário uma suposta inconstitucionalidade do referido projeto de lei antes mesmo que ele venha a ser submetido a votação pelo Congresso Nacional. Como deverá ser respondida a consulta?
RESPOSTA: Neste caso devera ser ajuizado em mandado de segurança para trancamento da pauta, conforme art. 30 §4, da constituição federal exercendo, assim o controle preventivo. E apesar de o controle jurisdicional de constitucionalidade realizar -se, via de regra, em caráter repressivo, ou seja, após a entrada em vigor da norma impugnada, a jurisprudência do STF reconhece uma possibilidade de questionamento preventivo, neste caso tratando se do MS, sendo assim, só poderá ser impetrado por outro membro do Congresso Nacional e, necessariamente, deverá ser julgado antes de o referido projeto ser convertido em lei (sob pena de tornar o MS um substitutivo da ADI).
O Ministério Público Federal ajuizou Ação Civil Pública em face do INSS, visando obrigar a autarquia a emitir aos segurados certidão parcial de tempo de se rviço, com base nos direitos constitucionalmente assegurados de petição e de obtenção de certidão em repartições públicas (CF, art. 5º, XXXIV, b). O INSS alega, por sua vez, que o Decreto 3048/99, em seu art. 130, justifica a recusa. Sustenta, ainda, que a Ação Civil Pública não seria a via adequada para a defesa de um direito individual homogêneo, além de sua utilização consubstanciar usurpação da competência do STF para conhecer, em abstrato, da constitucionalidade dos atos normativos brasileiros. Como deverá ser decidida a ação? 
RESPOSTA: Segundo o entendimento do STF, os direitos coletivos são gêneros que tem como subespécies os direitos coletivos em sentido estrito e direitos individuas homogêneos portanto, os direitos homogêneos são constitucionais, assim como o art. 129, III, da CF, abrange tal subespécies, por fim, entende-se, desde que a Ação Civil Pública seja proposta atendendo aos seus fins, e não como uma manobra para substituir o controle direto de constitucionalidade, no seu manejo é possível, sim, a discussão incidental de inconstitucionalidade, pela via do controle difuso.
O Estado de Santa Catarina editou a Lei Complementar n. 212, que estabelece a precedência da remoção de juízes às promoções por antiguidade ou merecimento na magistratura daquele estado. N o julgamento da ADI 2494, o corrido em abril de 2006, o STF declarou a referida l ei inconstitucional, por violação ao art. 93 da CF. Em 2007, o Estado d e Pernambuco editou uma l ei complementar com teor idêntico ao da referida Lei Complementar n. 212/ SC, o que levou um magistrado prejudicado com o novo dispositivo legal pernambucano a ingressar com uma Reclamação dirigida ao STF, com fundamento no art. 102, inciso I, alínea “l ”, alegando que o legislador pernambucano ofendeu a autoridade d a decisão do STF proferida na ADI 2494.
Pergunta-se: é cabível a Reclamação em tela, ajuizada diretamente por terceiro prejudicado no STF, ou seria necessário que a lei pernambucana fosse impugnada pela vi a da ação direta de in constitucionalidade? 
Resposta> No caso em tela, não é cabível reclamação para o STF tendo em vista que a decisão proferida em sede de ADI não vincula o legislativo, que pode editar norma coo moo mesmo conteúdo daquela impugnada. Desse modo, seria necessário que a lei Pernambucana fosse impugnada pela via de uma nova ADI.
Em 2005, o STF julgou procedente AD C ajuizada pelo Procurador-Geral da República visando à declaração de constitucionalidade de uma lei federal que estava sendo questionada em diversos processos judiciais pelo país, gerando uma controvérsia judicial em torno da sua adequação ao texto constitucional. Nas eleições o corridas em outubro de 2010, um determinado parti do político conseguiu, pela primeira vez em sua história, eleger um parlamentar, no caso um deputado federal, graças à coligação partidária firmada com um parti do político de maior expressão e base eleitoral. O diretório nacional do referido parti do político pretende, no próximo ano, após o início da sessão legislativa, ajuizar uma ADI contra a mencionada lei federal, a partir de argumentos que não foram enfrentados pelos ministros do STF em 2005. Analise a pretensão do partido político, considerando os seguintes tópicos:
I. A legitimidade para a propositura da ação. 
Resposta> O Diretório Nacional do Partido político pode ajuizar ADI, uma vez que se encontra no rol dos legitimados do a rt. 103 CRFB/88, bem como tal partido possui representação no Congresso.
II. A possibilidade de o STF declarar a inconstitucionalidade da lei (com ou sem modulação dos 
efeitos). 
Resposta> O STF pode declarar a inconstitucionalidade da lei mencionada tendo em vista que a decisão que declarou a constitucionalidade da norma não gera coisa julgada material. Outrossim, o tema é controverso na doutrina seguindo duas vertentes: 
Primeira corrente: (Barroso) sustenta que a declaração de constitucionalidade da norma não vincula o próprio STF, que pode modificar seu entendimento posteriormente em atenção às mudanças ocorridas na sociedade e no próprio direito. 
Segunda corrente : (Pedro Lenza) sustenta que a declaração de constitucionalidade da norma gera presunção absoluta desta, fazendo com que ela não possa ser questionada 
posteriormente. 
A Justiça Federal de 1ª instância proferiu sentença em ação na qual se discuti a a guarda de um menor, filho de pai estadunidense e de mãe brasileira, que se casaram e passaram a residir no estado americano d e Nova Jérsei. Posteriormente, a mãe veio ilicitamente com o menor para o Brasil , onde conseguiu judicialmente a guarda do filho. Após o falecimento da genitora, seu pai voltou a requerer a d evolução do menor para sua guarda, encontrando aqui a oposição da família da mãe, bem como do seu padastro , que pretende mantê-lo sob seus cuidados. O Juiz da 16ª Vara Federal determi nou, em sentença, a devolução do menor para seu p ai no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, de ci são que f oi objeto de apelação e de Mandado de Segurança, ambos dirigidos ao TRF da 2ª Região. Ao mesmo tempo, o Partido Progressista – PP ajuizou uma ADPF perante o STF, argumentando lesão a precei tos fundamentais d a Constituição brasil eira, notadamente ao princípio da dignidade humana e do melhor interesse do menor, que te ria manifestado s eu desejo d e permanecer no Brasil. Comente a admissibilidade desta ADPF à luz da disciplina processual brasileira. RESPOSTA: ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL - SUBSIDI ARIEDADE. Ante a natureza excepcional da arguição de descumprimento de preceito fundamental, o cabimento pressupõe a inexistência de outro meio judicial para afastar lesão decorrente de ato do Poder Público - gênero. ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL - LIMINAR - INSUBSISTÊNCIA. Uma vez assentada a inadequação da arguição de descumprimento de preceito fundamental, fica prejudicado o exame da medida acauteladora deferida
Paulo, delegado de polícia, preside o inquérito X, no qual é apurada a prática de crime de estupro, por João, que se encontra preso, contra a menor M, de 13 anos de idade. No curso do inquérito, a menor se retratou da acusação de estupro, mas Paulo não comunicou tal fato ao juiz de direito competente para proceder ao arquivamento do inquérito, razão pela qual foi aberta, a pedido do Ministério Público, ação penal para apurar eventual crime de prevaricação. Tendo o juiz de direito do juizado especial criminal da comarca Y do estado Z determinado a intimação de Paulo para audiência de transação penal, este impetrou habeas corpus com vistas a impedir seu comparecimento à audiência bem como a se livrar do referido inquérito, mas a turma recursal estadual denegou o pedido.
Em face dessa situação hipotética, indique, com a devida fundamentação legal, a medida judicial mais adequada para que Paulo atinja o objetivo pretendido, bem como o órgão do poder judiciário competente para julgá-la.
 RESPOSTA: (HC 86.834-SP):João deverá impetrar habeas corpus contra a decisão da Turma Recursal, cuja competência para julgamento, nos termos da jurisprudência mais recente do STF, será do Tribunal de Justiça local.
Candidata a Cargo de Of icial da Polícia Militar é impedida de r ealizar a inscrição e conseqüentemente as provas de concurso em razão de ser do sexo feminino, conforme previsão do edital q ue definia os cargos de primeiro tenente: médico e dentista, de ocupação exclusiva de oficiais do sexo masculino. Indignada com a afronta à Constituição, a candidata impetra Mandado de Segurança para que possa garantir a inscrição e a realização das provas do concurso. Alegava a impetrante que o edital f eria o inciso I do art. 5º da CRFB já q ue, as diferenciações em razão de sexo devem ter critérios objetivos tendo em vista a ordem constitucional. Que a ocupação de cargos no q uadro da saúde apenas por indivíduos do sexo masculino não está inserida nas exceções que permitem um critério diferenciador em concurso. Nas inf ormações a autoridade coatora estabelece ser pacífico na Jurisprudência a possibilidade de critérios diferenciadores entre o homem e a mulher em ra zão de função, e que esta diferenciação f ica a cargo do órg ão tecnicamente competente para estabelecê-las. Diante das alegações acima decida fundamentadamente o Mandado de segurança impetrado.
RESPOSTA: No caso em tela no meu entender est a sendo ferido os princípios: da isonomia, daproporcionalidade e razoabilidade. Pois o cargo que foi o ferecido no aludido concurso público, médico e dentista, pode ser o cupada por ambos o s sexo sem distinção alguma entre os mesmo. No entanto, qualquer diferença, terá esta que ser justificada de forma específica não sendo este o caso. No caso supra, a jurisprudência dos nossos tribunais ainda encontra -se em desarmonia, senão vejamos: RESP - ADMINISTRATIVO - CONCURSO P ÚBLICO - SEXOS MASCULINO E FEMININO - Não pode haver distinção, em face da isonomia, dos direitos de homem e mulher, embora, pela própria natureza, certas atividades sejam próprias para o homem ou mais recomendadas para a mulher. O acesso é facultado às carreiras militares. Hoje, fica à deliberação do Estado, naquele concurso, precisar de pessoas para atividades recomendadas para o homem e não para a mulher. Em sendo assim, não vejo que a simples distinção, em si mesma, possa afrontar o princípio da isonomia. Acórdão Por unanimidade, conhecer do recurso e dar-lhe provimento.
Antonio impetrou Mandado de Segurança contra ato do Presidente do Tribunal de Contas da União que se r ecusou a fornecer a identidade dos autores de agressões e denúncias que lhe foram feitas naquele Tribunal. Ao apresentar as suas informações a autoridade coatora disse que conforme o § 1º do artigo 55 da Lei Orgânica do Tribunal de Contas da União, Lei nº 8.443, de 16 de j ulho de 1992, caberia a este Tr ibunal "manter ou não o sigilo quanto ao objeto e à autoria da denúncia", tendo procedido portanto, de acordo com o exercício regular de um direito legal. Alegou ainda que, caso o Tribunal não entendesse pela legalidade da ação do TCU, que não seria caso de Mandado de Segurança, mas de habeas data, 
devendo a inicial ser indeferida nos termos do art. 5º, LXIX da Constituição da República. Estaria correta a posição defensiva adotada pela autoridade coatora? No caso, seria o mandado de segurança impetrado por Antonio a via processual adequada? Fundamente integralmente a resposta.
RESPOSTA: MS 24405/DF, julgado pelo STF: via processual adequada é efetivamente o MS, 
uma vez que não se trata de informação de caráter pessoal do impetrante 
mantida em banco de dados de caráter público, que ensejaria habeas data (art. 
5º, LXXII, CF), mas sim de violação ao art. 5º, XXXIII, CF.

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