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FARMACOBOTÂNICA A Botânica em Farmácia Fitoquímica Estudo de moléculas vegetais Sistemática Estudo de famílias e de espécies vegetais Farmacognosia Farmacobotânica Espécies e famílias que possuem moléculas bioativas potencialmente utilisáveis na terapêutica Por que o farmacêutico deve conhecer Botânica? 1- Porque existe interesse por parte da indústria em plantas com potencial terapêutico INTERESSE DOS GRANDES LABORATÓRIOS FARMACÊUTICOS AS PLANTAS SÃO FONTES DE VALIOSOS FÁRMACOS $$ Digitalis purpurea Digitalis lanata LARGAMENTE USADO EM CASOS DE INSUFICIÊNCIA CARDÍACA H O Digitoxina OHOH OH OH O O O O O O O O DIGITOXINA AS SAPOGENINAS OBTIDAS DE AGAVE, DIOSCOREA E SMILAX SÃO USADAS NA INDÚSTRIA QUÍMICO- FARMACÊUTICA: CORTISONA E ANTICONCEPCIONAIS • VINCA – (Catharanthus roseus) • Fonte de Vincristina e vimblastina ● PAPOULA ● Papaver somniferum ● Alguns alcalóides importantes do ópio são a morfina, a papaverina e a codeína. Galega officinalis Fabaceae Partes Aéreas 2- Porque você poderá trabalhar em drogaria ou farmácia de manipulação e prestar aconselhamento farmacêutico Interações, posologia, modo de preparo 3- Porque você poderá trabalhar na área de controle de qualidade (LACEN, INCQS, Indústria) 4- Porque você poderá fazer pesquisa Para começar vamos entender ou relembrar o que é sistemática vegetal SISTEMÁTICA VEGETAL ● INÍCIO: Divisão em grupos menores (uso) ○ Comestíveis ○ Medicinais ○ Nocivas ○ Fatais ○ Sistemática vegetal Parte da Botânica ● Agrupar as plantas em um sistema. ○ Conhecimentos agregados: ○ Morfológicos, fisiológicos, químico, genético, ecológico, etc. FINALIDADE ○ Identificação; ○ Nomenclatura; ○ Classificação. Categoria taxonômica ● Espécie ● Gênero ● Família ● Ordem ● Classe ● Divisão ● Cada uma dessas categorias constituem um táxon (Categoria taxonômica). VARIEDADES A nomenclatura e a sistemática modernas A partir do séc. 17, diversas tentativas de implementar uma classificação e uma nomenclatura universais. Charles Linné (séc.18), botânico sueco (1707-1778) Implementou a nomenclatura botânica binomial ou binária: Espécies nomeadas por 2 termos Gênero + Nome específico : o binômio * Binômio sempre em latim * Gênero com letra maiúscula * espécie com letra minúscula * Os 2 termos em itálico •Binômio seguido do nome completo ou abreviado do descritor (com letra normal) : Geranium robertianum L. Início da nomenclatura botânica científica: 1o maio 1753 Species Plantarum 1753 18 Sinônimos Uma espécie pode ter vários outros nomes científicos: sinônimos ► quando ela foi descrita e nomeada várias vezes após 1753 O nome mais antigo é o válido ex. Lírio-do-brejo : Convallaria majalis L. 1753 Convallaria latifolia Miller 1768 Convallaria fragrans Salisb. 1796 regra de anterioridade ► quando ela mudou de gênero ou de família e seu nome mudou ex. tomate : Encontramos também: Solanum lycopersicum L. Solanum lycopersicon Lycopersicon esculentum Mill. Lycopersicum esculentum 20 Interesse da nomenclatura científica Em um artigo científico, independe da lingua utilizada, as plantas devem SEMPRE ser citadas pela nomenclatura binomial. Alguma dúvida? REINO VEGETAL COMPONENTES ATUAIS DO REINO PLANTAE • Conhecidas mais de 320 mil espécies • 12 filos (3 avasculares e 9 vasculares) BRIÓFITAS Plagiochila sp. Embriophyta (terrestres) Avasculares Criptógamas Hidrófilas (fecundação) Ombrófilas Polytrichum sp Marchantia sp. Anthoceros laevis “PTERIDOPHYTA” ○ Antigamente ○ Hoje ● Estudos filogenéticos recentes: ○ Lycophyta ○ Psilotophyta ○ Sphenophyta (Cavalinhas) ○ Monilophyta Dicksonia selowianaSelaginella sp. CAVALINHAS ○ A cavalinha (Equisetum sp.): Linné em 1753 ○ S e u n o m e é d e o r i g e m l a t i n a , c o m p o s t o por "equi" (cavalo) e "setum" (cauda), ou seja, rabo de cavalo. ○ Nomes comuns: milho de cobra,erva-carnuda, rabo- de-rato, cauda-de-raposa, rabo-de-cobra, cana-de- jacaré, erva-canudo, lixa-vegetal, cola-de-cavalo Equisetum. (a) Ramos férteis, sem clorofila. (b) Equisetum arvense – ramos vegetativos PLANTAS TÓXICAS PARA EQUINOS – contêm tiaminase. ESTRÓBILOS COM ESPORÂNGIOS CAVALINHAS a b ○ O gênero está presente em todos continentes exceto Austrália e Antártica. ○ Elas são plantas perenes e herbáceas. ○ A maioria delas cresce 0,2 – 1,5 m de altura. ○ As folhas são muito reduzidas. ○ Os caules são verdes e fotossensíveis, ocos, com juntas e estrias. USO MEDICINAL ○ Seu uso mais comum é como diurético. ● Também é utilizada: ○ cicatrizante, auxiliar no tratamento de infecções dos rins, osteoporose, úlcera gástrica e reumatismos. ○ Esteticamente, a Cavalinha pode ser utilizada para fortalecer as unhas, dar brilho aos cabelos, limpeza de pele e prevenção de estrias. Canais de ar oxigenam a raiz. Articulações, região meristemática Realmente é Equisetum arvense? COMO SABER? Amostra 1 Amostra 2 Amostra 1 Amostra 2 Amostra 1 Amostra 2 GIMNOSPERMAS ○ Plantas vasculares com sementes nuas ○ Coniferophytas ○ Cycadophytas ○ Ginkgophytas ○ Gnetophytas GIMNOSPERMAS ○ Gimnospermas (sementes “nuas”) ○ São plantas superiores que formam embriões ○ Produzem “flores” (= Fanerógamas) e sementes ○ Possuem vasos condutores da seiva (= traqueófitas) CONIFEROPHYTA Pinus contorta Taxus brevifolia Taxus bacata TAXUS SP. • 1 kg do paclitaxel são necessários aproximadamente 10.000 kg da casca da T. brevifolia (3.000 árvores). • T. baccata - 10-desacetilbacatina-III Para se obter 1 kg de 10-desacetilbacatina-III são necessários cerca de 3.000 kg das folhas! ○ Árvores e arbustos de folhas aciculares, helicoidalmente. ○ Espécie dióica de flores axilares: as masculinas tendo na base pequenas folhas escamiformes. ○ As flores femininas originam-se na axila de uma folha, como um pequeno gomo. ○ A sua base apresenta-se rodeada por uma intumescência anelar meristemática, que se desenvolve, à medida que a semente amadurece, envolvendo-a e formando o arilo carnoso. Taxus ○ Alcaloide diterpênico- presente na casca de T. brevifolia: na concentração de 0,01% ○ Nas folhas de T. media – há 0,06% de taxol ○ Pode-se preparar taxol a partir do diterpeno encontrado em folhas de T. baccata (0,02-0,1%) GINKGO BILOBA ○ “fóssil vivo” ○ Importante espécie medicinal DESCRIÇÃO BOTÂNICA ○ Árvore dióica que pode atingir os 30 m de altura, de folhagem caduca no Outono. ○ Ramos de dois tipos: compridos com folhas espaçadas e ramos curtos. ○ Folhas de nervação dicotómica, fendidas, verde escuro a amarelado, amarelo dourado quando caducas. ○ Flores masculinas em braquiblastos, agrupadas em cachos eretos. ○ Sementes globosas a ovóides, carnudas, lisas, amareladas, de cheiro fétido. Flor masculina USO MEDICINAL •Aumenta o fluxo sanguíneo •Melhora de oferta de oxigênio para as células, protegendo os tecidos dos danos da falta de oxigênio (hipóxia) •Inibi a agregação plaquetária CUIDADO!!!! GNETOPHYTAS Ephedra viridis EPHEDRA SP. ○ Os ramos são verdes, muito ramificados ○ As folhas muito pequenas e escamiformes, opostas ou verticiladas ○ São plantas dióicas com flores solitárias ou agrupadas, axilares ou terminaisEPHEDRINA ○ A efedrina é encontrada em espécies do gênero Ephedra ○ É empregada como medicamento e em doping (ECA) ○ Chineses: Ma huang – TTM de afecções respiratórias ○ Na medicina moderna, a efedrina já foi usada como descongestionante nasal e broncodilatador, porém, o uso terapêutico desse alcaloide tornou-se restrito por haver dúvidas quanto ao seu perfil de segurança. CUIDADO: arritmias, ataque cardíaco, infarto, aumento da pressão arterial, morte súbita ANGIOSPERMAS ○ Plantas vasculares ○ Presença de frutos ○ Sementes ○ Flores (órgão que diferencia dos outros filos) Flor do pequi – Caryocar brasiliensis ANGIOSPERMAS ○ Aproximadamente 230 000 espécies descritas ○ Maior filo vegetal ○ Grande diversidade química de metabólitos A maioria das plantas medicinais são angiospermas Lentilha d’água DÚVIDAS?? EXERCÍCIO ○ Liste as plantas medicinais que você conhece, citando a parte da planta que é utilizada.
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