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Sumário
1	PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO	3
1.1	Potência (hp)	3
1.2	Motor padrão (eficiência) %	3
1.3	Motor de alto rendimento (eficiência)	3
2	ESCORREGAMENTO	6
2.1	Torque ou conjugado	6
2.1.1	Considerações gerais sobre torque	7
3	COMPARAÇÃO ENTRE OS DIVERSOS TIPOS DE MOTORES DE GAIOLA	8
3.1	Seleção de motores elétricos	8
4	MÁQUINA DE CORRENTE CONTÍNUA	10
4.1	Análise de atendimento	11
4.1.1	EXEMPLO DE APLICAÇÃO	13
PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO
Uma máquina elétrica pode ser definida como um dispositivo que transforma energia elétrica em outra forma de energia ou que transforma a energia elétrica, com determinadas características, em outra forma de energia com outras características.As máquinas elétricas podem ser agrupadas em dois grandes grupos. Máquinas estáticas nas quais não se encontra qualquer peça em movimento, como é o caso de transformadores. O outro grupo é denominado de máquinas rotativas. As máquinas deste grupo são constituídas por duas partes, a parte fixa que se chama estator e a parte móvel que tem o nome de rotor.Todas as máquinas elétricas são constituídas por um enrolamento (bobina) onde é criado o campo magnético e este fenômeno surge na parte fixa da máquina que quando sujeita a um campo magnético criado pela corrente elétrica toma o nome de indutor. Ao mesmo fenômeno que surge na parte móvel que é o local onde vão surgir as forças eletromotrizes (f.e.m.) induzidas, recebe o nome de induzido.Resumindo, quando uma corrente elétrica atravessa um condutor é criado ao redor do mesmo um campo magnético. Se colocarmos esse condutor numa região de campo magnético fixo, o condutor ficará submetido a uma força eletromagnética que terá como efeito fazer com que o condutor se desloque. Assim, surge o princípio de funcionamento de uma máquina elétrica elementar.Os motores elétricos são responsáveis por grande parte do consumo de energia elétrica nas indústrias. Estima-se que 96% da energia consumida pelo setor industrial está concentrada em unidades ligadas em alta tensão (AT) e 4% em BT. No setor industrial entre 50 e 60% da energia elétrica utilizada é consumida por motores elétricos.Daí a importância em se utilizar motores eficientes, visando redução de consumo com medidas tais como: redimensionamento, substituição de equipamentos mediante motores de alto rendimento, utilização de controle de velocidade, além de, obviamente, operação e manutenção corretas.É costume a especificação de motores com potências superiores à indicada no projeto, com mais desvantagens que vantagens.
- trabalho folgado
- nunca ou dificilmente queimam
- demandam maior quantidade de energia reativa (magnetização) – baixo fator de potência.
Tipos de Motores
- Motores de Corrente Alternada
- Motores de Corrente Contínua
Os motores de corrente contínua são empregados quando se necessita de controle de velocidade.
Os motores de corrente alternada são empregados pela maior versatilidade e eficiência e custos menores.
São classificados em:
- síncronos: velocidade pré-fixada (constante)
- assíncronos: velocidade variável com a carga. São também chamados de indução.
Em termos construtivos os motores de indução podem ser em gaiola e rotor bobinado. Suas principais características são: simplicidade, robustez, menor preço, menor manutenção.
Os motores em geral apresentam alto rendimento: 75% a 95%.
	Potência (hp)
	Motor padrão (eficiência) %
	Motor de alto rendimento (eficiência)
	5
	83, 3
	89,5
	10
	86,0
	91,7
	30
	89,5
	93,6
	50
	91,0
	94,5
	100
	92,1
	95,4
Eficiência de um Motor
Potência Entrada = Potência útil + Potência Dissipada
A potência útil é a potência aproveitada, tirando-se o atrito, calor, etc.
Potência do Motor
Potência Ativa do Motor (Pa) em Watts
Pa =  U I cos 
Onde U = Tensão de Operação do Motor (V)
I = Corrente do Motor ( A)
cos = Fator de Potência do Motor
Potência Mecânica ou Potência Útil do Motor (Pu)
Onde Pu = Potência Útil do motor (CV) e Pa = Potência Ativa do Motor (kW) e = Rendimento do Motor
Carregamento do Motor
Carregamento > 75% - motor correto
Carregamento < 75% - subdimensionado, não correto.
Economia de Energia Proporcionada pelo Uso Correto de Motores
Economia (R$) = (Potência Atual – Potência Proposta x Horas x Tarifa)
Exemplo:
Verificar as condições de operação de um motor elétrico de indução (gaiola) trifásico da marca WEG, 400 CV, 4 polos, 380 V, que opera 8760 horas/ano. Através de um instrumento analisador de potência e qualidade de energia, efetuou-se a medição no motor, obtendo-se um valor de corrente igual a 200 A. Analisar a necessidade de substituí-lo. Apresentar, caso necessário, o valor da economia de energia em kWh e R$, para uma tarifa de energia igual a R$ 0,200 /kWh.
Curvas do Fabricante:
Solução:
Valores Atuais:
I = 200 A
Cos = 0,65 (curva B)
Rendimento ( ) = 0,85 (curva A)
Cálculos:
Pa = . U . I cos =  . 380 . 200 . 0,65 = 85, 56 kW
Potência Mecânica ou Útil do Motor
Carregamento
Para uma potência mecânica de 98,81 CV adota-se aproximadamente 100 CV ( de 400 CV para 100 CV)
Novo Carregamento
Gráfico, carregamento de 98,81 % (0,98) - 2º. Gráfico
Cos = 0,85 Rendimento n = 0,96 I = 150 A
Nova Potência: Pa =  x 380 x 150 x 0,85 = 83, 91 kW.
Economia (R$) = (85,56 - 83,91) x 8760 x 0,200 = R$ 2 890, 80 / ano.
Os motores de corrente alternada, de acordo com a rotação, podem ser:
- síncronos: acompanham a velocidade síncrona.
- assíncronos: giram abaixo do sincronismo.
- diassíncronos: giram abaixo, ora acima do sincronismo.
Uma máquina elétrica é capaz de converter energia mecânica em energia elétrica (gerador) ou energia elétrica em mecânica (motor). Quando se trata de um gerador, a rotação é suprida por uma fonte de energia mecânica como, como por exemplo, uma queda d´água, para produzir o movimento relativo entre os condutores elétricos e o campo magnético e gerar, desse modo, uma tensão entre os terminais do condutor. No caso de motores, o funcionamento é inverso; energia elétrica é fornecida aos condutores e ao campo magnético para que surja a força magnética nos condutores, compondo um binário e causando a rotação ( energia mecânica).As máquinas elétricas são sempre compostas por estator (parte estacionária) e rotor (parte que gira).A designação ¨motor de indução¨ou assíncrono provém do fato de que o rotor não é alimentado diretamente pela fonte de energia; sofre a indução de uma f.e.m estabelecendo-se, então, a passagem de uma corrente induzida no circuito do rotor, cujo fluxo reage sobre o fluxo de armadura, produzindo momento de rotação.Compreende-se melhor o fenômeno envolvido, dizendo se que como as barras do rotor se encontram num campo magnético e transportam correntes, acham-se submetidos a forças que tendem a movê-las em direção perpendicular ao campo. Estas forças são responsáveis pelo movimento de rotação ou o conjugado motor propriamente dito.O motor de indução encontra grande aplicação industrial (90%) pelas suas características: velocidade, robustez, fabricação, menor custo, etc.Dividem-se em dois grupos: gaiola de esquilo (rotor em curto-circuito) e rotor bobinado.Dizemos de início que a característica principal do motor em gaiola é apresentar velocidade constante: ventiladores, compressores (operação contínua com carga variável), elevadores, bombas (operação contínua com carga estável).Os motores de CA podem ser monofásicos ou trifásicos, sendo que os monofásicos exigem dispositivos de partida (capacitor).O motor de indução de rotor bobinado tem suas bobinas ligadas a um resistor variável, trifásico, em estrela, cuja finalidade é diminuir a corrente de partida.No início do funcionamento o resistor deve estar em seu valor máximo (ponto zero) e à medida que o motor ganha velocidade vai sendo retirado até a sua total eliminação (curto-circuito).Ele é, sem dúvida, um motor mais caro, porém permite um grande torque de partida, se uma resistência variável for intercalada no circuito do rotor.A velocidade varia com a variaçãodesta resistência e o rendimento do motor também será afetado.Ainda quanto ao motor de rotor em gaiola, podemos dizer que ele apresenta um meio termo entre momento de torsão grande (alta resistência rotórica) e alto rendimento (baixa resistência rotórica).
ESCORREGAMENTO
O escorregamento para motores assíncronos é definido por:
onde s é o escorregamento percentual
n s é a rotação síncrona (velocidade do fluxo)
n é a rotação do rotor.
Obs.: Sem carga, um motor de indução, tipo gaiola, de 5 HP, 1200 rpm, mancais de esfera, é aproximadamente 0,05% (0,06 rpm). Para o mesmo motor a plena carga o escorregamento pe da ordem de 4%, 48 rpm.O rotor não pode girar com a mesma velocidade do fluxo pois as barras do rotor não cortariam fluxo; não haveria f.e.m. induzida e conseqüentemente a corrente no rotor seria nula e portanto, o conjugado.O escorregamento, conforme definição, caracteriza a diferença de velocidade que existe entre o fluxo e o rotor e aumenta com o aumento de carga.Quando se aplica carga ao motor, torna-se necessário que haja uma maior corrente no rotor para produzir o necessário conjugado (momento de torção) destinado a suportar o acréscimo de carga.O campo girante, por conseguinte, precisa cortar as barras do rotor a uma velocidade mais elevada para proporcionar o reforço imprescindível da corrente. O escorregamento de fase do rotor, em conseqüência, deve crescer e necessariamente há uma diminuição da velocidade do motor.Quando se aumenta a resistência do rotor, a partir de zero, o ângulo de atraso φ2 da corrente do rotor diminui, aumentando o número de barras do mesmo que contribuem para o conjugado motor e também desvia para um campo mais intenso, enquanto que diminui o número de barras que se opõem ao conjugado motor e as desvia para um campo mais fraco. Deste modo, o conjugado resultante aumenta rapidamente quando a resistência do rotor parte de zero.Os motores de indução do tipo gaiola são classificados por norma em categorias:
Categoria A: Baixa Resistência Rotórica
Apresenta conjugado de partida normal, corrente de partida alta, baixo escorregamento.Categoria B: Alta Reatância, conjugado de partida normal, baixo escorregamento (substitui o anterior pelo menor tamanho, peso.) Ex.: Bombas, ventiladores, serras tornos, transportadores sem carga, compressores centrífugos, máquinas em geral, etc, onde o conjugado de partida não precisa ser alto.Categoria C (dupla gaiola): conjugado de partida alto, corrente de partida normal, baixo escorregamento (conjugado de partida 1,5 conjugado de plena carga). Ex.: Bombas e compressores (recíprocos), transportadores com cargas, misturadores, etc.Categoria D (alta resistência rotórica): conjugado de partida alto, corrente de partida normal, alto escorregamento. Usado onde o serviço exige: prensas, máquinas com excêntricos, corte de metais e onde o conjugado é alto e o escorregamento também.
Torque ou conjugado
Sempre precisamos saber se o motor parte em vazio ou em plena carga, para a escolha adequada do conjugado.Têm-se, a seguir, as características do conjugado dos motores de indução de rotor em gaiola.A figura mostra as características da corrente em função da velocidade, para os diferentes tipos de rotores de motor de indução de rotor em gaiola.
Curva A – Baixa Resistência
Curva B – Alta Reatância
Curva C – Dupla Gaiola
Curva D – Alta Resistência
Normalmente são fabricados motores de categoria B (ou A). Para as categorias C e D eles devem ser encomendados.Às máquinas ferramentas geralmente se aplicam motores da categoria B (mais baratos) pois satisfazem as condições de funcionamento já que o conjugado de partida não é muito elevado e em funcionamento os motores desta categoria são os que respondem bem às variações da rotação com o conjugado resistente, dando estabilidade ao funcionamento (inclinação da curva próxima ao ponto de funcionamento)Os motores da categoria D têm aplicação nas máquinas que possuem volantes, necessitando, portanto, alto conjugado de partida e por permitirem alto escorregamento, possibilitam a diminuição do volante.
Para grandes potências é freqüente o uso de motores síncronos que giram rigorosamente dentro do sincronismo (N = 120 f /p). 
O inconveniente é exigir fonte de corrente contínua para o campo. Os motores diassíncronos são também chamados universais pois funcionam tanto em CA quanto em CC. Ex.: motores dos aparelhos eletrodomésticos.
Considerações gerais sobre torque
A corrente no rotor resulta da indução e sua freqüência é necessariamente a freqüência do escorregamento. O torque de um motor de indução depende do escorregamento. Para escorregamento nulo (velocidade síncrona) não há torque. Com o crescimento do escorregamento com a carga, o torque cresce até um máximo e começa a decrescer, com o crescimento do escorregamento.Então, o torque máximo é alcançado para um certo valor de escorregamento que depende da resistência do rotor; baixa resistência dá máximo torque com pequeno escorregamento e alta resistência dá máximo torque com alta resistência.A corrente do rotor é limitada pela impedância do enrolamento do rotor que não é constante. Uma componente da impedância é a reatância e esta é proporcional à freqüência. 
A freqüência da corrente do rotor é proporcional ao escorregamento.Portanto, a impedância é maior quando o escorregamento é maior.
Crescendo o escorregamento, cresce a f.e.m. gerada, mas a impedância também cresce. Para pequenos valores de escorregamento a reatância é baixa (freqüência baixa). 
A corrente no rotor é então, apenas limitada quase inteiramente pela resistência.Nenhum motor de indução atinge o valor da velocidade síncrona, pois nessa velocidade o torque é nulo e haveria necessidade de vencer atrito, ventilação, etc.O torque guarda uma perfeita proporcionalidade com o escorregamento para baixo escorregamento (velocidade próxima ao sincronismo).
Mas, à medida que o escorregamento cresce, (acréscimo de resistência), a reatância se torna maior comparada à resistência e o torque não cresce proporcionalmente ao escorregamento.Há duas razões para tanto: Primeiro, havendo aumento da impedância do rotor, há um limite na quantidade de corrente; segundo, quando a corrente, limitada pela reatância, não mais estaria em fase com a f.e.m. gerada, mas atrasada.
O máximo de f.e.m. e corrente não se dá na mesma barra do rotor; o máximo da f.e.m. ocorre antes do máximo de corrente e o torque no rotor é menor, dada a desfavorabilidade da relação de fase.
Resumo: Grande escorregamento → velocidade + mais baixa do rotor → + resistência rotórica.
COMPARAÇÃO ENTRE OS DIVERSOS TIPOS DE MOTORES DE GAIOLA
Rotor de Baixa Resistência (A). É um motor de uso geral, possui rendimento, fator de potência e conjugado motor mais elevado e o menor deslizamento de todos os rotores de gaiola e apresenta razoável conjugado, perfeitamente adaptável a muitas situações.Rotor de Alta Reatância (B). Ao invés de se utilizar um motor grande com rotor de baixa resistência e transformador de partida, prefere-se um rotor de alta reatância, economizando peso, custo e espaço dos transformadores. Seu conjugado de partida supera o do de baixa resistência quando com trafo de partida e isso pode ser uma condição importante.Rotor de Dupla Gaiola (C). Utilizado quando se deseja um conjugado superior a 1,5 vezes o conjugado de plena carga. Para um conjugado de aplicação gradual deve-se utilizar um motor de rotor bobinado. O conjugado do motor de alta reatância é menor (por projeto) que o de dupla gaiola, fato por que é posto em marcha mais suavemente.O rendimento não é um fator altamente decisivo entre eles, já que a diferença é mínima (1%). Os fatores mais decisivos são: conjugado, corrente de partida, tamanho, custo, etc.Rotor de Alta Resistência (D): Usado Especialmente onde o serviço exige partidas intermitentes (cargas intermitentes). Quando se trata de cargas intermitentes de curta duração o alto escorregamento é responsável pela diminuição da velocidade e permite ao volante tomar o máximode carga.
Seleção de motores elétricos
Para uma escolha prévia do tipo de motor sugere-se a obediência da seqüência dada a seguir, sabendo-se que para uma escolha rigorosa (especialmente grandes motores) deve-se fazer um estudo detalhado parta cada caso.
1. Fonte de Suprimento de Força
a) Tensão: C.C., C.A.
b) Fases: Monofásico, trifásico.
c) Freqüência: 50 ou 60 Hz
2. Potência Necessária
Deverá ser próxima à exigida pela carga (se muito acima →baixo rendimento e se muito abaixo → sobrecarga).
Se carga varia com o tempo→ deve se conhecer a curva de potência com o tempo→ potência média para seleção do motor (problemas com cargas muito variáveis e oscilantes). Se a máquina tiver que operar em diferentes velocidades deve-se conhecer as potências segundo as velocidades.
Motores de C.C. HP = V. I. N /746.
Motores de Indução Monofásicos: HP = V.I. . cos φ / 746
Motores de Indução Trifásicos: HP = V.I .. cos φ / 746
V = Tensão de Linha (V)
I = Corrente de Linha (A)
Cos φ = fator de potência
 = rendimento
Potencia (CV.) = F. V / 75 = C. N / 716 = T . N / 5250
F = Força em kgf
V = Velocidade em m/s
T = Conjugado ou Torque em lb.ft
N = Rotação em r.p.m
Ainda, C = HP . 726 / r.p.m. onde C = Conjugado
kVA = V.I / 1000 e I plena Carga = kVA . 1000 / V
kW = kVA x cos φ e 1 HP = 1,015 C. V.
3. Velocidade do Motor
Influenciam o tipo de motor
- velocidade de funcionamento
- diferentes velocidades (variação)
- regulação de velocidade
- direção de rotação e reversão
- métodos de acoplamento (Direto, Transmissão por Correia, Engrenagem).
Construção Mecânica: eixo Hor. Ou Vert; (mancais de rolamentos e lubrificados com graxa); posição inclinada → mancais de esferas lubrif.
Os dados de placa referem-se à r.p.m. em plena carga (em vazio é maior)
4. Conjugado ou Torque
Precisa-se saber se o motor parte em vazio ou em carga → motor de baixo ou alto conjugado de partida.
Categoria B (baixo conjugado de partida)
Categoria C (alto conjugado de partida)
Com mais rigor, deve-se conhecer o comportamento da carga desde a partida até à velocidade nominal.
Conjugado Motor (CM) = Conjugado da Carga (CC) + Conjugado de Aceleração (CA)
Na rotação nominal CA = 0 e na desaceleraçãoCA  0.
O conjugado disponível no eixo deverá ser superior ao exigido pela carga e deverá em todas as ocasiões, até atingir a velocidade nominal, ser maior que o conjugado requerido pela máquina acionada (Quanto maior o excesso de conjugado, tanto mais rápida a aceleração).
5. Fator de Serviço
Fator que aplicado à potência nominal (ou corrente), indica a sobrecarga permissível que pode ser aplicada continuamente sob condições específicas. Normalmente é de 15% (1,15). Um motor de 20 HP e FS = 1,25 pode acionar uma máquina operatriz de até 25 HP.
6. Condições de Serviço
Temperatura ambiente (normal 40º.C)
Isolação: Classe O - temperatura máxima 90º. C.
Classe A - temperatura máxima 105º.C
Classe B - temperatura máxima 125º.C
Classe C - temperatura máxima 175º.C
Altitude ( em condições normais até 1000m)
- a prova de explosão: trabalho em ambiente contendo vapores , gases, poeira metálica, explosivos,etc).
- totalmente fechados: ambiente com muita poeira, corrosivos e ao tempo.
- a prova de pingos: ambientes normais de trabalho e ambientes razoavelmente limpos: residências, indústrias, edifícios, etc.
MÁQUINA DE CORRENTE CONTÍNUA
A máquina possue rotor e estator. O rotor consiste de : Eixo da Armadura – imprime rotação ao núcleo da armadura, enrolamentos e comutador.Núcleo da armadura: está conectado ao eixo e é construído de camadas laminadas de aço,provendo uma faixa de baixa relutância magnética entre os pólos. As lâminas servem para reduzir as correntes parasitas no núcleo,e o aço usado é de qualidade destinada a produzir uma baixa perda por histerese. O núcleo contém ranhuras axiais na sua periferia para colocação do enrolamento da armadura.Enrolamento da armadura: é constituído de bobinas isoladas entre si e do núcleo da armadura. É colocado nas ranhuras e eletricamente ligado ao comutador.Comutador: devido à rotação do eixo, providencia o necessário chaveamento para o processo de comutação. O comutador consiste de segmentos de cobre, individuais isolados entre si e do eixo, eletricamente conectados às bobinas do enrolamento de armadura.O rotor da armadura das máquinas de CC tem quatro funções principais: (1) permite rotação para ação geradora ou ação motora mecânica; (2) em virtude da rotação, produz ação de chaveamento necessário para a comutação; (3) contém os condutores que induzem a tensão ou providenciam um torque eletromagnético; e (4) providencia uma faixa de baixa relutância para o fluxo.O estator da máquina de corrente contínua consiste de:
Carcaça: é uma carapaça ou estrutura cilíndrica de aço ou ferro fundido ou laminado. Não apenas a carcaça serve como suporte das partes descritas, mas também providencia uma faixa de retorno do fluxo para o circuito magnético criado pelos enrolamentos de campo.Enrolamento de campo: consister de umas poucas espiras de fio grosso para o campo-série ou muitas espiras de fio fino para o campo-shunt. Essencialemtne, as bobinas de campo são eletromagnetos, cujos ampères-espiras (Ae) providenciam uma força magnetomotriz adequada à produção, no entreferro, do fluxo necessário para gerar uma f.e.m. ou uma força mecânica. Os enrolamentos de campo são suportados pelos pólos.Pólos: são constituídos de ferro laminado e parafusados ou soldados na carcaça, após a inserção dos rolamentos de campo nos mesmos. A sapata polar é curvada e é mais larga que o núcleo polar para espalhar o fluxo mais uniformemente.Interpolo: ele e o seu enrolamento tambémsão montados na carapaça da máquina. Eles são localizados na região interpolar, entre os pólos principais, e são geralmente de tamanho menor. O enrolamento do interpolo é composto de algumas poucas espiras de fio grosso, pois é ligado em série com o circuito da armadura, de modo que a f.e.m. é proporcional à corrente da armadura.Escovas e Anéis-Suporte de Escovas: assim como os interpolos, é parte integrante da armadura. As escovas são de carvão e grafite, suportadas na estrutura do estator por umk suporte tipo anel, e mantidas no suporte por meio de molas, de forma que as escovas manterão um contato firme com os segmentos do comutador. As escovas estão sempre instantaneamente conectadas a um segmento e em contato com uma bobina localizada na zona interpolar.
Categoria do Motor
Depende do conjugado de partida - NBR – 7094: Categorias N – H – D
NEMA ( Norma Americanas): A, B, C, D e F
Em função da aplicação do motor, suas características de torque em relação à velocidade e corrente de partida podem variar ( Fig. ). A esta ¨variação¨denominamos categoria.
Segundo a NBR – 7094 - % do Torque de Plena Carga % da Rotação Síncrona
Fig. 1 – Caracterísitcas Torque x Velocidade
Características das Categorias
	CAT.
	Cor. Part.
	Rotor Bloqueado
	Torque
	% Escorreg.
	Aplicação
	N
	Média
	Médio Torque
	Alto
	Max. 5%
	Torque de part. normal; motores normais p/cargas normais como: ventiladores, bombas, maq. operatrizes, etc.
	H
	Média
	Alto Torque
	Médio
	Max. 5%
	Torque de part. alto p/cargas de alta inércia como: centrífugas, esteiras carregadoras, etc.
	D
	Média
	Extra Alto Torque
	Baixo
	Maior 5%
	Torque de part. muito alto p/ cargas de altíssima inércia com picos periódicos como: prensas excêntricas, elevadores, etc.
Motores Kohlbach enquadram-se na categoria N, mas ultrapassam em muito os valores mínimos fixados em norma (partida pesada com rápida aceleração, partida com sistemas de tensão reduzida e suporte de picos de carga e quedas de tensão momentâneas).
Graus de Proteção de Tipo de Carcaça
Letras IP seguidas de 2 algarismos:
1º. Algarismo: penetração de corpos estranhos
2º. Algarismos: penetração de água
IP 12 - abertos
IP 22 - abertos
IP 23 - abertos
IP 44 - totalmente fechados
IP 54 - motores muito empoeirados
IP 55 - motores que precisam ser lavados periodicamenteNBR – 6146 fixa os graus de proteção
contra o contato de pessoas e partes vivas e móveis no interior de invólucros e contra a penetração de corpos sólidos estranhos no equipamento.
Contra a penetração prejudicial de água no interior do invólucro.
1º. Algarismo: grau de penetração de corpos estranhos e contato acidental
O - sem proteção
1 - protegido contra objetos sólidos maiores que 50 mm
2 - protegido contra objetos sólidos maiores que 12 mm
3 - protegido contra objetos sólidos maiores que 2,5 mm
4 - protegido contra objetos sólidos maiores que 1,0 mm
5 - protegido contra poeiras
6 - protegido totalmente contra poeiras
2º. Algarismo: indica o grau de proteção contra penetração de água no interior do motor
0 - sem proteção
1 - pingos d´água na vertical
2 - pingos d´água até à inclinação de 15º. com a vertical
3 - agua de chuva até à inclinação de 60º. com a vertical
4 - projeções de água de todas as direções
5 - jatos de água de todas as direções
6 - água de vagalhões
7 - imersão temporária
8 - imersão permanente
REGIME: Está relacionado com a estabilidade térmica do motor. Como a corrente de partida é alta, haverá sempre uma sobrecarga que poderá afetar as temperaturas do enrolamento. Indica a variação de carga com o tempo, com as paradas e as frenagens. O regime pode ser indicado pelos gráficos da NBR 7094 ou por indicação numérica da NBR 5457.
Análise de atendimento
Rede Secundária
A avaliação da flutuação de tensão provocada por esse tipo de atendimento que deve levar em conta a queda de tensão na rede secundária e a queda de tensão interna do trafo de distribuição.
Potência de partida do motor com rotor em gaiola (kVA)
A potência absorvida pelo motor da rede, na partida deve ser obtida por:
S = potência de partida do motor em kVA
Pn = potência nominal do motor em kW
(fator de potência 0,75 ou tabela)
Fp = cos tabela Anexo ( V )
Características Típicas de Motores de Indução Trifásicos – Rotor em Gaiola
Ip = relação entre a corrente de partida e a nominal do motor (Anexo V )
K depende do tipo de dispositivo de partida aplicado ao motor
Partida a plena tensão K = 1
Partida com chave estrela - triângulo (Y - ) K = 0,333
Chave compensadora de partida:
Tape 50% K = 0,250
Tape 65% K = 0,423
Tape 80% K = 0,640
Chave série – paralela : K = 0,25
Chave partida com resistência – reator: K = 0,70 – 85
Cálculo da Queda de Tensão Interna ao Trafo
queda de tensão interna percentual no transformador de distribuição trifásico, provocada pela partida do motor com rotor em gaiola, pode ser calculada por:
Trafo
Trafo
Trafo
onde Q T (%)= queda de tensão no trafo devido à partida do motor com rotor em gaiola
Z % = impedância % do trafo de distribuição que pode ser obtido dos dados de placa do equipamento ( na falta de dados, usar dados de tabela).
	No. Fases
	Potência
	Impedância Z %
13,8 kV
	Impedância Z %
34,5 kV
	Trifásico
	 150
	3,5
	4,0
	Trifásico
	150 a 300
	4,5
	5,0
	Trifásico
	 300
	4,5
	5,0
	Monofásico
	Até 100
	2,5
	3,0
S ( kVA) potência absorvida da rede na partida do motor em kVA
S Trafo  potência nominal do trafo de distribuição em kVA ( pode ser obtida através de gráficos Anexo ).
c) Cálculo da Queda de Tensão na Rede Secundária
Rede
K = coeficiente de queda de tensão (% / kVA x 100), Anexo X. No caso de queda de tensão deve ser utilizado o fator de potência 0,8, bem como os coeficiente4s compatíveis com o número de fases do motor com rotor em gaiola. I = distância, em metros, do trafo de distribuição ao ponto da rede onde está localizado o motor. S( kVA) = potência de partida do motor, absorvida efetivamente da rede, em kVA.
Comparação de queda de tensão na rede secundária e no transformador de distribuição com o valor máximo de oscilação possível.
Se 
Trafo Rede Oscilação
O motor com rotor em gaiola pode ser liberado sem a necessidade de implementação de medidas corretivas e ou preventivas na rede de distribuição.
Se 
Trafo Rede Oscilação
Analisar e simular as alternativas visando minimizar as perturbações na rede.
EXEMPLO DE APLICAÇÃO
Um cliente solicitou a ligação de uma pequena unidade fabril à rede secundária da Concessionária, sendo que sua principal carga, dentre as relacionadas é um motor de indução trifásico, com rotor em gaiola, 10 C.V., 60 Hz, 220 V e 1800 r.p.m.. Verificar a partida do referido motor.
___________________________________________
45 kVA Motor Trifásico, 10 CV
Z = 3,5 % Rotor em Gaiola
220 V, 60 Hz, 1800 rpm
1 partida por hora
a.1) Cálculo da Potência Absorvida da Rede na Partida
Pn = 10 CV
Pn (kVA) = 10 x 0,75 = 7,5 kW
Fp = 0,84 (Anexo V )
Ip / In = 8 ( Anexo V )
K = 1 partida em plena tensão
a.2) Queda de Tensão no Trafo
= 3,5 x 71,4 / 45 = 5,55 %
Trafo
a.3) Cálculo da Queda de Tensão na Rede
Rede
K ( 02 CA ) = 0,202 Q T = 0,202 x 40 / 100 x 71,4 = 5,76 %
l = 40 metros
a.4) Queda de Tensão Total
Se  = 5,55 + 5,76 = 11,31 %
Total Trafo Rede
a.5) Análise Comparativa com Limite de Oscilação Permissível ( Anexo XIII ), regime de 1 partida por hora é 7,42 %.
11,31 7,42 necessidade de minimizar os efeitos da corrente de partida.
Com chave Estrela – Triângulo
S (KVA) = 7,5 x 8,0 x 0,33 = 23,57 kVA
0,84
 3,5 x 23,57 / 45 = 1,83 %
Trafo
 0,202 x 40 x 23,57 = 1,90 %
100
Rede
 1,83 + 1,90 = 3,73 % 7,42 %
Total
Com a implementação da chave estrela- triângulo, a oscilação decorrente da partida do motor (3,73%) será inferior à oscilação máxima permissível que é de 7,42%.
Obs. Com chave Compensadora – Tape 65% 4,79 % 7,42 %
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